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2.5.12

PORTUGAL E PORTUGUESES

O que mais me desgosta é estar aqui  a colocar imagens perturbadoras ou que conduzam a estados de espírito taciturnos, porém, o que se passou e passa entre nós, não me permite por vezes outra saída que não esta.

 O que se passou ontem ( 1º de Maio ) com distúrbios vários em que até envolveu a polícia para serenar os ânimos quando portugueses,  invadiram super-mercados ( Pingo-Doce ) na justa ânsia de aproveitar uma promoção de 50% sobre a compra de um determinado valor leva-me a constatar, sem qualquer dúvida, que o problema da fome já serve a certos empresários e "sus muchachos"   para aniquilarem a dignidade deste triste e amargurado povo que somos todos.
 Se mesmo assim ganham e lucram, porque não baixam os preços regularmente ?


Fome e Miséria Internacional

                               Ontem como hoje, aqui, em Portugal



" E eu pergunto aos economistas, aos políticos,aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização,à ignorância,à desgraça invencível,à penúria absoluta para produzir um rico ? " ( Almeida Garret .  1799 - 1854. )


Pergunto apenas ! Quem nos meteu nesta situação porque espera para agir ?
Partido Pirata português



Será que todos estão acobertados sob esta imagem ? »



Pacheco Pereira: Pingo Doce mostra "o retrato fidedigno da nova pobreza"





Pacheco Pereira viu humilhação no caso Pingo Doce e critica a campanha que demonstra a necessidade das pessoas. Isto pode ser um rastilho para a conflitualidade. Para o sociólogo o que aconteceu mostra o empobrecimento das pessoas.
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O ex-deputado social-democrata lembra que o país está numa situação peculiar, é como se fosse uma loja de cristal e, por isso, “é preciso cuidado”.

Para o sociólogo, há uma assimetria grande entre quem foi às lojas aproveitar os descontos e quem tomou a decisão de fazer a promoção. Para Pacheco Pereira também não é normal ter sido feita esta acção no dia 1 de Maio. Aliás, o ex-deputado do PSD foi o único a relevar a data em que foi feita a acção. Tanto António Costa como António Lobo Xavier desvalorizaram a coincidência. Para Pacheco Pereira, não havia necessidade de se ter realizado esta campanha a 1 de Maio.

“Há muita gente que está a sofrer e com muita dificuldade e, não se podendo evitar o sofrimento e a austeridade, há, no entanto, que ter extremo cuidado no tratamento das pessoas, em particular com a sua dignidade”.


 Para Pacheco Pereira houve, nesta acção, humilhação de algumas pessoas.

 “Posso atirar um saco de moedas ao ar e as pessoas atiram-se para apanhar. Foi um bocado o que aconteceu. Quem foi lá apanhar as moedas ficou contente, mas sabe que se teve de se pôr no chão. E aí há uma certa humilhação”.

Pacheco Pereira falava das pessoas que diz ter visto, nas imagens que lhe chegaram, com vergonha de estarem naquelas filas, sujeitas a demoras de horas para serem atendidas, algumas a arrastar os sacos pelo chão.
 Ainda assim também não descarta a hipótese de ter havido pessoas a acorrerem ao Pingo Doce para revenderem ou noutros casos os pobres que não escondem a sua condição natural. 

 O que chocou Pacheco Pereira foram as pessoas que não sendo pobres estão a empobrecer. “São o retrato fidedigno da nova pobreza”. A campanha demonstra “um princípio absoluto de necessidade” das pessoas que “têm de ser tratadas com muito respeito e cuidado”.

Para o sociólogo, “isto gera mais conflitualidade do que outras situações, não há nada melhor para gerar conflitualidade do que a humilhação das pessoas”.

E aponta também baterias ao Governo. Hoje o poder “tem uma linguagem muito eufemística em relação ao empobrecimento. Há maneira de fazer diferente. Há muitas maneiras, nomeadamente não enganar as pessoas”.








" Em Portugal a definição de governo de esquerda ou de direita refere-se somente à mão usada para roubar...
Os de centro são ambidestros...