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2.4.14

ROMA A CAPITAL DAS NAÇÕES. AMOR e ROMA

Da cidade de ROMA

Roma a senhora do mundo, a capital das nações, como lhe chamam os escritores latinos, teve por fundadores Rómulo e Remo, no 1º ano da 7ª Olimpiada, do mundo 3251, e 753 antes de Jesus Cristo. Mesquinha em seus princípios, desajudada de auxilios externos, invejada e temida  dos povos que a circundavam, viveu por algum tempo dos seus próprios recursos, e sustentou a independência pela dedicação e valor de seus filhos.
   Aprendendo dos mesmos povos vencidos a disciplina militar, e aproveitando a civilização pelasgica, etrusca e helenica, até onde lhe foram necessários esses meios para se constituir, deveu na máxima parte o seu poder a uma bem ordenada administração, excelentes leis e costumes, em que se avantajou a todas as cidades do seu tempo.
Três eram os pilares em que assentavam a prosperidade e conservação do Povo. E são eles;
 1º O culto religioso, observado com pureza e inviolabilidade sendo, como sabemos, politeistas, respeitando tudo e todos com respeito a seus cultos, absorvendo-os se necessário.
 2º A administração da Justiça, distribuida com igualdade a todos. 


Amor e Roma

   O Amor não começa nem termina em si mesmo, pois, se começasse e terminasse em si mesmo não seria Amor. O Amor é acto infinito, amar e receber, dom gratuito perfeito, tal como os latinos o inteligiam na forma verbal enfática de amo.  Receber em troca do que se dá, amor com amor se paga. O que afirma  amo implicitamente explica; sou amado. Sai fora da órbita vital, imanente ou transcendente, um amar que não institua no mesmo o amador e o amado, como se pudéssemos dizer: amor é amar. Dom e retribuição.
Uma graça sem amor  seria, é, a desgraça.
Roma carecia de uma visão superadora do obrigacionismo social estatuído em complexa rede jurídica. A relação cliente / patrício é o mundo possível da Graça possivel. Os deuses gratificam só para os altos feitos; e os feitos são de César e dos Patrícios. Os clientes, eleitores e servos, recebem a graça dos deuses por via desses intermediários; a comunhão universal é impossivel fora da lei romana. O Espírito ainda não sopra senão no reino de César, atravéz do Império. O Espírito é o sopro do Império.