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1.3.19

ALGARVE - PENINA


(...) O turismo condicionou em muito a vida sobretudo em certas zonas do litoral. Marcou a paisagem. Mudou hábitos. Deixou dinheiro.

 E deixou histórias na vida de cada um que valem exactamente por isso.: por serem histórias. Como a daqueles quatro músicos de um conjunto do Porto, JR de seu nome, que em Janeiro de 1969 tocavam no Hotel Golfe da Penina no Algarve e que já com a noite avançada ganharam um quinto elemento:

 Um dos hóspedes do hotel começa a tocar bateria e a compor ali diante de todos uma canção que lhes ofereceu.

Chamou-lhe Penina em honra do hotel.

 O hóspede era Paul McCartney que viera com a sua mulher Linda passar o fim do ano ao Algarve.


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Hotel  Penina



Penina

  foi uma das esposas de Elcana, e sentia ciúmes de Ana (ela era mais amada e recebia melhores mimos do marido). Caso fosse definida em um linguajar grosseiro poderíamos dizer que Penina foi o nome de uma mulher “mal-amada”.

Elcana e Ana foram pais de Samuel - o último dos juízes e o primeiro dos profetas da história de Israel e a história deles está contada na bíblia, datando de aproximadamente 1095 AC.
O nome Samuel significa “Do Senhor o pedi”.

 De acordo com as escrituras Ana não podia ter filhos e orava muito, pedia constantemente um filho ao Senhor. E como Ana orava dia e noite, ao ponto do sacerdote Eli pensar que ela estava bêbada, vendo a sua boca se movendo continuamente, sem sair som... ele até chegou a pedir que ela parasse de tomar vinho. Na verdade Ana intercedia ao Senhor todos os dias, a todo momento pedindo a realização deste sonho.

A angústia de Ana aumentava por conta de Penina, que já tinha filhos de Elcana. Consta que durante os dias de sacrifício anual ao Senhor, Ana se pôs a orar e chorar no templo e sentindo-se humilhada por não conseguir gerar filhos fez um voto com Deus, prometendo que seu filho seria criado diante do Senhor servindo no templo.

De acordo com as escrituras Elcana amava profundamente a Ana e não se importava com a sua esterilidade. Inclusive, os melhores presentes e a maior atenção dele eram voltados para ela, apesar de não terem filhos. De tudo que ele dava a Penina e seus filhos, dava a Ana uma porção dobrada e Penina a todo momento possível desfazia dela, afrontava Ana e a lembrava deste fato: “A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre” (Sm 1:6)
Esta situação conflitante se repetia ano a ano, quando todas as vezes que Ana subia à Casa do Senhor, a outra a irritava, e com isso Ana chorava e não comia. E novamente Elcana tentava consolar “Ana porque choras? E porque não comes? E porque estás de coração triste? Não te sou eu mesmo melhor do que dez filhos?” (Sm 1:8)

Até que o Senhor ouviu as orações de Ana, e em uma noite que haviam retornado de uma dessas  idas ao templo, Elcana deitou-se com ela, o Senhor “lembrou-se dela” e depois de um tempo Ana finalmente teve um menino: Samuel. Samuel cresceu na casa do Senhor e foi consagrado a Deus. O menino foi acompanhado pelo sacerdote Eli e conforme crescia, a cada ano sua mãe lhe levava uma túnica.

No ambiente cristão a figura de Penina é lembrada como uma pessoa próxima, ciumenta, e que se vangloria pela derrota de outra, que torce contra, e que para a honra e glória do Senhor, acaba assistindo uma vitória chegar, uma bênção, uma Promessa se cumprir na vida do cristão.

Bi