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26.7.25

Cascais declara Alerta

 

Risco de incêndios: Cascais declara Alerta Municipal e Sintra encerra alguns monumentos

Em Cascais fica interdito o acesso de pessoas e veículos a áreas florestais no concelho. Em Sintra também será encerrado o perímetro florestal e monumentos no interior da Serra de Sintra
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"Face à previsão de perigo de incêndio rural muito elevado pelo IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera, para os dias 27 a 29 de julho, a Câmara Municipal de Cascais emitiu uma Declaração de Situação de Alerta Municipal, nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil", afirma a autarquia num comunicado enviado às redações.

Esta medida, determinada por Carlos Carreiras, Presidente do Município, "visa salvaguardar vidas humanas e proteger o património natural, nomeadamente o Parque Natural Sintra Cascais, especialmente vulnerável após a tempestade Martinho", esclarece o município na nota.

A Câmara destaca que durante o período da declaração, "fica interdito o acesso de pessoas e veículos a áreas florestais no concelho, incluindo a Rua dos Capuchos, Campo Base da Pedra Amarela, Barragem do Rio da Mula, Quinta do Pisão" bem como outras zonas assinaladas num mapa.

A GNR e a Polícia Municipal vão assegurar o cumprimento destas interdições.

Estas medidas integram os procedimentos de "Fecho da Serra" e envolvem patrulhamento reforçado, suspensão de atividades ao ar livre e comunicação ativa à população, adianta a autarquia, recordando que já estavam proibidas queimas e queimadas em todo o concelho entre 01 de junho e 30 de setembro.

A Câmara Municipal de Sintra também informou que, face às previsões meteorológicas para os dias 27 a 29 de julho de 2025, que "apontam para um Perigo de Incêndio Rural Muito Elevado, será encerrado o perímetro florestal e monumentos no interior da Serra de Sintra".

"O aviso vigora entre as 00:00 de 27 de julho às 23:59 de 29 de julho e à proibição de acesso, circulação e permanência em espaço florestal acresce ainda o encerramento de monumentos, nomeadamente: Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Parque e Palácio de Monserrate e Castelo dos Mouros", específica.

Mas, sublinha que permanecem abertos a Quinta da Regaleira, Palácio Nacional de Sintra e Palácio Nacional de Queluz.

"Estas medidas visam proteger pessoas, bens e o património natural da Serra de Sintra, especialmente após os danos causados pela Depressão Martinho, que resultou na queda de mais de 100.000 árvores na serra e cujos trabalhos de limpeza e manutenção ainda decorrem", afirma a autarquia na nota.

Segundo o comunicado, todos os trabalhos de limpeza foram interrompidos e os trabalhos de vigilância em perímetro florestal foram reforçados, em parceria com a GNR, Bombeiros, Parques de Sintra e Exército Português.

Durante este período continuam a poder circular, no entanto, veículos de socorro, de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Proteção Civil, residentes e pessoas que aí exerçam atividade profissional ou que prestem assistência a pessoas vulneráveis, salvaguarda.

A Serra de Sintra integra uma região de proteção classificada como sensível ao risco de incêndio florestal e caracteriza-se por ter um elevado número de visitantes, por isso o município considera ser "fundamental acautelar a sua proteção, manutenção e conservação, considerados objetivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal".

Na nota, a Câmara Municipal de Sintra apela à colaboração de todos os cidadãos, pedindo que evitem deslocações não justificadas e que respeitem as indicações das autoridades.

"A situação será reavaliada em função da evolução meteorológica, podendo ser adotadas medidas adicionais, acrescenta esta autarquia.

A decisão da Câmara de Sintra decorre da elevação do Estado de Prontidão Especial (EPE) pelo Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa e da necessidade de adotar medidas preventivas e de reação face ao risco de incêndio elevado, muito elevado e máximo, previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Entre as medidas excecionais a implementar destacam-se: a proibição de acesso, circulação e permanência em espaços florestais e vias que os atravessem, a proibição de queimadas, queimas de sobrantes e uso de maquinaria em espaços florestais bem como de utilização de fogo-de-artifício ou artefactos pirotécnicos e o reforço da vigilância e patrulhamento por forças de segurança e militares, bem como a mobilização de equipas de emergência médica, sapadores florestais e vigilantes da natureza

12.7.24

PRAIA DO ABANO

 

Praia do Abano, em Cascais

É uma das praias secretas mais desconhecidas do concelho, provavelmente devido aos acessos, mas também das mais bonitas.

Costuma ter ventos fortes e grande ondulação.

praias secretas: praia do abano, em cascais

3.7.24

"Todos Somos Proteção Civil",

Cascais está cada vez mais preparado para atender a qualquer ocorrência no Parque Natural Sintra-Cascais, com o reforço da rede de rádio municipal de emergência para combate a incêndios. As novas tecnologias também estão presentes na prevenção e no combate a incêndios nas zonas rurais. Um novo sistema ligado às CCTVs que vai permitir não só detetar ignições logo na sua fase inicial, como identificar matrículas e, em caso de atividade criminosa ou incúria, identificar os suspeitos, sendo depois feita a comunicação às autoridades competentes para investigação. Sob o lema "Todos Somos Proteção Civil", nunca é demais lembrar que a mitigação dos riscos de incêndio começa em cada um de nós como utilizadores do Parque Natural. Informe-se junto das autoridades competentes como deve proceder para a prevenção de incêndios e, quais os comportamentos a adotar em caso de deteção de fogos florestais. Câmara Municipal de Cascais | Junho 2024

 


 

10.10.23

Parque Natural Sintra-Cascais faz 30 anos


Terça, 10 Outubro 2023

Parque Natural Sintra-Cascais faz 30 anos

Dias 14 e 15 de outubro venha celebrar connosco!

O Parque Natural de Sintra-Cascais, património nacional de grande interesse ecológico e cultural, está a celebrar 30 anos de existência. Ocupando uma área total de 14 583 hectares, equivalente a 14 mil campos de futebol, o PNSC nasceu oficialmente a 11 de março de 1994 (Decreto-Regulamentar n.º 8/94, de 11 de março), na sequência da reclassificação da Paisagem Protegida de Sintra-Cascais, criada a 15 de outubro de 1981 (Decreto-Lei n.º 292/81 ). Neste 15 de outubro de 2023, em que assinalamos o Dia do Parque Natural de Sintra-Cascais, e também na véspera, fica o convite para festejar connosco inscrevendo-se em múltiplas atividades disponíveis aqui.

A exuberância da vegetação, os vestígios de presença humana desde o Paleolítico, as paisagens de mar e de serra e a fauna proporcionam uma beleza incomparável. Criado em 1994, por reclassificação do anterior estatuto de Área de Paisagem Protegida, o Parque Natural de Sintra-Cascais tem, gradualmente, permitido tirar partido da presença de todos, envolvidos não só na preservação - promovendo a manutenção do equilíbrio ecológico e a proteção dos recursos naturais -, mas contribuindo para tornar o Parque ainda mais vivo. 
Domina um terço do concelho de Cascais, estendendo-se também para o concelho vizinho de Sintra e o litoral do parque e a serra de Sintra estão incluídos no “Sítio Sintra-Cascais”, inserido na europeia Rede Natura 2000. 
De clima ameno, o parque é bordejado por uma extensa faixa litoral modelada pelo oceano. Com 528 metros de altitude máxima, a serra de Sintra domina a paisagem, que se completa com uma extensa área rural, uma faixa costeira de beleza incomparável e com uma rica geodiversidade - as rochas sedimentares aqui observáveis depositaram-se nesta orla há 160 milhões de anos. 

Ao longo do ano, no concelho de Cascais são múltiplas as atividades de natureza disponíveis para que todos possa usufruir do Parque Natural. As mais recorrentes acontecem na Quinta do Pisão, gerida pela Câmara Municipal de Cascais através da Cascais-Ambiente, onde o denominador comum dos passeios a pé, a cavalo, ou de segway é, precisamente a natureza. É possível interagir com os burros lanudos, ou observar as ovelhas campaniças, ou os cavalos garranos e sorraia, entre outras espécies que ajudamos a proteger e cuja presença contribui de forma ativa para a preservação do Parque Natural. 
Enquanto paisagem rica em fenómenos geológicos naturais raros, de que são exemplo os lapiás costeiros, forma de relevo cársico cuja presença se prolonga até a norte do Cabo Raso, o Parque natural destaca-se ainda pelo sistema dunar Guincho-Oitavos e pelos importantes habitats que aqui subsistem. 
Descubra todas as atividades que decorrem não só para assinalar os 30 anos do PNSC, mas ao longo do ano na Agenda 360 Cascais, ou peça informações enviando email para atividadesnatureza@cascaisambiente.pt

12.9.23

JOÃO PADEIRO. FIM DE UMA REFERÊNCIA.

 Hoje recordo aqui uma memória do passado recente

João Padeiro penhorado

Pratos, talheres, candeeiros e outros tantos utensílios de restauração foram ontem empilhados num total de quatro carrinhas de mudanças. O aparato, em plena Estrada do Guincho, dizia respeito a uma operação de Finanças, que penhorou todo o recheio de um dos restaurantes mais emblemáticos de Cascais, o João Padeiro.
 
 
15 de Julho de 2010 às 00:30


Quatro carrinhas levaram ontem todo o recheio do restaurante
  FOTO: DUARTE RORIZ
 
Quatro carrinhas levaram ontem todo o recheio do restaurante 

Esta penhora, apurou o CM, foi executada com vista a garantir o pagamento de uma dívida fiscal de 300 mil euros, depois de as Finanças já terem notificado os donos do restaurante várias vezes, sem sucesso.

O João Padeiro tornou-se um dos mais famosos restaurantes de Cascais na década de 70/80. Então situado no centro da vila de Cascais, este restaurante era o espaço de excelência onde se reuniam as elites políticas e empresariais.


Da vila, este restaurante de grande reputação, mudou-se mais recentemente para um espaço na Estrada do Guincho, com vista privilegiada para o mar, através de um contrato de concessão de espaço.

A habitual movimentação de pessoas, que ali iam ao encontro de especialidades como os mariscos e o famoso Linguado à João Padeiro, deu ontem lugar a um entra e sai de homens, que, num ápice, deixaram o João Padeiro entregue ao vazio.

27.7.23

Incêndio em Cascais.

 

Incêndio em Cascais fez "temer o pior". Portugal tem 95% de eficácia

De acordo com o responsável pela pasta da Administração Interna, nos próximos dias poderá ser "possível ter alguns elementos indiciários" das causas do incêndio que, na terça-feira, deflagrou na zona de Alcabideche. Além disso, segundo José Luís Carneiro, Portugal conta com "o maior número de meios materiais, humanos e aéreos de sempre", o que, a par das condições climatéricas, tem contribuído para uma eficácia de 95% no que diz respeito a um "ataque rápido" aos incêndios.

Incêndio em Cascais fez "temer o pior". Portugal tem 95% de eficácia
Notícias ao Minuto

26/07/23 23:47 ‧ Há 11 Horas por Daniela Filipe

País Incêndios

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, salientou que o incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira em Alcabideche, no concelho de Cascais, fez “temer o pior”, uma vez que os ventos poderiam ter encaminhado o fogo para a Serra de Sintra, o que seria “bastante trágico”. 

Conforme adiantou o responsável em declarações à RTP3, as causas deste incêndio estão a ser objeto de investigação por parte da Polícia Judiciária (PJ), em cooperação com a Guarda Nacional Republicana (GNR), sendo que, nos próximos dias, poderá ser “possível ter alguns elementos indiciários”.

José Luís Carneiro não deixou de prestar uma “palavra de agradecimento às mulheres e aos homens de todo o dispositivo da Proteção Civil, aos bombeiros, à Câmara Municipal de Cascais, e a todos os atores que contribuíram para que, tendo deflagrado às 17h00, e tendo ventos que nalguns momentos atingiram os 65 km/h, por volta das 4h00 da manhã estivesse em condições de estar dominado”.

Ainda que durante a manhã desta quarta-feira tenha sido possível “vencer” todas as frentes, o socialista admitiu que este “foi um incêndio que fez temer pelo pior”, uma vez que os ventos poderiam tê-lo “encaminhado durante a noite para a Serra de Sintra”.

“Isso seria, de facto, bastante trágico, a par das proximidades que teve com as habitações e com o próprio hospital”, complementou.

Portugal tem "maior número de meios" atualmente

De acordo com o responsável pela pasta da Administração Interna, um ataque rápido às frentes ativas é um fator “essencial” para a eficácia do combate aos incêndios, cuja estratégia foi, este ano, “melhorada com um maior número de meios”.

Estamos a falar do maior número de meios materiais, humanos e aéreos de sempre neste dispositivo, porque temos bem patente que o ataque inicial é mesmo essencial para evitar que uma ignição se possa vir a transformar num grande incêndio”, salientou.

José Luís Carneiro deu ainda conta de que, atualmente, Portugal tem uma taxa de eficácia de 95% no que diz respeito ao combate aos incêndios, para a qual muito tem contribuído a temperatura relativamente amena que se faz sentir, ao contrário do que ocorreu no ano passado e em períodos anteriores.

“Ou seja, entre a saída e a capacidade de debelar os incêndios até 90 minutos estamos a conseguir uma taxa de 95%. No ano que passou tivemos uma taxa de 90%, mas é evidente que há condições atmosféricas que também têm contribuído”, disse, exemplificando que os incêndios que estão a assolar a bacia do Mediterrâneo são ilustrativos daquilo que, em 2022, a tutela procurou transmitir.

Temperaturas acima de 30º, humidade abaixo de 30%, ventos acima de 30 km/h criam os chamados incêndios extremos. O que se está a viver na Grécia, em França, em Espanha e no Canadá são esses incêndios extremos, que têm momentos em que não é possível o combate. Portanto, trata-se de mitigar o risco e a proteção das pessoas e dos seus bens e, nas condições possíveis, poder enfraquecer estas frentes de incêndio e procurar aumentar os níveis de eficácia do combate”, esclareceu.

"Palavras de precaução são as melhores que podem ser deixadas"

Nessa linha, o ministro da Administração Interna atribuiu os melhores resultados sentidos até ao momento não só às condições climatéricas, mas também ao nível de eficácia do dispositivo da Proteção Civil, ao mesmo tempo que recordou que “há meses muito complicados”.

“Diria que, nestas matérias, palavras de precaução são mesmo as melhores que podem ser deixadas. Há meses muito complicados – agosto, setembro – o que significa que se pode prolongar até outubro. Recordo que, em 2017, um dos momentos mais críticos foi o mês de outubro”, lembrou, numa alusão aos incêndios na região Centro que provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos.

Além disso, José Luís Carneiro fez questão de reforçar que “dois terços dos incêndios têm causas negligentes no uso do fogo, das máquinas agrícolas, e das máquinas florestais”, dando também conta do perigo que viaturas em estradas representam no que diz respeito ao brotar de uma ignição, tal como sucedeu no incêndio que tem lavrado uma zona de mato durante esta quarta-feira, em Almodôvar.

“É muito relevante que, enquanto comunidade nacional, tenhamos a consciência de que dois terços dos incêndios têm a ver com ignições. Por mais meios, por mais conhecimento, por mais recursos que tenhamos, é mesmo importante evitar as ignições, porque é desse número reduzido que conseguimos maior eficácia no ataque inicial”, reiterou.

Vento tem dificultado combate aos incêndios

O ministro apontou ainda que, neste momento, há menos pessoas detidas por crimes associados a incêndios do que no ano de 2022. Isto porque, segundo o mesmo, “em meados de julho [do ano passado] estávamos com temperaturas de 47º e havia um quadro que obrigou a termos nacionais à adoção da declaração de alerta de contingência”.

“Felizmente, até agora, ainda não vivemos esse quadro atmosférico. O que tem tornado muito difícil o combate, e particularmente ontem, em Cascais, tem sido o vento: 65 km/h faz com que a intensidade do incêndio crie uma complexidade no combate, mesmo com temperaturas mais baixas”, ressalvou.

Recorde-se que o incêndio em Cascais foi dado como dominado pelas 04h00, estando no local 591 operacionais apoiados por 182 viaturas, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Nove bombeiros sofreram ferimentos leves no combate às chamas, maioritariamente por "situações de exaustão", e quatro civis foram assistidos "por inalação de fumos", segundo revelou o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, num ponto da situação realizado pelas 23h45 de terça-feira.

O incêndio florestal levou à retirada de perto de 90 pessoas "por precaução", incluindo dois grupos de escuteiros portugueses e espanhóis, adiantou à Lusa o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD).

Foram ainda retirados moradores das localidades do Zambujeiro, Cabreiro ou Murches.

Por fim, cerca de 880 animais provenientes do canil municipal e da Associação São Francisco de Assis foram também transferidos para outro pavilhão municipal, sendo que "já estão todos de regresso aos seus locais de origem".

Leia Também: Meios continuam no terreno em trabalhos de consolidação em Cascais

 

 

"Como um maçarico". Fogo em Cascais em destaque na imprensa internacional

A informação sobre este grande incêndio, entretanto já dominado, 'ecoou' em vários meios internacionais.

"Como um maçarico". Fogo em Cascais em destaque na imprensa internacional
Notícias ao Minuto

10:50 - 26/07/23 por Ema Gil Pires

País Incêndio em Cascais

Porém, a informação não se circunscreveu aos meios de comunicação social portugueses e 'ecoou', nomeadamente, em vários meios internacionais.

Foi aconteceu, precisamente, com a Sky News, que num artigo de balanço sobre os fortes incêndios que se têm registado em vários países - como Itália, Croácia, Turquia e no norte de África -, escreveu que "600 bombeiros acorrem a incêndio português perto de cidade de férias".

"'Como um maçarico': O Mediterrâneo é assolado por incêndios florestais que se propagam na Croácia e em Portugal" foi, por sua vez, o título escolhido pelo britânico Guardian, enquanto a Reuters destacou que "Centenas de bombeiros esforçam-se por apagar o incêndio florestal em Portugal".

O tema chegou também a Espanha, com o El País a destacar que há já a registar "Pelo menos cinco mortos em incêndios em Itália, enquanto a Grécia, a Argélia, a Croácia e Portugal também combatem os incêndios".

A notícia também chegou ao outro lado do oceano Atlântico, nomeadamente ao Brasil, com o G1 a relatar - acompanhado por um vídeo - que os "bombeiros lutam contra incêndio em parque natural em Portugal". 

Segundo o mais recente balanço feito pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na manhã desta quarta-feira, o incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira, no Parque Natural de Sintra-Cascais, "está dominado, mas não está na fase de rescaldo". Por essa razão, foram mantidos no local 500 operacionais, para tentar dar resposta aos "pontos quentes" ainda existentes.

No total, 13 pessoas ficaram feridas: nove bombeiros, que sofreram ferimentos leves nos combates às chamas, e quatro civis, que foram assistidos "por inalação de fumos".

Leia Também: Incêndio em Cascais dominado. Sete bombeiros permanecem no hospital

FOGO NO ZAMBUJEIRO.

 

Combate a fogo em Cascais reforçado devido à proximidade de habitações

O combate ao incêndio que está hoje a lavrar na zona de Cascais está ser reforçado com "mais meios" devido à proximidade de habitações, sendo o vento a principal dificuldade, segundo a Proteção Civil.

Combate a fogo em Cascais reforçado devido à proximidade de habitações
Notícias ao Minuto

19:29 - 25/07/23 por Lusa

País Incêndio

A mesa fonte precisou que o incêndio, com duas frentes ativas na zona de Alcabideche, está a evoluir e os bombeiros estão "a evitar o pior".

Sobre a proximidade do incêndio ao hospital de Cascais e ao Centro Social do Pisão, a fonte afirmou que estas "zonas sensíveis estão acauteladas e a serem monitorizadas pelos bombeiros".

O incêndio, que começou às 16:58 na localidade de Zambujeiro, numa zona de serra, estava pelas 19:20 a ser combatido por 384 operacionais, apoiados por 104 veículos e 14 meios aéreos.

Segundo a GNR, a circulação na Autoestrada 5 (A5) foi hoje à tarde cortada nos dois sentidos entre os nós de Alvide e de Cascais.

O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa indicou ainda que há um bombeiro que sofreu ferimentos ligeiros por inalação de fumos.

Leia Também: Bombeiro ferido no incêndio em Alcabideche. A5 cortada nos dois sentidos

13.6.23

CASCAIS. NATUREZA MORTA.

 

 
No passado, nunca aprendemos com os erros uns dos outros... Tem sido a 
ganância de uns poucos que nos empobrece e mata  a todos... Aqui, e em 
toda a parte.
 


 
 
 

14.3.23

EÓLICAS... No Cabo Raso ! ?

 

Há propostas para instalar eólicas offshore em zonas importantes para aves, denuncia a SPEA

Cagarra. Foto: Jules Verne Times Two / julesvernex2.com / CC-BY-SA-4.0
A proposta preliminar do governo prevê instalar eólicas offshore em Zonas de Protecção Especial para Aves (ZPE), como Sintra-Cascais e Ericeira (ilhas Berlengas), e não salvaguarda a biodiversidade marinha, alertou hoje a SPEA.

Termina hoje a consulta pública à localização das áreas de implantação das eólicas offshore na costa continental portuguesa.

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) está seriamente preocupada com as propostas preliminares e acusa o Governo de não considerar a biodiversidade, nomeadamente as aves, para garantir a seleção de áreas menos sensíveis para a implantação da energia eólica.

“É imperativo mitigar a crise climática, mas a crise climática anda de mão dada com a crise da biodiversidade”, lembrou, em comunicado, Joana Andrade, coordenadora do Departamento de Conservação Marinha da SPEA. “Se instalarmos turbinas eólicas em áreas onde elas põem em risco a fauna marinha, isso não é sustentabilidade.”

No seu entender, “é necessário um planeamento estratégico da energia eólica offshore, fundamentado na ciência, para garantir que temos uma transição energética amiga do ambiente.” 

A proposta do governo inclui propostas de implementação de estruturas eólicas em áreas classificadas como Zonas de Proteção Especial (ZPE), importantes para a avifauna.

Um exemplo é a ZPE do Cabo Raso, onde “a área proposta (Sintra-Cascais) se sobrepõe completamente com a área da ZPE – uma área onde se concentram milhares de aves, sobretudo durante os períodos de migração”.

A proposta inclui ainda áreas para implantação imediatamente adjacentes a outras ZPE, “o que irá comprometer as espécies protegidas que usam essas áreas, por exemplo como área de alimentação ou passagem”. Este é o caso da área proposta da Ericeira, adjacente à ZPE Ilhas Berlengas, onde nidifica a única população continental de cagarra. 

“Instalar eólicas em áreas importantes para as aves e nas áreas circundantes é pôr em risco as espécies que essas áreas deveriam proteger. Para evitar as áreas ocupadas por um parque eólico, as aves poderão ter de se desviar das suas rotas habituais. Isso pode implicar gastar mais tempo e conseguir menos alimento para as crias ou despender energia que não se podem dar ao luxo de desperdiçar quando têm viagens de milhares de quilómetros pela frente”, acrescentou Joana Andrade. 

“Se estiverem mal localizadas, as eólicas offshore porão em risco não só aves como a cagarra, que nidificam no nosso território, mas também as muitas centenas de milhares de aves que, anualmente, percorrem a costa portuguesa durante o período de migração – nalguns casos, praticamente toda a população mundial passa ao largo da nossa costa.”

A costa portuguesa é, por exemplo, a zona de passagem migratória mais importante do mundo para a pardela-balear, a ave marinha mais ameaçada da Europa. “Na maior parte da costa portuguesa, as pardelas-baleares tendem a concentrar-se nas milhas mais próximas da costa, havendo também áreas de concentração importantes já identificadas, como a ZPE de Aveiro-Nazaré ou a ZPE do Cabo Raso. A proposta de áreas de implantação de eólicas nestas áreas é inaceitável, se queremos garantir a conservação destas espécies ameaçadas”, diz Joana Andrade.

“Evitar o planeamento de áreas para eólicas muito perto da costa, como Matosinhos, é também um aspeto chave, que ajudaria a salvaguardar a conservação da pardela-balear e de muitas outras espécies de aves marinhas, evitando também conflitos de interesse com outras atividades”, realça. 

A energia renovável é necessária para alcançar as metas com que Portugal se comprometeu e para mitigar a crise climática. No entanto, para a transição energética ser verdadeiramente sustentável, estruturas como turbinas eólicas têm de ser implementadas em áreas onde provoquem o menor impacto ambiental.

No caso das eólicas offshore e das aves, é fundamental produzir mapas de sensibilidade, tendo em consideração a vulnerabilidade das várias espécies ao impacto das turbinas, o estado das populações e estatuto de conservação, assim como a sua abundância e distribuição no mar, e assim identificar as áreas mais sensíveis e evitar instalar aí as eólicas. “Ainda vamos a tempo de definir localizações onde implementar eólicas offshore não seja um tiro no pé, em termos ambientais. Na SPEA estamos disponíveis para colaborar neste processo, que continuaremos a acompanhar com atenção”, acrescenta Joana Andrade.

18.11.22

CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS. "Uma Família às Direitas"

 

A sogra, o marido, o genro, o filho, a nora e o enteado. Família lucrou vários milhares de euros com a Câmara de Cascais

A sogra, o marido, o genro, o filho, a nora e o enteado. Família lucrou vários milhares de euros com a Câmara de Cascais
O Sr. Presidente.

  A sogra, o marido, o genro, o filho, a nora e o enteado. Família lucrou vários milhares de euros com a Câmara de Cascais

A sogra, o marido, o genro, o filho, a nora e o enteado. Família lucrou vários milhares de euros com a Câmara de Cascais © TVI24

 A Câmara Municipal de Cascais fechou mais de uma dezena de contratos públicos, a maioria por ajuste direto, num montante total de cerca de 600 mil euros, com uma empresa fundada pelo marido da atual administradora executiva da empresa municipal que gere o aeródromo de Tires, que chegou a ser adjunta do autarca Carlos Carreiras.

Ao todo são dez contratos públicos por ajuste direto e cinco contratos por consulta prévia celebrados entre a Câmara e diversas empresas municipais e a empresa DualAlarm - Sistemas de Segurança Lda, fundada em 2011 por António Manuel Agostinho Garcia, casado com Maria do Céu Garcia. Os negócios começaram em 2012 e continuaram até 2022, rendendo à empresa, que fornece, instala e faz a manutenção de sistemas de vigilância, 583.064,70 euros.

Em resposta à CNN Portugal, a Câmara Municipal de Cascais diz não ter conhecimento de “qualquer incompatibilidade entre os intervenientes nos contratos referidos e as entidades contratadas”. A autarquia garante que cumpriu a legislação em vigor e que os “procedimentos que precederam à celebração dos contratos foram desencadeados no cumprimento das normas legais aplicáveis, como são todos os contratos e procedimentos deste município”. 

Também Maria do Céu Garcia diz nunca ter tido “qualquer intervenção em decisões do município relacionadas com pessoas da minha [sua] família”.

Contrato a contrato, o que aconteceu desde 2011

Entre 2011 e fevereiro de 2013, altura em que a empresa passou a ser detida por António Maria Garcia, enteado de Maria do Céu, e por um sócio, a Câmara Municipal de Cascais fez dois contratos por ajuste direto com a DualAlarm. Ambos foram celebrados em setembro de 2012 e totalizavam 19.927,93 euros. Segundo o Diário da República, Maria do Céu Garcia era adjunta do presidente Carlos Carreiras neste período.

Em outubro de 2013, na mesma altura em que Maria do Céu era nomeada adjunta do gabinete de apoio à presidência da Câmara de Cascais depois de uma breve passagem pela Cascais Dinâmica, foi o próprio Carlos Carreiras quem assinou um contrato por ajuste direto com o enteado dela no valor de 41.364 euros. O objetivo, segundo o portal Base, era a “aquisição de serviços de manutenção à central de monitorização de videovigilância à central recetora de alarmes de intrusão instalada na Polícia Municipal”.

Após esta data e até Maria do Céu Garcia assumir a direção executiva da empresa municipal Cascais Dinâmica, que gere o aeródromo de Tires, a empresa fundada pelo marido e agora detida pelo enteado fez mais sete ajustes diretos com a autarquia e com a empresa municipal Cascais Próxima. 

No total, a DualAlarm, que passou a chamar-se DualSecur em 2014, recebeu 200.331 euros em ajustes diretos. Desde a sua constituição, segundo informações que constam no portal Base, a firma apenas celebrou contratos públicos com a Câmara Municipal de Cascais e com as empresas municipais tuteladas pela autarquia.

Também entre junho de 2018 e maio deste ano, a empresa faturou 359.776 euros em contratos feitos através de Consulta Prévia com a autarquia e empresas municipais de Cascais. Com o Município de Cascais, registou dois contratos em junho de 2018 e setembro de 2020, ambos no valor de 73.200 euros, sendo que o último voltou a ser assinado pessoalmente por Carlos Carreiras. 

Pelo meio, a empresa do enteado de Maria do Céu Garcia, fez também outros três contratos por Consulta Prévia com a Cascais Próxima e a Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, todas tuteladas pela autarquia.

Nora também foi nomeada para cargos na Câmara

A nora de Maria do Céu Garcia, Catarina Mona, também deteve cargos dentro da Câmara Municipal de Cascais pelo menos desde outubro de 2017.

Segundo despachos do presidente da Câmara publicados em Diário da República, Catarina Mona, casada com um dos filhos de Maria do Céu Garcia, foi Secretária de Apoio à Vereação na autarquia, entre outubro de 2017 e agosto de 2019. Em setembro de 2019, foi nomeada adjunta desse gabinete.

Para além da nora, também a empresa do genro de Maria do Céu Garcia assinou três contratos por ajuste direto no valor de cerca de 60 mil euros por serviços de consultoria aeronáutica com a empresa municipal Cascais Dinâmica, que gere o aeródromo de Tires e onde Maria do Céu Garcia é administradora executiva. 

Sobre este caso, revelado pela CNN Portugal há uma semana, a Câmara Municipal de Cascais negou ter existido favorecimento familiar. “Absolutamente não”, referiu na altura fonte oficial, garantindo que Maria do Céu Garcia pediu escusa no momento da assinatura dos contratos com a empresa do genro.

Além dos contratos com a empresa do genro, Maria do Céu Garcia está envolta num outro caso em que a administração da Cascais Dinâmica é acusada de privilegiar a empresa de aviação privada Valair - Aviação, Lda, onde trabalha o seu filho José Garcia, num dos hangares do Aeródromo de Tires. 

Há mesmo um processo na Justiça, que decorre no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, em que quatro operadores de aviação moveram uma ação contra a administração da Cascais Dinâmica por estarem a ser alvo de ordens de despejo no hangar n.º4. Os operadores alegam que foram vítimas de “tratamento discriminatório” já que a empresa Valair - Aviação, Lda que também ocupa o mesmo hangar não recebeu qualquer ordem de despejo.

5.9.22

Abate de invasoras previnem fogos no Parque Natural Sintra-Cascais

 

A erradicação de espécies invasoras, a reconversão paisagística e a aposta no turismo de natureza são algumas das medidas que a Câmara de Cascais tem adotado nos últimos anos para prevenir novos incêndios no Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC).

A erradicação de espécies invasoras, a reconversão paisagística e a aposta no turismo de natureza são algumas das medidas que a Câmara de Cascais tem adotado nos últimos anos para prevenir novos incêndios no Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC). 
 
 A erradicação de espécies invasoras, a reconversão paisagística e a aposta no turismo de natureza são algumas das medidas que a Câmara de Cascais tem adotado nos últimos anos para prevenir novos incêndios no Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC).
 
 

O PNSC, no distrito de Lisboa, foi atingido em outubro de 2018 por um incêndio florestal que consumiu perto de 500 hectares, mobilizando cerca de 800 operacionais das forças de socorro e segurança.

Desde então, a Câmara de Cascais tem levado a cabo várias ações no PNSC que visam não só a reflorestação da zona ardida, como também o "estabelecimento de um novo ordenamento paisagístico" e a "recuperação de alguma biodiversidade" que já ali existiu.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da empresa municipal Cascais Ambiente, Luís Capão, explicou que o investimento no PNSC começou a ser feito há cerca de 12 anos, depois de ter sido encontrado um espaço florestal "abandonado e sem vida".

"O património natural do parque estava totalmente devassado, quer por espécies invasoras, nomeadamente acácias, quer por falta de gestão florestal, quer pela incapacidade de promoção da biodiversidade. Era uma zona meramente verde, como se fosse um deserto, sem atividade. As populações não se reviam e estavam de costas voltadas. Tínhamos vandalismo, depósito ilegal de entulho e algumas práticas perigosas", afirmou.

Luís Capão referiu que no rescaldo do incêndio de 2018 a autarquia (presidida pelo social-democrata Carlos Carreiras) "deu início a um processo de reflexão sobre este fenómeno" e definiu dois planos, "um de restauração pós-fogo e outro de paisagem".

"O plano de restauração pós-fogo visou identificar riscos e promover ações de restauro ecológico. Foi executado na sua maioria, estando ainda em curso algumas ações como controle de invasoras e recuperação de linhas de água", explicou.

Foi feita a reconversão de espécies existentes no PNSC, nomeadamente "transformando acaciais em carvalhais, ou em zonas de olival, e reconvertendo eucaliptais".

"Estivemos na altura a proteger as bacias de retenção, como todas as linhas de escoamento de água da zona ardida para evitarmos a perda de solo, resultante do incêndio. O incêndio foi no início de outono, tínhamos chuvas. Fizemos o corte das árvores que arderam em pé e pusemo-las numa posição perpendicular ao escorrimento das águas e hoje em dia já temos algumas galerias húmidas que se foram criando nessas zonas", contou.

Relativamente ao plano de paisagem, "está aprovado e em fase de implementação", sendo o objetivo final a gestão integrada de todo o território, envolvendo também os proprietários.

"Este plano desenvolve o histórico de ocupação do solo e relaciona o abandono da agricultura com o aumento das ignições, estuda padrões de fogo, tipificando as diferentes características de progressão face ao terreno, e condições meteorológicas padrão", apontou o representante.

Luís Capão sublinhou que a implementação deste programa vai permitir "desenvolver modelos de gestão que mitiguem o risco de incêndio", promover a biodiversidade e a "transição de um território expectante para uma paisagem dinâmica, com a recuperação da ecoagricultura, de circuitos de distribuição e a dinamização do turismo de natureza".

Na prática, está a ser desenhada a ocupação potencial de cada área, com apicultura, produção de vinho, pomares, hortícolas, gestão florestal: "Teremos zonas de pastagem, zonas de produção agrícola, zonas de arbusto e uma zona florestal pura", perspetivou.

Atualmente a autarquia está a criar uma Zona de Interesse Florestal (ZIF) e a estabelecer parcerias com os proprietários privados de algumas parcelas de terreno que integram o PNSC.

"Olhamos para a zona que ardeu em 2018 e vimos o que podíamos fazer localmente. Não tivemos qualquer apoio. Temos uma grande parte de terreno que é privado e temos tentado fazer parcerias para gerir esse território", disse.

Questionado sobre a possibilidade de este modelo ser replicado noutros parques naturais do país, Luís Capão ressalvou que tal "só terá sucesso com muito investimento e vontade política", já que exige equipas especializadas e multidisciplinares com um caderno de encargos.

Segundo o responsável, a Câmara de Cascais investiu nos últimos 12 anos cerca de 20 milhões de euros no PNSC.

No entanto, a intervenção tem sido contestada por algumas organizações ambientalistas, que organizaram em fevereiro deste ano uma caminhada simbólica pela zona dos abates para denunciar a retirada de outras árvores não invasoras, como ciprestes e pinheiros, classificando-a como um "crime ambiental".

Nessa iniciativa participaram organizações ambientalistas como o SOS Parque Natural Sintra-Cascais, Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra, QSIntra, Fórum Cidadania Lisboa, Fórum por Carcavelos, Grupo Ecológico de Cascais ONGA e Associação de Defesa da Aldeia de Juso.

Face às críticas, o município, que já tinha anteriormente esclarecido os motivos e os contornos desta intervenção, reiterou que tudo está a ser feito com recurso às "melhores práticas nacionais de gestão florestal".

"A ação de controlo de espécies invasoras realizada no PNSC nos últimos dias tem uma ampla validação técnica e um grande envolvimento de entidades externas como o Ministério do Ambiente, o Instituto da Conservação da Natureza (ICNF), os corpos de bombeiros e o Serviço Municipal de Proteção Civil", argumentou a autarquia, acusando os grupos ambientalistas de tentar "manipular os cidadãos" e de "pôr em causa o trabalho de muitos profissionais".

"A operação de controlo das invasoras segue também as melhores práticas internacionais na proteção da paisagem e no combate às alterações climáticas", acrescentou.

Leia Também: Incêndios são "cada vez mais exigentes e complexos", diz MAI

 Lusa - 27 - 08 - 2022

25.5.22

CASCAIS VILLA VAI SER DEMOLIDO.

 

 O centro comercial CascaisVilla, localizado à entrada da vila de Cascais, vai ser demolido e ali vai nascer um projeto de requalificação que conjugará habitação com comércio e que será assinado por um “arquiteto internacional de referência”, revelou o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras. Segundo o Expresso, o projeto em causa terá a assinatura do conceituado arquiteto britânico Norman Foster. A este projeto e investimento soma-se outro que vai nascer no icónico edifício do Pão de Açúcar, que também será demolido para serem construídos empreendimentos residenciais.

Citado pela publicação, o autarca confirmou a demolição do CascaisVilla, que tem como proprietário a Bain Capital, sociedade de investimento sediada nos EUA, e explicou que a mudança prevista para a zona “vai permitir uma área de implantação mais pequena, com o espaço a ficar repartido por vários edifícios, abrindo mais a rotunda e fazendo uma praça na parte de trás, com a possibilidade de outros usos”. 

“Finalmente conseguimos resolver o CascaisVilla e para isso foi precisa muita teimosia, mas felizmente neste momento está resolvido, irá abaixo, irá fragmentar-se em vários edifícios e terá uma função diferente daquela que tem hoje”, explicou Carlos Carreiras, estimando que o edifício venha abaixo no espaço de dois a três anos. Já a requalificação demorará, depois, outros dois a três anos.

 


 

24.4.22

Museu do Mar e da Língua vai nascer no Forte de Salazar

 


 

Rente ao mar, o mesmo mar que viu partir as caravelas para “dar novos mundos ao mundo”, o Forte de Santo António da Barra, “de Salazar”, no Estoril, deverá, a médio prazo, vir a albergar o Museu do Mar e da Língua.

 Projeto do Professor Luís Reto, co-autor do Atlas da Língua Portuguesa, aquele que será o novo espaço museológico do concelho contemplará uma exposição permanente sobre a língua portuguesa como ativo global e um serviço educativo no espaço do forte. O projeto contará também com uma forte componente virtual, não se esgotando naquele espaço físico. A este nível será desenvolvido um portal com os principais indicadores sobre a língua portuguesa no Mundo. Serão também desenvolvidas exposições temporárias e atividades culturais relacionadas com a língua portuguesa tanto presenciais como à distância.

Todas as novidades serão reveladas no dia 25 de abril, durante a manhã, numa celebração que marca um importante virar de página: assinalam-se agora 48 anos sobre a Revolução dos Cravos e Portugal passa a viver mais tempo em democracia do que aqueles em que viveu sob o jugo da ditadura.

 Nada melhor para assinalar a data no concelho do que apresentar publicamente a há muito pensada nova vida do Forte de Santo António da Barra, no Estoril, a que muitos se habituaram a chamar “Forte de Salazar”. Um património que faz parte da história nacional e que, pela sua circunscrição geográfica, da história de Cascais

Cedência de utilização por 50 anos

O novo museu só é possível concretizar com a já prevista cedência de utilização do Forte de Santo António da Barra ao Município de Cascais por um período de 50 anos pela Direção Geral do Tesouro.

  Parte integrante da lista de Imóveis para Rentabilizar no Âmbito da Lei Orgânica n.º 3/2019, de 3 de setembro (in DR n.º 176, de 13 de setembro de 2019, parte C, p. 25) o imóvel ficará assim, ao serviço da cultura nacional, reforçando a oferta museológica do concelho de Cascais. Ganha, assim, corpo a ideia da Câmara Municipal quando, em 2019, chamou a si a salvaguarda do Forte travando a degradação, retirando toneladas de lixo e vegetação e levando a cabo uma operação de “lifting” para que o forte pudesse abrir ao público a 25.04.2019. 

Em três anos, Cascais assumiu sempre a gestão, segurança e manutenção possível deste património. 

 Agora, com a concessão mais dilatada no tempo, por 50 anos, vão ali ser desenvolvidas obras de fundo e implementado o Museu da Mar e da Língua, devolvendo ao forte a dignidade que merece e colocando-o ao serviço dos cidadãos.

24.2.22

CASCAIS. QUE FUTURO ?

 

ANATOMIA DE UM ECOCÍDIO: O Parque Natural Sintra-Cascais

OPINIÃO

19 fevereiro 2022 | 19h12
Qualquer pessoa que frequente o Parque Natural Sintra-Cascais na zona entre a Malveira e a Peninha sabe que, nos últimos anos e, nomeadamente, nos últimos meses, têm sido praticados cortes absolutamente inqualificáveis de extensas áreas, sendo arrasados, designadamente, cupressos e pinheiros com dezenas e centenas de anos.



Há mais de uma semana, um conjunto de associações ambientais e movimentos cívicos (entre os quais o Grupo de Amigos das Árvores de Sintra, o Grupo Ecológico de Cascais, o Fórum por Carcavelos, o Fórum Cidadania Lisboa, a Associação de Defesa da Aldeia de Juso, o QSintra e o SOS Parque Natural Sintra-Cascais) apresentaram a diversas entidades (Ministério do Ambiente e da Ação Climática, Ministério da Agricultura, CMC, ICNF, APA, SEPNA, IGAMAOT) provas fotográficas disso mesmo e uma queixa pelo corte de árvores de espécies não-invasoras numa vasta área do Parque Natural Sintra-Cascais, na freguesia de Alcabideche, pedindo explicações para o facto. As explicações oficiais continuam sem ser dadas. Porém, como é costume, a CMC apressou-se a vir dizer aos meios de comunicação social a lenga-lenga do costume: que tudo não passava de ignorância e que apenas estavam a ser cortadas acácias, espécie invasora. Mentira pura. Têm sido cortadas acácias? Têm. Devem ser cortadas as acácias? Nalguns locais, sem dúvida. Mas o corte das acácias não justifica o corte das outras espécies. A menos que as mesmas estejam a ser cortadas por razões económicas, ligadas ao valor da sua madeira. Que é alto, muito maior do que o das acácias. A que se destinam estas toneladas de madeira? E as de madeira exótica? Quem as compra? Quem as vende? Por quanto? O que é feito ao dinheiro? 

Diga-se que nas áreas em que a CMC levou a cabo semelhante ecocídio em anos anteriores, são agora predominantes…as acácias! Com efeito, pela forma como a intervenção foi realizada, as acácias voltaram a nascer; as outras grandes árvores não. E a maior parte dos exemplares plantados pela CMC morreu.

A CMC e o ICNF – que gerem o Parque Natural como se fosse um feudo deles e não ouvem as organizações ambientais, ao contrário do que estão obrigadas – estão, pois, a tornar o Parque Natural um campo deserto e sem vida, ameaçando flora e fauna protegida por tratados internacionais.

17.2.22

CÂMARA DE CASCAIS AUTORIZA O ABATE INDISCRIMINADO DE ÁRVORES ! ?

 

Organizações ambientalistas denunciaram hoje o abate de centenas de árvores no Parque Natural Sintra-Cascais, considerando que se trata de "crime ambiental", mas a Câmara de Cascais assegurou que a intervenção florestal visa controlar e erradicar espécies invasoras exóticas.
Câmara de Cascais assegura que abate de árvores visa erradicar espécies invasoras

Em causa está o “abate de centenas de árvores de grande porte numa área significativa do Parque Natural Sintra-Cascais”, na freguesia de Alcabideche, concelho de Cascais, distrito de Lisboa, situação para a qual foi apresentada queixa a várias entidades, inclusive ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, informou o Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra, uma das organizações ambientalistas que denunciaram o caso.

A queixa foi apresentada por um grupo de vários cidadãos e de várias organizações ambientalistas, nomeadamente SOS Parque Natural Sintra-Cascais, Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra, QSIntra, Fórum Cidadania Lisboa, Fórum por Carcavelos, Grupo Ecológico de Cascais ONGA e Associação de Defesa da Aldeia de Juso.

Divulgando fotografias e vídeos do corte de árvores, as organizações ambientalistas afirmam que se tratam de “espécies não-invasivas” e que “a extensão do abate é grande”, exigindo “medidas imediatas” para “impedir a continuação da destruição de um património natural numa zona protegida por lei no Parque Natural Sintra-Cascais, o primeiro parque natural nacional, com biodiversidade única ao nível de flora e fauna, insubstituível e de extrema importância para o meio ambiente e para o país, em particular perante o cenário de emergência climática”.

16.11.21

QUINTA DA MARINHA E COMPANHIA LIMITADA.

 Agora, que toda, ou quase toda, a Quinta da Marinha está irreconhecível no que aos valores naturais diz respeito, se exceptuarmos a zona que tem inicio junto ao desvio para Oitavos, seguindo uma linha quase reta até ao parque de campismo junto à Areia é que ficam surpresos pelo urbanismo exagerado ? E de mau gosto ( para alguns ) .  Atente-se nas fotos em anexo obtidas este fim de semana. Tempos houve em que por obra e graça não sei de quem, ou do quê ,os incêndios recorrentes naquela propriedade davam lugar a rápidos " planos de recuperação da área queimada " . Hoje isso rareia, mas a destruição dos espaços verdes atingiu as raias do escândalo, até para quem não tem residência para aqueles lados.

 

Por este não. E pelos outros ?


 Toda a envolvente da Marinha excepto ( por enquanto ) a já referida área, está a ser objecto de urbanizações a torto e a direito. A quinta da Bicuda já foi. Agora toda a zona a norte desta ate´ às localidades de Birre e Areia, é um ver se te avias. Mais longe no Cobre, idem, na Pampilheira o mesmo.Tudo está em permanente estaleiro de obras. Cascais nem se fala. 

Resta-lhes o quê ?  Pressionar o Parque Natural Sintra - Cascais para permitir quanto antes a destruição paisagística do que falta ? 

Se for assim adeus  Raso , Abano, Figueira do Guincho, Biscaia ( Esta já com alertas dos moradores em sua opinião para alguns atentados ali cometidos ); também a envolvente do Autódromo, Penha  Longa e muito mais.

 A quem atribuir responsabilidades morais?  









Quem quiser observar mais do mesmo visite os arredores do campo de golfe Oitavos Dunes. Acrescento que, em breve, e pelo andar da carruagem, ou os moradores trancam-se ainda mais ou temos ali um dormitório típico dos arrebaldes . Como diria " o outro ". Chamem a Polícia .