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28.7.19

SANTINI A CASA DOS GELADOS MAIS FAMOSOS DE CASCAIS

 Este livro conta-nos e mostra-nos a história de uma família que elegeu a nossa terra como um local a tornar conhecido mundialmente. E assim foi.

(... ) " 1949, Agosto 26
 Finalmente instala-se na praia do Tamariz no Estoril, com a Gelataria Santini, tendo oferecido todos os gelados no dias da inauguração, que passariam a custar 1$ 50 o cone. A família Santini vivia no piso superior, cedendo por diversas ocasiões a sua casa para vestiário do traje de banho das famílias reais, que na época frequentavam o Estoril (... )




26.7.19

RABIRRUIVO - PRETO

 Esta pequena ave, surgiu numa destas manhãs
de Julho, ante o meu olhar algo admirado. ( Afinal estamos no Verão ). Trata-se de um juvenil. Por ali andavam os pais. Não os incomodei, limitando-me a obter a foto que aqui junto.















16.7.19

M H 370 E A CARGA MISTÉRIO

Avião MH 370 levava uma carga misteriosa de 89 quilos 

 




Redação TVI24
© TVI24 
 Avião M H 370 levava uma carga misteriosa de 89 quilos.
 
Os peritos franceses que continuam a investigar o desaparecimento do voo MH370 descobriram que foi adicionada carga misteriosa de 89 quilos ao avião antes da sua descolagem.


A revelação foi feita ao jornal Le Parisien por Ghyslain Wattrelos, um engenheiro francês que perdeu a esposa e dois filhos na tragédia, em 2014, e que tem reunido esforços para apurar a verdade sobre o que aconteceu.

Segundo Wattrelos, esta carga surge num novo relatório sobre a bagagem e os passageiros do MH370.
Sabemos que há várias contradições nas listas de passageiros, por exemplo na lista de colocação de passageiros. Também sabemos que há uma misteriosa carga de 89 quilos foi acrescentada ao avião antes deste descolar”, afirmou.
O engenheiro francês diz que isto tanto pode significar “incompetência” como “manipulação”. “Tudo é possível”, vincou.

O voo MH370, da Malaysia Airlines, fazia a ligação entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, quando desapareceu dos radares, a 14 de março de 2014. O avião, um Boeing 777 levava 239 pessoas a bordo.

Foram realizadas buscas extensas no Oceano Índico, mas o avião não chegou a ser detetado. Vários destroços foram encontrados ao largo da África do Sul e de Madagáscar.

As autoridades malaias não conseguiram determinar a razão que levou o avião a fazer um desvio na sua rota.

Entre as várias teorias que existem sobre o que aconteceu, uma das hipóteses é a de que o avião tenha sido sequestrado.

No mês passado, o especialista em segurança de aviação Tim Termini afirmou em declarações ao Channel 5 que é muito provável que tenha havido um sequestro. De acordo com este perito, o aparelho pode ter sido sequestrado por um membro da tripulação, por um passageiro, por um passageiro clandestino ou através de um aparelho informático no exterior.

15.7.19

CASCAIS TERRA DE REIS E RAINHAS

06.09.2015   09:00  -   por Pedro Jorge Castro  
 
O Rei D. Carlos tinha 150 criados e passava quatro meses por ano entre caçadas, mergulhos no Oceano e viagens de iate




Os hábitos e as extravagâncias da família real nas férias
O sinal de entrada de D. Carlos e D. Amélia no parque foi dado por uma orquestra de violinistas empoleirados nas árvores. Do portão até à casa, ao longo de um tapete coberto por um toldo de seda às riscas azuis e brancas, alinhavam-se os criados da Casa Palmela, que empunhavam candelabros e trajavam o seu uniforme de galões de ouro, calções verdes de veludo e luvas brancas. O baile sumptuoso, assim descrito por Ramalho Ortigão, foi preparado pela duquesa de Palmela e deslumbrou D. Amélia, que se estreou desta forma na sua primeira festa em Sintra, em 1886, logo a seguir ao seu casamento e antes da lua-de-mel no Palácio da Pena.

Nas duas décadas seguintes, foi em Sintra que a família real iniciou os seus longos períodos de férias, muitas vezes superiores a quatro meses por ano, e que incluíam ainda longas estadias em Cascais, em Mafra, no Vidigal ou em Vila Viçosa. Um dos primeiros pontos altos do Verão tinha aliás data marcada: 31 de Julho, o aniversário do irmão do Rei D. Carlos, o infante D. Afonso. Os festejos começavam com recepções ao início da tarde, no Paço da Pena, e prolongavam-se até à noite, com um baile de gala na Sala dos Cisnes do Paço de Sintra, ao som de valsas tocadas pela banda de Infantaria 1. Em 1895, na página 3 do Diário Ilustrado, na secção de High life – o equivalente da época às revistas sociais – a notícia do acontecimento terminava com a lista de presenças, que se estendia por 50 linhas, e incluía os principais membros da aristocracia, mas também o presidente do Conselho, Hintze Ribeiro, e cinco ministros.

Ao contrário do que possa parecer pelos convidados, o infante D. Afonso não exercia qualquer influência na corte. "Nunca tinha vintém.
 Os ajudantes ou oficiais às ordens não lhe emprestavam dinheiro, porque sabiam que ele não lhes pagava", desvenda Raul Brandão nas suas memórias.

 A partir de 1902, o irmão do Rei tornou-se comandante honorário dos bombeiros, pelo que dispunha de um telefone especial em casa para ser informado das principais ocorrências.
Mas sobressaiu essencialmente devido à sua paixão pelos carros.
Ganhou até a alcunha de Arreda – por ser esse o grito que dava aos peões para se desviarem do caminho, numa altura em que só havia uma centena de automóveis em todo o País.

Numa carta ao irmão, citada na biografia de Rui Ramos sobre o penúltimo Rei de Portugal, falava com entusiasmo sobre o automóvel comprado em Itália (era fã da FIAT), que tinha "oito cavalos de força" e no qual atingiu a estonteante velocidade de "50 km em descidas, e 40 a 50 em caminho direito".



Um ano depois, em 1901, foi publicado o primeiro Código da Estrada, que impunha um limite máximo de 10 km por hora. Seguramente por excesso de velocidade, o infante protagonizou um dos primeiros desastres em Portugal, quando o carro derrapou, na estrada entre Sintra e Cascais – os jornais de 27 de Agosto de 1906 deram conta desse acidente, que deixou "Sua Alteza com uma costela quebrada".

O Rei D. Carlos também gostava de automóveis e há relatos de que chegou a ter sete da marca Peugeot – três deles (um 12 cavalos, um 18/24 e um 20 cavalos) foram comprados no mesmo dia, em 1906, quando foi inaugurado o stand dos Restauradores, e onde esteve presente o próprio fundador, Armand Peugeot, que veio de França para cumprimentar o seu melhor cliente em Portugal. Foi nestas viaturas que os príncipes, Luís Afonso e Manuel, aprenderam a conduzir.

13 mil lanternas de azeite e 9 mil balões

Era apenas no fim de Setembro que, todos os anos, os Reis trocavam o Palácio da Pena pelo Palácio da Cidadela, em Cascais, onde ficavam em regra até ao início de Novembro. A vila recebia-os com todo o aparato. Por exemplo, a 17 de Setembro de 1891, as famílias aristocratas e as autoridades foram esperar o casal real a Alcabideche – zona então conhecida como "rio dos Algarves".
Segundo o livro Uma Corte à Beira-Mar, de Margarida de Magalhães Ramalho, que cita a imprensa da época, "no meio de uma chuva de flores e bouquets e de entusiásticos vivas" formou-se um cortejo de 140 carruagens e 50 cavaleiros. No fim de uma cerimónia na igreja da vila, o casal real deslocou-se a pé até à cidadela, por entre o povo, enquanto eram libertadas centenas de pombas para os céus de Cascais. Nessa noite, estava tudo preparado para um magnífico espectáculo de fogo-de-artifício, mas um incêndio destruiu a roda do leme do iate de onde ia ser lançado.

Já não foi assim seis anos depois, quando os Reis receberam na sua residência de férias o Rei Chulalongkorn, do Sião (actual Tailândia): este monarca ficou espantado com os efeitos pirotécnicos de uma peça que ardeu no mar e "se transformou num elefante branco com movimentos na tromba", descreveu o Diário de Notícias em Setembro de 1897. O areal entre Estoril e Cascais foi iluminado com 13 mil lanternas de azeite e 9 mil balões, entre outros adereços – o rei oriental achou tudo exótico e comentou com o anfitrião que se sentia como se tivesse sido "transportado a um dos castelos encantados das Mil e Uma Noites".

Foi o pai de D. Carlos, o Rei D. Luís, que mandou fazer obras no Palácio da Cidadela, para alojar a família real nos meses de veraneio. Espalhado por quatro quarteirões e dois pisos, o edifício tinha no total 44 quartos ou salas, onde dormiam e trabalhavam os elementos mais influentes da corte – o oficial às ordens do Rei, o camarista, o administrador da casa real, o médico, o capelão, as damas da Rainha, os preceptores dos príncipes, os chefes das cavalariças e da manutenção. Havia ainda uma sala de recepção, sala de jantar e de bilhar, e, claro, os quartos dos criados.

Quando era criança, D. Carlos ia distribuindo tostões aos populares que lhe beijavam as mãos quando chegava à praia de Belém.
 Vinte anos depois, na praia dos pescadores, em Cascais, a frequência já era mais distinta: o areal era partilhado com a aristocracia e a alta burguesia que passou a fazer férias ali para estar perto do Rei – apesar de a vila cheirar mal e de os jornais insistirem que a praia da Ericeira é que era boa.

A festa de aniversário dos reis

D. Carlos tomava banho no seu fato de malha às riscas, que cobria os ombros e chegava aos joelhos. Depois de dar as suas braçadas, numa altura em que a maioria das pessoas não sabia nadar, saía do mar e ia a pingar até à barraca real, onde mudava de roupa – na barraca, sempre que o Rei estava na praia, era hasteada a bandeira nacional.


D. Amélia e os príncipes preferiam tomar banho noutra praia, que é hoje conhecida como praia da Rainha. No fim da monarquia, as senhoras entravam no mar de vestido de cauda e com toucas de folhos, de mão dada com o banheiro, "que começava por lhes despejar um balde de água pela cabeça", contou nas suas memórias o conde de Mafra, Tomás de Mello Breyner, que foi médico da família real, e bisavô do escritor Miguel Sousa Tavares.

Todos os anos, à medida que se chegava ao fim de Setembro, os jornais agitavam-se. "Com a vinda definitiva de Suas Majestades é que verdadeiramente começa a época de Cascais", admitia-se na capa do Diário Ilustrado, a 25 de Setembro de 1900. O Rei e a Rainha faziam anos no mesmo dia, a 28 de Setembro, um acontecimento cheio de festividades anunciadas nos jornais com várias edições de antecedência. Era decretado feriado em todas as repartições públicas, os militares tinham direito a um rancho melhorado e a companhia dos caminhos-de-ferro aumentava o número de comboios em circulação na linha recentemente inaugurada, para satisfazer a procura do povo, que se deslocava em massa de Lisboa para assistir às festas reais.

O dia de aniversário começava com uma missa, acompanhada pela banda do Regimento de Infantaria 2. Os aniversariantes eram brindados com salvas de tiros da fortaleza, a que respondiam meia dúzia de navios de guerra ancorados na baía, onde estavam várias outras embarcações engalanadas.
 À noite, pelas 20h, iniciava-se um jantar de gala, para o qual apenas eram convidados os casais de duques, marqueses e condes que acompanhavam a família real, o médico, o padre e os comandantes dos barcos militares fundeados em Cascais.

As trocas de roupa do embaixador

Presença obrigatória era o marquês de Soveral, embaixador de Portugal em Londres, e amigo influente do casal real, a quem era concedido o privilégio de passar o Verão na cidadela, apesar de não ter qualquer cargo na corte. Era ele que trazia as músicas que mais se ouviam na Europa aos maestros das bandas militares que animavam o serão.

Este diplomata, que também exerceu temporariamente as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, era uma figura excêntrica, com o seu bigode viçoso e os seus trajes modernos. Eça de Queiroz chamava-lhe "o maior dandy de Portugal" e as suas constantes trocas de roupa eram noticiadas na imprensa: "Foi ontem visto em Sintra numa encantadora toilette bleu marin [azul marinho] e boné de pala o ilustre e formosíssimo ministro. À tarde viram-no passar elegantemente vestido de flanela cor de cana verde e chapéu cor de abóbora madura de mais. Pelo crepúsculo ia adorável e rayonnant [radiante] num irrepreensível costume cor de flor de alecrim com o delicioso chapéu de palha." Mas de tal forma era encarado como pioneiro em Lisboa dos novos hábitos cosmopolitas, que um dia se esqueceu das luvas na aba do chapéu de coco ao sair do Tavares e percorreu assim uma longa distância pelo Chiado, o que levou alguns transeuntes a imitá-lo, arrumando as luvas no chapéu como se fosse a nova moda trazida do estrangeiro.

O jornal Echos de Sintra, citado por Archer de Lima em O Marquês de Soveral e o Seu Tempo, contabilizou num ano a bagagem com que o diplomata chegou ao Palácio de Cascais para as férias: "Oito malas grandes, 12 malas pequenas, fora chapeleiras, bengaleiras, etc. e não contando com o chapéu de coco cor de abóbora que ia na cabeça."

Parte dos eventos de Verão em Cascais tinham fins de caridade, como as quermesses promovidas pela duquesa de Palmela. Os Reis eram um sucesso a vender rifas, mas numa destas festas no parque Palmela no início do século XX, o que deixou toda a gente pasmada foi a iluminação eléctrica e a projecção de três filmes num animatógrafo. Fora tudo organizado pela duquesa de Palmela, que além de ser camareira-mor da Rainha e fundadora das cozinhas económicas onde se forneciam refeições para os pobres, era também, segundo Raul Brandão, uma das mulheres mais bonitas da época, juntamente com a condessa de Penamacor, a condessa de Ficalho, a condessa de Vila Real e Ana de Sousa Coutinho, filha do conde de Linhares.

As regras elegantes do Clube da Parada

O ponto de encontro da vida social no fim do Verão era o Sporting Clube de Cascais, mais conhecido por Clube da Parada, um espaço a que apenas a chamada "sociedade elegante" tinha acesso. No clube toda a gente se tratava por "você", era regra fazer-se "um ar muito chateado" e estavam proibidas palavras como chávena, trem, farmácia e Carnaval, segundo as Memórias da Linha de Cascais, de Branca Gonta Colaço e Maria Archer. Ali, as senhoras jogavam ténis envergando vestidos compridos e chapéus com véus de gaze. O Rei mandou instalar courts de ténis nos seus diversos palácios, incluindo na Cidadela, mas também jogava na Parada, deixando um oficial a segurar-lhe o sobretudo durante o desafio.


D. Carlos tinha sucesso sobretudo em jogos de pares, que não o obrigavam a correr tanto, uma vez que foi engordando e perdendo mobilidade – acompanhava tudo com pão e manteiga, como o pai, e comia em todas as refeições canja, galinha com arroz e enchidos, além dos outros quatro a cinco pratos rotativos da ementa. Era ainda um fumador inveterado de charutos da marca Aquila Imperial.

Apesar de ser gordo – e de entretanto lhe ter sido diagnosticada diabetes – praticava também remo e era um atirador exímio: disparava contra pombos, mas também chegou a mandar atirar pratos para o mar, para afinar a pontaria do seu tiro.

 Em 10 de Outubro de 1900, participou na zona do Guincho numa inédita batida às raposas, mandadas vir do Alentejo. E organizou ainda torneios de esgrima e de futebol – que nesta altura era conhecido como "jogo do pontapé".

Os quatro iates e as campanhas no mar


Mas o seu principal passatempo em Cascais era explorar o mar no seu iate. A partir de 1896 desenvolveu 12 expedições para inventariar a fauna subaquática na costa portuguesa. As campanhas oceanográficas, pelo espaço que exigiam em alto mar para ter, por exemplo, um laboratório a bordo, levaram o Rei a adquirir sucessivamente quatro iates, todos baptizados com o nome da mulher. O Amélia I tinha apenas 34 metros de comprimento, menos de metade do que media o Amélia IV, comprado em 1901, que atingia 70 metros e 1.370 toneladas.


Comprou outros dois iates para oferecer à Rainha: o Lia, em 1893, e o Maris Stella, em 1905. D. Amélia chegou aliás a fazer um cruzeiro no Mediterrâneo com os filhos, durante o qual se encontrou com vários membros da realeza europeia e pôde desfrutar do conforto do seu iate, que tinha piano, aquecimento central, várias lareiras e água canalizada, doce ou salgada. Quando recebeu o novo veleiro como prenda de aniversário, a Rainha cedeu o Lia à Corporação dos Pilotos do Rio e Barra do Tejo, conta Eduardo Nobre no livro Amélia, Rainha de Portugal.

As extravagâncias da rainha-mãe

As campanhas de exploração dos mares podiam durar meses, sempre com o Rei em alto mar, o que levava uma boa parte do País a ver em D. Carlos um esbanjador despreocupado, que tinha encontrado mais uma forma de diversão e de alheamento dos problemas do País. A fama e o exemplo da Rainha-mãe, D. Maria Pia, não o ajudava. Depois da morte do marido, o Rei D. Luís, em 1889, na Cidadela, ela não quis voltar a este Palácio e decidiu comprar um chalé na marginal, no Monte Estoril, onde passava longas temporadas com o seu filho mais novo, o infante D. Afonso.

A Rainha-mãe, seguramente a figura mais extravagante da família, em claro contraste com a nora, gastou uma fortuna em obras de arte, pratas, sedas e móveis para mobilar a sua nova residência de férias, apesar de as finanças reais estarem já em ruptura.
 Pediu então dinheiro emprestado ao conde de Burnay, o homem mais rico no fim da monarquia, e como caução deixou-lhe jóias, que recuperaria assim que saldasse a dívida – o banqueiro acumulou 369 peças de ourivesaria da Rainha-mãe, que foram leiloadas em 1912 para recuperar o dinheiro emprestado, segundo Eduardo Alves Marques, autor do livro Se as Jóias Falassem.

Numa altura em que já estava cheia de dívidas à ourivesaria Leitão & Irmão, que enviava cartas à Rainha-mãe a solicitar a regularização das contas, D. Maria Pia conseguiu pagar o que devia, mas imediatamente contraiu novo empréstimo no valor de 350 mil reis para comprar um faqueiro de prata para a sua casa de férias.

Este serviço de prata era aliás o terror dos empregados sempre que a Rainha-mãe os mandava servir o jantar na praia. "Armava-se uma grande barraca de lona, mas era um castigo para nós, a enterrarmo-nos na areia, e sempre com medo de que lá ficasse perdida alguma colher de prata. (…) Às vezes fazia-se noite, cerrava-se o nevoeiro, e não sabíamos por onde andávamos, com o serviço às costas. A sr.ª D. Maria Pia não percebia as dificuldades por que passávamos. Não descia a certas coisas, e ninguém se atrevia a dizer-lhe nada", queixou-se Vital Fontes, que foi criado da monarca e deixou um livro de memórias, Servidor de Reis e de Presidentes.

O piano e o primeiro elevador...

Outros dramas viviam-se nas deslocações do Palácio da Ajuda para as férias em Mafra. "Para fazer as coisas como a sr.ª D. Maria Pia desejava, tinha de se andar dum lado para o outro com carrões de móveis e roupas, porcelanas e cristais, tudo enviado com dias de antecedência para estar já armado quando a Rainha chegasse. (…) Da Ajuda para Mafra ia (...) até um piano, e logo atrás o afinador, que com a sr.ª D. Maria Pia tinha que andar tudo afinado", frisa o criado da Rainha. O conde de Mafra, Tomás de Mello Breyner, confirma nas suas memórias que a família real mandava transportar para ali todos os anos os fogões de sala, as braseiras e o piano, que era carregado por oito homens que faziam a pé a viagem de 40 quilómetros.

Foi em Mafra que a Rainha-mãe mostrou os primeiros patins vistos por Vital Fontes. Outra excentricidade da época foi "o primeiro elevador que se conheceu em Portugal", como lhe chamou o criado, que o descreveu assim: "Era capaz de subir 10 pessoas, mas à custa doutros tantos homens que o puxavam à corda."

Raul Brandão contou nas suas memórias que D.Maria Pia estava constantemente a fumar charuto e a atirar as pontas para onde calhava, sobre os sofás e os tapetes, o que deixava sempre o criado em sobressalto, com receio de que deflagrasse um incêndio.
Vista como uma mulher nervosa, que reagia mal ao bater de uma porta, não usava perfumes, por lhe provocarem dores de cabeça. A sua despreocupação com o orçamento familiar foi ao ponto de, no dia em que nasceu o seu primeiro neto, o príncipe D. Luís Filipe (filho de D. Carlos e D. Amélia), ter oferecido relógios de ouro a todos os fidalgos.

As infidelidades do Rei

A Rainha-mãe foi traída pelo Rei D. Luís com várias mulheres, o que era normal na época, mas ela também terá mantido uma ligação extraconjugal com o conde de Sousa Rosa. O filho, D. Carlos, protagonizou outra conturbada história amorosa. Segundo a biografia do historiador Rui Ramos, em Lisboa falava-se das infidelidades do Rei com as "três condessas favoritas" – a de Paraty, a da Guarda, e a viúva do diplomata brasileiro César Viana de Lima. Um jornal republicano publicou que o monarca era amante da filha do seu ajudante-de-campo. E, em Junho de 1904, circulou a notícia de que D. Carlos tinha morrido no seu iate, depois de uma orgia com uma prostituta francesa enviada por uma empresa que pretendia obter um contrato.

D. Amélia anotava no seu diário várias escapadelas do marido que a deixavam desconfiada e, depois da morte do Rei, descobriu uma caixa com uma série de cartas que comprovavam as suas aventuras amorosas, segundo o livro Amantes dos Reis de Portugal, de Paula Lourenço, Ana Cristina Pereira e Joana Troni.

Segundo o criado da família real, Vital Fontes, D. Carlos tinha um fraco por espanholas. E Raul Brandão escreveu que o Rei manteve uma amante no Monte Estoril durante um ano e ia todas as tardes para a zona da Boca do Inferno, perto de Cascais. "Quedava-se ali, se encontrava algumas senhoras que o interessassem. Por isso chegaram a chamar a D. Carlos o balão cativo".


Longe do mar, o grande prazer do Rei era a caça. Nas férias em Mafra, as caçadas prolongavam-se por três dias. No palácio com 11 quartos dispunha de uma cama exactamente igual à que tinha em Vila Viçosa ou no Palácio das Necessidades, para não estranhar e atenuar insónias, segundo o livro "D. Carlos, Atirador de Caça", de Águedo de Oliveira.

Quando escolhia para descansar a herdade do Vidigal, de 5 mil hectares, mais próxima de Lisboa, perto de Vendas Novas, entretinha-se a ver alguns fidalgos a brincar às touradas, outro espectáculo que o entusiasmava. Aliás, numa carta ao seu secretário particular, o conde de Arnoso, citada por Rui Ramos, mostrou-se divertido com uma tourada numa herdade de Alter do Chão, apesar de o touro ter saltado para onde estava a assistência e atingido meia dúzia de espectadores: "Tu não podes imaginar a alegria, a bulha, o verdadeiro inferno que isto foi, e felizmente sem uma sensaboria; apenas um criado com uma perna rasgada."

Alguns dos momentos mais felizes da família eram passados em Vila Viçosa, onde o paço era rodeado por uma tapada com cerca de 1.700 hectares, um terço dos quais destinado a caça. Deslocavam-se ali para passar férias na Páscoa, ou no início do Verão, mas com mais regularidade para descansar todo o mês de Dezembro ou todo o mês de Janeiro.

Caçava-se todos os dias. O ponto de encontro era na Sala dos Duques, às 8h da manhã. O Rei envergava o traje regional do Alentejo, montava um cavalo luso-andaluz branco e era habitualmente quem matava mais caça, segundo as memórias do marquês do Lavradio. Um ritual especial era o almoço informal no campo, para onde o pessoal do palácio – que mesmo aí servia de luvas e libré – transportava tudo, incluindo um lavatório de ferro. Depois do jantar jogava-se bridge e conversava-se até às 23h, hora de recolher da Rainha e das suas damas de companhia, que deixavam a sala apenas para os homens ficarem a jogar às cartas. Era também depois do jantar que D. Carlos lia os telegramas do dia, enviados pelo chefe do governo ou pelos ministros, para se manter a par do que se passava no País.

Numa ocasião em que a Rainha não estava a acompanhar as férias em Vila Viçosa, foi o príncipe D. Luís Filipe que lhe descreveu um dia fracassado, com fairplay e sentido de humor, numa carta citada por Eduardo Nobre, autor de Amélia, Rainha de Portugal: "Ontem errei um porco muito grande e a Mãe não imagina o que foi a troça que me fizeram: ao jantar o Pai passou-me um papel dizendo-me que era da parte dos meus amigos, era um desenho de um porco triste, de outro contente e de um terceiro visto de frente: o visto de frente dizia: ‘Com os nossos agradecimentos.’"

Apesar das suas múltiplas deslocações, segundo Rui Ramos, o Rei só saía de Lisboa depois de obter licença do presidente do Conselho, e frisava que voltaria imediatamente se o governo entendesse que era necessário por qualquer razão.

Os dinheiros de D. Carlos

D. Carlos ganhava um subsídio do Estado anual (que se chamava Lista Civil) de 365 contos de reis, o que representava 0,7% da despesa do Estado em 1890. Daqui tinha de pagar todas as despesas de funcionamento da casa real, incluindo os salários dos 70 oficiais e ajudantes-de-campo, e dos cerca de 150 empregados, onde se contavam os criados, músicos e capelães. Recebia 12 vezes menos do que o Imperador alemão e um quarto do que auferia o Rei de Espanha – ganhava claramente menos do que gastava, o que lhe provocou vários dissabores políticos.

Também as longas temporadas nas herdades longe de Lisboa motivaram violentos ataques da oposição e da imprensa republicana, que o acusava de devorar os rendimentos do Estado "sem procurar ao menos dar a ilusão de que [os] merece".

A crítica mais demolidora foi feita pelo jornalista João Chagas, quando disse que, para o Rei, reinar era "S. Carlos, o Coliseu, o Trindade, quermesses, bailes, touradas, caçadas; hoje de almirante, amanhã de generalíssimo, aqui de flanela branca e rosas na botoeira, ali de jaleca alentejana e cinto à contrabandista, dando moñas [fitas] a forcados, jóias a actrizes, hábitos de Cristo a noticiaristas de jornais, numa doidice, num delírio, numa de pândega". Ao seguir com esta vida folgada, segundo João Chagas, o Rei D. Carlos tinha mostrado que não era um patriota – era apenas um "elegante" e um "dandy".

(Excerto de artigo publicado na SÁBADO em 19.8.2010)

13.7.19

ÁREA 51

Meio milhão quer invadir Área 51. "Vamos ver os alienígenas"

Quase meio milhão de pessoas confirmou, nas redes sociais, a intenção de invadir a misteriosa Área 51, uma zona militar em que as forças armadas dos EUA guardariam provas de vida extraterrestre, como apontam várias teorias desde há décadas.

13/07/19 06:51 ‧ Há 5 Horas por Lusa

"Vamos encontrar-nos no Centro Turístico Alienígena e coordenar a nossa entrada. Se entrarmos à bruta, podemos mover-nos mais rapidamente que as balas", segundo a convocatória, que conclui de forma concludente: "Vamos ver os alienígenas".

A iniciativa suscitou, além de uma surpreendente adesão, uma série de 'memes' com imagens de homenzinhos verdes e diversos símbolos da cultura 'freak', como o personagem Sheldon Cooper, da série Big Bang Theory.

A designada Área 51 é um terreno militar situado em pleno deserto do Nevada, que está envolvida desde há anos, devido ao secretismo que a rodeia, num halo de mistério que tem motivado numerosas teorias extravagantes.

Uma das mais generalizadas é a de que o governo norte-americano usou este terreno militar para esconder provas de vida extraterrestre.

De facto, o governo norte-americano nunca reconheceu a existência desta instalação militar até agosto de 2013, quando a CIA desclassificou uma série de documentos que confirmavam a existência desta base militar.

Aquela teoria sustenta, entre outros pontos, que foi para ali que se transferiram os restos de uma alegada nave extraterrestre, que se tinha despenhado em Roswell, no Estado do Novo México, em julho de 1947.


Área 51

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Aeroporto Homey
Aeroporto
Área 51
ICAO: KXTA
Características
Tipo Base militar
Administração Força Aérea dos Estados Unidos
Localização Estados Unidos Condado de Lincoln, Nevada
Coordenadas 37° 14' 06" N 115° 48' 40" O
Altitude 1 360 m (4 462 ft)
Mapa
KXTA está localizado em: Nevada
KXTA
Pistas
Cabeceira(s) Comprimento Superfície
14L/32R 3 658  m (12 001 ft) Asfalto

A instalação da Força Aérea dos Estados Unidos conhecida geralmente como a Área 51 é um destacamento remoto da Base Aérea de Edwards, dentro da Área de Teste e Treinamento de Nevada. De acordo com a Agência Central de Inteligência (CIA), os nomes corretos para a instalação são Aeroporto Homey (ICAO: KXTA) e Lago Groom,[1][2] embora o nome "Área 51" seja usado em um documento da CIA da Guerra do Vietnã.[3] O espaço aéreo de uso especial em torno do campo é referido como Área Restrita 4808 Norte (R-4808N).[4]
O objetivo principal atual da base é publicamente desconhecido; contudo, com base em evidências históricas, ela provavelmente apoia o desenvolvimento e teste de aeronaves experimentais e sistemas de armas (projetos negros).[5] O intenso sigilo em torno da base a tornou tema frequente de teorias de conspiração e um componente central para o folclore que envolve objetos voadores não identificados (OVNIs).[6][7] Embora a base nunca tenha sido declarada como secreta, todas as pesquisas e ocorrências na área são informações confidenciais.[6] Em julho de 2013, após um pedido do Freedom of Information Act (FOIA) arquivado em 2005, a CIA reconheceu publicamente a existência da base pela primeira vez, ao detalhar a história e a finalidade da instalação.[8]
A Área 51 está localizada no condado de Lincoln na parte sul de Nevada, no oeste dos Estados Unidos, 134 km ao noroeste de Las Vegas. Situado no seu centro, na margem sul do Lago Groom, está um grande aeródromo militar. O local foi adquirido pela força aérea de Estados Unidos em 1955, principalmente para o teste do voo do Lockheed U-2.[8] A área em torno da Área 51, incluindo a pequena cidade de Rachel na "Estrada Extraterrestre", é um destino turístico popular.

Geografia

Vista aérea do complexo.



A Área 51 é uma área de aproximadamente 1552 km² no Condado de Lincoln, Nevada. Faz parte da Nellis Air Force Range (NAFR).
Imagens do Google Earth puderam mostrar mais sobre as pistas de pouso do complexo.[9] A pista de pouso do local é a 14L/32R, construída na década de 1990, medindo 3651 x 61 m.
A Área 51 faz divisa com o Nevada Test Site (NTS), local de testes nucleares. A Montanha Yucca, depósito nuclear,[10] fica aproximadamente a 64 quilômetros a sudoeste do lago Groom.
A base teve sua existência confirmada e admitida apenas em 2013 pela CIA, entretanto, não é a única base secreta norte-americana, existem outras ainda não admitidas pelo governo, por questões de Segurança de Estado.[8]

Infraestrutura e operações

 
Um F-22 sobrevoando a região da 
Área 51.


A base militar de testes das forças armadas dos Estados Unidos, popularmente chamada de Área 51, é uma das bases mais avançadas do mundo, contendo um complexo subterrâneo e vários laboratórios de pesquisas. Com a finalidade de desenvolver ou testar tecnologia para as Forças Armadas dos Estados Unidos.
O governo é muito sigiloso à questão de suas atividades, deixando à critérios puramente ficcionais as designações e atribuições complexas da base, o fato é que seria somente mais uma base aérea. Satélites soviéticos obtiveram fotos do local em plena Guerra Fria, mas só chegaram a conclusões básicas. Eles descreveram uma instalação comum com pistas de pousos, hangares etc, mas nada que provasse a suposta base subterrânea. Mais tarde, novas fotos saíram de satélites comerciais, mas sem mostrar nada de excepcional. Lá testaram aviões como o U-2 (utilitário 2), o A-12, o SR-71 Blackbird e o F-117 Nighthawk.

Na cultura popular

 
 
Uma das entradas da Área 51
 
 
 
 
Little A'le'Inn em Rachel, Nevada.
 
A base já foi vista em séries e filmes como CSI: Crime Scene Investigation, Os Simpsons, Futurama, Coragem o Cão Covarde, Family Guy, Johnny Test (Área 51.1), American Dad, Scorpion, Arquivo X, Knight Rider, Taken, Seven Days, Star Trek: Deep Space Nine, Kim Possible, Transformers, Stargate SG-1, Groom Lake, Looney Tunes: De Volta À Ação, Monstros vs. Aliens, Hellboy, ZOOM, Independence Day e em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.[carece de fontes]
A base militar também já foi retratada ou citada em desenhos, como X-Men Evolution, Megas XLR, Rick and Morty e em Jovens Titãs, além de videogames, jogos de computador e de RPG, como Deus Ex; Duke Nukem 3D; Tomb Raider III; Perfect Dark; The Pandora Directive; Twisted Metal 3; Grand Theft Auto: San Andreas (Área 69); Castle Cat 3; Destroy All Humans!; Crash Bandicoot 3; The Sims 2; Sim City 4; Dead Space; Ben 10: Protetor da Terra; Call of Cthulhu; World of Warcraft; e Crash Bandicoot: Warped.[carece de fontes]
Já apareceu também em várias histórias da série literária Área 51 (de Dan Brown e Robert Doherty), que conta o que ocorreu após os cientistas da Área 51 terem feito contato com extraterrestres.[carece de fontes]
A cidade de Rachel, Nevada (a cidade mais próxima da base) possui uma pequena fama por ser "o lar oficial da Área 51". Localizada a três horas de carro a partir de Las Vegas, Rachel recebe um modesto número de turistas por ano, e várias lanchonetes e lojas vendem comida e artigos com temática "alienígena". Um pequeno museu vende mapas, fotos, broches e outros artigos, e um bar local, chamado "The Little A'le'Inn", orgulhosamente exibe uma cápsula do tempo ganha da equipe de produção do filme Independence Day.[11]

12.7.19

VÂNDALISMO QUE REVOLTA ( Status Symbol )

(...) " O livro mobiliário é o que, embora possa ser lido, não se destina propriamente à leitura. Compra-se, coloca-se numa estante para compor um canto da salinha em que se recebem os amigos As revistas de móveis e decorações consideram essa presença absolutamente indispensável no arranjo do lar.
   E, em certas profissões ou a partir de certa situação social, o simples canto com livros não se considera suficiente; é necessário uma parede completa, ou até um gabinete de madeiras escuras todo forrado de lombadas. São coisas que fazem parte daquilo a que os sociólogos chamam um status symbol.
 É, aliás, uma prática já antiga, à qual se referia a conhecida expressão " comprar livros a metro ".

 Mas essa conduta, que autrora se tinha por inconfessável ou pelo menos ninguém se atrevia a confessar, é agora objecto de uma exploração editorial sistemática.

 As edições de " obras completas em numerosos volumes luxuosamente encadernados ( porque também as coisas aqui se inverteram; antigamente o livro encadernava-se porque valia, hoje vale porque se encadernou ), as enciclopédias de lombadas douradas, muitas vezes escritas em língua que o comprador não domina, as assinaturas do clube do livro, que envia todos os meses para casa do leitor o livro que se encarrega de escolher por ele -

 tudo isso são modalidades modernas e insinuantes do tal antigo " comprar livros a metro ".


   Mas talvez o caso mais extremo, e por isso mesmo mais expressivo, assumido pelo fenómeno do livro mobiliário, se possa encontrar no facto de alguns fabricantes de móveis de luxo decorarem pequenos armários destinados a servir de bar, ou a esconder a televisão, o rádio ou simplesmente o quadro da electricidade, com lombadas de livros antigos, por vezes velhos volumes do século XVIII.

 A lombada é cortada cerce e grudada à madeira.

   É um vandalismo que revolta, mas que é útil por nos revelar a tendência levada às suas últimas consequências; se a função do livro mobiliário é apenas a de ser visto, não se deve desperdiçar espaço com a parte do livro que não servia senão para ler. " (...) *


* Outras Maneiras de Ver
Temas portugueses.
Pro. Dr. José Hermano Saraiva
Ano de 1979
  

7.7.19

A ALDEIA FANTASMA

 

" VILA FANTASMA " NA CHINA, EM QUE NUMA NOITE DESAPARECERAM TODOS OS SEUS HABITANTES. 

 



Na China, na província de Shaanxi, uma vez existiu uma cidade de tamanho médio e uma vila onde, em 1987, desapareceu misteriosamente. A estranha história desta aldeia, cujo nome nunca foi mencionado, na época, foi mantida em segredo e foi proibido mencionar nas notícias, mas em 2010, ela apareceu nas redes sociais chinesas e fez muito barulho.

É relatado que todos os moradores desapareceram numa única noite, homens, mulheres, crianças, bebês e homens velhos e até mesmo todos os animais e gatos e cães. Todos os seus pertences ficaram intactos, inclusive refeições nas mesas das suas casas.

Ainda mais assustador é que por uma semana, mais ou menos, o misterioso desaparecimento de milhares de pessoas na área viram luzes estranhas no céu e um OVNI na forma de um disco clássico.

 Uma das testemunhas da aldeia vizinha relatou ter visto no céu o objecto revolvendo a aldeia devastada, eram “oito luzes muito brilhantes”.

Para este objecto o céu de repente começou a ficar escuro e então o objeto emitiu um clarão roxo brilhante, foi quando se ouviu o som de uma forte explosão e então o objecto voou para norte.

De acordo com o canal de TV chinês NTDTV, muitos camiões do exército foram vistos nas estradas que levavam à aldeia. Os militares bloquearam todas as entradas e qualquer pessoa na direção da mesma.

De acordo com uma versão, os aldeões foram secretamente transferidos em camiões do exército para outro local. No entanto, mesmo neste caso, a razão para tal a evacuação apressada dos aldeões é desconhecida.


Todas as tentativas de um canal de notícias cobrir o evento falhou, já que foi publicada uma diretriz secreta do governo  proibindo relatos sobre este incidente.

Há uma outra teoria de que próximo da aldeia estava localizada nas montanhas uma base nuclear secreta.

Outra hipótese liga ao OVNI e o terem surgido os  militares e, de acordo com ela, as pessoas foram evacuadas para impedi-las de ver aviões experimentais, que voavam no céu e pareciam um OVNI.

 Agora a aldeia abandonada caiu em desuso e coberta de arbustos.

 Moradores de outras aldeias locais  chamam-na de "aldeia fantasma".

Como relatado anteriormente  em "Factos", as observações do Pentágono para OVNIS, verificou-se que os objectos desconhecidos se movem sem motores e asas.


SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES




Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma organização não governamental de ambiente e associação científica portuguesa fundada em 1993 que promove o estudo e a conservação das aves em Portugal. Com sede em Lisboa a sociedade possui cerca de 3.200 membros e representa a BirdLife International em Portugal.


A S.P.E.A.  entregou uma petição com mais de 4.000 assinaturas de cidadãos na Assembleia da República, apelando à proibição do fabrico, posse e venda de armadilhas para aves.


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A petição #ArmadilhasNÃO pede aos deputados que proíbam todos estes actos, uma vez que “permitem a captura ilegal de aves”, anunciou a SPEA em comunicado. Estima-se que anualmente morrem entre 40.000 a 180.000 aves em Portugal.

A legislação portuguesa protege essas espécies há duas décadas, mas todos os anos “dezenas de milhares de aves são capturadas ou abatidas em Portugal, quer para serem vendidas como animais de companhia, consumidas como petisco ou simplesmente mortas”, alerta a associação.

No entanto, na maior parte das vezes, os culpados destes crimes não são punidos, uma vez que são “difíceis de detectar e investigar.”


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Por outro lado, apesar de ser proibida a captura e a morte de aves selvagens, a verdade é que essa mesma proibição não existe para os meios usados nesses crimes – como é o caso das armadilhas.
“Não chega proibir que [as aves] sejam capturadas: é necessário proibir também os meios que permitem capturá-las”, sublinha Joaquim Teodósio, coordenador do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA, lembrando que estes animais “controlam pragas” e “são cruciais para manter a saúde dos nossos campos”.

Em causa estão meios que “matam indiscriminadamente” qualquer ave que tenha o azar de neles cair. Por exemplo? As armadilhas de mola, as redes e ainda uma cola artesanal para apanhar pássaros em árvores, sebes ou no cimo de canas, conhecida como “visgo”.


Proibir a apanha de formigas d’asa


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FORMIGA DÁSA



A petição pede também que a lei passe a proibir a apanha de formigas d’asa, que são utilizadas apenas nestas situações, servindo como isco nas armadilhas de mola.


 Normalmente chamadas de esparrelas ou costelos, estas são armadilhas de arame nas quais os pássaros morrem logo que são apanhados.

“As aves das zonas agrícolas estão a diminuir a um ritmo alarmante por toda a Europa e os dados disponíveis indicam que em Portugal vamos pelo mesmo caminho”, avisa o mesmo responsável, citado no comunicado. “É urgente garantir que sejam realmente protegidas e acabar com esta chacina ilegal.”

Ao longo dos últimos anos, houve vários casos de apreensões de armadilhas no momento em que estavam a ser usadas ilegalmente.

 Em Novembro passado, por exemplo, foram apreendidas 32 armadilhas que estavam a ser utilizadas no Algarve, incluindo três que já tinham aves mortas: um pisco-de-peito-ruivo e duas toutinegras-de-barrete-preto.

Em breve, a nova petição deverá ser discutida pelos deputados da Assembleia da República, esperando-se que isso se traduza em alterações legislativas que ajudem a diminuir esta ameaça para as aves selvagens, conclui a SPEA.

Recorde aqui uma análise dos resultados do Censo de Aves Comuns, sobre o facto de haver cada vez menos rolas-bravas, abelharucos e pardais em Portugal.



6.7.19

4.7.19

JUNHO FRIO EM PORTUGAL CONTINENTAL ( ANO 2019 )

Junho classificou-se como muito frio em Portugal continental

Percentagem de água no solo2019-07-03 (IPMA)

O mês de Junho de 2019 foi o 13º mais frio desde 1931 e o mais frio desde 2000.

 O valor médio da temperatura média do ar, 18.19 °C, foi inferior ao normal com um desvio de -1.23°C. O valor médio da temperatura mínima do ar, 11.66°C, foi 1.84°C inferior ao valor normal, sendo ao 4º valor mais baixo desde 1931 (mais baixo em 1972, 10.89 °C).

O valor médio da temperatura máxima do ar, 24.73°C, foi 0.63°C inferior ao valor normal, sendo o 2º valor mais baixo desde 2000 (mais baixo em 2007). Valores da temperatura máxima, neste período, inferiores aos registados ocorreram em cerca de 30% dos anos, desde 1931.

https://services.meteored.com/img/article/junho-foi-um-mes-frio-196801-6_1280.jpg

Durante o mês de junho destacam-se os seguintes períodos:
  • 1 a 3 de junho: valores de temperatura do ar muito superiores ao valor normal, em particular, da temperatura máxima, sendo de salientar o dia 1 com um valor médio em Portugal continental de 33.3°C, +8.0°C em relação ao valor normal;
  •  
  • 4 a 15 de junho: valores de temperatura do ar (máxima, média e mínima) inferiores ao valor normal, sendo de salientar os dias 5 a 7 com valores da temperatura máxima muito inferiores ao normal (dia 6 com um desvio de -5.6 °C); destacam-se ainda os valores de temperatura mínima do ar entre 4 e 18 de junho, com inferiores ao valor normal;
  •  
  • 28 a 30: valores de temperatura do ar superiores ao normal, em especial a temperatura máxima do ar.
O valor médio da quantidade de precipitação em junho, 23.8 mm, corresponde a cerca de 74 % do valor normal mensal. Regionalmente destaca-se o Sul com valores inferiores ao normal, em particular o interior do Baixo Alentejo e a região do Algarve.

No final do mês verificou-se, em relação ao final de maio, uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo no Litoral Norte e Centro, mantendo-se nas regiões do interior Norte e Centro, na região de Vale do Tejo, no Alentejo e no Algarve com valores inferiores a 20% e que, em alguns locais, são muito próximos do ponto de emurchecimento permanente.

De acordo com o índice PDSI, em relação ao final de maio, mantém-se a situação de seca meteorológica no final de junho, verificando-se um ligeiro aumento da área em seca extrema na região Sul.


Assim, no final de junho, a distribuição percentual do índice de seca no território é a seguinte:
  • 5.9% na classe de seca extrema;
  • 28.0% na classe de seca severa;
  • 22.7% na classe de seca moderada;
  • 40.9% na classe de seca fraca;
  • 1.9% na classe normal;
  • 0.6% na classe chuva fraca.

3.7.19

SEIS MISTÉRIOS POR RESOLVER

1. Esferas gigantes na Costa Rica
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Em 1930, diversos trabalhadores estavam limpando uma área na selva da Costa Rica para dar lugar a uma plantação de bananas, quando de repente se depararam com essas pedras perfeitamente esféricas. Os descobridores achavam que havia ouro dentro delas, e então explodiram algumas com dinamite, mas não havia nada além de pura rocha.
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Ninguém tem ideia de quem criou essas esferas, muito menos sabem de sua utilidade. Há uma teoria de que simbolizam corpos celestes, mas outras pessoas sugerem que eles poderiam ter servido para marcar fronteiras.
2. A bateria de Bagdad
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Ainda na década de 1930, mas em Bagdad, Iraque, arqueólogos encontraram uma longa jarra com uma haste de ferro, um cilindro de cobre e outra barra de ferro dentro dele. Especialistas concluíram que este artefato era uma bateria mesopotâmica que produzia uma corrente elétrica de 1 volt. Alguns sugerem que esta bateria foi usada para galvanoplastia de ouro, mas isso é apenas uma suposição. Outro mistério ainda não descoberto é por que esta tecnologia caiu em desuso por tanto tempo até o desenvolvimento de outras fontes de energia.
3. O Manuscrito Voynich
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

O Manuscrito Voynich é o livro mais indecifrável do mundo. Para começar, ninguém sabe quem o escreveu, onde e por quê, muito menos identificar o idioma. Ninguém sabe do que se trata, até mesmo as várias imagens e símbolos.
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Na história da literatura, vários escritores usaram códigos dos quais apenas algumas poucas pessoas podiam entender, mas alguns deles foram decifrados por (como os diários de Samuel Pepys). No entanto, este livro, ao que tudo indica, vai permanecer indecifrável para sempre, a menos que você ou alguém quebre a cabeça para encontrar a descoberta.
4. Estatuetas Incas Douradas
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Estas estatuetas douradas foram criadas por Incas, mas até hoje ninguém sabe qual a utilidade delas. O curioso sobre os animais misteriosos é que eles parecem ser feitos para fins de aeronáutica, uma teoria testada em 1996 por dois construtores alemães de aeronaves modelo, Peter Belting e Algund Eeboom.
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

O que eles fizeram foi construir réplicas de escala com motores e um sistema de rádio controle, e então testaram para ver se daria certo. Eles ficaram encantados ao ver que voavam perfeitamente, e que poderiam permanecer no ar e até realizar manobras mesmo com os motores desligados. No entanto, o uso dessas estatuetas no período Inca ainda é desconhecido.
5. O Disco Genético
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Este antigo disco de 6 mil anos foi descoberto na Colômbia pelo professor Jamie Gutierrez. É feita de uma rocha basáltica resistente chamada lydite. Seus símbolos misteriosos retratam, em ordem, uma sequência do nascimento humano. Começa com imagens de uma relação, e posteriormente a roda mostra o espermatozoide, o óvulo, o óvulo fecundado e os vários estágios do desenvolvimento fetal. Como isso poderia ter sido possível tantos anos antes da invenção do microscópio? Impossível dizer. Alguns tentaram dizer que o disco é uma fraude, mas não há nenhuma prova sobre isso também.
6. A Máquina de Anticítera
 6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Até hoje, este é considerado o mais antigo computador analógico na história da humanidade, criado há milhares de anos, muito antes da invenção do relógio. Foi feito entre os anos de 150 e 100 antes de Cristo (a.C.). Foi descoberto em um naufrágio na ilha de Antikythera, na Grécia, em 1901.
6 Grandes mistérios indecifráveis da humanidade

Especialistas acreditam que a máquina foi usada para prever posições astronómicas e eventos importantes da história, como eclipses solares e o surgimento das Olimpíadas. Embora o mecanismo seja um trabalho de génio, aparentemente a teoria grega não era suficientemente adequada para ajudar a produzir uma máquina tão precisa. Ainda assim, é impressionante pensar que os gregos estavam avançando na construção de máquinas, mesmo que este conhecimento tenha sido totalmente perdido, e os cientistas que vieram posteriormente tiveram que começar de novo a partir do zero.*

Fonte. Tudo por EMail