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9.7.20

DEUS. ABEL E CAIM . A INVEJA E O RANCOR


                                                      INVEJA E RANCOR

 Desde tempos imemoriais que estes sentimentos dominam a generalidade das relações humanas.

Parece que tudo começou a" fazer fé " em versões religiosas com o aparecimento da primeira mulher.

Se Adão e Eva permanecessem sós e na santa ignorância a " estória " teria acabado por ali.

 Mas, não " senhor meu deus " tinham que aparecer Abel e Caim.

 Este deu em reparar que, o irmão, era um rapazinho a quem os cordeirinhos que apascentava engordavam mais rapidamente que os seus e certamente isso era porque o bom e velho pai que lá do alto tudo observava ( e observa )  isso lho  permitia.

 Era sua opinião inabalável !

 Ou seria antes pelos seus lindos olhos ?
ou seria outra a razão?

 Aliás lembrava-se agora que o Abel tinha andado a oferecer a Deus alguns cordeiros assados e isso parecia agradar-Lhe mais que as suas ofertas de bens vegetais.

 Podia ter-lhe dito que não gostava de produtos da horta.

Ou que estes estavam fora de prazo.

 Quereria antes uns peixinhos ?

  Havia algo estranho. Deus não olhava para  si, porquê?

ABEL E CAIM

Não o podia suportar.

Assim que apanhou o mano Abel a jeito espetou-lhe com uma paulada que de imediato o levou a prestar contas ao Divino. Morte rápida presume-se.

Tinha alguma razão o Caim. Algum tempo depois perguntou-lhe Deus. " Onde está o teu irmão ? ",

Decerto Caim apeteceu-lhe responder algo como. " Sei lá !"  "Tu é que deves saber.

  Então não estás em todo o lado ? "  Não és omnipresente ?  Não é tudo feito segundo a Tua vontade?

Mas não.

Não soube o que responder a tão estranha pergunta partindo de quem partia.

 Mentir não interessava pois a Outra parte estava a mentir-lhe também.

 Fartinha de saber onde estava Abel estava Ela.


Constatação decepcionante.

 Nada disse e daí resultou que quando deu por si  estava  a vaguear entre as vastas estepes desérticas, sentindo-se uma vítima do sistema, como diria alguém hoje.

Não imaginava ou não sabia ( nem lhe foi dito por quem de direito )  que naqueles instantes era tão importante como um rei, um qualquer imperador ou, porque não, um presidente de uma  qualquer super- potência.

Depois dele, os homens  comportaram-se    quase  todos da mesma maneira.

Foi ele o verdadeiro e idolatrado criador do sentimento comum à humanidade.

O príncipe, o imperador, o presidente, o rei, o chefe, o ministro, o vizinho do lado, o irmão, o amigo, o clero, a nobreza e o povo, o etc. e tal.

Desde esses tempos e até ao fim dos mesmos o real motor do Mundo é e será a inveja e o rancor.

  
NOTA. RECUPEREI ESTA EDIÇÃO QUE HAVIA PUBLICADO AQUI NO BLOGUE EM 16 -5 -2013 .