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30.7.20

CASCAIS E A SUA " DROGARIA COSTA ". UM MUSEU VIVO.



RUA VISCONDE DA LUZ, A RUA DA DROGARIA COSTA  Foto de J.P.L. Junho de 2012 )

Drogaria Costa | Lojas com História

 
 
Aqui há de tudo há 129 anos
Sentem-se cheiros da cera e da naftalina que nos remetem à infância…. produtos “do antigamente”…uma viagem no tempo. Basta entrar na Drogaria Costa, na baixa de Cascais para uma jornada conduzida pelos irmãos João José e Joaquim.

Como anfitriões não podiam ser melhores –a sua casa está aberta há 129 anos. É um museu vivo. Ali há mesmo de tudo – goma para as roupas, cera para o chão, produtos para arear pratas, ratoeiras, ferragens…

E também estórias, que deixaram marcas. De idade provecta também o velhinho regador, onde se misturam as “poções” quase mágicas para madeira e tijoleiras que são vendidas até hoje…. Não podia faltar.

Um espólio infindável onde cada prateleira conta a sua história. As tulhas, hoje vazias, já tiveram muitos produtos vendidos a peso. Hoje tudo mudou.

As regras são outras, mas na cara de João e Joaquim, podemos ver que fazem o que gostam. E com o saber de quem passou toda uma vida ali.

Por agora são eles, os seus fiéis fregueses, os novos, os que pedem para visitar a drogaria, o que se passam lá para recordar cheiros de infância…

Um Museu que vale a pena visitar. Uma loja de Cascais com História.


Leia a história na edição online: http://bit.ly/JornalC_115

ANOS 60 E 70. EU ESTIVE LÁ !







Afinal de contas... os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem air-bag !!

ÍAMOS COMO QUERIAMOSSelecionamos alguns representantes da década de 60 que compõem o retrato histórico dos carros nacionais
fazendo aquela farra!
E isso não era perigoso!

As camas tinham grades e os brinquedos eram multicolores com pécinhas que se soltavam ou, no mínimo, pintados com umas tintas " duvidosas " contendo chumbo ou outro veneno qualquer.

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Não havia trincos de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.

A gente andava de bicicleta para lá e para cá, sem capacete, joelheiras, caneleiras ou cotoveleiras...

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Bebíamos água da bilha, da torneira, de uma mangueira, ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas " esterilizadas ".

 Como esquecer aqueles famosos carrinhos de rolamentos feitos por nós. 
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 Aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar, no meio do caminho, que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como travões...e estavam descalços...

Depois de alguns acidentes...
Todos os problemas estavam resolvidos !

Íamos brincar na rua com uma única condição:
Voltar para casa ao anoitecer.

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Não havia telemóveis...
E os nossos pais não sabiam onde estávamos!
Era incrível!

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 Gesso no braço, dentes partidos, joelhos arranhados, cabeça ferida.
Alguém se queixava disso'

Todos tinham razão, menos nós...

Comíamos doces à vontade, pão com manteiga, bebidas com o ( perigoso ) açucar.

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 Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super activos...

Dividíamos com os nossos amigos um refresco comprado na lojinha  da esquina, gole a gole e nunca ninguém morreu por isso.

Nada de Playstation,... Nintendo, X boxes, Video jogos.
 Internet por satélite. 
Video cassete e D.V.D.

Dolby surround, telemóvel com câmara. Computador, Chats na Internet.

                                              Só Amigos



Quem não teve um cachorro Rin Tin Tin?

 Resultado de imagem para cão rin tin tin

Nada de ração.
 Comiam a mesma comida que nós ( muitas vezes os restos ), e sem problema algum !

Banho quente ? 

Champô ?

Nada disso!

 No quintal um segurava o cão e o outro com a mangueira  ia deitando água e esfregando-o com ( acreditem se quiserem ) sabão ( em barra ) de lavar roupa !




Algum cão morreu ou adoeceu por causa disso ?

A pé ou de bicicleta, íamos à casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms de nossa casa, entrávamos sem bater e íamos brincar.

É verdade !
  lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança !

Como era possível ?

Jogávamos futebol na rua com a baliza sinalizada por duas pedras, ninguém ficava frustrado e nem era o " fim do mundo "

A escola tinha bons e maus alunos.

 Uns passavam e outros eram reprovados.

 Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psícotarapeuta.

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 Não havia a moda dos sobredotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperactividade.


 Quem não passava, simplesmente repetia de ano e entrava de novo no ano seguinte !


CORRER PELAS RUAS DE MACADAME COM UM ARCO E UMA GANCHETA.

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quem não se lembra na sua infância de andar a correr com um pau a empurrar uma roda?



Macadame
Macadame é um tipo de pavimento para estradas desenvolvido pelo engenheiro escocês John Loudon McAdam, circa 1820. O processo recebeu o nome de Macadam em homenagem ao seu criador McAdam.

As nossa festas eram animadas por gira-discos com agulhas de diamante deslizando sobre discos de vinil, luz negra enquanto saboreávamos umas sandes de pão com queijo, laranjadas e uns bolinhos que cada um trazia de casa.

Tinhamos :

LIBERDADE
FRACASSOS
SUCESSOS e,
DEVERES

...e aprendíamos a lidar com cada um deles !

A única questão é ?

Como a gente conseguiu sobreviver ?

E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade ?

Você também é dessa geração ?


                                             NO  NOSSO TEMPO !
.
                                                ÉRAMOS FELIZES !

Agradeço ao autor deste texto que me deu a oportunidade de reviver uma época maravilhosa da minha vida. *

* Editado inicialmente neste blogue em Março de 2012.