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16.4.15

NÃO EXISTE VIDA NO COSMOS ?

Depois de pesquisar em 100.000 galáxias por sinais de vida extraterrestre altamente avançada, uma equipe de cientistas usando observações de Observatório em órbita WISE da NASA não tem encontrado nenhuma evidência de civilizações avançadas neles. 

A imagem de cores falsas de infravermelho médio da emissão da grande galáxia no Andromeda, como vista pelo telescópio espacial WISE, da Nasa. A cor laranja representa emissão do calor de estrelas que se formam nos braços espirais da galáxia. A equipa G-HAT usou imagens como estas para procurar 100.000 galáxias próximas para que grandes quantidades desta emissão no infravermelho médio possam surgir a partir de civilizações alienígenas. Crédito: NASA / JPL-Caltech / equipe WISE

"A ideia por trás de nossa pesquisa é que, se uma galáxia inteira tivesse sido colonizada por uma civilização avançada no espaço, a energia produzida por tecnologias dessa civilização seriam detectáveis em comprimentos de onda do infravermelhos médio — exatamente a radiação que o satélite foram projetado para detectar para outros fins astronômicos," disse Jason T. Wright, professor assistente de astronomia e astrofísica no centro de exoplanetas e mundos habitáveis da Penn State University, que concebeu e iniciou a pesquisa.

O artigo da primeira equipe de pesquisa é intitulado  "Glimpsing Heat from Alien Technologies Survey" ou Vislumbrando o calor da pesquisa de tecnologias alienígenas (G-HAT), será publicado no Astrophysical Journal Supplement Series em 15 de abril de 2015. Também entre as descobertas da equipe estão alguns novos fenômenos misteriosos  em nossa própria galáxia Via Láctea.


"Se uma civilização espacial avançada usa as grandes quantidades de energia de estrelas da sua galáxia para alimentação de computadores, voo espacial, comunicação ou algo que não podemos ainda imaginar, a termodinâmica fundamental vai nos dizer que esta energia deve ser irradiada para fora como o calor nos comprimentos de onda do infravermelhos médio", disse Wright. "Esta mesma base física faz com que seu computador irradie calor enquanto está ligado."

O físico que Freeman Dyson propôs na década de 1960 que uma avançada civilização alien além da Terra poderia ser detectada pela evidência reveladora em suas emissões em infravermelhos médio. Isso não era possível até que telescópios espaciais como o satélite WISE tornasse possível as medições sensíveis desta radiação emitida por objetos no espaço.


Roger Griffith, um pós graduado pesquisador da Penn State e  autor do livro, percorre quase todo o catálogo de detecções do satélite WISE — quase 100 milhões de entradas — para objetos consistentes com as galáxias que emitem muita radiação infravermelha média. Ele então individualmente examina e classifica cerca de 100.000 das imagens das galáxias mais promissoras. Wright relata, "encontramos cerca de 50 galáxias que têm altos níveis de radiação infravermelha médio. Nossos estudos de seguimento dessas galáxias podem revelar se a origem de sua radiação resulta de processos astronômicos naturais, ou se pode indicar a presença de uma civilização altamente avançada."

Em qualquer caso, disse Wright, a não deteção de quaisquer galáxias cheias de aliens é um resultado científico novo e interessante. "Nossos resultados significam que, das 100.000 galáxias que o WISE poderia ver com pormenores suficientes, nenhuma delas é amplamente povoada por uma civilização alienígena, usando a maior parte da luz das estrelas em sua galáxia para seus próprios fins. Isso é interessante porque estas galáxias tem bilhões de anos de idade e deve ter passado muito tempo para que eles tenham sido preenchidas com civilizações extraterrestres, se eles existirem. Eles não existem ou ainda não usam energia suficiente para na reconhecê-los,"disse Wright.

"Esta pesquisa é uma expansão significativa de trabalhos anteriores nesta area,", disse Brendan Mullan, diretor do planetário Buhl no centro de ciência de Carnegie, em Pittsburgh e um membro da equipe G-HAT. "O estudo anterior das civilizações em outras galáxias se concentrou em somente 100 ou mais e não estava procurando o calor que elas emitem. Este é a novo terreno."

Matthew Povich, professor assistente de astronomia na Cal Poly Pomona e um co-investigador do projeto, disse que "Uma vez que havia identificado os melhores candidatos para galáxias cheias de aliens, tivemos que determinar se elas seriam novas descobertas que necessitariam de estudo de acompanhamento, ou objetos conhecidos que tinham emissão infravermelha média por algum motivo natural." Jessica Maldonado, uma graduanda da Cal Poly Pomona, procurou na literatura astronômica o melhor dos objetos detectados como parte do estudo para ver se eram bem conhecidos ou se eram novos para a ciência. "MS. Maldonado descobriu que cerca de uma dúzia de metade dos objetos estão espontâneos e realmente interessantes de olhar," disse Povich.

"Quando você está procurando por fenômenos extremos usando as mais novas e sensíveis tecnologias, você espera descobrir o inesperado, mesmo se não for o que você estava procurando," disse Steinn Sigurdsson, professor de astronomia e astrofísica no Penn State's Center for Exoplanets and Habitable Worlds e um co-investigador do time de pesquisa. "Com certeza, Roger e Jessica encontraram alguns objetos novos e intrigantes. Eles são quase certamente fenômenos naturais astronômicos, mas precisamos estudá-los mais cuidadosamente antes que possamos dizer com certeza exatamente o que está acontecendo."

Entre as descobertas dentro de nossa própria galáxia Via Láctea está uma brilhante nebulosa em torno da próxima estrela 48 Librae e um conjunto de objetos facilmente detectados pelo WISE em um pedaço de céu que aparece totalmente negro quando visto com telescópios que detectam apenas a luz visível. "Este aglomerado é provavelmente um grupo de estrelas muito jovens, formando-se dentro de uma nuvem molecular anteriormente desconhecida e a nebulosa Librae 48 existe aparentemente devido a uma enorme nuvem de poeira ao redor da estrela, mas ambos merecem muito mais estudos cuidadosos", disse Povich.

"Como nós olhamos mais atentamente a luz dessas galáxias," disse Wright, "devemos ser capazes de empurrar a nossa sensibilidade para tecnologia alien até níveis muito baixos e para melhor distinguir o calor resultantes de fontes naturais astronômicas do calor produzido por tecnologias avançadas. Este estudo piloto é só o começo."

Para saber mais: 

Onde estão os ET's? Paradoxo de Fermi completa 65 anos

Periódico de Referência: Astrophysical Journal  

Fornecido por: Universidade Estadual da Pensilvânia
Traduzido e adaptado de: Phys

15.4.15

SISMO E TSUNAMI DE 1755

Simulação dos efeitos do terramoto e do tsunami, Lisboa 1755.

simulation, earthquake and tsunami in 1755 
2015-04-14 (IPMA)

O Smithsonian Channel dedicou um episódio da série de documentários “Perfect Storms” ao terramoto de 1755, onde incluiu uma simulação dos efeitos do sismo e do tsunami na cidade de Lisboa.

Aceder ao artigo.
http://www.gazetadorossio.pt/nacional/documentario-americano-reconstitui-sismo-que-destruiu-lisboa-em-1755/

10.4.15

POR - BAJIN A ILHA MISTERIOSA

Por-Bajin.

 A misteriosa ilha da Sibéria que ninguém sabe explicar.

Esta ilha já foi descoberta há mais de um século mas ainda não se sabe para que foi construída, conta o Daily Mail.

A misteriosa ilha da Sibéria que ninguém sabe explicar

Reprodução Daily Mail
A ilha de Por-Bajin está localizada num lago, na Sibéria, e estima-se que tenha cerca de 1300 anos de existência mas ninguém sabe para que foi construída.

 Nem sequer por que razão está abandonada.

De acordo com o Daily Mail, cientistas e historiadores diferem nas suas teorias mas acredita-se que, dada a sua localização isolada, tenha sido construída para atrair pessoas e depois aprisioná-las.
O nome Por-Bajin quer dizer ‘casa de barro’ , isto porque os arqueólogos encontraram, entre as ruínas, moldes em barro de pés humanos, além de desenhos nas paredes, portões gigantes e fragmentos de madeira queimada.

O local foi descoberto em 1891, mas até agora ainda não se descortinou o seu propósito, uma vez que fica distante das rotas comerciais num local bastante isolado.

8.4.15

ARTE NO LIVRO

Compartilho uma notícia que me parece digna de algum realce, para quem gosta de livros e nem sempre encontra quem se encarregue de os encadernar ou restaurar. Já se me deparou esse problema algumas vezes e, finalmente, aqui em Cascais parece que está encontrada a solução. Segue um extracto da referida notícia.


" Quem percorre a Av. Emídio Navarro, em Cascais, é tomado pelo silêncio e pela beleza das casas tipo chalet, villa ou palacete.
 A meio da avenida, no nº 310 A, um portão verde e largo, entreaberto convida a espreitar para o interior. O espaço é amplo.
Tem mesas e pequenas vitrinas onde estão expostos livros, encadernações artísticas e máquinas de encadernação da década de 60.
 Assim é a " Arte no Livro ". uma livraria e oficina de restauro e encadernação que logo à entrada faz crescer a inspiração.
 Aberto ao público em finais de Novembro de 2014, o espaço já foi, há 100 anos, uma fábrica de conservas. Os trabalhos de encadernação e restauro de livros que decoram o espaço são da autoria de mestres nesta arte, F. Pinheiro dos Santos e a filha Andreia Tibério dos Santos.

( ...) Na " Arte no Livro " o trabalho de encadernação e restauro de livros é realizado na perfeição e com os melhores materiais.

 Utiliza-se folha de ouro fino, vários tipos de peles, algumas importadas que são depois tratadas e trabalhadas de forma única e personalizada para fazer as encadernações ao gosto do cliente. Criam-se capas ao estilo francês e inglês  e até se fazem imitações ao estilo bizantino.

 Fazem-se pinturas e trabalhos em alto e baixo - relevo em peles com o requinte e mestria de outros tempos.

   A " Arte no livro " é uma livraria especial, que vem notabilizar, ainda mais, uma área ao redor de outros espaços culturais existentes em cascais, como a Casa das Histórias Paula Rego, o Museu do Mar, o Museu Condes de Castro Guimarães e a casa de Santa Maria. "

Como se pode constatar, tudo indica ser um local a visitar por todos nós, cascalenses e não só.

Notícia transcrita do jornal " Atual " de seu número 51 correspondente ao mês de Fevereiro. Editado pela Câmara Municipal de Cascais, a sua distribuição é mensal e gratuita.
Mais informações em www.cascais.pt.
www.artenolivro.com

6.4.15

SORTE


 Sorte é um substantivo que pode significar destino, fado, ou um acontecimento casual, que pode ser bom ou mau.A palavra sorte pode ter significados diferentes, usados em diversos contextos. No âmbito da filosofia é algo que resulta da casualidade, sendo a expressão de um fenômeno que não é possível prever ou explicar.O conceito de sorte ignora qualquer tipo de justificação racional ...

 "  Costuma-se dizer que a Ignorância é a mãe do Atrevimento mas também se pode dizer que o Atrevimento é pai da Ignorância !

 Atribua-se a cada um deles a paternidade que se quiser, o certo é encontrá-los sempre tão juntinhos, tão intimamente ligados nas suas aventuras, que, qualquer que seja a sua afinidade, onde se apresentar um,é logo fácil descobrir o outro.


 Não sei qual o capricho do Destino ( os caprichos não se explicam ) ligando em tão íntima comunhão as coisas que por vezes parecem mais opostas.


DESTINOS  ( Foto de J.P.L. 2015 )

  Desde o velho provérbio latino audaces fortuna juvat até às próprias escrituras:  -  « Bem aventurados os pobres de espírito », a tradição não faz mais do que assegurar aos atrevidos e aos ignorantes a certeza do triunfo e da riqueza.

 mas sejam atrevidos, com inteligência, ou ignorantes, sem audácia, nem aos primeiros a fortuna ajudará,nem aos segundos dará, ao menos, o reino dos céus.

   Felizes, portanto, aqueles que vindo ao Mundo sob o manto da Ignorância, tiveram a sorte de ser bafejados pelo instinto da aventura: se a ignorância lhes não abriu os olhos da inteligência e nas veias corre o sangue aventureiro da audácia, não perdem tempo a destrinçar o Bem e o Mal, nem param no caminho da Glória e da Riqueza !

   Mas como às vezes é feio, talvez, confessar o poder da ignorância aliada ao atrevimento inventou-se uma madrinha, a Sorte, que tanto pode ser protectora caprichosa dos atrevidos, como castigo dos trabalhadores inteligentes.

E então, quando alguém, sem valer nada, consegue triunfar, dizemos que a Sorte o bafejou, e quando o mérito sossobra, também à mesma Sorte deitamos essa culpa.

 De qualquer forma, o factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula, guia e determina o resultado dos nossos actos.

   Em qualquer ramo da actividade humana, podem o trabalho honesto e a inteligência mais lúcida cair aos golpes da sorte, como podem a ignorância e a preguiça subir aos pináculos dom sucesso e do triunfo. Por que razão não há-de ser a Sorte um factor económico ?

Não estamos constantemente a verificar os mais retumbantes sucessos em muitas daquelas coisas que a inteligência nos levaria a regeitar ? E não estamos a ver, também, caídas em desastre tantas iniciativas geradas com critério e inteligência ?

   É por isso que, se podemos votar à sorte aquilo que a inteligência nos obrigou a produzir, não devemos pôr à mercê dos seus caprichos aquilo que já conquistámos a custo de sacrifícios.


   No campo pratico da vida somos, muitas vezes, obrigados a jogar os nossos destinos, mas ai daquele que confiar apenas no valor dos seus conhecimentos e na inteligência de que se julga dotado!

 O factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula,guia e determina o resultado dos nossos actos ! ..." *

* Texto publicado na " Gazeta do Sul " em 1937 ( Ano VII - Nº 334 )

Autor:

 Élio Lourenço, referido então como contabilista distinto, versando nas páginas da citada revista   « com espírito,  interessantes aspectos da vida económica »

A SORTE DE VIAJAR AQUÉM E ALÉM FRONTEIRAS ( Foto de J.P.L. Ano 2015 )

Uma estrada no Alentejo.
Uma aldeia imersa num " mar " de searas, sobreirais e azinhais.

São os  caprichos dessa mesma Sorte que me prende ao torrão natal ?

Sorte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Sortes.
Alegoria da Sorte, pintura de Angelo Bronzino.



A definição de sorte costuma variar conforme o contexto emocional, filosófico, religioso ou místico, de quem a interpreta. Segundo o clássico dicionário Noah Webster, sorte é "uma força sem propósito, imprevisível e incontrolável, que modela eventos de forma favorável ou não para determinado indivíduo, grupo ou causa".[1]

  Já o autor Max Gunther a define como "evento ou série de eventos, aparentemente fora de nosso controle, que influencia(m) nossas vidas".[2]

 
Em português, a palavra que designa especificamente má sorte, ou sorte desfavorável, é "azar". [3][4]

 

Sorte e destino

O conceito em torno da sorte é um quase-sinônimo de destino, exibindo como principal diferença a divisão entre "boa sorte" e "má sorte" (quando se fala em destino, essa divisão é inadmissível) remetendo fatalmente, a um maniqueísmo mundano, provavelmente controlado por forças sobrenaturais.

 No entanto, imaginar que existe sorte é supor que existe a possibilidade de alteração do destino, conforme determinadas condições que geram os eventos (merecimento por exemplo) já que destino é que é o sinônimo de fatalidade, programação ou desígnio imposto por forças maiores, afetados por nossa atuação direta ou indireta.[5]

 
Um dos símbolos mais populares da sorte, o trevo-de-quatro-folhas.


Apesar da separação prática entre as palavras destino e sorte, elas são algumas vezes usadas semanticamente de forma idêntica, ou em hibridismo, como por exemplo: o sujeito mudou o seu destino para melhor. Ganhou na mega sena.

As forças que dão origem às várias situações em torno da sorte derivam de realidades ou imaginários cosmogônicos, metafísicos, místicos ou divinos, dedução que se obtém não do termo lexicografado, mas da crença popular.


A concepção de sorte é profundamente enraizada no imaginário popular, interferindo na conduta dos que nela acreditam, conforme a forma em questão.

. Em muitas culturas, imagina-se que a sorte possa ser obtida através de artifícios mágicos, como ferraduras de cavalo, trevos de quatro folhas, amuletos, etc., confundindo-se muitas vezes com questões relativas à influência de forças do além-vida.


Culturas nômades como os ciganos utilizam-se de diversos métodos de leitura do futuro ou da sorte dos desavisados, com o mais comum objetivo de lher arrancar algum valor pecuniário ou provisório, a despeito de muitos deles realmente acreditarem em tais eventos, e também praguejando ou bendizendo o destino dos que com eles se encontram (conforme o pagamento).


A sorte no imaginário

 

Diversas figuras do imaginário popular buscam representar e explicar a sorte. Na mitologia grega clássica, a sorte é representada pelas moiras, que são três mulheres de aspecto lúgubre, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos.

 Durante o trabalho, as moiras fazem uso da roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios.

As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos, dada a dinâmica da roda.

Conta-se que o deus Ares fora o único ser capaz de submeter as moiras à vontade dele; fora esta exceção, as moiras jamais foram manipuladas, e nada se pode fazer para detê-las, ou ganhar-lhes o favor (até porque as parcas entendem que o trabalho delas está mesmo acima delas próprias). Dessa forma a figura mitológica representa a sensação de impotência diante da dinâmica do universo e da vida.


A mitologia romana clássica oferece a figura da Fortuna, profundamente explorada por Nicolau Maquiavel em "O Príncipe", sua obra maior. Diferente das parcas, a Fortuna é uma mulher disposta a conceder favores.

De acordo com Maquiavel, este se obtém através da virtu, termo melhor traduzido não como virtude, mas virilidade, evidenciando, portanto, o aspecto necessariamente ativo da busca pela sorte, ou seja, o de que a sorte é consequência, até certo ponto, de trabalho e não do acaso.

 De acordo com o autor, se a Fortuna é mulher, nada mais natural que esta venha a se lisonjear com homens que estejam dispostos a domá-la.

A ousadia, por exemplo, seria uma forma de "humilhá-la" e, portanto, lisonjeá-la. Vale lembrar que a abordagem de Maquiavel é destinada à leitura por um aristocrata absolutista, e dessa forma, os argumentos vão ao encontro dos interesses e perfis psicológicos do rei, tanto quanto do próprio Maquiavel.

Sorte popular versus sorte científica

 

Para o imaginário popular, a sorte é um elemento real, presente e ativo no cotidiano. Porém, para a ciência, não há meios de se provar que ela existe realmente, e, portanto, é uma denominação adequada a uma sequência de eventos cuja importância fantástica leva a classificação na categoria das ocorrências dominadas pela sorte.


Filmes como The Secret tentam inserir um elemento científico (a Lei da Atração) para que se afirme a consistência tanto da existência da sorte quanto dos meios de se obtê-la racionalmente, apesar de a ciência não poder provar a verdade dos dados informados.

No entanto, uma pequena brecha entre a ciência e o imaginário surgiu novamente quando da descoberta de que a presença do observador interfere nas probabilidades das presenças de elementos quânticos em experimentos "controlados". Porém, apesar da possível contiguidade entre a sorte e a realidade subatômica, a ciência não teve a sorte de chegar ainda a nenhum novo axioma.

Sorte e neurolinguística

 

Para a neurolinguística, a sorte é consequência da conduta gerada por um comportamento continuado e insistente, marcante ou não.

 Falar sempre a palavra "azar" ao invés de "sorte" podem, conforme a teoria, levar ao sucesso ou ao azar por criar toda uma malha de comportamentos derivados da essência neurolinguística da palavra, que contaminaria todo o restante do comportamento.

 Assim, ela torna-se também uma hipótese de didática, e também uma possibilidade comportamental relacionada ao sucesso.

Sorte e probabilidade

 

A questão da boa sorte nos jogos de azar serviu de inspiração para a matemática. Conta-se que, durante a França do século XV, um certo jogador profissional chamado De Mére indagou um de seus amigos, o matemático francês Blaise Pascal, sobre como prever racionalmente os resultados de uma partida de cartas ou dados.

 De posse sobre as questões do jogador, Pascal iniciou uma vasta troca de correspondência com outros colegas de estudos e profissão. Os resultados desse debate evoluiriam posteriormente para uma bem-ordenada teoria da probabilidade.


Ver também

 

Referências

 

 


  1. José Ferrater Mora (2000). Dicionário de filosofia (A – D). 1. [S.l.]: Edições Loyola. ISBN 9788515018697

 

 

Leitura adicional

 

 

Ligações externas


  • Gunther, Max "O Fator Sorte" (1ª edição na língua original - 1977), ed. Brasileira - Best Business 2013 ISBN 9788576845751 Pág.27 2º§

  • Ibidem, Gunther 1977, pág. 27 penúltimo parágrafo.

  • "Caldas Aulete; Dicionário Escolar da Língua Portuguesa" Editoras: Nova Fronteira & Globo ISBN 8520917364 Pág.64.

  • Cândido de Figueiredo. "Novo dicionário da língua portuguesa" ISBN 1465568298