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31.3.15

RODA DA FORTUNA

Sesostris governante egípcio, tendo vencido vários outros poderosos senhores, levava-os cativos atrelados ao seu carro de triunfador.

   Um destes, olhava para as rodas do carro de Sesostris.
   Este notou-o e perguntou-lhe o motivo.

   E ele respondeu:
   - Estou a olhar para essas rodas e meditando que a parte que está de cima, em breve desce até à lama e vice versa.

  Assim pode ser o carro da vossa fortuna.

   Hoje estais vencedor; amanhã podeis estar cativo.

   Sesostris pensou algum tempo e depois pôs os cativos em liberdade.
  
Sesóstris I
Faraó
Senuseret I ou Sesóstris I foi o segundo Faraó da XII Dinastia que governou a região por trinta e quatro anos após a morte do pai. Seu reinado corresponde ao auge da literatura e artesanato egípcio. Wikipédia


 

 Subjuga com cordas os cornos dos bois e com benefícios o coração dos homens.


   Não devemos orgulhar-nos na prosperidade, nem desanimar na desgraça.

  

29.3.15

VILA DA PÁSCOA

Bem no centro de Cascais mais exactamente no Jardim Visconde da Luz estão disponíveis para serem adquiridos diversos produtos na sua maioria de origem artesanal.

 Basta visitar-mos as pequenas casas de madeira que ali se encontram para essa finalidade. Dizem os responsáveis que esta iniciativa como  outras semelhantes que por ali ocorreram visam e cito:

 " Dinamizar a vivência urbana e o comércio local nesta quadra festiva é  o objectivo desta iniciativa, que assume a denominação de " Vila de Páscoa".

  Estive por lá e contribui comprando meia dúzia de produtos. A escolha é diversificada entre queijos, vinhos, roupa, brinquedos além de diversos acessórios.

Em 29 de Março de 2015

https://www.desportonalinha.com/uploads/Cascais/2014/Pascoa_-_Cascais_-_1M020414.jpg

28.3.15

A " DANÇA " DAS HORAS

Datas de Mudança da Hora


____________________________________
HORA DE INVERNO E VERÃO PARA 2015

Portugal continental
Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal continental:
  • será adiantada  60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março e atrasada  60 minutos às 2 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 25 de Outubro.

Região Autónoma da Madeira
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma da Madeira:
  • será adiantada  60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março e atrasada  60 minutos às 2 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 25 de Outubro.

Região Autónoma dos Açores
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores:
  • será adiantada  60 minutos às 0 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março e atrasada  60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 25 de Outubro.

____________________________________
DATAS DE MUDANÇA DA HORA ATÉ 2016
Comunicação da Comissão Europeia respeitante às disposições relativas à hora de Verão
Jornal Oficial nº C 061 de 14/03/2006 p. 0002 – 0002
Nos anos de 2007 a 2011, inclusivé, o início e o termo do período da hora de Verão são fixados, respectivamente, nas datas seguintes, à 1 hora da manhã, tempo universal:
  • 2007: domingo 25 de Março e domingo 28 de Outubro,
  • 2008: domingo 30 de Março e domingo 26 de Outubro,
  • 2009: domingo 29 de Março e domingo 25 de Outubro,
  • 2010: domingo 28 de Março e domingo 31 de Outubro,
  • 2011: domingo 27 de Março e domingo 30 de Outubro.
Jornal Oficial nº C 083 de 17/03/2011 p. 0006 – 0006
Nos anos de 2012 a 2016, inclusivé, o início e o termo do período da hora de Verão são fixados, respectivamente, nas datas seguintes, à 1 hora da manhã, tempo universal:
  • 2012: domingo 25 de Março e domingo 28 de Outubro,
  • 2013: domingo 31 de Março e domingo 27 de Outubro,
  • 2014: domingo 30 de Março e domingo 26 de Outubro,
  • 2015: domingo 29 de Março e domingo 25 de Outubro,
  • 2016: domingo 27 de Março e domingo 30 de Outubro.

26.3.15

PÁSCOA COM VALORES ELEVADOS DE TEMPERATURA

Ver a imagem de origem
Calor na Páscoa deste ano. ( Imagem da Internet )


Informação Meteorológica Comunicado válido entre 2015-03-26 16:34 e 2015-03-31 23:59

 Valores Elevados da Temperatura na semana da Páscoa

 A diminuição da intensidade do vento e a mudança gradual de circulação de norte para nordeste, que será mais notória nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, irá originar subida da temperatura do ar, a partir do dia 27 e de forma mais generalizada a partir do dia 31 de Março

.Os valores mais elevados da temperatura deverão ocorrer no vale do Tejo, interior do Alentejo e Algarve, onde a temperatura variará entre os 26 a 29ºC até ao dia 30, subindo para valores entre 27 e 31ºC a partir do dia 31, terça-feira. Nas regiões a norte de Coimbra, os valores da temperatura estarão entre os 20 e 25ºC, subindo para valores da ordem de 26 a 28ºC em alguns locais do interior, a partir de terça-feira

.Nas regiões do litoral oeste, onde a corrente de norte será predominante, os valores da temperatura do ar dependerão da influência marítima, resultando num aumento da incerteza da previsão. 

Nesta região, até segunda-feira, dia 30, a temperatura terá valores entre os 17 a 22ºC, prevendo-se que, a partir do dia 31, suba para valores entre 23 a 26ºC no litoral a norte do Cabo Raso e entre 26 a 29ºC entre este cabo e Sagres.

 Estes valores da temperatura, na generalidade do território, estarão acima dos valores normais para a época do ano.

 Na região Sul e no Ribatejo a temperatura máxima poderá atingir valores próximos dos valores absolutos para esta altura do ano.  Quinta, 26 de Março de 2015.


20.3.15

ALENTEJO . A ORIGEM DAS HERDADES DO ALENTEJO

   As propriedades rústicas do Alentejo são, na maior parte, distribuidas em terrenos mais ou menos extensos chamados herdades.
   Essa distribuição teve origem em tempo de D. Afonso III que, abolindo as  jugadas estabelecidas por D.Afonso Henriques e os foros certos ou censos de D. Sancho I, deu as terras livres alodiais, separando a parte que reservou para si, em reguengos. Estes terrenos, passando em herança de pais para filhos, tomaram o nome de terras herdadas ou herdades.
   É a este  sistema de divisão de terreno em grandes propriedades livres, que se deve atribuir o defeito da falta de população, em que sempre esteve e ainda está todo o Alentejo. Mas ele foi naqueles tempos necessário.
   Das épocas anteriores à invasão árabe, nenhuns vestígios se encontram, que nos mostrem qual era a população dos extensos sertões situados entre o Sado e os serros de Monchique; entre o oceano e os plainos de Aljustrel e de Ourique. Eram provavelmente vastas e sombrias florestas de sobreiros, carvalhos e azinheiros, só habitadas pelos animais bravios.
   Nem o Celta, nem o Lusitano deixaram um só vestígio da sua existência nestes lugares, sem dúvida mais desertos então do que hoje. O legionário romano não curava de arrotear terras. Só conhecia a via militar, e o castro ou presídio a que ela o conduzia. O Godo, sempre em contínuas lutas, destruía sem produzir. Durante o domínio muçulmano, a agricultura atingiu certo grau de desenvolvimento, se atendermos aos vestígios da existência de casais agrícolas, situados no centro das matas, e apartados das povoações acasteladas. Estes vestígios são os nomes que ainda conservam algumas povoações rurais,tais como.
Alfardim,  Aduares, Almadamim, Almagede, Alcarial, Alcoleia, Feitais, Ademas, Afincerna ,Alqueivinhos ,Enxarafe   ,Fataca,  Alpendre , Lesiria, etc.

Herdade alentejana ( Quadro e foto  de J.P.L. )

   Desde esse tempo até aos primeiros  reis portugueses, as guerras e correrias continuadas entre moiros e cristãos assolaram, e deviam quase inteiramente despovoar, estes vastos territórios, que só poderiam ser de novo povoados assegurando-se aos colonos a posse das terras para si e para seus descendentes.
   Tal foi, segundo nos parece, o motivo que levou D. Afonso III a dividir o país em grandes propriedades, sem o qual estímulo, dificilmente seria povoado. *

Extraído de um artigo publicado no ano de 1860 no jornal  " O Bejense "







17.3.15

VIDA. O QUE A DEFINE ?



VIDA ( Foto de J.P.L. )

Vida

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
 
A Terra apresenta uma grande biodiversidade, com numerosas espécies de seres vivos.



A vida (do termo latino vita)[1] é um conceito muito amplo e admite diversas definições.

 Pode-se referirː ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço de tempo entre a concepção e a morte de um organismo[2]

; à condição de uma entidade que nasceu e ainda não morreu; e àquilo que faz com que um ser esteja vivo. Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos.[3]
 

A vida

Definição convencional

A água é uma substância essencial para a vida.


Por mais simples que possa parecer, ainda é muito difícil para os cientistas definir vida com clareza. Muitos filósofos tentam defini-la como um "fenômeno que anima a matéria".[4]
De um modo geral, considera-se tradicionalmente que uma entidade é um ser vivo se, exibe todos os seguintes fenômenos pelo menos uma vez durante a sua existência [5]:
  1.  
  2. Desenvolvimento: passagem por várias etapas distintas e sequenciais, que vão da concepção à morte.
  3.  
  4. crescimento: absorção e reorganização cumulativa de matéria oriunda do meio; com excreção dos excessos e dos produtos "indesejados".
  5. Movimento: em meio interno (dinâmica celular), acompanhada ou não de locomoção no ambiente.
  6. Reprodução: capacidade de gerar entidades semelhantes a si própria.
  7. Resposta a estímulos: capacidade de "sentir" e avaliar as propriedades do ambiente e de agir seletivamente em resposta às possíveis mudanças em tais condições.
  8. Evolução: capacidade das sucessivas gerações transformarem-se gradualmente e de adaptarem-se ao meio.
Estes critérios têm a sua utilidade, mas a sua natureza díspar torna-os insatisfatórios sob mais que uma perspectiva; de facto, não é difícil encontrar contraexemplos, bem como exemplos que requerem maior elaboração. Por exemplo, de acordo com os critérios citados, poder-se-ia dizer que o fogo tem vida.
Tal situação poderia facilmente ser remediada pela adição do requisito de limitação espacial, ou seja, a presença de algum mecanismo que delimite a extensão espacial do ser vivo, como por exemplo a membrana celular nos seres vivos típicos. Tal abordagem resolve o caso do fogo, contudo leva adicionalmente a novos problemas como o de definição de indivíduo em organismos como a maioria dos fungos e certas plantas herbáceas, e não resolve em definitivo o problema, pois ainda poder-se-ia dizer que:


  • as estrelas têm vida, por motivos ainda semelhantes aos do fogo.
  • os geodes também poderiam ser consideradas seres vivos.
  • Vírus e afins não são seres vivos porque não crescem e não se conseguem reproduzir fora da célula hospedeira; caso extensível a muitos parasitas externos.
Se nos limitarmos aos organismos "convencionais", poder-se-ia considerar alguns critérios adicionais em busca de uma definição mais precisa:
  1. Presença de componentes moleculares como hidratos de carbono, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos.
  2. Composição por uma ou mais células.
  3. Manutenção de homeostase.
  4. Capacidade de especiação.
Contudo, mesmos nesses casos ainda detectar-se-ia alguns impasses.

 A exemplo, toda a vida na Terra se baseia na química dos compostos de carbono, dita química orgânica. Alguns defendem que este deve ser o caso para todas as formas de vida possíveis no universo; outros descrevem esta posição como o chauvinismo do carbono, cogitando, a exemplo, a possibilidade de vida baseada em silício.

Mais definições

A definição de "vida" de Francisco Varela e Humberto Maturana (amplamente usada por Lynn Margulis) é a de um sistema autopoiético (que gera a si próprio) de base aquosa, limites lipoproteicos, metabolismo de carbono, replicação mediante ácidos nucleicos e regulação proteica, um sistema de retornos negativos inferiores subordinados a um retorno positivo superior.[6]

 
Stuart Kauffman define-a como um agente ou sistema de agentes autónomos capazes de se reproduzir e de completar pelo menos um ciclo de trabalho termodinâmico.


A definição de Robert Pirsig pode ser encontrada no seu livro Lila: An Inquiry into Morals, como tudo o que maximiza o seu leque de possibilidades futuras, ou seja, tudo o que tome decisões que resultem num maior número de futuros possíveis, ou que mantenha o maior número de opções em aberto.


Bioquímicos têm definido a vida como um conjunto de moléculas que, em suas interações mútuas, desenvolvem um programa de autorregulação cujo resultado final é a perpetuação da mesma coleção de moléculas. Um equilíbrio dinâmico que, ao trocar matéria e energia com o meio, permite a redução da entropia.[7]

 
Há, possivelmente, mais possibilidades de definição de vida, uma vez que se pode conceituá-la a partir do sentido que se atribui ao "viver".


Descendência modificada: uma característica útil

 

 

Uma característica útil sobre a qual se pode basear uma definição de vida é a da descendência modificada: a capacidade de uma dada forma de vida de gerar descendentes semelhantes aos progenitores, mas com a possibilidade de alguma variação devida ao acaso.


A descendência modificada é por si própria suficiente para permitir a evolução, desde que a variação entre descendentes confira diferentes probabilidades de sobrevivência.

Ao estudo desta forma de hereditariedade conforme verificada na natureza dá-se o nome de genética. Em todas as formas de vida conhecidas - excluídos os priões, que não são considerados seres vivos, contudo incluídos os vírus e viroides, de classificação ainda incerta - o material genético consiste principalmente em DNA ou no outro ácido nucleico comum, RNA.


Uma crítica a esse critério surge ao se considerar o código de certas formas de vírus e programas informáticos estruturados através de uma programação genética: a questão de programas informáticos poderem ser considerados seres vivos, frente esta definição, é certamente um assunto controverso.


Exceções à definição comum

 

Muitos organismos são incapazes de reproduzirem-se e contudo são seres vivos, como as mulas e as formigas obreiras.

 No entanto, estas exceções podem ser levadas em consideração aplicando a definição de vida ao nível da espécie ou do gene individual.

Entretanto, novos questionamentos a essa abordagem são inevitáveis ao considerarem-se temas específicos como a selecção de parentesco, que fornece informação adicional acerca da possibilidade de indivíduos não reprodutivos poderem, mesmo assim, aumentar a dispersão dos seus genes e a sobrevivência da sua estirpe.


Quanto aos dois casos de o fogo e as estrelas encaixarem na definição de vida, ambos podem ser facilmente remediados definindo metabolismo de uma forma bioquimicamente mais precisa.

 No seu livro Fundamentals of Biochemistry (ISBN 0-471-58650-1), Donald e Judith Voet definem metabolismo da seguinte maneira:
"Metabolismo é o processo geral pelo qual os sistemas vivos adquirem e utilizam a energia livre de que necessitam para desempenhar as suas várias funções. Fazem-no combinando as reações exoérgicas da oxidação de nutrientes com os processos endoérgicos necessários para a manutenção do estado vivo, tais como a realização de trabalho mecânico, o transporte ativo de moléculas contra gradientes de concentração, e a biossíntese de moléculas complexas."
 
 
Esta definição, usada pela maioria dos bioquímicos, torna claro que o fogo não está vivo, pois liberta toda a energia oxidativa do seu combustível em uma reação "explosiva", sob a forma de calor.


Os vírus reproduzem-se, as chamas crescem, as máquinas movem-se, alguns programas informáticos sofrem mutações, evoluem e, no futuro, provavelmente exibirão comportamentos de elevada

complexidade; contudo, não são seres vivos via tal definição. Por outro lado, na origem da vida, células com metabolismo mas sem sistema reprodutivo podem perfeitamente ter existido.


 A maioria, contudo, também não considera estas entidades como seres vivos, e geralmente todas as cinco características devem estar presentes para que um ser seja considerado vivo.

Definição biológica moderna

 

Diante desse impasse, frente à definição mais atual e à parte as propostas não factualmente corroboradas, por certo sabe-se que, biologicamente, a vida é um fenômeno natural que pode ser descrito como um processo contínuo de reações químicas metabólicas ocorrendo em um ambiente evolutivamente estruturado de forma a tornar propícias a ocorrência e manutenção de tais reações; que fazem-se sempre sob controle direto ou indireto de um grupo de moléculas especiais, os ácidos desoxirribonucleicos, ou simplesmente DNA.


A presença de DNA ou, de forma "equivalente", RNA, é na atualidade condição necessária à definição de ser vivo, contudo discute-se ainda se a presença de forma potencialmente funcional dessa molécula é ou não condição suficiente para defini-la. A classificação dos vírus como seres vivos ou não ainda encontra-se incerta.


Vida no contexto religioso

 

O conceito de vida é notório o suficiente para não passar despercebido pelos religiosos. Fundamenta-seː no princípio da vida ou da existência da alma (na crença cristã, sendo exclusiva aos humanos); na existência animada (do termo latino anima) no caso; ou na duração da existência animada de um indivíduo ou ente.


Sob a ótica cristã, no caso a bíblica, quanto à vida terrestre, física, as coisas que possuem vida, em geral, têm a capacidade de crescimento, metabolismo, reação a estímulos externos, e reprodução.

A palavra hebraica usada na Bíblia é hhai‧yím, e a palavra grega é zo‧é

. A palavra hebraica né‧phesh e o termo grego psy‧khé, que significam "alma", também são usados para referir-se à vida, não em sentido abstrato, mas à vida como uma pessoa ou animal.

 Compare as palavras "alma" e "vida", segundo usadas em Livro de Jó, capítulo 10, versículo 1

; Livro de Salmos, capítulo 66, versículo 9

 Livro dos Provérbios, capítulo 3, versículo 22.

 Segundo a Bíblia, a vegetação possui vida, operando, nela, o princípio de vida, mas não vida como alma. A vida no mais pleno sentido, conforme aplicada a entes inteligentes, é a existência perfeita com direito a alma.[8]

 
O conceito dentro da fé religiosa transcende, contudo, a ciência e a biologia modernas, não havendo suporte de cunho científico moderno algum que corrobore a existência de alma. O animismo há muito foi descartado pela ciência no caso.

Origem da vida

 

Ver artigo principal: Origem da vida
 
 
A origem da vida levanta questões científicas, religiosas e filosóficas.


Não existe, ainda, nenhum modelo consensual para a origem da vida, mas a maioria dos modelos atualmente aceitos baseiam-se duma forma ou doutra nas seguintes descobertas:
  1. Condições pré-bióticas plausíveis resultam na criação das moléculas orgânicas mais simples, como demonstrado pela experiência de Urey-Miller.
  2. Fosfolípidos formam espontaneamente duplas camadas, a estrutura básica da membrana celular.
  3. Processos para a produção aleatória de moléculas de RNA podem produzir ribozimas capazes de se replicarem sob determinadas condições.
  4. A árvore da vida converge todos os seres vivos conhecidos a um único ponto de ancestralidade comum.
Existem muitas hipóteses diferentes no que diz respeito ao caminho percorrido das moléculas orgânicas simples às protocélulas e ao metabolismo.

 A maioria das possibilidades tendem quer para a primazia dos genes quer para a primazia do metabolismo; uma tendência recente sendo a de buscar modelos híbridos que combinem aspectos de ambas as abordagens.

De acordo com o astrónomo e astrofísico Thomas Gold, a Teoria da Biosfera Profunda e Quente indica que há fortes indícios de que a vida microbiana é extremamente difundida na profundidade da crosta da Terra.

 Condizente com tal teoria, a vida tem sido identificada em vários locais no oceano profundo, ligada a emanações de gases primordiais.

 Essa vida não é dependente da energia solar e da fotossíntese como sua principal fonte de fornecimento de energia, e é essencialmente independente das circunstâncias da superfície terrestre. Seu suprimento de energia vem de fontes químicas, devido aos fluidos que ascendem, oriundos de níveis mais profundos na Terra.

 Os seres unicelulares vivendo em tais ambientes são hoje classificados em um super-reino próprio, o Archaea, e podem, muito bem, guardar, em si, os mecanismos que deram origem aos primeiros seres vivos.


Segundo a teoria, em massa e volume essa biosfera profunda pode ser comparável com toda a vida de superfície. Tal vida microbiana poderia, em princípio, explicar a presença de moléculas biológicas em todos os materiais carbonosos na crosta, e considerar que estes materiais são em totalidade oriundos de depósitos biológicos acumulados na superfície não seria, portanto, necessariamente válido.


A vida como conhecida poderia encontrar-se em hipótese generalizada também no interior de corpos planetários do nosso Sistema Solar ou mesmo em objetos isolados vagando no espaço interestelar; uma vez que muitos deles têm condições tão adequadas para que isso ocorra como as encontradas em certas situações aqui na terra, embora constituindo ainda ambientes totalmente inóspitos em suas superfícies para quase a totalidade dos seres vivos.

Pode-se, mesmo, especular que a única alternativa é a vida ser amplamente distribuída no universo, habitando desde corpos planetários no nosso sistema solar até outros sistemas estelares. Sabe-se, hoje, que a nossa tabela periódica é responsável pela descrição de toda a química do universo.


A vida como conhecemos tem, por base, o carbono e a água, e a energia é obtida usualmente via presença de oxigênio, esteja esse livre no ar ou sendo liberado através da redução de compostos como óxidos, sulfatos, e outros. As fontes de carbono estão relacionadas com hidrocarbonetos primordiais, sobretudo o metano.

Tais substâncias primordiais encontram-se amplamente distribuídas no universo, e cogitar que os processos que as originaram ocorreram apenas aqui na Terra é para muitos, nestes termos, no mínimo muita pretensão. Uma extensão desse argumento nos leva à hipótese da panspermia.


Especulações à parte, de facto tem-se, contudo, que a vida conforme conhecida com quase certeza surgiu e certamente evoluiu na Terra.


De acordo com o físico Marcelo Gleiser em seu livro "Criação Imperfeita", a vida teria surgido na Terra há cerca de 4 bilhões de anos. Os primeiros registros fósseis de vida remontam aos estromatólitos formados na era paleoarqueana do éon arqueano, há uns 3,430 mil milhões de anos atrás.[9]
 

A possibilidade de vida extraterrestre

 

Ver artigo principal: Vida extraterrestre e Astrobiologia
 
 
Até a data, a Terra é o único planeta do universo conhecido por humanos a sustentar vida.


 A questão da existência da vida noutros locais do universo permanece em aberto, mas análises como a equação de Drake têm sido usadas para estimar a probabilidade dela existir.

 Das inúmeras reivindicações de descoberta de vida noutros locais do universo, nenhuma sobreviveu ao escrutínio científico.


O mais próximo que a ciência moderna chegou de descobrir vida extraterrestre é a evidência fóssil de possível vida bacteriana em Marte (por via do meteorito ALH84001).


A procura de vida extraterrestre centra-se atualmente em planetas e luas que, se crê, possuam ou já tenham possuído água no estado líquido.

 Dados recentes dos veículos da NASA Spirit e Opportunity apoiam a teoria de que Marte teve, no passado, água à superfície (ver Vida em Marte para mais detalhes). As luas de Júpiter são, também, consideradas boas candidatas para albergarem vida extraterrestre, especialmente Europa, que parece ter oceanos de água líquida.


Fora do sistema solar, os únicos planetas descobertos até agora potencialmente habitáveis são Gliese 581 c,Kepler 452b e Kepler 108.

 

 

Referências


  1. Evolução - A História da Vida - Palmer, Douglas; Barret, Petter - Larrouse - 2009

 

Ver também

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Ligações externas

 

  • Dicionário Michaelis UOL. «Vida». Consultado em 5 de fevereiro de 2012

  • MOORE, K. L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

  • Unesp. «O que é vida». Consultado em 5 de fevereiro de 2012

  • Molwick. «Teorias da origem da vida». Consultado em 5 de fevereiro de 2012

  • Silva Júnior, César da; Sasson, Sezar - Biologia César e Sezar - Volume Único - 3. edição reformulada - 2003 - Editora Saraiva - ISBN 85-02-04456-7

  • «J. theor. Biol. 2001» (PDF). Consultado em 18 de junho de 2004. Arquivado do original (PDF) em 20 de julho de 2004

  • LEHNINGER. Princípios de bioquímica.

  • it-3 pp. 780-787 Vida