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25.1.13

BUÇACO E O CEDRO DE S. JOSÉ.

A história de um cedro que o vento levou

O "cedro de São José", na verdade um cipreste que é parte da história da mata do Buçaco, resistiu a tudo até durante mais de 300 anos. O mau tempo de sábado deixou-o à beira do fim.


CENTENÁRIO CEDRO DE S. JOSÉ


Os últimos dias têm sido de uma grande agitação, e tudo por causa do mau tempo deste fim-de-semana. 
Pela mata do Buçaco, no Centro do país, andam dezenas de pessoas atarefadas a tentar resolver os estragos causados. 
Preocupam-se com milhares de árvores derrubadas, mas com uma em especial. É o centenário cedro do Buçaco que mais os comove, e isto porque se agarra a uma réstia de vida.

Plantado em 1644, ou talvez antes, o cedro do Buçaco já viveu muito.

 O seu nome científico – Cupressus lusitanica – sugere tratar-se de uma espécie portuguesa. Mas, na verdade, estima-se que a Ordem dos Carmelitas o tenha trazido das regiões montanhosas do México, da Guatemala e da Costa Rica.

Foi o naturalista Philip Miller quem descreveu a espécie, em 1768, a partir de exemplares que viu no Buçaco, quando lá esteve nessa altura. Daí o engano quanto à origem da árvore.

Apesar da sua classificação como um cipreste, a árvore foi popularmente reconhecida como um cedro e lá ficou no coração da mata do Buçaco, ao lado da Ermida de São José e, em honra deste santo, partilhou com ele o nome. Chamam-lhe "cedro de São José".

Ao longo de quase quatro séculos, resistiu a muitas chuvas e ventos e até a um ciclone, em 1941 – data das maiores rajadas de vento de que há registo em Portugal.

 Viveu situações que apenas os livros podem contar e neste fim-de-semana ficou com a vida em risco.



                          
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 Este é o famoso Cedro de S. José ,                             
exemplar do chamado Cedro do Bussaco ,             
que se encontra junto á capela do mesmo nome     .
Supõe-se seja um dos primitivos cedros plantados
na  Mata pelos meados do séc.XVII.  (1628/1650)      
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Com mais de trezentos e cinquenta anos               
de idade , o Cedro de S. José é a única                   
 testemunha viva contemporânia dos carmelitas    
do Buçaco  e sobrevive graças a especiais             
cuidados de isolamento e suporte no alto               
do seu pedestal erguido na densidade da floresta


Restou o tronco

"É apenas um tronco e um pequeno ramo de pé", descreve Milene Matos, investigadora do departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. 
 Milene trabalha na Fundação da Mata do Buçaco há dez anos e há dez anos que estava habituada a ver os cerca de 5,5 metros de perímetro do tronco castanho-avermelhado do cedro de S. José rodeados de crianças em visitas escolares.

Foram dez anos – e muitos outros antes – de boas recordações e, por isso, no sábado do temporal, não resistiu quando olhou para a árvore. "Chorei baba e ranho. É quase como perder uma pessoa. É uma perda irrecuperável e um sentimento de impotência perante um acidente fortuito como este", explica a investigadora, que conhece quase de cor os 105 hectares e as mais de 250 espécies de árvores e arbustos da mata.

Helena Mergulhão é voluntária desde que a fundação abriu portas, em 2009, e também ela anda agora na luta para devolver ao Buçaco a tranquilidade que os carmelitas tanto apreciavam no século XVII. "Quando se entrava na mata do Buçaco, era um paraíso para quem gosta da natureza", conta, comovida, numa entrevista por telefone. 

 "Estou a dizer-lhe isto e as lágrimas correm-me pela cara abaixo", acrescenta. Ouvem-se. De repente, param e dão lugar à indignação: "Quando cheguei à mata, entrei em pânico e chorei. Andámos nós anos a lutar sem meios, recebemos centenas de turistas, e não temos apoios. Os meios são os nossos braços e pernas."

Ao longo dos anos, o "cedro de S. José" sempre foi alvo de curiosidade de turistas e visitantes nacionais que, em excursões à Mealhada, na mata do Buçaco, eram apresentados a uma árvore verde de grande importância: a primeira espécie exótica introduzida no Buçaco, o cedro mais antigo de Portugal e, provavelmente, da Europa.

Às crianças, em vez de se falar no bispo de Coimbra D. Manuel, que, em 1628, entregou a mata aos carmelitas, contava-se a história do duende Alcino, um heterónimo inventado para atrair os mais novos. O nome era diferente, mas a bondade e o amor pela natureza eram os mesmos.

Acesso difícil

Agora, depois de milhares de árvores terem sido derrubadas pelo vento, o acesso ao cedro tornou-se difícil.

 Difícil de mais para as pernas de Henrique Gonçalves, que, passados 82 anos, já tiveram outra força. 

 Entrou pela primeira vez na mata do Buçaco em 1945. "Ajudei a plantar os fetos e árvores e arbustos do jardim", conta. 
Em 1960, passou a guarda-florestal e viveu cinco anos na mata. "Aquilo marca uma pessoa e deixa saudades". Por isso, volta todas as semanas, geralmente aos domingos, e também ele não conseguiu conter as lágrimas ao saber que a relíquia da mata pode estar perto do fim.

Até esta quinta-feira, a fundação vai continuar fechada ao público e, nos próximos meses, o cedro não poderá ser visitado. "Já foram técnicos especializados ao local para ver o que se pode fazer, como sarar as suas feridas", diz o presidente da Fundação da Mata do Buçaco, António José Franco, acrescentando que talvez em Março se possa ver o ex libris natural do Buçaco.

A incógnita permanece sobre a mata do Buçaco, embora todos estejam confiantes de que um cedro que já viveu mais de 300 anos poderá viver outros tantos.


 "Ele sempre esteve de saúde, nada disto se previa", diz Milene Matos, referindo-se ao efeito, na árvore, das fortes rajadas de vento que fustigaram a mata neste fim-de-semana. "Eu acredito que ele vai dar a volta por cima e voltar a ser a nossa jóia", considera António José Franco. O quadro clínico poderia ser melhor, mas, enquanto existirem folhas verdes, há esperança.

Fonte da Notícia escrita:                Jornal. PÚBLICO 
Jornalista: --------------------       Marta Portocarrero
Fonte das Imagens e texto relativo. Bussaco.blogs sapo.pt
Composição final.------------        pinto(r)lopes.blogspot.com

23.1.13

REFLEXÃO.

50 FACTOS CIENTÍFICOS CURIOSOS


01. A velocidade da luz, geralmente arredondada em 300.000 km/s, é de exactamente 299.792,548km/s.
02. São necessários 8 minutos e 17 segundos para a luz viajar da superfície do sol à terra.

03. 10% de todos os humanos já nascidos, estão vivos neste momento.

04. A terra gira à 1.600 km/h, mas viaja em sua órbita ao redor do sol a mais de 107.000 km/h.

05. Todo ano, um milhão de terremotos sacodem a terra.

06. Quando Krakatoa entrou em erupção, em 1883, a força de sua explosão foi tão grande que pode ser escutada à mais de 7.700 km. de distância, na Austrália.

07. A cada segundo, 100 raios atingem a superfície terrestre.

08. Todo ano, 1.000 pessoas morrem vítimas de raios.

09. Em outubro de 1999, um iceberg do tamanho de Londres, soltou-se do continente Antártico.

10. Se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, directo para cima, levaria apenas uma hora para chegar ao espaço (algo em torno de 65 km).

11. A ténia, um verme que pode viver no sistema digestivo humano, pode atingir quase 23 metros de comprimento.

12. A Terra tem 4,56 biliões de anos, a mesma idade da Lua e do Sol.

13. Os dinossauros extinguiram-se antes da formação das Montanhas Rochosas e dos Alpes.

14. A aranha viúva negra, come o macho depois do acasalamento.

15. Quando uma pulga salta, a aceleração à qual ela se submete chega à 20 vezes a de um foguetão espacial durante o seu lançamento.

16. Se o Sol tivesse apenas 1 centímetros de diâmetro, a estrela mais próxima dele estaria à 285 quilómetros de distância.

17. Astronautas não conseguem arrotar quando no espaço – não existe gravidade para separar os líquidos dos gasosos em seus estômagos.

18. O ar no topo do monte Everest, à 8.850 metros de altura, só tem um terço da densidade que apresenta ao nível do mar.

19. 1/1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de segundos antes do Big Bang, o universo era do tamanho de uma ervilha.

20. O DNA foi descoberto em 1869 pelo suíço Friedrich Mieschler.

21. A estrutura molecular do DNA foi determinada pela primeira vez em 1953 por Watson e Crick.

22. O primeiro cromossoma humano foi construído por cientistas americanos em 1997.

23. O termómetro foi inventado em 1607 por Galileu Galilei.

24. Alfred Nobel, pai do famoso prémio, foi o inventor e fez fortuna com a dinamite em 1866.

25. Wilhelm Rontgen venceu o primeiro prémio Nobel de física em 1895, por ter descoberto o raio-x.

O NOSSO MUNDO ( Foto de J.P.L. Janeiro de 2013 )

26. A maior árvore documentada foi um eucalipto australiano, que em 1872 tinha pouco mais de 130 metros de altura.

27. Christian Barnard fez o primeiro transplante de coração em 1967, o paciente sobreviveu 18 dias com o novo órgão.

28. Uma enguia eléctrica pode dar um choque de 650 volts.

29. Comunicações sem fio deram um grande passo em 1962, com o lançamento do Telstar, o primeiro satélite capaz de retransmitir sinais de telefone e televisão.

30. O vírus Ébola mata 80% dos humanos que infecta.

31. Dentro de 5 biliões de anos, o sol vai ficar sem energia e se transformar em um “gigante vermelho”

32. As girafas dormem apenas vinte minutos por dia. Eventualmente, elas podem dormir até 2 horas por dia, mas nunca de uma só vez, sempre em pequenos sonos.

33. O corpo humano tem mais de 96.000 km de vasos sanguíneos.

34. Uma célula sanguínea leva apenas 60 segundos para completar uma circulação completa pelo corpo.

35. No dia que Alexander Graham Bell foi enterrado, todo o sistema de telefonia dos EUA foi desligado por um minuto, em sua homenagem.

36. O chamado de baixa frequência feito pela baleia jubarte, é o som mais barulhento produzido por um ser vivo.

37. 25% de todas as plantas do mundo estavam ameaçadas  de extinção até o ano 2010.

38. Cada pessoa perde 40 kg. de pele durante sua vida.

39. Com 37 centímetros, as lulas gigantes são os seres vivos com maiores olhos da Terra.

40. O Universo contém mais de 10 biliões de galáxias.

41. Quando se colocam larvas sobre feridas, elas curam mais rápido e sem risco de infecções ou gangrenas.

42. Mais germes se transferem em um aperto de mãos que em um beijo.

43. A velocidade mais rápida com que a chuva cai, são 29 km/h.

44. Seria necessária uma hora inteira para um objecto pesado afundasse 10,9 km., no local mais profundo de todos os oceanos.

45. Cerca de um quatrilião de neutrinos do Sol passaram através do seu corpo enquanto você lia esta frase.

46. O local mais profundo de todos os oceanos são as Fossas Marianas, no Pacífico, com exactos 10.910 metros.

47. A cada hora, o universo se expande 1,6 biliões de quilómetros (um bilião de quilómetros em cada direcção).

48. Parte da interferência na sua TV se deve as ondas do Big Bang que gerou o universo.

49. Mesmo viajando à velocidade da luz, seriam necessários dois milhões de anos para ir da Terra à galáxia mais próxima, Andrómeda.

50. Um dedal de neutros de uma estrela, pesa mais de 100 milhões de toneladas.





21.1.13

GONG. A CICLOGÉNESIS EXPLOSIVA

Um Inverno à antiga portuguesa!


Eis uma representação do que nos viria a afectar aquando da sua fase inicial. 

GONG

Regista-se o desenvolvimento desde o dia 15 terça -feira às primeiras horas do dia 18 sexta-feira.
Vejam a quantidade de água que entrou pela Peninsula Ibérica.

  Impressionante.

 No sábado, dia 19, deu-se então o temporal ou, uma Ciclogénesis Explosiva,  a que os meteorologistas denominaram de " GONG ".

 Sinceramente isto não me surpreendeu, no seu todo, pois sigo com interesse estes assuntos.

 Há já uns dias ou seja desde o dia 15 que verificava a evolução desta movimentação  com alguma certeza de vir a atingir Portugal e Espanha.

 Se verificar-mos bem a origem e a movimentação da massa de água aqui representada a azul e onde se exclui a representação dos ventos a ela associados vemos a grandeza do impacto final.













O Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros e o Convento dos Capuchos vão estar encerrados ao público na segunda-feira devido à queda, no sábado, de cerca de duas mil árvores na Serra de Sintra.

A empresa pública que gere estes monumentos, a Parques de Sintra Monte da Lua, informou em comunicado que os acessos aos monumentos encontram-se impedidos devido à queda de árvores e de ramos que ainda não foram retirados na totalidade.

A empresa prevê a reabertura dos acessos aos palácios da Pena e Monserrate na terça-feira, e a reabertura, apenas na quarta-feira, dos acessos ao Castelo dos Mouros e Convento dos Capuchos.
A Parques de Sintra Monte da Lua adianta que hoje, durante uma ligeira melhoria das condições meteorológicas, foi possível analisar e avaliar corretamente os danos causados pelo temporal de sábado, assim como dar inicio aos trabalhos de limpeza.

Segundo o comunicado, "a destruição de património natural é muito elevada", superior ao inicialmente previsto, tendo caído cerca de duas mil árvores nas propriedades geridas pela empresa.
O mau tempo provocou ainda a deslocação de algumas pedras de várias toneladas e a destruição parcial da Casa do Guarda do Chalet da Condessa, onde funciona a bilheteira de acesso ao jardim da propriedade.

Todos os monumentos geridos pela empresa estiveram encerrados ao público durante o fim-de-semana devido ao mau tempo. "



O mau tempo vai persistir hoje no Continente, com chuva e vento moderado a forte.


O vento soprará moderado a forte no litoral e nas terras altas, continuando a precipitação em todo o território continental, pelo menos até quarta-feira.
O dia ficará igualmente marcado por queda de neve, acima dos 600 metros, que se mantém ao longo da semana, entre os 400 e os 600 metros.
Na terça-feira, o vento voltará a soprar com mais intensidade, de forte no litoral a forte/muito forte nas terras altas.
O mau tempo provocou ontem um morto, quatro feridos e vários desalojados, para além de estragos em casas e automóveis, na maioria dos casos provocados por queda de árvores.


Como a grande maioria de nós vimos, foi um dia de Inverno à antiga, este que vivemos na sexta e no sábado.


16.1.13

CONTROLO DE AGENTES BIÓTICOS NOCIVOS NA SERRA DE SINTRA.



Temos de ter esperança neste tipo de iniciativas uma vez que estas árvores e arbustos são de tal maneira intrusivos que não há nada que os elimine de vez.

TAPADA DAS ROÇAS ( Foto de J.P.L. ano 2013 )

Informação relevante ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

 Têm se feito inúmeras tentativas mas a natureza volta sempre a ocupar, com aparente êxito, o espaço deixado pelas gerações anteriores.
 Sem dúvida que olhando para a Serra de Sintra de uma maneira geral o panorama é muito belo, e oxalá continue assim, ainda que tal se deva, pelo menos na vertente sul, à proliferação destas espécies que se pretende ver mais reduzidas.

https://www.guiadacidade.pt/assets/capas_poi/capa_15121.jpg
SERRA DE SINTRA ( Crédito fotográfico - Guia da Cidade. PT )


A serra de Sintra, também conhecida como Monte da Lua, é uma serra nos concelhos de Sintra e Cascais, em Portugal. Situa-se no extremo ocidental do continente europeu.

"  Está integrada no Parque Natural de Sintra-Cascais‎.
 Possui uma fauna riquíssima, sendo exemplo dela, a raposa, a gineta, a toupeira, a salamandra, o falcão peregrino, a víbora e diversas espécies de répteis escamados.
 O seu clima é temperado com bastantes influências oceânicas, apresentando por isso uma pluviosidade superior em relação à restante área da Grande Lisboa.
 Daí resulta também uma vegetação única. Cerca de novecentas espécies de flora são autóctones e 10% são endemismos. Algumas delas são o carvalho, sobreiro e pinheiro-manso. " *
Texto: Wikipédia

14.1.13

SERRA DE SINTRA. UM CAMINHO ALEGRE


...E não é que eu acho o mesmo! 
Tinha passado por aqui centos de vezes, ora de carro ora de bicicleta, ora só, ora acompanhado e  até a pé.
Não tinha nome o local, ou se tinha era exclusivo de alguns.

 Deparei com esta placa um dia destes quando decidi ir até ao " Pé da Serra "   em passeio ciclo turístico como volta e meia faço.


LOCALIZAÇÃO: SERRA DE SINTRA ( Foto de J.P.L. em 2013 )



 Quem baptizou este local na nossa Serra de Sintra quanto a mim só merece palavras de apreço. 

Jamais me passou pela cabeça que só eu é que me sentia alegre por ali, mas daí a haver mais gente a pontos de  registar essa alegria, para a posteridade,  com placa e tudo é que não estava à espera.

 O caminho é para um ciclista  um desafio respeitável pois tem umas subidinhas que exigem alguma preparação física, porém compensa no fim, ficando a  noção de que fiz algo  realmente interessante para com o corpo e, claro, a mente.
 Bonito nome para o caminho.







10.1.13

ALFREDO BARROSO. " O PLURALISMO ENCOLHE "


  1. Alfredo Barroso

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Alfredo Barroso
    Nome completo Alfredo José Somera Simões Barroso
    Nascimento 21 de janeiro de 1945 (75 anos)
    Itália Roma, Itália
    Nacionalidade Portugal portuguesa
    Ocupação jornalista e político
    Alfredo José Somera Simões Barroso GCC (Roma, 21 de Janeiro de 1945) é um cronista, jornalista, ex-deputado e ex-Secretário de Estado português.[1]

    Biografia

    Família

    Filho de pai Português, Virgílio Simões Barroso, e mãe Italiana, Celide Somera, é primo-irmão de Mário Barroso e de Eduardo Barroso e de João Barroso Soares, sobrinho paterno de Maria Barroso e sobrinho paterno por afinidade de Mário Soares.[2]

    Formação

    Em 1968 licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[1]

    Jornalismo

    Jornalista profissional, trabalhou como redactor nos jornais "A Capital"[3] (1969-1973), "O Século" (1973-1974) e "O Tempo e o Modo".[4]

    Política

    Alfredo Barroso, pertenceu à Acção Socialista Portuguesa, em 1969, fez parte da Comissão Coordenadora da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD)[2] e foi também um dos membros fundadores do Partido Socialista.[5]
    Foi eleito deputado do grupo parlamentar do Partido Socialista pelo Círculo de Lisboa à Assembleia da República[2] nas Eleições legislativas de 1980,[6] nas de 1983[7] e nas de 1985.[8]
    No IX Governo Constitucional de Portugal (Bloco Central), chefiado por Mário Soares foi Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.[9]
    Foi chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário Soares.[10]
    A 13 de Fevereiro de 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[11]
    Foi comentador ocasional no Jornal das 9 da SIC Notícias.
    Em Abril de 2014, declarou o seu apoio à lista do Bloco de Esquerda às Eleições Europeias.[12]
    A 26 de Fevereiro de 2015, decidiu abandonar o Partido Socialista, por causa das declarações do seu líder e líder da oposição António Costa, que elogiou a forma como Portugal estava a vencer a crise, concluindo que o país está diferente de há quatro anos.[13]
    Em Junho de 2015, acusou a direcção do seu antigo Partido de estar a ser cobarde e hipócrita na gestão do Caso José Sócrates (que então se encontrava em prisão preventiva).[14]

    Condecorações[15][11]

    Livros editados

    • Portugal, a democracia difícil (1975)[16]
    • Poemas rudimentares (1978)[17]
    • PS, fronteira da liberdade: entre militantes (1979)[18]
    • Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos (1990)[19]
    • A televisão que temos (1995)[20]
    • Contra a Regionalização (1999)[21]
    • O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002 (2002)[22]
    • Guerras Limpas (2005) com prefácio de Mário Soares[23]
    • A Crise da Esquerda Europeia (2012)[24]

    Referências


  2. «Textos Mário Soares» (pdf). Arquivo e Biblioteca da Fundação Mário Soares. 22 de Fevereiro de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  3. «Alfredo Barroso vai ser director de campanha de Mário Soares». Diário de Notícias. 27 de Agosto de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2013

  4. Daniel Ricardo (Janeiro–Março de 2009). [www.clubedejornalistas.pt/uploads/jj37/JJ37_53_Capital.pdf «A Capital / Contestação pelo sensacionalismo»] Verifique valor |url= (ajuda) (pdf). Clube de Jornalistas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  5. «O Tempo e o Modo (1963)». Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 13 de maio de 2012

  6. «Fundadores do PS». Fórum Cidadania. Consultado em 9 de Dezembro de 2013

  7. «Deputados na II Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  8. «Deputados na III Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  9. «Deputados na IV Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  10. «Composição do IX Governo Constitucional 1983-1985». Governo de Portugal. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  11. «Carta do Chefe da Casa Civil, Alfredo Barroso, dirigida ao Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro, dando a conhecer a composição da representação oficial do Estado Português, no funeral do Presidente da República Popular de Moçambique, Samora Moisés Machel, em 28 de Outubro de 1986, em Maputo». Arquivo Histórico da Presidência da República. 1986. Consultado em 8 de Dezembro de 2013

  12. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alfredo José Somera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015

  13. «Alfredo Barroso explica apoio à lista do Bloco». Esquerda. Consultado em 13 de dezembro de 2015

  14. «Alfredo Barroso abandona PS, furioso com António Costa»

  15. «Sócrates. Fundador do PS acusa direcção do partido de "cobardia"»

  16. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Alfredo José Sommera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015

  17. «Portugal, a democracia difícil». Decibel. 1975. 96 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  18. «Poemas rudimentares». Perspectivas & Realidades. 1978. 61 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  19. «PS, fronteira da liberdade: entre militantes». Edições "Portugal Socialista". 1979. 515 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  20. «Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos». Quetzal. 1990. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  21. «A televisão que temos». Contexto. 1995. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  22. «Contra a Regionalização». Fundação Mário soares. 1990. 59 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  23. «O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002». Quetzal. 2002. 284 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  24. «Guerras Limpas» lançado domingo na Feira do Livro de Lisboa». Diário digital. 9 de Junho de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  25. «A Crise da Esquerda Europeia». Leya. 2012. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
EIRA, JANEIRO 03, 2013

O pluralismo encolhe


Caros amigos (poucos), simpatizantes (alguns) e conhecidos (muitos),

Cumpro o «doloroso dever» de participar – para gáudio de quem detesta as minhas opiniões e não me pode ver nem pintado – que fui esta tarde «removido», por telefone, do programa «Frente-a-Frente» da SIC Notícias, no qual participava desde o ano de 2004.

Digo «removido», porque me parece ser um bom compromisso entre o termo «dispensado» (politicamente correcto) e os termos «despedido» ou «corrido» (politicamente incorrectos).

Justificações da «remoção»: i) necessidade de «renovar» a lista de «paineleiros», naturalmente «remoçando-a» (presumo que um velho rezingão como eu será substituído por um daqueles moçoilos geniais que agora dirigem o PS); ii) deixar de pagar as participações no «Frente-a-Frente» (150 euros cada uma), porque a SIC Notícias está paupérrima e passará a aceitar apenas «voluntários» (claro que tiveram o cuidado de não me perguntar se eu queria ser um deles…).

Terminam assim 17 anos consecutivos de colaboração com órgãos de comunicação social do grupo «Impresa»: oito anos e meio como cronista do EXPRESSO, de que fui removido no auge da invasão do Iraque; outros oito anos e meio como colaborador da SIC Notícias, de que fui removido no auge da «guerra» declarada há poucos dias pelo «megafone» de Vitor Gaspar, Pedro Passos Coelho. Suponho que é uma «guerra» contra a esmagadora maioria dos portugueses, que continuam a empanturrar-se de bifes todos os dias…

Mas é claro que não deixa de ser exaltante imaginar a satisfação que esta notícia irá causar em figuras tão proeminentes como a augusta vice-presidente (da AR) Teresa Caeiro, o austero advogado José Luís Arnaut ou o venerável empresário Ângelo Correia – que se recusavam a enfrentar-me há já alguns meses com o beneplácito dos responsáveis pelo programa.

Não ignoro, todavia, que o gáudio não se confina ao chamado «arco do poder», nos seus três tons habituais: cor de laranja azeda, azul cueca e cor-de-rosa fanada. Também vai entrar de roldão em alguns órgãos de comunicação social do regime, politicamente correctos, onde não faltam opinadores tão chatos ou peneirentos como «intocáveis», e digníssimos «pilares» do statu quo que não apreciam dissidências políticas nem franco-atiradores (a não ser quando haja escândalo que aumente as audiências e/ou os leitores).

A única coisa que se me oferece dizer, sem me rir, neste momento, é a seguinte: quando se perde poder ou a aparência dele, por mais ínfimo que seja; quando não se tem a protecção de um partido, ou de uma «igreja», ou de uma associação «cívica» semi-clandestina, ou de um grupo de pressão, ou de um «sacristão», ou de um «patrão», ou de um «padrinho», etc., etc., etc. – o «lonesome cowboy» escusa de armar ao pingarelho, e não tem outro remédio se não o de meter a viola no saco e ir para a caça aos gambozinos.

Saudações democráticas,
Alfredo Barroso