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3.3.14

KEYSTONE XL O OLEODUTO DA POLÉMICA

Caros amigos,


Resultado de imagem para keystone O OLEODUTO

Enquanto lemos este email, o governo dos EUA está prestes a tomar a decisão mais importante acerca das mudanças climáticas na presidência de Barack Obama: a aprovação ou não de um oleoduto monstruoso que transportará do Canadá aos EUA, por dia, até 830 mil barris do petróleo mais sujo.

Caso seja aprovado, o oleoduto Keystone XL ajudará a bombear bilhões de dólares para os bolsos de umas poucas companhias, além de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. O oleoduto está sendo descrito como "o detonador da maior bomba de carbono do planeta". Uma reação ousada da opinião pública já conseguiu atrasar o projeto antes, e outro golpe duro foi dado na semana passada, quando saiu uma decisão judicial contrária ao oleoduto. Agora, se agirmos com rapidez e em grande número, podemos ajudar a acabar com essa ideia de vez.

O secretário de Estado dos EUA, responsável pela maneira como o país se relaciona com o resto do mundo, abriu uma rodada final para receber comentários da opinião pública. Ele sabe que essa é a prova-dos-nove para definir a posição dos EUA e evitar um desastre ambiental. Vamos transformar a consulta pública em um verdadeiro referendo mundial, somando milhões de vozes de todos os países do mundo a ela, exigindo que o oleoduto Keystone seja impedido e que os EUA assumam a posição de liderança que afirmam ter para salvar nosso planeta. Faltam só alguns dias para o fim da consulta, junte-se a ela aqui:

http://www.avaaz.org/po/stop_the_keystone_xl_pipeline_loc_eu/?bzWqodb&v=36753

A pressão vinda das grandes empresas de petróleo está bem intensa – eles compraram anúncios no metrô de Washington, pelo qual os políticos passam para chegar ao trabalho. Se alcançarmos um milhão de assinaturas, a Avaaz vai reagir no mesmo campo de batalhas, colocando anúncios ao lado dos deles para que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e sua equipe vejam o que o povo pensa, de forma clara.

Esses anúncios das empresas de petróleo são apenas o começo. Sabemos que os Estados Unidos estão sob a mira dos lobistas da indústria petrolífera, e que vão ganhar rios de dinheiro com o oleoduto. Mas isso vai nos custar o futuro de todos: o petróleo vindo das areias betuminosas é o combustível fóssil mais sujo de todos, liberando de três a quatro vezes mais poluição causadora do aquecimento global que o petróleo “normal”.

No ano passado, Obama afirmou que daria o sinal verde para Keystone somente se fosse de interesse nacional dos EUA e se ficasse comprovado que ele não irá piorar ainda mais a crise climática para as futuras gerações. Kerry, que tem as mudanças climáticas como prioridade, quer mostrar iniciativa à comunidade internacional, estando mais sensível à opinião pública. Defensores do oleoduto afirmam que ele trará empregos na construção civil e maior independência em relação aos países exportadores de petróleo. Mas Obama sabe que as energias limpas gerarão os empregos de verdade e que as mudanças climáticas são provavelmente a maior ameaça à segurança global e dos EUA no momento.

Nós já estamos vencendo. Há três anos, este oleoduto era considerado um fato consumado. Mas o poder da comunidade entrou em ação. Milhares de pessoas foram presas durante o maior ato de desobediência civil em décadas nos EUA, e Obama recusou a proposta inicial. Agora vamos fazer nossa parte, reunindo os comentários mais internacionais possível a uma decisão governamental dos EUA e dando ao secretário de Estado Kerry e ao presidente Obama o apoio público de que eles precisam para rejeitar o projeto:

http://www.avaaz.org/po/stop_the_keystone_xl_pipeline_loc_eu/?bzWqodb&v=36753

Onde quer que estejamos no mundo, seja em Alberta, no Canadá, onde o oleoduto começaria; no Reino Unido, ainda se recuperando de enchentes históricas; na Austrália, que apenas começa a se recuperar de um verão que desencadeou um número recorde de incêndios, ou em qualquer outro país onde extremos no clima estejam causando danos – estamos todos sofrendo as consequências do aquecimento global. Se nos unirmos hoje, podemos fazer parte da vitória que deterá este oleoduto absurdo, ajudando a construir um forte movimento contra as mudanças climáticas.

Com esperança,

Pascal, David, Luis, Antonia, Emma, Patri, Wen, Ricken e toda a equipe da Avaaz


FONTES:

Aprovação do polémico oleoduto Keystone XL nos EUA e Canadá mais perto (Público)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/aprovacao-do-polemico-oleoduto-keystone-xl-nos-eua-e-canada-mais-perto-1621936

Explorar areias betuminosas polui mais do que o previsto, alertam cientistas (UOL)
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2014/02/04/explorar-areias-betuminosas-polui-mais-do-que-o-previsto-alertam-cientistas.htm

O inimigo número 1 dos ambientalistas americanos (Época)
http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/tag/keystone-xl/

A pressão está sobre o secretário Kerry, na medida em que decisão sobre Keystone se aproxima (em inglês) (Washington Post)
http://www.washingtonpost.com/national/health-science/pressure-is-on-kerry-as-keystone-pipeline-decision-nears/2014/02/01/46098f94-8ac7-11e3-916e-e01534b1e132_story.html

10 motivos para ser contra o oleoduto Keystone XL Pipeline (em inglês) (The Huffington Post)
http://www.huffingtonpost.com/rose-ann-demoro/10-reasons-to-oppose-the-_1_b_4791713.html

 E ... POR AGORA . (  2018 NOVEMBRO )

Justiça suspende oleoduto Keystone XL. É um revés para Trump

Um juiz federal do Montana suspendeu hoje a construção do oleoduto gigante Keystone XL, um revés para o Presidente norte-americano, que relançou o polémico projeto quando assumiu o cargo, apesar dos riscos para o ambiente e as culturas autóctones.

Justiça suspende oleoduto Keystone XL. É um revés para Trump
Notícias ao Minuto
19:41 - 09/11/18 por Lusa
 

 
O Presidente acusou o juiz de ter tomado "uma decisão política" e de pôr em perigo 48.000 postos de trabalho, um número largamente contestado pelos opositores ao projeto.

Ao longo de 1.900 quilómetros, este oleoduto, já parcialmente em funcionamento, destina-se a ligar os campos petrolíferos da província canadiana de Alberta ao Estado norte-americano do Nebraska, para chegar às refinarias do golfo do México.

É um projeto firmemente combatido pelas comunidades autóctones dos territórios que atravessa, preocupadas com os danos ambientais que poderá causar.

Foi com base numa análise do Departamento de Estado norte-americano, que não considerava o projeto "de interesse nacional para os Estados Unidos", tendo em vista os riscos associados, que o então Presidente Barack Obama decidiu bloquear a construção do Keystone XL, em 2015.

Segundo o juiz Brian Morris, a Administração Trump ignorou deliberadamente essa análise quando autorizou o relançamento do projeto de oleoduto, em março de 2017, pouco tempo após a chegada do magnata republicano do imobiliário ao poder.

"Uma agência não pode desviar os olhos de observações factuais feitas no passado porque elas não vão no sentido desejado", defendeu o juiz federal na decisão.

"Para justificar a reviravolta, o Departamento de Estado simplesmente apagou dados factuais relacionados com alterações climáticas", prosseguiu o magistrado do Montana.

Por último, Morris acusou o Departamento de Estado de não ter tido suficientemente em conta elementos como a baixa do preço do petróleo, o risco de fuga ou os gases com efeito de estufa emitidos no âmbito do projeto.

Iniciadora do projeto, a operadora canadiana de oleodutos TransCanada reiterou o seu compromisso de o levar a termo, apesar deste novo obstáculo.

"Recebemos a decisão do juiz e continuamos a analisá-la. Reiteramos o nosso compromisso de construir este importante projeto de infraestrutura energética", disse Terry Cunha, porta-voz da TransCanada, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Na bolsa de Nova Iorque, as ações da TransCanada caíram hoje quase 2% após esta decisão judicial, para 38,98 dólares.

Orçado em oito mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros), o projeto Keystone XL data de 2008 e iria permitir encaminhar diariamente 830.000 barris de petróleo através de Alberta, Montana, Dakota do Sul, Nebraska e, por fim, Oklahoma e Texas.

A suspensão decretada pelo juiz federal é, todavia, temporária e impõe ao Governo norte-americano que analise em maior profundidade as implicações do projeto no clima, na fauna e nas culturas autóctones.

Mas a decisão judicial representa uma importante vitória para os defensores do ambiente e as comunidades ameríndias, e um grande revés para o Presidente norte-americano, que autorizou a construção do oleoduto para cumprir uma das suas principais promessas de campanha.