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29.6.13

QUINTA DO PISÃO EM JUNHO DE 2013 E EM 2020




QUINTA DO PISÃO EM JUNHO DE 2013 ( Foto de J.P.L. )
Uma das paisagens que mais prazer me dá contemplar quando por ali passo numa das excursões ciclísticas, se assim se pode chamar aos felizes momentos que procuro desfrutar pelos recantos deste encantador cantinho da região.

 Quase que se poderia intitular de " um mundo perdido ". Mas ainda é bem real graças a um amplo conjunto de boas vontades.

Um local agradável ao alcance de todos. Vale a pena a visita.


Quinta do Pisão - Parque de Natureza


Horário de Inverno09h00-18h00

Gratuito

Quinta do Pisão de Cima Estrada EN9-1 ( Junto à Barragem do Rio da Mula)

Sempre aberto à visitação. Não é permitido o acesso a veículos motorizados, exceto ao parque de estacionamento (9h00 e 18h00). 
Horta: 9h00 às 13h00 (sábados); 9h00 às12h00 (dias úteis, excepto feriados, encerra ao domingo).
Reservas de atividades e +informação: 215811750
Dedicada à atividade agro-silvo-pastoril, a Quinta representa um património importante, tanto na organização estrutural da paisagem, compartimentação e uso racional, como na presença de ruínas de valor cultural e arquitetónico. A intervenção humana nesta área - que fica na transição entre zona urbana e a Serra de Sintra - resultou no surgimento de novos habitats e nichos ecológicos, que são hoje importantes para a preservação da natureza.

A Quinta do Pisão é caraterizada por um mosaico de vegetação extremamente rico, correspondente a uma significativa diversidade de habitats representativos da ecologia desta zona. Várias espécies de fauna merecedoras de estatuto de conservação estão presentes neste território, ora explorando nichos ecológicos particulares, ora beneficiando da estrutura polissémica dos habitats que aqui convergem.
Ao criar a Quinta do Pisão – Parque de Natureza, a Câmara Municipal de Cascais pretende salvaguardar este património natural, cultural e histórico, dinamizando a paisagem humanizada e o espaço natural. Para esse efeito, toda foi área está aberta à visitação e ali desenvolvem-se diversas atividades de Natureza.

ATIVIDADES
 Ateliê e passeios nos burros lanudos: Passeio onde as crianças montam nos burros lanudos e neles percorrem a Quinta do Pisão. Passam pelos vários mosaicos naturais da Quinta: prado, bosque, espaço agrícola, ribeira. É uma oportunidade para os mais novos conhecerem, ao vivo e a cores, a Natureza, espécies de flora e árvores típicas desta área, e animais como ovelhas e cavalos que vivem no Pisão. Para além dos passeios, os burros lanudos ajudam na gestão das pastagens biodiversas e controlo de matos da Quinta, evitando que se recorra frequentemente a outras formas de controlo do espaço (por exemplo, meios mecânicos). É, assim, uma forma de gestão natural que está em perfeita harmonia com os restantes ecossistemas. Estes animais integram a raça portuguesa Asinina de Miranda, uma espécie que está em vias de extinção, pelo que a presença dos burros lanudos na Quinta do Pisão é uma forma de contribuir para a sua conservação.

 Horta da Quinta: A Quinta do Pisão durante a primavera e verão alarga o seu período de venda de produtos hortícolas a todos os domingos das 9h00 às 13h00 e todos os dias de semana das 9h00 às 12h00 (excepto feriados). Os produtos são biológicos e certificados da época. Os visitantes podem ainda colher diretamente da terra. Estão também à venda ervas aromáticas, mel, marmeladas, compotas caseiras e lenha ensacada, cuja madeira é proveniente dos trabalhos de limpeza florestal que se realizam na Quinta do Pisão. Os produtos são comercializados ao quilo ou à unidade de acordo com os valores de mercado dos produtos biológicos. Veja o vídeo.
 Animais: Para além dos burros lanudos, a Quinta do Pisão tem também alguns cavalos e um núcleo de ovelhas e borregos da raça campaniça. Mas ali vive ainda toda uma fauna específica do espaço natural do Pisão. São animais em estado selvagem, na medida em que a sua vivência está em perfeita harmonia com a Natureza. Por isso, nem sempre estão à vista dos visitantes. No entanto, um passeio mais atento (e silencioso) pode permitir às pessoas avistarem águias-de-asa-redonda, coelhos-bravos, perdizes-vermelhas, peneireiros ou garças-reais. Clique aqui para ver o guia de espécies de fauna e flora do Pisão.
 Passeio Interpretativo - Este passeio pretende desafiá-lo a aventurar-se pelos caminhos do Pisão. Propomos que explore esta área menos conhecida do Parque Natural de Sintra-Cascais mas repleta de valores naturais de grande importância. As datas e inscrições estão disponíveis em aqui.
 Observação de aves: Ao longo dos vários caminhos da Quinta do Pisão encontram-se painéis interpretativos com identificação das espécies de aves mais importantes que podem ser vistas no local.
 Identificação da flora: Ao longo dos vários caminhos da Quinta do Pisão encontram-se painéis interpretativos com identificação da flora mais significativa. Periodicamente são organizados percursos guiados por especialistas para identificação de aspetos concretos de botânica, nomeadamente plantas comestíveis.
 Aluguer de bicicletas e de segways: Poderá ser feito por marcação para atividadesnatureza@cascaisambiente.pt.
 Ligação a pequenas e grandes rotas: A Quinta do Pisão é atravessada pela “Rota das Quintas” (PR1), assim como pelo caminho de Fátima.
 Passeios a pé ou de Bicicletas Todo o espaço da Quinta pode ser explorado através de trilhos existentes no local e apropriados para passeios a pé e de bicicleta. De notar que o espaço da Quinta está sempre aberto à visitação. Não é permitido o acesso a veículos motorizados, exceto ao parque de estacionamento local, aberto entre as 9h30 e as 18h00, diariamente.
 Exposição LandArt: Anualmente realiza-se na Quinta do Pisão a exposição LandArt Cascais, onde são exibidas obras de artes que, pela sua natureza, não poderiam estar confinadas numa galeria.
HISTÓRIA E PATRIMÓNIO
A Quinta do Pisão caracteriza-se por possuir um mosaico de vegetação que ora se estende por prados verdejantes, ora se fecha em copas de árvores frondosas. As diferentes paisagens foram moldadas por séculos de ocupação deste espaço. Na Quinta encontra-se, ainda hoje, a gruta de Porto Covo, onde foram identificados vestígios tanto de uma comunidade do Período Calcolítico como de enterramentos humanos que datam da Idade do Bronze. Durante a Idade Média desenvolveu-se ali o Casal de Porto Covo, existindo no local uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição e alguns equipamentos de apoio a atividades agrícolas, como estábulos, eiras, fornos e poços. Após anos de abandono, estas pequenas edificações foram alvo de recuperação pela Câmara Municipal de Cascais e estão hoje abertos à visitação. Já durante o século XIX a Quinta recebeu a produção de cal, cuja cozedura tinha um carácter sazonal, realizando-se apenas nos meses quentes e não ultrapassando as três fornadas. Era um ciclo de intenso trabalho, assegurado por pessoas que, no restante ano, dedicavam-se sobretudo à agricultura. Estes fornos também foram alvo de recente intervenção e também podem ser visitados. A partir dos anos 30 do século XX a Quinta do Pisão tornou-se numa colónia agrícola gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais, tendo sido criada uma casa de recuperação. Atualmente o espaço é gerido pela Câmara Municipal de Cascais que, além de promover a recuperação das áreas agrícolas e florestais, está a dinamizar a repovoação da fauna e a promover uma maior ligação com a população através das atividades desenvolvidas ao longo do ano.

O CICLO DA SUSTENTABILIDADE
A Quinta do Pisão é um exemplo de como se completa o ciclo de sustentabilidade ambiental, social e económica. Os trabalhos no espaço florestal envolvente, na horta biológica e a venda dos produtos são assegurados por um grupo de formandos que estavam em situação de desemprego e que agora integram o Programa de Promoção Agrícola e Ambiental que a autarquia desenvolve juntamente com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Assim, para além de contribuírem para a valorização do património natural, estas pessoas aprendem novas técnicas que irão facilitar o regresso à vida ativa. Por sua vez, a venda dos produtos agrícolas reverte a favor dos trabalhos de gestão ambiental que são desenvolvidos na Quinta do Pisão, e que permitem que os 360 hectares deste espaço natural estejam, hoje, totalmente recuperados e abertos à visitação. Todos estes processos desenvolvem-se de forma a respeitar e beneficiar os ecossistemas locais, garantindo assim preservação da fauna e flora da Quinta do Pisão.



22.6.13

LANTERNAS CHINESAS - O.V.N.I.S. E OS BRITÂNICOS

Relatório Governo britânico já não acredita em extraterrestres.
As autoridades britânicas cancelaram as investigações a ovnis por acreditarem que não há provas suficientes de que exista uma presença alienígena ou que esta represente algum tipo de perigo para o país, segundo um relatório do ministério da Defesa, citado pela Associated Press.

UMA LANTERNA CHINESA QUE FOTOGRAFEI EM PLENO DIA ( Foto de J.P.L. em 2013 )


Os ovnis fizeram parte da agenda das autoridades britânicas durante muitos anos. Mas, segundo um relatório assinado em 2009 pelo ministério da

LANTERNA CHINESA
Defesa britânico e tornado público esta sexta-feira, há três anos que as autoridades deixaram de investigar o tema.

LANTERNA CHINESA SEGUNDO AS AUTORIDADES
Nas mais de quatro mil páginas do documento, o Governo explica que não tinha reunido provas da existência de presença alienígena, considerando, por isso, que o território britânico não corria algum tipo de perigo. As investigações levadas a cabo pelo ministério da Defesa eram baseadas em testemunhos de cidadãos, que supostamente tinham visto e contactado com extraterrestres.

De acordo com a Associated Press, alguns dos relatos que se podem ler no relatório incluem uma mulher que afirma ter vivido com um alien e um rapaz que acredita que um extraterrestre lhe roubou o cão, o carro e a tenda, enquanto acampava.

Por ano, entre 2000 e 2007, o ministério da Defesa recebeu cerca de 150 relatos deste género, e, em 2009, quando optou por fechar esta pasta, o número triplicou.

O relatório explica que as autoridades britânicas não tinham mãos a medir face a tantos testemunhos de pessoas que alegavam ter visto uma luz estranha no céu e que juravam a pés juntos que só podiam ser extraterrestres.

Depois de investigar os casos, o ministério veio a concluir que o aumento do número deste tipo de testemunhos coincidiu com a introdução da moda de lançar lanternas chinesas em dias de festa.

20.6.13

PRIMEIRO VOO DO HOMEM EM PORTUGAL

Fazem então hoje 473 anos que em Portugal se efectivou o primeiro voo experimental do homem. 

Foi seu autor João de Almeida Torto.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

O VOO ?


João de Almeida Torto foi um português residente em Viseu que em 1540 se distinguiu por ter tentado voar com um sistema de asas inventado e fabricado por si mesmo.

 Conta-se que em 20 de Junho de 1540, João Torto terá subido ao cimo da Sé de Viseu onde havia construído, com a permissão da Igreja, uma rampa de lançamento.

 A experiência teve lugar por volta da cinco horas da tarde, perante uma multidão expectante. De acordo com os relatos da época, terá conseguido em parte voar, tendo aterrado em cima do telhado da Capela de São Mateus, mas logo tombando sobre as asas, o que lhe provocou lesões que o conduziram à morte.

Este homem cujo nome foi atribuído a uma rua da cidade de Viseu foi precursor do voo livre em Portugal.

Quem diria...realmente o tempo passa a voar  !

GRANDE BURACO NO SOL





  Ver a imagem de origem

vai desorientar telecomunicações na Europa neste verão



Um gigantesco buraco coronal na superfície do Sol com localização alinhada para a Terra foi captado na semana passada, pelo Solar Observatory Dynamics (SDO) da Agência Espacial dos EUA (NASA), prevendo-se alterações nos campos magnéticos em regiões terrestres, dentro de semanas, em particular na Europa Ocidental.

Com base nas imagens captadas nos últimos dias de maio, prevê-se que os fortíssimos ventos provocados pelo buraco coronal – uma zona de baixa densidade de plasma na superfície do “astro rei” – enviarão correntes de partículas na direcção da Terra, as quais causarão fenómenos luminosos de rara beleza(auroras boreais).
Mas os fluxos de partículas solares também poderão alterar a atividade geomagnética a um nível capaz de perturbar o funcionamento dos sistemas de telecomunicações, como GPS (dispositivos de navegação) e redes móveis (sobretudo os aparelhos de última geração).
Segundo avisam os técnicos da NASA, as perturbações nas comunicações poderão ocorrer dentro de dois meses, em particular na Europa ocidental.

18.6.13

NO MEU DIA DE ANOS

Faz hoje 59 anos que por cá apareci.
Muitas idas à praia sempre sem bóia a ajudar.



 Daqui para a frente como será ?


 
 
 
 
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16.6.13

URCA AOS CAPUCHOS

De vez em quando o olhar " poisa " sobre algo que apesar de  se encontrar por vezes  há já largos anos ali, naquele mesmo local,  e, ou  pela banalidade disso mesmo, de  a vermos como um objecto de mero alerta para um qualquer perigo ao virar da próxima curva não ocorre pensar em mais nada.


ERA DO TEMPO DO " ESTADO NOVO " LOGO PROSCRITA. Foto de J.P.L. em Março de 2013

Atentei melhor nesta placa de aviso, e, dei comigo a reflectir na beleza e estética desta simples placazinha, já idosa, mas ainda a cumprir o seu serviço.

 Está ali na Serra de Sintra envolta por uma paisagem singular entre a Urca e os Capuchos.

O texto  acima foi escrito e editado no dia 13 de Março de 2013 .

Hoje 16 de Junho de 2013 . ) Voltei a passar  por aquele  local  e para minha surpresa já lá não estava a placa. Anos e anos a fio ali esteve sem incomodar ninguém muito pelo contrário e, agora, de um momento para o outro desaparece.

 E, igualmente grave, não foi substituída.

DA URCA AOS CAPUCHOS  ( Foto de J.P.L. Ano de 2013 )

Dá que pensar... seria um acto isolado feito por alguém. 
Com que finalidades ?
O que é facto é que todos ficamos a perder. Todos, entenda-se os utentes da Serra de Sintra.

Enfim... nada de estranhar  nos tempos que vivemos.

14.6.13

SOL E FENÓMENOS ESTRANHOS

Será real ?


Estranhos fenómenos junto ao Sol ?

Hoje!!! 

ESTAMOS NO DIA 14 DE JUNHO DE 2013



13.6.13

A ÚLTIMA MAMADA ( the Last Feed ) da Paula Rego.


O palhaço ou 'A última mamada' (tradução de "The last feed") de Paula Rego.  

Aquele não é Cavaco Silva...?!




Transcrevo, tal qual recebi de uma Leitora - a quem muito agradeço - o texto e a imagem que há pouco me enviou por mail.


 A ÚLTIMA MAMADA



The Last Feed, de Paula Rego

(Vamos ver se o palhaço (este) vem ou não a Portugal - diz a minha Leitora


Possivelmente, a razão do ápodo de M. Sousa Tavares pode ser bem mais culta que os jornais deram a entender.

Este é um quadro da Paula Rego que esteve exposto em Londres na sua última exposição (jan-março 2013) 'The Dame with the Goat's Foot'

Uma figura de 'palhaço rico' (onde se reconhece perfeitamente o retrato de Aníbal Cavaco Silva) aparece com um pé no pedestal, a mamar nos seios de uma velha decrépita e aperaltada com um chapéu. O palhaço com a mão esquerda 'coça a micose'.  

A Velha pode representar a política, ou a nação. 

O quadro chama-se 'A Última Mamada'  ('The Last Feed').

Apesar de ter tido algum eco nas redes sociais não recordo que tenha havido grandes referências à exposição (ou ao quadro) na imprensa escrita.

Ainda não se sabe se /quando a exposição virá a Portugal e se o quadro fará parte dela.
**
Confesso que ao ver isto me interroguei: será verdade? Será que isto é mesmo uma pintura de Paula Rego? Parecia-me mas... dada a recente polémica parecia-me coincidência a mais.
Fui investigar e confirmo.

 É tudo verdade: a exposição, o quadro. Apenas não consegui confirmar o nome do quadro pois não me aparece quando amplio a imagem no site da galeria Marlborough Fine Art. Mas faz sentido que seja pois o palhaço aparece a mamar.

11.6.13

CASCAIS A PENSAR NOS OUTROS


Bem no centro de Cascais temos este curiosa placa.

 Faz-me sempre lembrar aqueles filmes de guerra em que os militares têm destas ideias, para assinalar as distâncias que os separam da Pátria.


UMA IDEIA INTERESSANTE ( Foto de J.P.L. Junho de 2013 )
                             

  Agora, aqui na minha terra, de quem seria a ideia ? 

E para quê ?


De qualquer maneira achei muito interessante esta forma de nos levar a pensar nos outros.

8.6.13

D. PEDRO I O CRU OU O JUSTICEIRO


"  Conjectura-se que grande devia ser a dissolução dos costumes, pelos actos de severa justiça praticados por D. Pedro I.

 Foi ele dos Reis de Portugal , o primeiro que tomou o encargo de ser pai dos seus vassalos. 
Tinha sofrido muito: A tragédia dos seus amores, que teve por último acto o bárbaro assassínio de Inês de Castro, lavraram-lhe fundo na alma o ódio das injustiças e uma sede insaciável de vinganças contra todas as prepotências.


   Reservava a si com amor o encargo de julgar todos os delitos. Mandava trazer à corte os criminosos de qualquer ponto do País onde fossem agarrados.

 Vê-los presos e algemados na sua presença era para ele um prazer intenso que saboreava com delícias.

 Torturá-los, martirizá-los, fazer-lhes sofrer as mais duras provas era ocupação que antepunha a qualquer outra.

 Ver a imagem de origem
  
 Levantava-se da mesa, mal lhe traziam a notícia da chegada de algum grande criminoso, e passava logo sumariamente à execução.

Da cintura pendia-lhe sempre o látego com que retalhava o corpo dos criminosos.

 Castigava rigorosa e severamente todos os crimes, mas os de sensualidade eram para ele um pratinho de grande mimo e inventava para os pobres criminosos requintes de ferocidade que espantaram os seus contemporâneos.


D. PEDRO I EM CASCAIS  ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

   Ai dos adúlteros que lhe caiam nas mãos ! Era implacável para com eles.
 O seu escudeiro Afonso Madeira, dextro nos jogos da época e distinto pelas mais apreciáveis qualidades, era-lhe muito querido e merecera-lhe sempre uma predilecção muito especial.

 O pobre rapaz teve porém a desventura de se enamorar dos encantos de Catarina Tosse, mulher casada, que se lhe entregou, rendida de paixão; e o Rei, apenas soube do adultério, pôs de parte a afeição para só respirar justiça vingadora: 
Afonso Madeira foi castrado e morreu em consequência deste bárbaro suplício ou talvez pelo desgosto que a vida lhe causava depois de ter sofrido tão dura perda, de sua natural door - diz o cronista.

   Chegaram um dia aos ouvidos do Rei os galanteios de certa esposa desleal a seu marido. 
Justiça sumária: a pobre mulher foi queimada.
 O marido, que sabia das fraquezas da esposa e as suportava filosoficamente, recebeu depois deste suplício um recado do  monarca, dizendo que não se afligisse por aquela perda, pois até lhe devia dar alvíssaras por ter vingado a sua honra ofendida. ( ... ) 1

SÓ A CAÇA LHE SERVIA DE DISTRACÇÃO, MAS, EMBORA NESSE EXERCÍCIO SE MOSTRASSE FOLGAZÃO E AFÁVEL, O SEMBLANTE EM BREVE SE ENUBLAVA, AO RECEBER QUEIXA DE QUALQUER AGRAVO.

 OUVIA QUANTOS SE APROXIMAVAM E A SUA JUSTIÇA ERA SEMPRE PRONTA E RIGOROSA.

 ERA IGUAL NA APLICAÇÃO DOS CASTIGOS, QUER O CULPADO FOSSE PLEBEU, OU FIDALGO, OU CLÉRICO. OS RICOS - HOMENS QUE PERDIAM A REPUTAÇÃO DAS DONZELAS ERAM TÃO SEVERAMENTE PUNIDOS COMO O ÚLTIMO DOS SEUS VASSALOS QUE TAL FIZESSE.

 JUSTIÇA PARA TODOS !

 MOSTREM E DECLAREM AQUELLO EM QUE LHES VAM CONTRA SEUS FOROS, GRAÇAS E MERCEES QUE HAM E QUE LHAS FAREMOS GUARDAR " ( ... ) 2

 ( ... ) O TEMPO ERA BÁRBARO E OS COSTUMES CORRUPTOS, BÁRBARO E IMPLACÁVEL DEVIA SER A JUSTIÇA. 
ASSIM O ENTENDIA D. PEDRO, E ASSIM O PRATICAVA.

 O INCESTO, O ADULTÉRIO E O ESTRUPO ERAM FREQUENTES.

 O CLERO E OS FIDALGOS REFOCILAVAM-SE À VONTADE SOBRE O CORPO INERME DO POBRE POVO INDEFESO.

 DURA E ENÉRGICA HAVIA DE SER A JUSTIÇA DO REI QUANDO O MONARCA, FAZENDO-SE O VERDADEIRO PAI PROTECTOR DOS SEUS VASSALOS, SE MOSTRAVA DISPOSTO A NÃO TOLERAR ABUSOS NEM VEXAMES.

" TAIS DEZ ANOS NUNCA HOUVE EM PORTUGAL !
   COMO ESTES EM QUE REINARA D. PEDRO ! "

EXCLAMA O VELHO HISTORIADOR FERNÃO LOPES NA CRÓNICA DO MONARCA ; E O POVO, AO COMEMORAR COM LÁGRIMAS SAUDOSAS A MORTE DO REI AMIGO E PAI, EXCLAMAVA TAMBÉM QUE : 

 " MONARCAS ASSIM OU NUNCA DEVIAM NASCER OU NUNCA DEVIAM MORRER "  ( ... ) 3









http://www.spectrumgothic.com.br/images/ocultismo/inquisicao/torturas/garras.jpg





 


3 ) . Texto extraído do livro " Os bons velhos tempos da prostituição em Portugal "
                                         Antologia de histórias e documentos colhidos na   HISTÓRIA DA PROSTITUIÇÃO EM PORTUGAL  de Alfredo Amorim pessoa ( 1887 ) realização e anotações de Manuel João Gomes ( 1976 )

Nota pessoal - Significam estes asteriscos que; 1 (...) e ( ... ) Tive de omitir várias passagens por serem muito extensas e variados os relatos, mas não menos interessantes na sua leitura.                                     
Ano de 1355. Fizeram  ontem seiscentos e cinquenta e sete anos que morreu em Coimbra Inês de Castro ( n.c. 1320 ), mulher do infante D. Pedro ( depois Rei de Portugal ), executada por ordem do sogro, D. Afonso IV.



Pedro I de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Infante D. Pedro nasceu na cidade de Coimbra, a 8 de Abril de 1320, filho do então infante D. Afonso e Beatriz de Castela. Pedro foi o quarto filho de um total de sete, três mulheres e quatro varões: D. Maria, D. Afonso, D. Dinis, ele próprio, D. Isabel, D. João, e D. Leonor. Destes, mais de metade cedo morre (D. Afonso nado-morto à nascença; D. Dinis, D. Isabel, e D. João na sua infância). Por este motivo, D. Pedro, não sendo primogénito, torna-se herdeiro do pai e vem a suceder-lhe no trono.[1] Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.



O rei D. Pedro I de Portugal


Dos seus primeiros anos de vida, pouco se sabe.

 Conhecem-se, todavia, através de fontes escritas, a sua ama, D. Leonor; o aio e mordomo-mor Lopo Fernandes Pacheco; o guarda, Domingos Anes; o reposteiro-mor, Gonçalo Lobato; e os reposteiros, Afonso Domingues e Afonso Esteves. É também sabido que, por volta dos seus quinze anos, em 1335, já tinha casa.
 Os cronistas fazem menção a um defeito de gaguez[2] e ainda, no foro psíquico, "paixões exaltadas e violentas, cóleras explosivas, perversões várias"; é igualmente caracterizado como um amante da festa e da música, cantando e dançando por Lisboa ao som de "longas" com os populares.[1]

 
D. Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega da sua mulher Constança Manuel. O rei Afonso IV temia a influência da família Castro à qual pertencia a amante de Pedro.


Inês acabou assassinada por ordens do rei a 7 de Janeiro de 1355, mas isto não trouxe Pedro de volta à influência paterna.[3] Contrariamente, durante alguns meses, Pedro revoltou-se contra o pai; apoiado pela nobreza de Entre Douro e Minho e pelos irmãos de Inês. A paz veio por vontade declarada do povo e perdoaram-se mútuas ofensas.[3]

 
Acerca do temperamento deste soberano, o cronista Fernão Lopes dedicou um capítulo que intitulou "Como El-Rei mandou capar um seu escudeiro porque dormia com uma mulher casada", permitindo entrever que o gesto teria sido motivado por ciúmes do monarca por seu escudeiro, de nome Afonso Madeira.

 Madeira é descrito como um grande cavalgador, caçador, lutador e ágil acrobata, e regista:

 "Pelas suas qualidades, El-Rei amava-o muito e fazia-lhe generosas mercês."

 O escudeiro, entretanto, apaixonou-se por Catarina Tosse, esposa do Corregedor, descrita como "briosa, louçã e muito elegante, de graciosas prendas e boa sociedade".

 Para se aproximar dela, Madeira fez-se amigo do Corregedor, seduzindo-a e consumando a traição.[4]

 O soberano, entretanto, tudo descobriu e não perdoou Madeira, castigando-o brutalmente.

 O cronista insiste no afeto do soberano, referindo enigmaticamente:

 "Como quer que o Rei muito amasse o escudeiro, mais do que se deve aqui dizer (...)", mas regista que D. Pedro mandou "cortar-lhe aqueles membros que os homens em maior apreço têm".

O escudeiro recebeu assistência e sobreviveu, mas "engrossou nas pernas e no corpo e viveu alguns anos com o rosto engelhado e sem barba".[5]

Casamento

Esteve para casar com Branca de Castela, em 1329, mas dada a sua debilidade e sua incapacidade, o casamento não se chegou a realizar.[6][7](chegou sim)


Mais tarde, em 1339 tratou-se do casamento com Constança Manuel, filha de nobre família castelhana. A recusa do rei de Castela, primo de Pedro em deixar a noiva sair, desencadeou um conflito entre Afonso IV e o sobrinho e genro: Afonso XI de Castela.

Após uma ameaça de invasão moura, os reis fazem as pazes e reúnem-se para lutar contra o invasor na batalha do Salado.

Reinado

Aclamado rei em 1357, Pedro anunciou em Cantanhede, em junho de 1360, o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte,[3] sendo sua intenção a ver lembrada como Rainha de Portugal.

A promessa de perdão aos responsáveis pela morte de Inês foi esquecida;[3] este facto baseia-se apenas na palavra do rei, uma vez que não existem registos de tal união.

 Dois assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas),[8] que lhe valeram os epítetos supra mencionados.

Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-a como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver,[3] sob pena de morte.

 Em seguida ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados no transepto da igreja do Mosteiro de Alcobaça, para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam.

O corpo de Inês foi transladado, num cortejo digno de rainha.[3] Foi este facto que contribuiu para a lenda de que depois de morta foi rainha, de origem erudita, passando para a camada popular.[3]

 

Túmulo de Inês de Castro.

Túmulo de D. Pedro I
Como rei, Pedro revelou-se bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no país sem a sua autorização expressa)[9] e foi justo na defesa das camadas menos favorecidas da população.

 Aplicava a justiça com brutalidade, de forma «democrática», punindo exemplarmente sem olhar a quem.[9]

 Para não atrasar a aplicação das sentenças, puniu com pena de morte a prática da advocacia, isto levou a protestos nas cortes de 1361.[10]

 Pouco fez para refrear o poder da nobreza, mas esta temia o rei.[11]
 
Na política externa, Pedro ajudou seu sobrinho, Pedro, o rei de Castela, na guerra contra o meio-irmão.[12]
 
A sua relação com o clero foi algo conflituosa, em relação à nobreza foi magnânimo.[11]

Deu o título de conde de Barcelos a João Afonso Telo com direito hereditário e deu terras aos filhos de Inês. A Ordem de Avis entregou-a a seu filho, João, futuro rei. Dava início à nacionalização das Ordens Militares.[12]

 
A forma como exerceu a justiça, parece-nos hoje cruel, mas era costume naqueles tempos difíceis.

 Diz-se que mandou servir um banquete enquanto assistia à execução de Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves.

Gostava mais de ser algoz de que juiz, como atestam algumas sentenças que proferiu.[9]
 
Perto do fim de vida, perdoou Diogo Lopes Pacheco, um dos três responsáveis pela morte de Inês que conseguiu escapar.[13]

 
D. Pedro reinou durante dez anos, sendo tão popular ao ponto de Fernão Lopes escrever "que taes dez annos nunca houve em Portugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro".[13]

  O seu reinado foi o único no século XIV sem guerra e marcado com prosperidade financeira,[12] daí ficar na memória como um bom reinado. Para Fernão Lopes foi o avô da dinastia de Avis.[12]

 
Jaz no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.


Títulos, estilos, e honrarias

 

Estilo de tratamento de
Pedro I de Portugal
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Estilo Sua Mercê
Tratamento direto Vossa Mercê
Estilo alternativo Senhor

Títulos e estilos

  • 8 de Abril de 1320 – 28 de Maio de 1357: "o Infante Pedro de Portugal"
  • 28 de Maio de 1357 – 18 de Janeiro de 1367: "Sua Mercê, o Rei"
O estilo oficial de D. Pedro I enquanto rei era: "Pela Graça de Deus, Pedro I, Rei de Portugal e do Algarve"


Descendência

Descendência

Seu primeiro casamento foi com Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, de quem teve:
De seu segundo casamento com Inês de Castro (1320 - assassinada em 1355) nasceram:
De Teresa Lourenço:
  • D. João I, (1357-1433), rei de Portugal (1385-1433).

Ascendência

Ver também

Referências


  1. Crónica de D. Pedro de Fernão Lopes, cap. XLIV

Bibliografia

Ligações externas



Pedro I de Portugal
Casa de Borgonha
Ramo da Casa de Capeto
8 de abril de 1320 – 18 de janeiro de 1367
Precedido por
Afonso IV
Brasão de armas do reino de Portugal (1247).svg
Rei de Portugal e Algarve
28 de maio de 1357 – 18 de janeiro de 1367
Sucedido por
Fernando I





  • Azevedo Santos 2009.

  • Crónica de D. Pedro de Fernão Lopes, cap. I

  • Saraiva 1993, p. 103.

  • Crónica de D. Pedro de Fernão Lopes, cap. VIII

  • As Crónicas de Fernão Lopes. apud CASTRO, Pedro Jorge. "Sexo, Traição, Violência - e mais Sexo". Sábado, nº 355, 17 a 23 de fevereiro de 2011, p. 42-43.

  • Rodrigues Oliveira 2010, p. 223.

  • Caetano de Sousa 1735, p. 379–380, Livro II, Cap. IV.

  • Crónica de D. Pedro de Fernão Lopes, cap. XXXI

  • Mattoso 1993, p. 488.

  • Saraiva 1993, p. 120.

  • Mattoso 1993, p. 489.

  • Mattoso 1993, p. 490.

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