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15.2.14

ANTROPOLOGIA


A Antropologia ocupa-se dos seres humanos como produtos da vida em sociedade. Fixa a sua atenção nas características físicas e nas técnicas industriais, nas convenções e valores que distinguem uma comunidade de todas as outras que pertencem a uma tradição diferente.

   O que distingue a antropologia de outras ciências sociais é o ela incluir no seu campo, para as estudar cuidadosamente, Sociedades que não são a nossa sociedade.

CALENDÁRIO ( VIII ) E CERIMÓNIAS USADAS NOS SACRÍFICIOS. VÍTIMAS E PURIFICAÇÕES


1º Do Ano

Romulo dividiu o ano em 10 meses ( 6 de 30 e 4 de 31 dias ) que compreendiam 304 dias, começando em Março - Numa Pompilio acrescentou 2 meses, Janeiro e Fevereiro ( que eram o 1º e ultimo do ano ) ficando o ano com 354 dias, que é o ano lunar; a que acrescentou um dia, pela simpatia que tinha com o número impar, ou pela crença supersticiosa de que o número par presagia desgraças.
  Como, porém, faltassem 11 dias para equiparar o ano solar com o ano lunar, fez Júlio César raformar o calendário pelo matemático Sosigenes; o qual contando o ano solar que é de 365 dias, 5 horas e 49 minutos aproximadamente, por 365 dias e 6 horas, formou destas um dia, que intercalou de 4 em 4 anos no mês de Fevereiro. Este dia era contado depois de 24 de Fevereiro, repetindo-se este mesmo dia 24 e dizendo-se Bis Sexto Kalendas Martias: e daqui vem chamar-se bisexto ao ano em que se intercalou aquele dia.
A Península Ibérica antes das conquistas de Roma

Nota. - Não era, porém, ainda exacto este computo, porque tomando 5 horas e 49 minutos por 6 horas completas, devia o aumento de 11 minutos num grande espaço de anos dar uma grande diferença, antecipando os equinócios e solsticios, que dão começo às estações: e tanto se deu esta diferença, que em 1582 já havia 10 dias a mais no calendário, o que obrigou o Papa Gregório XIII a fazer a reforma que hoje se segue, chamada Correcção Gregóriana. Por esta reforma, e para a devida compensação, se suprimem 3 bisextos em 3 anos seculares consecutivos, porque no espaço de 400 anos aqueles 11 minutos de acréscimo produzem 3 dias.

ROMA ( Capítulo VIII )


                   PRINCIPAIS CERIMÓNIAS USADAS NOS SACRIFÍCIOS

1º  Enquanto aos sacrificadores deviam ;

I - Ir puros à presença dos deuses, abstendo-se do comércio carnal.

II - Lavar-se antes do sacrifício, e celebrar com vestidos limpos. Se o sacrifício era oferecido aos  deuses infernais, usavam de uma simples aspersão de água.

III - Ir com os cabelos soltos, vestidos largos e pés nus.

IV. Fazer súplicas e votos, antes de sacrificar; aos deuses celestiais ( inferi ) com as mãos levantadas para o céu, e aos infernais ( inferi ) batendo com o pé na terra.



   Enquanto às vitimas, deviam ;

I - Ser escolhidas e gordas.

II - Ornadas de fitas e coroadas.

III - Tiradas do rebanho ( egregice ) e não animais ferozes.

3º No acto do sacrifício observava-se ;

I. - A imposição do silêncio, e a expulsão dos profanos ( procul est profani. )

II - A immolação, que consistia em lançar sobre a vítima uma massa feita de farinha e sal ( mola ).
     - Coberta a vítima com aquela massa, dizia-se que estava macta ( magis aucta ) isto é, mais aumentada, ou mais preparada para o sacrifício.
 Nota. Daqui vem tomarem-se muitas vezes os verbos immolare e mactare por sacrificar.

III. A libação, que era de vinho, leite e outras substâncias; mas especialmente de vinho. Consistia a libação em provar o vinho, dá-lo a provar aos circunstantes, e derramar depois algumas gotas entre os chifres da vítima, sobre a terra, sobre o altar ou sobre o povo.Tanto a cerimónia, como a substância com que se libava, variavam conforme a divindade, a quem se fazia a honra; havendo libações nos banquetes, nos funerais, etc. - As libações em honra dos deuses celestiais faziam-se com a costa da mão para baixo, expelindo o licor da taça ( fundere ); e aos deuses infernais com a costa da mão para cima, emborcando a taça ( vergere ou invergere ).

IV - Acender o fogo sobre o altar, e nutri-lo de lenha seca, cortada das árvores.

V - A condução da vítima para o altar - era mau preságio quando não ia voluntariamente, sendo preciso arrastá-la.

VI - O ferimento da vítima. Se era oferecida aos deuses celestiais, devia ser branca, e com o pescoço levantado ( cervicem retro flectere ) para que olhasse para o céu; se aos deuses infernais, devia ser preta, com a cabeça inclinada, olhando para a terra ( prona ): a primeira era ferida por cima ( ferrum imponere ) - e a segunda por baixo ( ferrum subponere )


VII - A recepção do sangue.

VIII - A escoriação, dissecação do animal sacrificado, de que uma parte, depois de examinada, era lançada ao fogo ( porricere ); donde vem chamar-se porricia ás entranhas da vítima; e a outra parte servia para o banquete sagrado, que celebravam os sacerdotes.

IX - O aviso ao povo para sair do templo, pela simples fórmula  extemplo  - retirai-vos do templo ( frase que os latinos empregavam adverbialmente na acepção dos nossos vocábulos in continente, imediatamente ).

 4º  Das purificações ( lustrationes )

     Tinham estas lugar quando a cidade era invadida pela peste ou outra calamidade, quando se tinha cometido algum grande atentado, ou se tinham manifestado prodígios de mau preságio; e faziam-se por meio da lustração ( urbem lustrare ).

 A dos campos, para bem frutificarem, fazia-se pela circuição ( agros cicumire )

.A do homem homicida, ou que se tinha manchado por algum outro crime, fazia-se pela expiação  (expiatio ).


Imagens obtidas na - Wikipedia