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31.1.12

CASCAIS. BOCADINHOS DA SUA HISTÓRIA.

Desloquei-me a Cascais como faço regularmente afim de regularizar alguns assuntos  aproveitando o ensejo para observar as exposições patentes " aqui " e "ali ".
 Neste contexto não pude deixar de observar a agora presente na Junta de Freguesia intitulada : " Bocadinhos da História de Cascais " na qual os  autores expõem as suas obras de pintura e fotografia. 

  Maria José de Bragança  de uma sensibilidade de temas para com vários "espaços" desta terra que a fascina.
 Alguns deles  vi reproduzidos nas suas telas.


LARGO FRONTEIRO AO EDIFÍCIO DA JUNTA DE FREGUESIA ( Foto de J.P.L. Janeiro de 2012 )

   António Miguel de Medeiros Correia com as fotografias obtidas por telemóvel transforma aquele acto banal num interessante exercício de arte.

 Dei por bem empregue o meu tempo.


27.1.12

VICTOR HUGO E ADÈLE FOUCHER ( Amores famosos da História e da Literatura )


  Eram ainda crianças quando se conheceram. Estreita amizade unia as famílias Hugo e Foucher. Aos dezessete anos começa a brilhar a precoce glória do Poeta e nasce também a paixão entre os que haviam sido companheiros de folguedo. seus amores não teriam deixado vestígios na História se não fora Adela ter conservado zelosamente todas as cartas que o namorado lhe escrevera, cartas maravilhosamente inflamadas, que o público pode conhecer após a morte do Poeta.

O amor é algo que nos une ao universo. * 1
                                       
   Essas cartas reunidas numa colectânea intitulada " Cartas à noiva " mais não falam que de amor e por isso mesmo são um exemplar raríssimo e puro de amor ideal. Desde sempre Victor Hugo quer Adela por esposa e lutam entre dificuldades de ordem familiar até verem realizado seu desejo de união. desde a primeira carta Victor Hugo subscrevia sempre teu marido, querendo assim unir-se de forma irrevogável à sua adorada.
 " Não há sacrifícios de que não me sinta capaz por ela, por um sorriso dos seus lábios, por um olhar dos seus doces olhos" - disse o Poeta.
  E suas missivas estão cheias de deliciosas advertências comuns a todos os namorados:
 " Não dances com outro, não regaces tanto a saia ao cruzares a rua..." Não sorrias a ninguém..." Apaixonado e ciumento declarou em certa ocasião:
 " Nada peço, nada quero das mais mulheres da terra. Porém, que nenhum homem se atreva a pedir um só olhar à minha ..."

                             " O amor é qualquer coisa que a inteligência humana não pode governar nem dirigir " * Arnold Bennettt

1* Fotografia de minha autoria.Vemos a ribeira de Luceféce perto das Hortinhas ( Alandroal) no fim de semana de 20 de Janeiro deste ano.


                        

26.1.12

AMIGO . ABRAÇO-TE COM AMOR !

O VELHO AMIGO ( Foto de J.P.L. Ano 2012 )
Desde sempre me olhaste nas minhas correrias de criança e depois de adolescente várias vezes por ti passei sem sequer para ti olhar.
Além de mim também os meus amigos e, porque não, aqueles companheiros caninos de todas essas épocas hoje remotas.

 Meus Pais, padrinhos, tios e avós por ti se cruzaram e a todos deste certamente um pouco de sombra além do peculiar aroma das tuas ramas e folhas, meu velho.

 De igual forma vistes sob as tuas vetustas ramagens passar minha esposa e meu filho e ainda hoje os vês.

 Como te agradecer ?

 Agora reparei finalmente em ti. 

Estás velhote como eu, e, como eu, também te cortaram alguns ramos que pensaram não fazer falta.

Assim seja !

 Por outro lado ambos vimos desaparecer à nossa volta muitas referências naturais para erguerem casario e ruas.

Referências familiares já partiram muitas, minhas e tuas decerto.

Que lástima ser assim...mas amigo cá andamos ainda e tu, espero, sobrevivas mais uns largos anos com muita saúde como aparentas. 


Serei sempre teu admirador e amigo ou não fosses já adulto quando eu era criança.

 Abraço-te velha árvore como abraçaria meu Pai.


19.1.12

O DUELO E A BRIGA EM PORTUGAL


 Um certo dia, em Coimbra, estando um fidalgo português conhecido pelo seu mau génio,Fernão Mendes, ou o " Bravo Braganção ", a comer diante de D. Afonso Henriques, o Rei e os outros que com ele estavam " riram-se de uma pouca de nata que caíra pela barba a D. Fernão Mendes, e D. Fernão Mendes houve tão grande sanha d'el Rei que se quis avir com ele ... "
  Ia sendo o fim do mundo. Para domar aquela fera, que espumava e rugia por causa dum pedacinho da nata, foi preciso que D. Afonso Henriques tirasse uma das infantas suas filhas ao homem com quem casara para a dar ao Braganção.


                                                                    
  Quando estas criaturas gigantescas, galeadas de ferro, bárbaras como figuras de pano de Arrás, chegavam finalmente às mãos, a violência e a fulguração do seu choque transiam e arrepiavam. Muitas vezes, dum só talho de espada, um dos contentores ficava sumariamente partido pelo meio.
  Foi o que sucedeu a certo escudeiro de Fernando o Santo, de Leão, que um dia teve a imprudência e o mau gosto de desmentir um hercúleo fidalgo português, Gonçalo Roiz de Palmeira, nem mais nem menos do que quarto avô de Nun' Álvares:

" alvorouço-se o paço, saíram-se dele, e Gonçalo Roiz deu-lhe com uma espada por cima do ombro, que o tallhou até à cinta "    *


 Extrato de " O duelo e a briga em Portugal "
 Edições --- Apenas- livros ldª.



  

18.1.12

INTERNET e A " PENA DE EXCLUSÃO "

Ocorreu-me reflectir um pouco acerca destes espaços.Interessantes alguns outros talvez nem tanto mas normalmente espaços abertos às leituras dos seus conteúdos havendo regra geral um senão ( como sempre, não há bela sem senão ) e que é o de ter o leitor ou visitante, caso queira opinar,  proceder a uma prévia aceitação das regras da " casa". 

Até aqui tudo bem. 

Os problemas surgem depois quando editamos o nosso comentário e este não agrada aos senhores moderadores/administradores e outros que tais. 

É vê-los a debitar sapiência e erudição quando não má educação precisamente o oposto do que diziam pretender se fizesse quando estimulam a troca de ideias mesmo que técnicamente menos abalizadas.

 Isto quando em tópicos abertos por membros do fórum com finalidade de abordar determinado assunto não são esses mesmos auto proclamados guardiões da ordem e da análise os primeiros a intervir com observações menos próprias e quiçá inadequadas sem que alguém  lhes chegue a "caneta ao pelo" sob pena de exclusão. 

No meu caso como gosto de informar e ser informado tenho deparado com alguns destes casos e é com conhecimento de causa que falo.

 A ser assim e como felizmente a internet está repleta de muitos e bons fóruns só temos de ir em busca deles. 
 Ver a imagem de origem

15.1.12

ALDEIA DE JUZO

IGREJA DA ALDEIA DE JUZO ( foto de J.P.L. Janeiro de 2012 )

 Aldeia de Juzo. sempre me interrogo do estranho facto de ser esta a unica localidade que conheço, aqui de Cascais que mantém a palavra " aldeia ".
 Quem me dera que o meu Cobre, por ex: tivesse essa designação oficial pois também ele foi em tempos recentes a Aldeia do Cobre.
 Outra coisa que me intriga é o porquê de " juzo ".
 O Iminente Prof: Dr. José d'Encarnação não tem dúvidas em afirmar que tal se deve ao posicionamento desta em relação à sua vizinha Murches.
 Para distinguir uma aldeia da outra.
 Afirma este grande biógrafo da nossa terra que se deveria escrever " juso " e não  " juzo " porque juso deriva da palavra latina " jusum " ou seja " abaixo ". 
E " suso " acima.
 E que dizer então do nome porque era conhecida nos princípios do século XX ?
  Diz-nos Eduardo Montufar Barreiros ao recordar as suas caçadas  às perdizes  ( " ...e, em Cascaes, as da Ribeira das Vinhas, Birre, Aldêa de Juz ... " ) Enfim um sem número de interessantes escritos de pessoas que sabem.


Fontes bibliográficas. 


 CASCAIS E OS SEUS CANTINHOS

AUTOR: PROF: DR. JOSÉ  D' ENCARNAÇÃO

                                        Caça - 1900  Momento Venator !...

                                        Autor- Eduardo Montufar Barreiros:  Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra.



Aldeia de Juso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
CSC.png Aldeia de Juso
  Povoação do Concelho de Cascais  
Centro histórico da Aldeia de Juso
Centro histórico da Aldeia de Juso
Localização

CSC Aldeia Juso.svg
País Portugal
Região Área Metropolitana de Lisboa
Concelho Cascais
Freguesia Cascais e Estoril

A Aldeia de Juso («de baixo», jusante, grafada incorretamente como Aldeia de Juzo[1]) é uma pequena localidade situada no norte da freguesia de Cascais e Estoril, no distrito e área metropolitana de Lisboa, Portugal.
Limita a norte com a Charneca, a nascente com Murches, a sul com Birre e a oeste com a Areia.
Em 1527, possuia juntamente com a Charneca 8 vizinhos. Em 1758 possuia 4, e em 1960, 65. [1]

Referências


Correia, J. Diogo (1964). Toponímia do Concelho de Cascais (PDF). Cascais: Câmara Municipal de Cascais. p. 39

11.1.12

CASCAIS E O SEU CASTELO DAS ROSAS

MARGEM DA RIBEIRA DAS VINHAS EM 2011 ( Foto de J.P.L. )
 Obtive esta fotografia num destes dias em que decidi seguir a margem da Ribeira das Vinhas passando por um velho caminho que não percorria há muito tempo. Este recanto está a poucos metros do centro da Vila o que lhe confere um particular encanto.


CASTELO DAS ROSAS ANO DE 2011 ( Foto de J.P.L. )





Do mesmo local fui olhar o Castelo das Rosas.


O QUE JÁ FOI UMA OBRA DE ARTE ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
         Na foto temos um aspecto da Quinta do Castelo das Rosas visto do mesmo local da Ribeira das Vinhas.                                                       

10.1.12

ROSAS EM JANEIRO ?

                                                                                                 O milagre das rosas


        Tendes visto essas imagens da Rainha Santa  com o regaço cheio de flores ?

           Recordam o milagre que ela fez.

Saía D.Isabel do mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, com o manto cheio de pão e moedas de oiro para dar aos pobrezinhos, quando apareceu el-rei D. Dinis e lhe perguntou:

  - Que levais escondido no vosso manto, Senhora ?

  - São rosas, meu Senhor.

  - Rosas em Janeiro ! 
- observou o rei, incrédulo.

  Santa Isabel abriu então o regaço, desdobrou o manto e mostrou ao rei as mais lindas flores que seus olhos viram.
 O pão e o dinheiro das esmolas tinham-se transformado em rosas brancas e vermelhas, que juncaram e perfumaram o chão.  *

O MILAGRE DAS ROSAS
                                                                                 



 * Web Site da imagem - " Folclore Português "

* " O LIVRO DA PRIMEIRA CLASSE " 
  8ª edição 1958
 nº - 19176 

 

6.1.12

TUNGUSKA E O FENÓMENO ATERRADOR

A região de Tunguska é um desolado planalto arborizado próximo do rio do mesmo nome, na Sibéria Central, cerca de 800 km a noroeste do lago Baikal. Pantanosa no Verão, é completamente gelada no Inverno.

Perspectiva artística do que se terá passado

Expedição ao local
No canto superior esqº o local do sucedido na actualidade.


No dia 30 de Junho de 1908, às 7.17h. locais, sucedeu um aterrador fenómeno na região de Tunguska, na Sibéria Central. Como  que por efeito de uma catastrófica deflagração ocorrida na atmosfera, foram derrubadas todas as árvores existentes num raio de 30 km.

 Os habitantes da região à data do acontecimento relataram que imediatamente antes da explosão avistaram uma bola de fogo atravessando o firmamento cujo brilho " ofuscava a luz do Sol". Em Kirenssk, a 400km de distância, foi avistada uma " coluna de fogo " seguida de três ou quatro estrondos e do som de um choque.

  A força da explosão foi tão intensa que numa região a sul de Kansk, a mais de 600km de distância, os cavalos foram lançados ao solo. As queimaduras dos habitantes desta região pouco povoada foram igualmente dignas de nota. Um membro da tribo dos Tunguses disse aos cientistas que acorreram ao local passado pouco tempo que uma manada de 1500 renas fora aniquilada. " O fogo veio e destruiu a floresta e todos os animais".

 Até ao dia de hoje e apesar de todas as mais diversas explicações ainda ninguém conseguiu decifrar o que ali ocorreu afinal.

 Supondo que ocorreria algo parecido nestes tempos actuais como reagiriam as nações detentoras de armamento nuclear?   

Evento de Tunguska

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Evento de Tunguska
Russia-CIA WFB Map--Tunguska.png
Localização do evento na Sibéria
Evento Explosão em área de floresta (10–15 megatons de TNT)
Data 30 de junho de 1908
Local Podkamennaya Tunguska na Sibéria, Império Russo
Efeitos Destruição de 2 000 km² de floresta
Danos Devastação a plantas e animais locais
Alguns edifícios danificados
Mortes 0 confirmadas, 2 possíveis
Causa Explosão atmosférica de asteroide ou cometa
Coordenadas 60° 55′ N, 101° 57′ L


Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria, no Império Russo, próxima ao rio Podkamennaya Tunguska em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilômetros quadrados.[1][2] A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulatórias sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteoroide ou fragmento de cometa a uma altitude de 5 – 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.[3]
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatons[4] e 30 megatons[5] de TNT, com 10–15 megatons sendo o mais provável.[5] Isso é aproximadamente 1 000 vezes a bomba lançada em Hiroshima na Segunda Guerra Mundial e aproximadamente um terço da Bomba Tsar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão teria sido suficiente para destruir uma grande área metropolitana. A explosão derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilômetros quadrados e estima-se que tenha provocado um terremoto de 5 graus na escala Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.

Descrição





Em 30 de junho de 1908, por volta das 7h17, os nativos evenkis e colonos russos nas colinas a noroeste do Lago Baikal observaram uma coluna de luz azulada, quase tão brilhante quanto o Sol, movendo-se pelo céu. Cerca de dez minutos depois, houve um clarão e um som semelhante ao fogo de artilharia. A explosão foi registrada em estações sísmicas na Eurásia. Estima-se que, em alguns lugares, a onda de choque resultante foi equivalente a um terremoto de magnitude 5,0 na escala Richter.[6] Também produziu flutuações na pressão atmosférica suficientemente fortes para serem detectadas na Grã-Bretanha. Nos dias que se seguiram, os céus noturnos na Ásia e na Europa estavam incandescentes;[7] foi teorizado que isso se devia à passagem de partículas de gelo de alta altitude que se formaram a temperaturas extremamente baixas - um fenômeno que muitos anos depois ser produzido por ônibus espaciais.[8][9]

Testemunhas

 

 
 
Topi Tunguski, ao redor da área onde houve a explosão. Esta foto é da revista Vokrug sveta, de 1931. A foto original foi tirada entre 1927 e 1930 (presumivelmente, 14 de setembro de 1930).
 
 




Testemunho de S. Semenov, como registrado pela expedição de Leonid Kulik em 1930:[10]
Na hora do café da manhã, eu estava sentado ao lado da casa no Posto Comercial Vanavara [65 quilômetros ao sul da explosão], voltado para o norte. […] De repente eu vi isso diretamente ao norte, sobre a estrada Tunguska de Onkoul, o céu se partiu em dois e o fogo apareceu alto e largo sobre a floresta [como Semenov mostrou, cerca de 50 graus acima - nota de expedição]. A divisão no céu cresceu e todo o lado norte estava coberto de fogo. Naquele momento fiquei tão quente que não pude suportar, como se minha camisa estivesse em chamas; do lado norte, onde o fogo estava, veio um forte calor. Eu queria arrancar minha camisa e jogá-la, mas então o céu se fechou e um baque forte soou e eu fui arremessado alguns metros adiante. Eu perdi meus sentidos por um momento, mas então minha esposa correu e me levou para a casa. Depois disso veio um ruído, como se pedras estivessem caindo ou canhões disparassem, a Terra tremeu e, quando eu estava no chão, pressionei minha cabeça para baixo, temendo que as pedras a esmagassem. Quando o céu se abriu, um vento quente correu entre as casas, como se viessem de canhões, que deixaram rastros no chão como caminhos e danificaram algumas colheitas. Mais tarde, vimos que muitas janelas estavam quebradas e, no celeiro, uma parte da fechadura de ferro se partiu.
Testemunho de Chuchan da tribo shanyagir, como registrado por I. M. Suslov em 1926:[11]
Tínhamos uma cabana junto ao rio com meu irmão Chekaren. Nós estávamos dormindo. De repente nós dois acordamos ao mesmo tempo. Alguém nos empurrou. Ouvimos um assobio e sentimos um forte vento. Chekaren disse: "Você consegue ouvir todos aqueles pássaros sobrevoando?" Nós dois estávamos na cabana, não conseguíamos ver o que estava acontecendo lá fora. De repente, fui empurrado de novo, desta vez com tanta força que caí no fogo. Eu fiquei assustado. Chekaren ficou com medo também. Nós começamos a gritar pelo pai, mãe, irmão, mas ninguém respondeu. Havia barulho além da cabana, podíamos ouvir as árvores caindo. Chekaren e eu saímos de nossos sacos de dormir e queríamos fugir, mas então o trovão surgiu. Este foi o primeiro trovão. A Terra começou a se mover e a balançar, o vento atingiu nossa cabana e derrubou-a. Meu corpo foi empurrado para baixo por varas, mas minha cabeça estava acima. Então eu vi uma maravilha: árvores estavam caindo, os galhos estavam pegando fogo, ficou muito brilhante, como posso dizer isso, como se houvesse um segundo Sol, meus olhos estavam doendo, eu até os fechei. Era como o que os russos chamam de relâmpago. E imediatamente houve um trovão alto. Este foi o segundo trovão. A manhã estava ensolarada, não havia nuvens, nosso Sol estava brilhando como de costume, e de repente veio um segundo!
Chekaren e eu tivemos alguma dificuldade para sair debaixo dos restos da nossa cabana. Então nós vimos isso acima, mas em um lugar diferente, houve outro clarão, e um trovão alto surgiu. Este foi o terceiro ataque do trovão. O vento voltou, nos derrubou, atingiu as árvores caídas.
Olhamos para as árvores caídas, observamos as copas das árvores serem quebradas, observamos os incêndios. De repente, Chekaren gritou "Olhe para cima" e apontou com a mão. Eu olhei lá e vi outro flash e outro trovão. Mas o barulho foi menor do que antes. Esta foi a quarto trovão, como um trovão normal.
Agora me lembro bem, houve também mais um golpe de trovão, mas era pequeno e em algum lugar distante, onde o Sol vai dormir.
Jornal Sibir, 2 de julho de 1908:[12]
Na manhã de 17 de junho,[13] por volta das 9:00, observamos uma ocorrência natural incomum. No norte da aldeia Karelinski (213 km ao norte de Kirensk) os camponeses viram a noroeste, bastante alto, acima do horizonte, alguns corpos celestes branco-azulados e estranhamente brilhantes (impossíveis de olhar), que desceram ao longo de 10 minutos. O corpo apareceu como um "tubo", isto é, um cilindro. O céu estava sem nuvens, apenas uma pequena nuvem escura foi observada na direção geral do corpo brilhante. Estava quente e seco. Quando o corpo se aproximava do solo (floresta), o corpo brilhante pareceu ficar borrado e então se transformou em uma nuvem gigante de fumaça negra e uma forte batida (não trovoada) foi ouvida, como se grandes pedras estivessem caindo ou artilharia estivesse sendo disparada. Todos os edifícios tremeram. Ao mesmo tempo, a nuvem começou a emitir chamas de formas incertas. Todos os aldeões foram atingidos pelo pânico e tomaram as ruas, as mulheres gritavam, achando que era o fim do mundo. O autor dessas linhas estava na floresta a cerca de 6 versts (6,4 km) ao norte de Kirensk e ouviu a nordeste uma espécie de barulho de artilharia, que se repetiu em intervalos de 15 minutos pelo menos 10 vezes. Em Kirensk, em alguns prédios nas paredes voltadas para o nordeste, as janelas de vidro tremeram.
Jornal Krasnoyaretz, 13 de julho de 1908:[14]
Aldeia Kezhemskoe. No dia 17, um evento atmosférico incomum foi observado. Às 7:43 ouviu-se o barulho semelhante a um vento forte. Imediatamente depois, uma pancada horrível soou, seguida por um terremoto que literalmente sacudiu os edifícios como se fossem atingidos por um grande tronco ou uma pedra pesada. O primeiro baque foi seguido por um segundo e depois por um terceiro. Em seguida, o intervalo entre a primeira e a terceira batidas foi acompanhado por um tremor subterrâneo incomum, semelhante a uma ferrovia sobre a qual dezenas de trens viajam ao mesmo tempo. Depois, por 5 a 6 minutos, ouviu-se um barulho exatamente igual ao de fogo de artilharia: de 50 a 60 salvas em intervalos curtos e iguais, que se tornaram progressivamente mais fracos. Depois de 1,5 a 2 minutos depois, mais seis pancadas foram ouvidas, como disparos de canhão, mas individuais, altos e acompanhados de tremores. O céu, à primeira vista, parecia claro. Não havia vento nem nuvens. Após uma inspeção mais próxima ao norte, ou seja, onde a maioria das pancadas foi ouvida, uma espécie de nuvem cinzenta foi vista perto do horizonte, que se tornou menor e mais transparente e, possivelmente, por volta das 2–3 da tarde, desapareceu completamente.

Investigação


A primeira expedição registrada chegou ao local mais de uma década após o evento. Em 1921, o mineralogista russo Leonid Kulik, que visitou a bacia do rio Podkamennaya Tunguska como parte de uma pesquisa para a Academia Soviética de Ciências. Ele deduziu a partir de relatos locais que a explosão foi causada por um gigantesco impacto de meteorito. Ao longo dos dez anos seguintes, houve mais três expedições para a área. Kulik encontrou várias dezenas de pequenos pântanos ou "buracos", cada um com cerca de 10 a 50 metros de diâmetro, que ele achava que poderiam ser crateras meteóricas. Depois de um laborioso exercício de drenagem de um desses pântanos (a chamada "cratera de Suslov", com 32 m de diâmetro), ele encontrou um toco velho no fundo, descartando a possibilidade de que fosse uma cratera meteórica. Em 1938, Kulik organizou um levantamento fotográfico aéreo da área[15] cobrindo a parte central da floresta nivelada (250 quilômetros quadrados).[16] Os negativos dessas fotografias aéreas (1.500 negativos, cada 18 por 18 centímetros) foram queimados em 1975 por ordem de Yevgeny Krinov, então presidente do Comitê de Meteoritos da Academia de Ciências da URSS, como parte de uma iniciativa de descartar uma películas perigosas de nitrato.[16] Impressões positivas foram preservadas para um estudo mais aprofundado na cidade russa de Tomsk.[17]
Expedições enviadas para a área nos anos 1950 e 1960 encontraram esferas microscópicas de silicato e magnetita nas camadas do solo. Esferas semelhantes foram encontradas em árvores derrubadas, embora não pudessem ser detectadas por meios contemporâneos. Expedições posteriores identificaram tais esferas na resina das árvores. Análises químicas mostraram que as esferas continham altas proporções de níquel em relação ao ferro, o que também é encontrado em meteoritos, levando à conclusão de que eles eram de origem extraterrestre. A concentração das esferas em diferentes regiões do solo também foi encontrada para ser consistente com a distribuição esperada de detritos de uma explosão atmosférica de um meteoro.[18] Estudos posteriores das esferas encontraram proporções incomuns de vários outros metais em relação ao ambiente circundante, o que foi tomado como evidência adicional de sua origem extraterrestre.[19]
Análises químicas de turfeiras da área também revelaram inúmeras anomalias consideradas consistentes com um evento de impacto. As assinaturas isotópicas de isótopos de carbono, hidrogênio e nitrogênio estáveis ​​na camada dos pântanos correspondentes a 1908 foram consideradas inconsistentes com as razões isotópicas medidas nas camadas adjacentes e essa anormalidade não foi encontrada em pântanos localizados fora da região. A área dos pântanos que mostram essas assinaturas anômalas também contém uma proporção anormalmente alta de irídio, semelhante à camada de irídio encontrada no limite Cretáceo-Paleogeno. Acredita-se que essas proporções incomuns resultem de detritos da queda do corpo que se depositou nos pântanos e que o nitrogênio tenha sido depositado como chuva ácida, uma suspeita da precipitação da explosão.[19][20][21]
O pesquisador John Anfinogenov sugeriu que um pedregulho encontrado no local do evento, conhecido como "Pedra de John", é um remanescente do meteorito.[22]

Explicações

Explosão atmosférica de um asteroide

A principal explicação científica para a explosão é a explosão atmosférica de um asteroide a cerca de 6 a 10 quilômetros acima da superfície da Terra. Meteoroides entram na atmosfera da Terra a partir do espaço sideral todos os dias, viajando a uma velocidade de pelo menos 11 quilômetros por segundo. O calor gerado pela compressão do ar na frente do corpo enquanto ele viaja pela atmosfera é imensa e a maioria dos meteoroides queima ou explode antes de chegar ao solo. Desde a segunda metade do século XX, o monitoramento rigoroso da atmosfera da Terra levou à descoberta de que tais explosões de ar de asteroides ocorrem com bastante frequência. Um asteroide pedregoso de cerca de 10 m de diâmetro pode produzir uma explosão de cerca de 20 quilotons de TNT, semelhante à bomba Fat Man lançada em Nagasaki e dados divulgados pelo Defense Support Program da Força Aérea dos Estados Unidos indicam que tais explosões ocorrem alta na alta atmosfera mais de uma vez por ano. Os eventos do tipo de Tunguska são muito mais raros. Eugene Shoemaker estima que esses eventos ocorram uma vez a cada 300 anos.[23][24] Experimentos sugerem que o objeto se aproximou em um ângulo de aproximadamente 30 graus em relação ao solo e 115 graus em relação ao norte ao explodir no ar.[25]

Cometa ou asteroide

Em 1930, o astrônomo britânico F. J. W. Whipple sugeriu que o corpo de Tunguska era um pequeno cometa. Um cometa é composto de poeira e voláteis, como gelo de água e gases congelados, e poderia ter sido completamente vaporizado pelo impacto com a atmosfera da Terra, não deixando vestígios óbvios. A hipótese do cometa foi ainda apoiada pelos céus brilhantes observados em toda a Europa durante várias noites após o impacto, possivelmente explicados pela poeira e gelo que foram dispersos da cauda do cometa na atmosfera superior.[5] A hipótese cometária ganhou uma aceitação geral entre os pesquisadores soviéticos na década de 1960.[5]
Em 1978, o astrônomo eslovaco Ľubor Kresák sugeriu que o corpo era um fragmento do cometa Encke. Este é um cometa periódico com um período extremamente curto de 3 anos que permanece inteiramente dentro da órbita de Júpiter. Também é responsável pela Beta Taurids, uma chuva de meteoros anual com uma atividade máxima em torno de 28 a 29 de junho. O evento de Tunguska coincidiu com a atividade de pico desta chuva[26] e a trajetória aproximada do objeto de Tunguska é consistente com o que seria esperado de um fragmento do cometa Encke.[5] Sabe-se agora que corpos desse tipo explodem em intervalos frequentes de dezenas a centenas de quilômetros acima do solo. Os satélites militares observam essas explosões há décadas.[27]
Em 1983, o astrônomo Zdeněk Sekanina publicou um artigo criticando a hipótese do cometa. Ele apontou que um corpo composto de material cometário, viajando pela atmosfera ao longo de uma trajetória tão rasa, deveria ter se desintegrado, enquanto o corpo de Tunguska aparentemente permaneceu intacto na atmosfera inferior. Sekanina argumentou que as evidências apontavam para um objeto rochoso e denso, provavelmente de origem asteroide. Essa hipótese foi reforçada em 2001, quando Farinella, Foschini et al. divulgou um estudo calculando as probabilidades baseadas na modelagem orbital extraída das trajetórias atmosféricas do objeto Tunguska. Eles concluíram com uma probabilidade de 83% de que o objeto se movia em um caminho proveniente do cinturão de asteroides, ao invés de um cometa (probabilidade de 17%).[28]
Durante a década de 1990, pesquisadores italianos, coordenados pelo físico Giuseppe Longo, da Universidade de Bolonha, extraíram resina do núcleo das árvores na área de impacto para examinar as partículas presas que estavam presentes durante o evento de 1908. Eles encontraram altos níveis de material comumente encontrados em asteroides rochosos e raramente encontrados em cometas.[29][30]
Kelly et al. (2009) afirmam que o impacto foi causado por um cometa por causa da observação de nuvens noctilucentes após o impacto, um fenômeno causado por enormes quantidades de vapor de água na alta atmosfera. Eles compararam o fenômeno da nuvem noctilucente à pluma de escape do ônibus espacial Endeavour, da NASA.[31][32]
Em 2010, uma expedição liderada por Vladimir Alexeev com cientistas do Instituto Troitsk de Pesquisa sobre Inovação e Nucleares (TRINITY) usou um radar de penetração no solo para examinar a cratera Suslov no local de Tunguska. O que eles descobriram foi que a cratera foi criada pelo impacto violento de um corpo celeste. As camadas da cratera consistiam de permafrost moderno no topo, camadas danificadas mais antigas por baixo e, finalmente, bem abaixo, fragmentos do corpo celeste foram descobertos. Análises preliminares mostraram que era um enorme pedaço de gelo se espatifou no impacto, o que parece apoiar a teoria de que um cometa causou o cataclismo.[33] Em contraste, em 2013, a análise de fragmentos do local de Tunguska por uma equipe conjunta de europeus e estadunidenses foi consistente com um meteorito de ferro.[34]

Lago Cheko

Em junho de 2007, cientistas da Universidade de Bolonha identificaram um lago na região de Tunguska como uma possível cratera de impacto do evento. Eles não contestam que o corpo de Tunguska explodiu no ar, mas acreditam que um fragmento de dez metros sobreviveu à explosão e atingiu o chão. O lago Cheko é um pequeno lago em forma de tigela a aproximadamente 8 quilômetros a noroeste do hipocentro.[35] A hipótese foi contestada por outros especialistas em crateras de impacto.[36] Uma investigação de 1961 descartou uma origem moderna do lago Cheko, dizendo que a presença de depósitos de lodo na camada do leito sugere uma idade de pelo menos 5 mil anos,[18] mas pesquisas mais recentes sugerem que apenas um metro ou mais de camada de sedimentos no leito do lago é "sedimentação normal lacustre", uma profundidade que indica um lago muito mais jovem, de cerca de 100 anos.[37] As sondagens acústicas do fundo do lago dão suporte à hipótese de que o lago foi formado pelo evento de Tunguska. As sondagens revelaram uma forma cônica para o leito do lago, que é consistente com uma cratera de impacto.[38] As leituras magnéticas indicam um possível pedaço de rocha do tamanho de um metro abaixo do ponto mais profundo do lago, que pode ser um fragmento do corpo em colisão.[38] Finalmente, o longo eixo do lago aponta para o hipocentro da explosão de Tunguska, a cerca de 7 quilômetros de distância.[38] Pesquisas ainda estão sendo feitas no lago Cheko para determinar suas origens.[39]
Em 2017, no entanto, novas pesquisas de cientistas russos apontam para uma rejeição desta teoria. Eles usaram pesquisas de solo para provar que o lago tem 280 anos ou é muito mais velho; em qualquer caso claramente mais antigo que os eventos de Tunguska.[40][41]

Fenômeno geofísico

O consenso científico é que a explosão foi causada pelo impacto de um pequeno asteróide; no entanto, existem alguns dissidentes. O astrofísico Wolfgang Kundt propôs que o evento de Tunguska foi causado pela liberação e subsequente explosão de 10 milhões de toneladas de gás natural da crosta terrestre[42][43][44] Outras pesquisas apoiaram um mecanismo geofísico para o evento.[45][46]

Eventos similares

Ver artigos principais: Tunguska brasileiro e Meteoro de Cheliabinsk
O evento de Tunguska não é o único exemplo de um grande evento de explosão não observada. Por exemplo, o evento do Rio Curuçá em 1930, no Brasil, foi uma explosão de um superbólido que não deixou nenhuma evidência clara de uma cratera de impacto.[47] Os desenvolvimentos modernos na detecção de infrassons pela Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e pela tecnologia de satélites infravermelhos reduziram a probabilidade de explosões atmosféricas não detectadas.
Uma explosão atmosférica menor ocorreu em uma área povoada na Rússia em 15 de fevereiro de 2013, em Chelyabinsk. O meteoroide que explodiu era um asteroide que media cerca de 17 a 20 metros de diâmetro, com uma massa inicial estimada de 11 mil toneladas e infligiu mais de 1 200 feridos, principalmente por conta do vidro quebrado que caiu de janelas estilhaçadas pela onda de choque.[48]

Ver também

Referências


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Ligações externas

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