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30.11.16

UM PÉ DE TRIGO RESISTENTE

Ele há coisas que só vistas, contadas nem tem graça. Mesmo assim gostaria que vissem as fotos que junto. Um pé de trigo com as suas espigas bem aloiradas e repletas de pão nasceu e medrou à beira de uma estrada onde passam diariamente centenas de veículos.

Um pé de trigo nasceu na berma da estrada ( Foto J.P.L. )

   Quis o acaso que ainda tivesse tempo de registar tal facto. Reconheço que as fotos ficaram sem qualidade alguma o que muito lamento, mas...Nem por isso deixam de ser curiosas. Este pé de trigo esteve todo o Verão naquele local .

                       Assim é a minha terra. Terra de pão, aqui fica a prova documental.
                       Aconteceu na estrada entre as localidades do Zambujeiro e Janes 

25.11.16

A TRAGÉDIA DAS CHEIAS


imagem do DN online  


Cheias 1967
Na noite de 25 e madrugada de 26 de Novembro de 1967, há 49 anos, uma grande tempestade assolou o país. Na região da Grande Lisboa, mais de 500 pessoas perderam a vida, perto de 900 foram desalojadas e verificou-se um sem número de danos em infraestruturas, nomeadamente pontes, estradas e edifícios de diversa natureza.

A passagem de um sistema de baixa pressão sobre a região caraterizado por uma forte convecção e forte instabilidade, associada a uma atmosfera rica em vapor de água, traduziu-se num evento extremo cuja quantidade de precipitação registada num período de 4 a 9 horas foi compatível com um período de retorno superior a 100 anos.

A precipitação total ocorrida foi observada essencialmente num período de 5 horas, o que em algumas estações correspondia ao seu valor médio mensal.

A estação de São Julião do Tojal em 5 horas registou 110,6 mm (entre as 19 e as 24h), tendo tido um pico de 30 mm entre as 22 e as 23h da noite de 25 de novembro. Nessa noite, entre as 21 e as 22h, foram registados 42 mm em Sassoeiros, 60 mm no Monte Estoril e 33 mm em Sintra/Pena.

A elevada quantidade de precipitação originou este evento de cheias rápidas (as chamadas flash floods), no entanto o que o tornou num dos mais mortíferos em Portugal, foi principalmente a construção inadequada em leitos de cheia e a coincidência com a hora de pico da maré alta.

A maior parte das vítimas, residente ao longo de bacias de pequenos rios e ribeiras da região, muitas em habitações precárias e clandestinas, foi apanhada durante o sono, o que se traduziu num aumento substancial de mortos e desalojados.

Este evento corresponde ao segundo mais intenso de precipitação em 24h para a área da grande Lisboa entre 1950 e 2008, com uma média de precipitação de 86 mm. O evento mais intenso de precipitação na mesma área ocorreu em 1983 com média de precipitação de 95 mm, porém com impacto consideravelmente menor.

Nota: notícia elaborada com base no artigo: “The deadliest storm of the 20th century striking Portugal: Flood impacts and atmospheric circulation”, publicado no Journal of Hydrology, de Ricardo M. Trigo et all.; e na publicação “Contribuição para o estudo da cheia da região de Lisboa em 25-26 de Novembro de 1967” do Serviço Meteorológico Nacional de Silvério F. Godinho.

Era eu um garoto porém,hoje, ainda me recordo deste dia.

11.11.16

CLIMA GLOBAL - QUENTE E IMPREVISÍVEL


Clima global 2011-2015: quente e imprevisível

 
O GUINCHO VISTO DA SERRA DE SINTRA ( Foto de J.P.L. )


A Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou uma análise detalhada do clima global 2011-2015 – o período de 5 anos mais quente desde que há registos – e os efeitos crescentes de fatores antropogénicos como causa de fenómenos meteorológicos extremos e de eventos climáticos com impactos económicos na sociedade.

Valores recorde de temperatura foram acompanhados pelo aumento do nível médio do mar e pelo declínio da extensão de gelo do Ártico, bem como da cobertura de neve no hemisfério norte.
Todos estes indicadores de alterações climáticas confirmam a linha de tendência de aquecimento, causada pelo efeito dos gases de estufa. O dióxido de carbono atingiu um patamar importante de 400 ppm na atmosfera, pela primeira vez em 2015, de acordo com um relatório da OMM submetido à conferência de alterações climáticas das Nações Unidas.

Este documento também analisa a existência da relação entre as alterações climáticas causadas pelo homem e a sua ligação a fenómenos de tempo extremos. De 79 estudos publicados pelo Boletim da American Meteorological Society entre 2011 e 2014, mais de metade relacionam as alterações climáticas com os fenómenos extremos. Alguns estudos indicam mesmo que a probabilidade de temperaturas extremas aumentou em cerca de 10 vezes.

2.11.16

RIO GUADIANA

Posted: 12 Apr 2012 08:46 AM PDT

Imagen extraída del artículo "El Guadiana reabre sus ojos" de Rafael Méndez en El País digital del 31 de marzo de 2012. (C) HEBER LONGÁS / EL PAÍS.

Tras las lluvias de los pasados años y las labores llevadas a cabo al auspicio del Plan del Alto Guadiana el acuífero 23 alma hídrica de la Mancha Húmeda da señales de recuperación. Lástima que nos encontremos en un periodo de crisis en el que nuestros políticos sólo piensan en salvar bancos y comentan que el Plan que vela por las aguas de estas tierras ya no es necesario. Esperemos que la conciencia y el buen criterio de los agricultores permitan que este bello enclave plagado de lagunas, vitales para infinidad de especies, siga existiendo.