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8.7.11

JULHO. ALGUNS PROVÉRBIOS

                      


                 Julho, ceifa-se o trigo e a debulha.
                
           Julho é o mês das colheitas.


                Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso.


                            Água de Julho, no rio não faz barulho.

                            Deus ajudando vai em Julho mereando.

                            Não há maior amigo do que Julho com seu trigo.

                            Nevoeiro de S. Pedro, põe em Julho o vinho a medo.

                            Quem em Julho ara e fia, Ouro cria.

                 Julho, prepara o vasculho.

                         Julho, ceifa o trigo e faz o debulho. E, em o vento soprando, vai-o limpando. 

                         Julho, reina o gorgulho.  

                        Não há maior amigo do que Julho com seu trigo.


            Difícil se torna encontrar provérbios adequados a Julho que não tenham conotação com a agricultura.

  Procurei e encontrei mais alguns porém e em norma a sua essência é a mesma de forma que deixo esta nota final apenas para salientar esse facto.


 Ver a imagem de origem

COBRE QUANDO EU TINHA NOVE ANOS.

  "  Estes pinheiros mansos são tão antigos, e aquele recanto ali com um pouco de mato e alguns pinheiros bravos à sua volta, ao lado da terra lavrada.

 Vou andando... rente ao ribeirinho que por aqui passa  no seu leito de Inverno.

 No Verão seca.

 Como esta encosta está coberta de pinhal bravo !

 Ena... que altos são. 

Subo uns metros e que vejo; uma fila de pinheiros mansos.

 Só três ou quatro parecem ter aqui sido colocados,alguns dos  outros nasceram ao acaso.

 Ao meu lado esquerdo carrascos e uma pequena planície, mais ao longe uns zambujeiros servem de muro para a quinta do engº França.

  Lá anda o caseiro, o Sr: Lima a tratar da horta.

Vejo um terreno coberto de cimento, deve ser para jogarem ténis;... não sei!

  Ao redor que caminhos tão lindos, cheira a flores.

 Lá estão lirios roxos e mais além um amarelo, hummm... aroma a madressilva, e estes muros de pedra, tantos e de todos os tamanhos a maior parte já de nada servem.

 D'antes seriam para separar os terrenos.

 Vou até casa, sigo pelo caminho que, entre muros destas mesmas pedras, separam as terras ainda  lavradas do  Caunha, do Calçabota e outras de quem não sei o nome.

Olhando para sul vejo o regato atravessar duas dessas terras lavradas tendo, nas suas margens, silvados. 

 No inicio um medronheiro enorme  e ao meio outro. 

Quase em casa mais pinhais, carrascais e um olivão bem idoso.

 Chego, enfim, e vem o meu cão ter comigo. 

Depois estou em casa onde encontro os meus pais "

PAISAGEM JUNTO À RUA DE SANTANA junto da urbanização do J. Pimenta  ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )



RUA DE SANTANA E O " BAIRRO J. PIMENTA. Percorri o caminho em terra que aqui existiu. ( Foto de J.P.L. Ano de 2011 )

 Este trecho foi  uma página arrancada ao meu diário imaginário.

 imaginei-me com nove anitos.

Nada do que referi já  existe hoje.

 Tudo foi desaparecendo. 

Primeiro a natureza substituída por casas, arruamentos e progresso.

 Meu Pai quando eu tinha dezessete anos. A Mãe recentemente, e tudo o mais a pouco e pouco.

 Algumas vezes ainda recordo certos aromas quando ando pelo campo.

 Mas não são a mesma coisa.