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10.1.13

ALFREDO BARROSO. " O PLURALISMO ENCOLHE "


  1. Alfredo Barroso

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Alfredo Barroso
    Nome completo Alfredo José Somera Simões Barroso
    Nascimento 21 de janeiro de 1945 (75 anos)
    Itália Roma, Itália
    Nacionalidade Portugal portuguesa
    Ocupação jornalista e político
    Alfredo José Somera Simões Barroso GCC (Roma, 21 de Janeiro de 1945) é um cronista, jornalista, ex-deputado e ex-Secretário de Estado português.[1]

    Biografia

    Família

    Filho de pai Português, Virgílio Simões Barroso, e mãe Italiana, Celide Somera, é primo-irmão de Mário Barroso e de Eduardo Barroso e de João Barroso Soares, sobrinho paterno de Maria Barroso e sobrinho paterno por afinidade de Mário Soares.[2]

    Formação

    Em 1968 licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[1]

    Jornalismo

    Jornalista profissional, trabalhou como redactor nos jornais "A Capital"[3] (1969-1973), "O Século" (1973-1974) e "O Tempo e o Modo".[4]

    Política

    Alfredo Barroso, pertenceu à Acção Socialista Portuguesa, em 1969, fez parte da Comissão Coordenadora da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD)[2] e foi também um dos membros fundadores do Partido Socialista.[5]
    Foi eleito deputado do grupo parlamentar do Partido Socialista pelo Círculo de Lisboa à Assembleia da República[2] nas Eleições legislativas de 1980,[6] nas de 1983[7] e nas de 1985.[8]
    No IX Governo Constitucional de Portugal (Bloco Central), chefiado por Mário Soares foi Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.[9]
    Foi chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário Soares.[10]
    A 13 de Fevereiro de 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[11]
    Foi comentador ocasional no Jornal das 9 da SIC Notícias.
    Em Abril de 2014, declarou o seu apoio à lista do Bloco de Esquerda às Eleições Europeias.[12]
    A 26 de Fevereiro de 2015, decidiu abandonar o Partido Socialista, por causa das declarações do seu líder e líder da oposição António Costa, que elogiou a forma como Portugal estava a vencer a crise, concluindo que o país está diferente de há quatro anos.[13]
    Em Junho de 2015, acusou a direcção do seu antigo Partido de estar a ser cobarde e hipócrita na gestão do Caso José Sócrates (que então se encontrava em prisão preventiva).[14]

    Condecorações[15][11]

    Livros editados

    • Portugal, a democracia difícil (1975)[16]
    • Poemas rudimentares (1978)[17]
    • PS, fronteira da liberdade: entre militantes (1979)[18]
    • Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos (1990)[19]
    • A televisão que temos (1995)[20]
    • Contra a Regionalização (1999)[21]
    • O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002 (2002)[22]
    • Guerras Limpas (2005) com prefácio de Mário Soares[23]
    • A Crise da Esquerda Europeia (2012)[24]

    Referências


  2. «Textos Mário Soares» (pdf). Arquivo e Biblioteca da Fundação Mário Soares. 22 de Fevereiro de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  3. «Alfredo Barroso vai ser director de campanha de Mário Soares». Diário de Notícias. 27 de Agosto de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2013

  4. Daniel Ricardo (Janeiro–Março de 2009). [www.clubedejornalistas.pt/uploads/jj37/JJ37_53_Capital.pdf «A Capital / Contestação pelo sensacionalismo»] Verifique valor |url= (ajuda) (pdf). Clube de Jornalistas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  5. «O Tempo e o Modo (1963)». Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 13 de maio de 2012

  6. «Fundadores do PS». Fórum Cidadania. Consultado em 9 de Dezembro de 2013

  7. «Deputados na II Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  8. «Deputados na III Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  9. «Deputados na IV Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  10. «Composição do IX Governo Constitucional 1983-1985». Governo de Portugal. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  11. «Carta do Chefe da Casa Civil, Alfredo Barroso, dirigida ao Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro, dando a conhecer a composição da representação oficial do Estado Português, no funeral do Presidente da República Popular de Moçambique, Samora Moisés Machel, em 28 de Outubro de 1986, em Maputo». Arquivo Histórico da Presidência da República. 1986. Consultado em 8 de Dezembro de 2013

  12. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alfredo José Somera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015

  13. «Alfredo Barroso explica apoio à lista do Bloco». Esquerda. Consultado em 13 de dezembro de 2015

  14. «Alfredo Barroso abandona PS, furioso com António Costa»

  15. «Sócrates. Fundador do PS acusa direcção do partido de "cobardia"»

  16. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Alfredo José Sommera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015

  17. «Portugal, a democracia difícil». Decibel. 1975. 96 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  18. «Poemas rudimentares». Perspectivas & Realidades. 1978. 61 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  19. «PS, fronteira da liberdade: entre militantes». Edições "Portugal Socialista". 1979. 515 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  20. «Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos». Quetzal. 1990. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  21. «A televisão que temos». Contexto. 1995. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  22. «Contra a Regionalização». Fundação Mário soares. 1990. 59 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  23. «O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002». Quetzal. 2002. 284 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  24. «Guerras Limpas» lançado domingo na Feira do Livro de Lisboa». Diário digital. 9 de Junho de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013

  25. «A Crise da Esquerda Europeia». Leya. 2012. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
EIRA, JANEIRO 03, 2013

O pluralismo encolhe


Caros amigos (poucos), simpatizantes (alguns) e conhecidos (muitos),

Cumpro o «doloroso dever» de participar – para gáudio de quem detesta as minhas opiniões e não me pode ver nem pintado – que fui esta tarde «removido», por telefone, do programa «Frente-a-Frente» da SIC Notícias, no qual participava desde o ano de 2004.

Digo «removido», porque me parece ser um bom compromisso entre o termo «dispensado» (politicamente correcto) e os termos «despedido» ou «corrido» (politicamente incorrectos).

Justificações da «remoção»: i) necessidade de «renovar» a lista de «paineleiros», naturalmente «remoçando-a» (presumo que um velho rezingão como eu será substituído por um daqueles moçoilos geniais que agora dirigem o PS); ii) deixar de pagar as participações no «Frente-a-Frente» (150 euros cada uma), porque a SIC Notícias está paupérrima e passará a aceitar apenas «voluntários» (claro que tiveram o cuidado de não me perguntar se eu queria ser um deles…).

Terminam assim 17 anos consecutivos de colaboração com órgãos de comunicação social do grupo «Impresa»: oito anos e meio como cronista do EXPRESSO, de que fui removido no auge da invasão do Iraque; outros oito anos e meio como colaborador da SIC Notícias, de que fui removido no auge da «guerra» declarada há poucos dias pelo «megafone» de Vitor Gaspar, Pedro Passos Coelho. Suponho que é uma «guerra» contra a esmagadora maioria dos portugueses, que continuam a empanturrar-se de bifes todos os dias…

Mas é claro que não deixa de ser exaltante imaginar a satisfação que esta notícia irá causar em figuras tão proeminentes como a augusta vice-presidente (da AR) Teresa Caeiro, o austero advogado José Luís Arnaut ou o venerável empresário Ângelo Correia – que se recusavam a enfrentar-me há já alguns meses com o beneplácito dos responsáveis pelo programa.

Não ignoro, todavia, que o gáudio não se confina ao chamado «arco do poder», nos seus três tons habituais: cor de laranja azeda, azul cueca e cor-de-rosa fanada. Também vai entrar de roldão em alguns órgãos de comunicação social do regime, politicamente correctos, onde não faltam opinadores tão chatos ou peneirentos como «intocáveis», e digníssimos «pilares» do statu quo que não apreciam dissidências políticas nem franco-atiradores (a não ser quando haja escândalo que aumente as audiências e/ou os leitores).

A única coisa que se me oferece dizer, sem me rir, neste momento, é a seguinte: quando se perde poder ou a aparência dele, por mais ínfimo que seja; quando não se tem a protecção de um partido, ou de uma «igreja», ou de uma associação «cívica» semi-clandestina, ou de um grupo de pressão, ou de um «sacristão», ou de um «patrão», ou de um «padrinho», etc., etc., etc. – o «lonesome cowboy» escusa de armar ao pingarelho, e não tem outro remédio se não o de meter a viola no saco e ir para a caça aos gambozinos.

Saudações democráticas,
Alfredo Barroso