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8.9.24

BLASFÉMIAS

 

Os super-ricos.

By Telmo Azevedo Fernandes on 21 Agosto, 2024

Um manhoso estudo elaborado por dois autores sem qualquer relevância académica diz que se o Estado Português criasse um imposto sobre os “super-ricos” poderia encaixar mais de 3.500 milhões de euros. Este confisco de património abrangeria 0,5% dos contribuintes, cerca 42.000 pessoas com um património global financeiro e não-financeiro de 2 milhões e meio de euros, como se estes fossem super-ricos. Mas enfim…

A comunicação social nacional disseminou acefalamente as conclusões canalhas deste estudo, pois sabem que uma franja considerável da sociedade e, infelizmente, grande parte da juventude acredita que os ricos não deveriam existir e que novos impostos são solução para a pobreza e uma fonte de crescimento económico.

Os tempos que vivemos são profundamente ignorantes e de valores morais corrompidos. A inveja perpassa esta ideologia. E são ideias imorais também porque a suposta “transferência de riqueza” através da tributação dos ricos é apenas uma forma de legalizar o roubo.

A esmagadora parte da riqueza dos super-ricos não é consumida em iates, joias ou luxos pessoais. Aliás, as pessoas muito ricas nunca conseguiriam consumir pessoalmente toda a riqueza que possuem, mesmo que dormissem em colchões de notas. Por isso utilizam quase toda a sua riqueza investindo em negócios produtivos e até em causas meramente filantrópicas. Investem em activos que lhes rendem benefícios, obviamente. Mas que são empresas e fábricas que geram emprego e criam produtos úteis valorizados pela população em geral e muitas vezes absolutamente vitais para os menos afortunados.

Se o Estado confiscar as poupanças e os activos dos ricos através de impostos, não reduz consumos extravagantes, mas diminui a oportunidade de usar a riqueza em criação de valor e inovação para a sociedade. Os super-ricos continuarão sempre ricos. Serão as classes média e trabalhadora as mais prejudicadas quando a resposta ao aumento de impostos resultar em menos empregos, salários mais baixos e produtos mais caros.

A acumulação de riqueza por meios honestos deveria ser elogiada e incentivada. Sem poupanças e capital não teremos uma sociedade próspera. Contudo, o estúpido ar do tempo vai no sentido de punir a acumulação de riqueza através de esquemas fiscais contraproducentes, ineficientes e baseados em falsidades.

Para um crente, um imposto sobre a riqueza pune a iniciativa e capacidade empreendedora das pessoas e a frugalidade daqueles que usaram os seus talentos dados por Deus para criar riqueza ou acumular grandes poupanças, e priva os cristãos da oportunidade de partilharem voluntariamente a sua riqueza através de actos de caridade.

Não considerando a inveja ou o roubo como pecados, tal forma de estar deveria pelo menos fazer corar de vergonha qualquer pessoa decente.