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6.8.23

Ser mulher já não é ser mulher.

 

Ser mulher já não é ser mulher

Cristina Miranda

Jul 30.

Incrivelmente, em pleno século XXI, deixamos de saber definir "o que é uma mulher". É verdade. A loucura generalizada chegou ao mais básico e elementar conceito da natureza humana. Ficam já todos a saber que sois um "bando de ignorantes" que andou a aprender "conceitos errados", promovidos por professores "ultra-conservadores e xenófobos" na escola.

Ser mulher já não é ser mulher, entendido? Ser mulher, é sentir-se mulher; ser mulher, é pensar como uma mulher; ser mulher, é vestir-se de mulher. Mas atenção: vestir-se de mulher, pensar como mulher, sentir como uma mulher, não é coisa só de mulher, porque isso é uma "construção social" desta sociedade patriarcal, porque não há essa coisa de "vestir de mulher" e pensar como mulher. A mulher não é uma mulher. A mulher é uma pessoa. Pessoa que tem um buraco bónus; que amamenta e que engravida independentemente de ter pénis ou vagina, de ter mamas ou apenas mamilos, de ter barba ou não, de ter próstata ou útero, entendeu? (???)

Vamo-nos deixar de hipocrisias. É claro que não entendeu nada. Nem este pensamento "progressista" é para entender. Porque simplesmente não faz sentido nenhum. Nem é progressismo. É aberração. Na verdade, é para confundir, colocar em dúvida tudo o que era um dado adquirido manifestamente provado cientificamente para legitimar a doideira que, de tão absurda, de tão surreal, de tão abjecta, irá colocar um mundo contra o outro, mergulhando-o no caos social como convém a quem anda a puxar os cordelitos às marionetes.

O mais surpreendente é a velocidade a que as massas aderiram a este absurdo sem questionar, sem reflectir sobre as razões para a desconstrução do conceito de mulher. Ninguém é capaz de pôr em causa este "conceito" estapafúrdio, criado por doidos, preferindo anuir por medo de serem conotados de "homofóbicos" e outros mimos da praxe.

Isto só demonstra o quanto somos maleáveis, obedientes, e dependentes. Décadas de medias, televisões e escola pública, a fazerem lavagem cerebral intensiva, tornaram este século no maior manicómio a céu aberto jamais visto na História da Humanidade.

Matt Walsh, um colunista e autor americano, decidiu ir à procura de respostas sobre "o que é ser mulher" e o resultado está num excelente documentário que não deixa ninguém indiferente pelas respostas (ou total ausência delas) aberrantes de profissionais qualificados - que vão desde médicos a pesquisadores universitários - e pessoas comuns, do que é, efectivamente, ser mulher. E pasme-se: a conclusão parece ser, que não há definição!

O que mais choca nesta investigação é a capacidade de enviesamento, manipulação e até mentira sobre factos irrefutáveis da ciência, de gente que pela sua formação estão obrigados a esclarecer com a verdade, e que demonstram um claro desconforto pelas perguntas objectivas do entrevistador, chegando mesmo a negarem-se a responder e até chamá-lo de "homofóbico" para pôr termo à entrevista. Um investigador universitário chega ao cúmulo de achar que "é transfóbico" questionar o que é uma mulher e se um "trans" é uma mulher. Na entrevista, questiona porque Matt Walsh quer saber "o que é uma mulher" e, em vez de responder, devolve a pergunta ao entrevistador! Questiona, inclusive, a forma como o Matt Wlash coloca a pergunta, para fugir à questão, e termina dizendo que "uma mulher é uma mulher", ponto final. Isto é simplesmente surreal!

Ao longo deste documentário vemos ainda mulheres a afirmarem que qualquer pessoa se pode afirmar como mulher desde que assim o deseje. Mas endoideceram?

As mulheres que, no passado, tanto lutaram pelos seus direitos e papel na sociedade, são hoje, reduzidas a nada porque qualquer indivíduo lhes pode tomar o lugar e elas, tontinhas, ainda aplaudem. Depois, surpreendem-se ao ver homens a substituí-las na política, no desporto, nos concursos e por aí fora...

Uma mulher é uma mulher biológica; um trans é um trans. Cada um na sua forma, cada um na sua categoria. E ambos devem ser respeitados enquanto indivíduos.

Quando a narrativa progressista não consegue dar uma definição de mulher, fica claro que não passa de um embuste social, sem qualquer fundamento científico, e por isso, desacreditada pelos próprios que a criaram. Resumidamente: uma palhaçada.