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17.9.11

D. LUÍZ I REI DE PORTUGAL



Ali... Em frente à praia do peixe ou dos pescadores temos a figura de Sua Magestade El Rei D. Luiz.



SUA MAGESTADE EL-REI D. LUÍS I ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
ALGUMAS PALAVRAS NA BASE DO BUSTO ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
Em 1870, quando o Rei D. Luiz e toda a Família Real decidem escolher esta Vila para local de veraneio, e residência oficial, Cascais atinge o auge da sua notoriedade.


No palácio dos governadores, na Cidadela, realizam-se algumas obras ( poucas ).
 É de facto o despertar de uma nova era.
 Da quase desconhecida praia de pescadores surgiria, em breve, a praia aristocrática, ponto obrigatório de reunião das melhores famílias portuguesas.
   Todos os anos, no alvorecer do Outono, a Vila anima-se com a presença do Chefe do Estado e da corte...dos primeiros turistas nacionais.
 Pouco a pouco, Cascais foi-se embelezando com a construção de luxuosas moradias.
 Aqui se radicaram alguns dos nobres de então.'

 Nota - Na base do pedestal está escrito Luíz. Será assim ou Luís ?

Os nomes próprios estão sujeitos às mesmas regras ortográficas que os nomes comuns, salvo casos especiais. Admite-se, no entanto, que qualquer pessoa, para ressalva de direitos, possa manter, à margem da ortografia oficial, a escrita que por costume adopte na assinatura do seu nome, conforme o Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro em vigor, que data, como sabemos, de Abril de 1931. Teve, depois, algumas alterações, mas não neste particular.
Em conclusão:

a) Cada um pode escrever o seu nome fora das regras estabelecidas, mas só para ressalva de direitos. Na imprensa, por exemplo, sujeitam-se a que os seus nomes se escrevam na grafia mais actual, como é uso nos jornais.

As outras pessoas submeter-se-ão às regras ortográficas estabelecidas. Escreva-se, portanto, Luís.'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/luis-luiz-luis/164 [consultado em 17-08-2020]




 
Luís I
Rei de Portugal e Algarves
Reinado 11 de novembro de 1861
a 19 de outubro de 1889
Aclamação 22 de dezembro de 1861
Antecessor(a) Pedro V
Sucessor(a) Carlos I
 
Esposa Maria Pia de Saboia
Descendência Carlos I de Portugal
Afonso, Duque do Porto
Casa Bragança-Saxe-Coburgo-Gota
Nome completo Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando
Nascimento 31 de outubro de 1838
  Palácio das Necessidades, Lisboa, Portugal
Morte 19 de outubro de 1889 (50 anos)
  Cidadela de Cascais, Cascais, Portugal
Enterro Panteão da Dinastia de Bragança, Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal
Pai Fernando II de Portugal
Mãe Maria II de Portugal
Religião Catolicismo
Brasão

Luís I (Lisboa, 31 de outubro de 1838Cascais, 19 de outubro de 1889),[1] apelidado de "o Popular", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1861 até sua morte. Era o segundo filho da rainha D. Maria II e seu marido o rei D. Fernando II, tendo ascendido ao trono após a morte prematura de seu irmão mais velho o rei D. Pedro V.

Biografia

Infante

O Infante D. Luís nasceu a 31 de outubro de 1838, segundo filho da rainha D. Maria II e do seu consorte, D. Fernando II. Embora a sua condição de filho segundo não desse a prever que D. Luís ascenderia ao trono português, a sua educação foi esmerada e compartilhada em grande parte com o seu irmão mais velho, o Príncipe Real D. Pedro: esteve a cargo do conselheiro Carl Andreas Dietz, que havia sido preceptor de D. Fernando, seu pai, até Abril de 1847, quando Dietz foi obrigado a deixar Portugal sob acusações de intromissão na política nacional associadas à sua filiação religiosa protestante, tendo sido este substituído pelo Visconde da Carreira, auxiliado por Manuel Moreira Coelho.[2]

 
D. Luís, enquanto Infante de Portugal, 1854.


D. Pedro e D. Luís dividiam o tempo entre os palácios de Mafra, Sintra, e de Vila Viçosa, para além de estadias esporádicas no Palácio de Belém.[2]

Na qualidade de filho secundogénito do casal real, D. Luís enveredou pela carreira naval, tendo sido nomeado praça da Companhia dos Guardas Marinhas e reconhecido em cerimónia no Arsenal da Marinha em 28 de outubro de 1846, contando apenas com 8 anos de idade. Viria a ser sucessivamente promovido a segundo-tenente (1851), capitão-tenente (1854), capitão-de-fragata (1858) e capitão-de-mar-e-guerra (1859). Teve o primeiro comando naval em Setembro de 1857, no brigue Pedro Nunes, no qual efectuou um cruzeiro na costa de Portugal e uma viagem a Gibraltar. Foi nomeado, pelo irmão D. Pedro V, comandante da corveta Bartolomeu Dias, em 21 de Junho de 1858. Ao comando da Bartolomeu Dias, veio a cumprir nove missões de serviço entre os anos de 1858 e 1860: liderou a expedição aos arquipélagos da Madeira e dos Açores; foi responsável pelo transporte do Príncipe Jorge da Saxónia para Lisboa, onde este se casou com a Infanta D. Maria Ana, sua irmã; conduziu o casal a Inglaterra; deslocou-se a Tânger; e, em 1860, a Angola; foi de novo à Madeira às ordens da imperatriz Isabel da Áustria; e trouxe o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen de Southampton, para o seu casamento com a Infanta D. Antónia, tendo depois conduzido os noivos a Anvers.[2]

Rei de Portugal

Ratificação do casamento de D. Luís I e de D. Maria Pia, na Igreja de São Domingos, 1862.


D. Luís herdou a coroa em novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão D. Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de dezembro do mesmo ano. A 27 de setembro do ano seguinte casou-se, por procuração, com D. Maria Pia de Sabóia, filha do rei Vitor Emanuel II da Itália. Quando infante serviu na marinha, visitando a África Portuguesa. Exerceu o seu primeiro comando naval em 1858.
Luís era um homem culto e de educação esmerada, como todos os seus irmãos. De grande sensibilidade artística, pintava, compunha e tocava violoncelo e piano. Poliglota, falava correctamente algumas línguas europeias. Fez traduções de obras de William Shakespeare.
Em 1869 não quis ser monarca de Espanha e fez questão de o deixar bem claro tanto ao Conselho de Ministros, presidido pelo duque de Loulé, como ao povo português. Dois dias depois da sua carta patriótica ter saído no Diário do Governo, foi a vez da publicação no Diário de Notícias, servindo assim à Casa Real para desmentir o boato de que iria haver abdicação: "Nasci português, português quero morrer", proclamou D. Luís, na primeira página do DN a 28 de setembro de 1869. D. Luís caso aceitasse a coroa espanhola teria de abdicar em Portugal para D. Carlos, o filho de apenas 6 anos, com D. Fernando II como regente, abrindo-se a médio prazo uma possibilidade de União Ibérica. Depois da recusa de D. Luís o trono espanhol foi entregue a Amadeu de Saboia[3].
Durante o seu reinado e, em consequência da criação do imposto geral de consumo, que a opinião pública recebeu mal, originou-se o motim a que se chamou a Janeirinha (em finais de 1867). Também a 19 de maio de 1870, se verificou uma revolta militar, promovida pelo marechal Duque da Saldanha e que pretendia a demissão do governo. À revolta de 19 de maio, respondeu o monarca em 29 de agosto, com a demissão do ministério de Saldanha, chamando ao poder Sá da Bandeira.
Em setembro de 1871, subiu ao poder Fontes Pereira de Melo, que organizou um gabinete regenerador, o qual se conservou até 1877. Seguiu-se o Duque de Ávila, que não se aguentou durante muito tempo por lhe faltar maioria. Assim, e depois do conflito parlamentar que rebentou em 1878, Fontes foi chamado outra vez para constituir gabinete. Consequentemente, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar escandalosamente os regeneradores. Este episódio constitui um incentivo ao desenvolvimento do republicanismo. Em 1879, D. Luís chamava, então, os progressistas a formarem governo.


D. Luís e D. Maria Pia, 1862.



No seu tempo surgiu a Questão Coimbrã (1865-1866) e ocorreu a iniciativa das Conferências do Casino (1871), a que andavam ligados os nomes de Antero de Quental e Eça de Queiroz, os expoentes de uma geração que se notabilizou na vida intelectual portuguesa. De temperamento calmo e conciliador, foi um modelo de monarca constitucional, respeitador escrupuloso das liberdades públicas. Do seu reinado merecem especial destaque o início das obras dos portos de Lisboa e de Leixões, o alargamento da rede de estradas e dos caminhos-de-ferro, a construção do Palácio de Cristal, no Porto, a abolição da pena de morte para os crimes civis, a abolição da escravatura no Reino de Portugal, e a publicação do primeiro Código Civil.
Em 1884, foi efectuada a Conferência de Berlim, resultando daí o chamado Mapa Cor-de-Rosa, que definia a partilha de África entre as grandes potências coloniais: Alemanha, Bélgica, França, Inglaterra e Portugal.
Fértil em acontecimentos, é no reinado de D. Luís I que são fundados alguns dos partidos políticos portugueses: o Partido Reformista (1865), que ascendeu ao poder em 1868, o Partido Socialista Português (1875), com o nome de Partido Operário Socialista, e o Partido Progressista (1876), que chega ao poder em 1879. Em 1883, dá-se a realização do Congresso de Comissão Organizadora do partido Republicano. No final do seu reinado, o Partido Republicano apresenta-se já como uma força política perfeitamente estruturada.


Rei D. Luís I, 1862.




D. Luís era principalmente um homem das ciências, com uma paixão pela oceanografia. Investiu grande parte da sua fortuna no financiamento de projectos científicos e de barcos de pesquisa oceanográfica, que viajaram pelos oceanos em busca de espécimes. Praticou, com sucesso, fotografia[4].
Luís seguiu os passos de sua mãe - D. Maria II, mandando construir e fundar associações culturais. Em 1 de Junho de 1871, D. Luís esteve no Seixal (uma vila fundada pela sua mãe), para testemunhar a fundação da Sociedade Filarmónica União Seixalense. Neste mesmo dia terminava a Guerra Franco-Prussiana.
Morreu, depois de um longo sofrimento, na cidadela de Cascais, a 19 de outubro de 1889, a poucos dias de completar 51 anos. Sucedeu-lhe o seu filho D. Carlos, sob o nome de D. Carlos I de Portugal. Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
No dizer dos biógrafos, D. Luís era "muito agradável e liberal. [...] A Sr.ª D. Maria Pia dizia que ele era um pouco doido, aludindo a certas aventuras de amor. [...] Além de tais aventuras, nada satisfazia mais o sr. D. Luís que o culto da arte. Escrevia muito, traduzia obras estrangeiras, e desenhava; mas o seu entusiasmo ia sobretudo para a música. Tinha uma grande colecção de violinos, e um bom mestre-escola [...]"

Títulos, estilos, e honrarias

Estilo de tratamento de
Luís I de Portugal
Coat of Arms of the Kingdom of Portugal (1640-1910).png
Estilo Sua Majestade Fidelíssima
Tratamento direto Vossa Majestade Fidelíssima
Estilo alternativo Senhor

Títulos e estilos

  • 31 de Outubro de 1838 – 11 de Novembro de 1861: "Sua Alteza, o infante D. Luís, Duque do Porto"
  • 11 de Novembro de 1861 – 19 de Outubro de 1889: "Sua Majestade Fidelíssima, o Rei"
O estilo oficial de Luís enquanto rei era: "D. Luís, pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."

Honrarias

Enquanto monarca de Portugal, D. Luís foi Grão-Mestre das seguintes Ordens:

Descendência

De sua mulher, D. Maria Pia de Saboia, princesa da Sardenha e de Piemonte e depois de Itália (1847-1911), teve:

Ancestrais

Ver também

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Luís I de Portugal

Referências


  1. Revista E n.º (2421), 23 de Março de 2019. Carlos Relvas, pág. 89.

Bibliografia



D. Luís I de Portugal
Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota
Ramo da Casa de Saxe-Coburgo-Gota
31 de outubro de 1838 – 19 de outubro de 1889
Precedido por
D. Pedro V
Coat of Arms of the Kingdom of Portugal (1640-1910).png
Rei de Portugal e Algarves
11 de novembro de 1861 – 19 de outubro de 1889
Sucedido por
D. Carlos I
Precedido por
D. Maria II
Brasao-Duque-Porto.png
Duque do Porto
31 de outubro de 1838 – 11 de novembro de 1861
Sucedido por
D. Afonso



  • «D. Luís (1838-1889)». Infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2018

  • Ventura, António (2009). D. Luís, o Popular. Dinastia de Bragança 1861-1889 1.ª ed. Matosinhos: Quidnovi. p. 6-12. ISBN 978-989-554-607-7

  • «O dia em que D. Luís recusou ser rei de Espanha e disse no DN "português quero morrer"»

  • 13.9.11

    D. DIOGO DE MENESES

    D. DIOGO DE MENESES ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
    LOCALIZAÇÃO BEM PENSADA. ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )


     ...A crise portuguesa de 1579 teve larga repercussão na Vila de Cascais, cujo trágico desfecho sofreu como poucas terras do País. Foi teatro da primeira investida castelhana no seu " assalto " a Lisboa para conquista da terra portuguesa, cujo direito, por morte do cardeal D. Henrique, Filipe II de Castela, arrogara.





    RESTARIA ACRESCENTAR QUE FOI VÍTIMA DE TRAIÇÃO ( Foto de J.P.L. )



     Página sombria da história de Cascais, ...mas que  bem demonstra a intrepidez e a nobreza de carácter de quem esta Vila não mais poderá esquecer: D. Diogo de Menezes.

       Entregue a guarda de Cascais à sua reconhecida energia e lealdade para com o Prior do Crato, foi, porém, vencido pelo duque de Alba, após um desembarque ardiloso.

       A recusa formal de D. Diogo de Menezes e do alcaide Henrique Pereira em entregarem a Vila e a Fortaleza valeu-lhes o patíbulo e a forca.

       Bem ficaram merecendo desta heróica Vila estes dois valorosos portugueses.
     Que Cascais o reconheça...*


    *Do livro . " Monografia de Cascais. "


    Diogo de Meneses (governador da Índia)

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
     
     
    D. Diogo de Meneses
    Retrato de D. Diogo de Meneses. In Ásia portuguesa de Manuel de Faria e Sousa. Lisboa 1674
    Governador da Índia Flag of Portugal (1521).svg
    Período 1576 - 1578
    Antecessor António Moniz Barreto
    Sucessor Luís de Ataíde
    2ª vez
    Dados pessoais
    Nascimento 1520
    Morte 2 de agosto de 1580 (60 anos)
    Progenitores Mãe: D. Cecília de Menezes
    Pai: D. Diogo de Menezes, alcaide-mór de Castelo Branco
    Dom Diogo de Meneses (c. 1520 - Cascais, 2 de agosto de 1580) foi um militar e administrador colonial português.

    Biografia

    Exerceu o cargo de capitão-mor da Fortaleza de Malaca e foi o 26.º governador da Índia,[1] de 1576 a 1578, em substituição de Rui Lourenço de Távora, que faleceu durante a viagem para o Estado Português da Índia.
     Durante o seu governo registou-se a derrota portuguesa na Batalha de Alcácer-Quibir, que contribuiu para a degradação progressiva do Império Português no Oriente.

    Lutou ao lado de D. António de Portugal, Prior do Crato, contra a invasão do reino por D. Filipe II de Espanha na Captura de Cascais, vindo a cair prisioneiro e, posteriormente, a ser decapitado (ou enforcado) por ordem do Duque de Alba:

    "Após atacar o Castelo de Setúbal, as tropas castelhanas iam submetendo os redutos anti-filipistas. Em Cascais, no mês de agosto, o Duque de Alba venceu a guarnição portuguesa enforcando o comandante dela, D. Diogo de Meneses, além do alcaide Henrique Pereira e dois artilheiros".[2]

    Homenagens

    D. Diogo de Meneses, Cidadela de Cascais (bronze de Augusto Gil, 2010).


    Em sua homenagem, a 17 de abril de 2010 foi inaugurada no exterior da Cidadela de Cascais uma estátua sua, de corpo inteiro, em bronze, da autoria de Augusto Gil:
    "26.º Governador da Índia chamado a organizar a defesa em Portugal contra a entrada do exército espanhol em território nacional, primeiro no Alentejo e depois em Cascais, tendo sido executado (na fortificação à data existente na Cidadela de Cascais) pelos invasores por não se ter entregue nem rendido."[3]

    Referências


    1. [1]
    Precedido por
    António Moniz Barreto
    Governador da Índia Portuguesa
    15761578
    Sucedido por
    Luís de Ataíde
    2ª vez
  • OLIVEIRA MARTINS, Joaquim Pedro de. História de Portugal (14ª ed.), Editora Guimarães, 1964.

  • Instituiçôes e governo espanhol no Brasil 1580-1640 por Roseli Santaella Stella. 2000, cf. Fortunato de Almeida. História de Portugal. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1926, t.IV, l.VII, p.23-24; Eduardo Ibarra y Rodríguez. España Bajo los Austrias, p.228


  • 10.9.11

    SETEMBRO E AS AVES MIGRATÓRIAS EM CASCAIS.

    ROLA BRAVA. ERAM MILHARES EM SETEMBRO NOS ANOS 60  NA REGIÃO DE CASCAIS


    Setembro. 

    Este mês é aquele em que os nossos campos são animados pela presença de inúmeras aves migratórias em sua maioria pequenos insectivoros que da Europa do norte demandam as regiões de África em busca de sustento que com os rigores do Inverno europeu seria de todo impossível aqui encontrar.

     Assim para mim é uma altura do ano em que melhor posso observar toda a beleza desse maravilhoso mundo em movimento.

    ROTAS MIGRATÓRIAS. FALTA AQUI UM IMPORTANTE PERCURSO, JUNTO AO LITORAL PORTUGUÊS.
                                                        
    Em tempos idos aqui na região de Cascais mais própriamente junto ao Farol da Guia logo que os primeiros " nordestes " de Setembro sopravam surgiam rolas em bandos de centenas e até milhares na sua rota migratória para África.

     Acompanhavam-nas largos milhares de pequenas aves que enchiam os campos com a sua alegre presença. Ainda assisti a isto em dias na minha meninice que revejo, saudoso, nos " arquivos " da memória.

       Hoje tudo acabou, fruto do progresso no que   a iluminação,  por exemplo, inviabilizou a orientação das aves pois é um dado adquirido que na sua maioria as grandes movimentações efectuam-se de noite.
     A agricultura é diferente também nas regiões de nidificação da rola comum sendo poucas as que pela Península criam em relação ao passado.

     O clima parece algo alterado e enfim um vasto rol de situações que todos sabemos tornaram o momento presente, nesse aspecto, um local sem interesse que não seja o de perturbar a ordem natural.


    de entre os visitantes de antanho, destaco: 

    Papa-moscas-preto

    Papa-moscas-preto
     
    O papa-moscas-preto é uma ave da família Muscicapidae. É uma espécie insectívora. O macho nupcial caracteriza-se pela plumagem preta e branca, a fêmea e o macho não nupcial são acastanhados, com manchas brancas nas asas.
    • Classificação mais alta: Ficedula
    • Nome científico: Ficedula hypoleuca


              Esta espécie está presente em Portugal durante os períodos migratórios, sendo particularmente comum na passagem outonal (de Agosto a princípios de Novembro), sendo Setembro o melhor mês de observação. Não está classificada pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. As aves em migração frequentam qualquer zona arborizada, nomeadamente montados, pinhais, pomares, olivais, matas ripícolas ou parques e jardins. A sua dieta é essencialmente constituída por formigas-d’asa, vespas e escaravelhos.                                        
                                                                      

    A MINHA VIZINHA

    ATENTA E TRANQUILA ESTA MINHA VIZINHA ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

    SOBRE O POSTE A ROLA OBSERVA-ME ( Foto de J.P.L. Setembro de 2011 )
    Eis um local de repouso como qualquer outro.
     Assinalo, no entanto, o facto curioso de na ocasião o termómetro registar 31º,  cerca das treze horas dessa Quinta feira oito de Setembro.
     De uma coisa a rolinha está segura desfruta uma boa paisagem sem medos.
     E, modéstia à parte de um vizinho amigo.

    8.9.11

    YU 55. PROFETAS DA DESGRAÇA ? É HOJE !


            Representação gráfica simulando a possível trajectória do asteróide YU 55 entre 8 e 9 de Novembro.

      Segundo os jornais " The Sun " e a  " N.A. S.A." ou seja a tão « querida »  Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica, um calhau, rocha, pedra,detrito, gelo em suma:

     um asteróide descoberto por um cientista do " Programa de Observação Espacial " situado perto de Tucson, Arizona, E.U.A. encontra-se em rota de colisão com a nossa casa comum, mas tranquilizemo-nos tal não sucederá dentro dos próximos cem anos.

     A não ser que...Bem o YU 55 vai fazer-nos uma  " rasante " ou como eles, astrónomos afirmam vai ser por   " Um cabelo ".

     Este Rochedo do espaço ou  lá o que queiramos chamar-lhe tem 400 metros de diâmetro e pesa segundo os cálculos ;  55 Milhões de Toneladas.
     Daí o YU 55.

       Até ver é considerado o maior objecto a chegar perto cá da nossa casinha, a bem amada Terra.

     Apesar de orbitar o Sol de 14 em 14 meses só agora o sujeitinho decide aproximar-se a apenas 324 mil kilómetros ou seja, bem mais perto do que a distância da Terra à Lua que é de , neste caso, apenas 384 mil kilómetros.

     Uma distância preocupante ou não ?
     O tal " fio de cabelo ".

       Especulando um pouco. 

    Caso atinja cá a nossa pacata Terra vamos desta para melhor pois o impacto equivaleria ao deflagrar simultâneo de cerca de 65 mil bombas atómicas, abriria uma cratera  de aí uns 10 Kilómetros de largura por uns meros 600 metros de fundo.

     Podemos especular o que sucederia se o impacto fosse em terra ou no mar.

    Eu tenho a minha ideia e não imagino que fiquemos muitos para contar.

       Porém como aqueles rapazes lá dos States dizem para estarmos nas calmas assim farei.

     No entanto segundo li a N.A.S.A. lá vai dando uns sinais de alerta para alguns dos seus conterrâneos simulando emergências e formas de actuar dentro dessas eventualidades.

     Exercícios preventivos e de rotina, segundo dizem.

                                                                    
       Coisa estranha ?
     Ou não !!! 
    Indicia algo sério este comportamento ou será impressão cá do simples mortal?
     Creio que se os cientistas alertassem para aquela trágica eventualidade seria o correr desenfreado a tudo o que fosse alimentos, medicamentos e afins. 
    O fim do Mundo antecipado.
     E se depois fosse falso alarme.
     Estão a ver as cabeças a rolar, não estão!
      Bom vou aguardar e pensar como os Gauleses    " Só espero que o céu não me caia em cima da cabeça. 
    Mas amanhã não será a véspera desse dia. "


    Astérix , Óbelix e Ideiafix . Falto eu, a fugir do céu em queda.
      
     

                                                 
                                     

    7.9.11

    MILITARES MORREM NO COMBATE AO FOGO DA SERRA DE SINTRA



     JORNAL " O SÉCULO "  ( foto de J.P.L. )
    UMA NUVEM SOMBRIA ( Foto de J.P.L. )
    Fez ontem ( 6 / 9 / 66. ) que teve inicio uma das maiores tragédias ocorridas , aqui, na região. Passam quarenta e cinco anos sobre o grande incêndio na Serra de Sintra. Guardo na minha memória, como fotografias nítidas, alguns pedaços desses dias em que o fogo se apoderou da minha serra, levando com ele desde vidas humanas a muitas outras vidas.

    Vasculhei as minhas recordações de criança, pois tinha doze anos, apresentando  aqui o que recortei nessa ocasião do jornal O Século.


    25 militares morreram num inferno de chamas.     ( Foto: J.P.L. )




    A hora.  Eram 4' 40 da madrugada de 7 de Setembro.??  Não ! Na realidade eram 16 ' e 40" .( J.P.L. )
    Uma palavra : luto ( Foto:J.P.L. )
    Relato dramático.    ( Foto: J.P.L. )
    Um só destino; na vida e na morte.    ( Foto:J.P.L. )
    Descansem em paz.   ( Foto: J.P.L. )

    O maior fogo que há memória em Sintra.   ( Foto: J.P.L.  )
     Assim se recordou aquilo que os militares do R.A.A.F.. todos os anos consideram ponto de honra. Homenagear no local os seus Heróis, Assim tem sido ao longo destes anos.

    Nas fotografias de baixo vemos recordada a memória daqueles infelizes. Pela minha parte muito mais tinha para dizer e publicar. De momento, fico-me por estes " retalhos ".

    LÁPIDES EVOCATIVAS ( Foto de J.P.L. )
    MINA DE ÁGUA PERTO DO LOCAL ( Foto de J.P.L. )
    A MINA DE ÁGUA A QUE NÃO LHES FOI POSSÍVEL ACEDER (Foto de J.P.L. )


    UM TRECHO DA SERRA NOS DIAS DE HOJE  ( Foto de J.P.L. )
                                                                  
    SERRA DE SINTRA

    SERRA DE SINTRA ( foto de J.P.L. )
     A serra de Sintra no dia 9 de Setembro de 2011

     A SERRA VISTA DE CASCAIS ( Foto de J.P.L. )
    7 - 9 - 2011