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2.6.11

ABELARDO e HELOÍSA. Amores famosos da história e da literatura.



    Abelardo nasce em França no ano de 1079,nas cercanias de Nantes,destacando-se desde muito jovem pelo brilho da sua dialectica e seu espírito de controvérsia, o que o incita a deixar a carreira das armas pelo cultivo de todas as ciências até então conhecidas.




Em Paris leva uma vida agitada até que o nomeiam preceptor da sobrinha dum cónego, Chamada Heloísa. Profundamente apaixonado por ela, Abelardo escreve poesias que lhe dedica. E correspondido enfim pela jovem, rapta-a, levando-a para a  Bretanha.
  Ao regressar mais tarde a Paris, a família de Eloisa manda emissários que mutilam atrózmente Abelardo, enquanto Heloísa sabedora do acontecido, ingressa num convento de Argenteuil.
   Entregue ao seu desespero Abelardo torna-se monge na ordem de S. Dionisio, dedicando-se ao ensino e levando existência exemplar até ao final de seus dias.
   As cinzas dos dois namorados repousam no cemitério " Père Lachaise ", de Paris sendo continuamente visitado por inúmeros pares de namorados.


 



Pedro Abelardo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pedro Abelardo
Petrus Abaelardus
Escultura de Abelardo no Palais du Louvre
Nascimento ca. 1079
Le Pallet, Royal Standard of the King of France.svg Reino da França
Morte 21 de abril de 1142 (62-63 anos)
Saint-Marcel (Saône-et-Loire), Royal Standard of the King of France.svg Reino da França
Cônjuge Heloísa de Argenteuil
Filho(s) Astrolábio
Ocupação Filósofo, teólogo e professor
Principais trabalhos Lógica para iniciantes (1121)
Sic et non (1122)
Historia Calamitatum (1132)
Empregador Escola da Catedral de Notre-Dame de Paris
Cargo Professor
Escola/tradição Escolástica
Principais interesses Lógica, Filosofia da Linguagem, Metafísica, Ontologia, Teologia
Ideias notáveis Conceitualismo, Nominalismo Teoria dos Universais
Principais críticos Bernardo de Claraval
Religião Católico


Pedro Abelardo, em francês, Pierre Abélard, Pierre Abailard ou Pierre Abeilard; em latim, Petrus Abælardus (Le Pallet próximo de Nantes, Bretanha, 1079Saint-Marcel (Saône-et-Loire), região da Borgonha-Franco-Condado, 21 de abril de 1142) foi um filósofo escolástico, teólogo e grande lógico francês. É considerado um dos mais importantes e ousados pensadores do século XII.[1]
 
Ficou conhecido do público especialmente por seu trágico romance com Heloísa de Argenteuil, de quem fala em sua História das Minhas Calamidades.[2]

 

 

Vida, pensamento e obras

Na filosofia ocupa uma posição importante por ter formulado o conceitualismo, posição que não pertence, propriamente, nem ao idealismo, nem ao materialismo.


A principal obra de Abelardo, chamada Dialética, inspirada no pensamento de Boécio. Foi a obra de lógica mais influente até o final do século XIII, em Roma, onde foi usada como manual escolar, já que a lógica era ministrada como parte do trivium, fornecendo aos estudantes os argumentos e armas para as disputas metafísicas e teológicas.

A opinião de Abelardo de que a dialética é
o único caminho da verdade teve o efeito benéfico, na época, de desfazer preconceitos e encorajar o pensamento livre. Para ele nada, exceto as Escrituras, é infalível; mesmo os apóstolos e os padres são passíveis de erro. [3]
 
Abelardo identificava o real ao particular e considerava o universal como o sentido das palavras (nominum significatio), rejeitando o nominalismo.
 Dessa forma, o significado dos nomes permitiria esclarecer os conceitos, de forma a emancipar a lógica da metafísica, tornando-a uma disciplina autónoma.

Foi o mais ilustre teólogo e filósofo do século XII, nasceu em Pallet, perto de Nantes, França. Destinado à carreira das armas, escolheu, no entanto, a das letras. Foi discípulo de Roscelino de Compiègne e Guilherme de Champeaux, chamou a atenção para a divergência que os separava quanto aos universais.


A controvérsia centrava-se na qualidade empírica ou abstrata dos conceitos: os universais têm uma entidade genérica real ou são coisas puramente pensadas ?
 O problema despertava interesse em todo o campo teológico.
 Enquanto Guilherme os considerava reais e necessários, Roscelino só lhes atribuía o valor de palavras.
Abelardo adoptou uma posição intermédia: definia como não sendo meras palavras, mas também não estabelecendo um saber real, visto que, sendo a sua significação subjetiva, o que exprimem são apenas opiniões pessoais sobre o ser (sermones), que, contudo, possibilitam o entendimento entre os homens. As palavras importantes tornam-se universais ao serem aceites como tal, e como tal são usadas para exprimir as verdades necessárias.



Abelardo e Heloísa



Enfrentando não poucas dificuldades e lutas, ensinou desde 1108, com grande êxito, na escola de Santa Genoveva. De 1113 a 1118 ocupou, finalmente, um lugar na escola da catedral de Paris.

 A agitação doutrinal provocada por Abelardo, repercutiu também no modo de ensino, que sofreu completa revolução.
Romperam-se as formas de ensino da velha escola platónica, criando-se o embrião do que viria a ser o ensino universitário, inteiramente diferente daquele das escolas locais existentes.

Mas o conteúdo doutrinário do seu ensino era, também ele, revolucionário.
 Para aprofundar o estudo dos temas, desenvolveu um método, já usado anteriormente, que consistia em analisar os diferentes pontos de vista contraditórios em relação a uma mesma questão, lançando, assim, as bases da escolástica, em especial, a técnica das disputaciones que culminou na Summa.

 Este método foi tratado por ele na obra Sic et non ('Sim e não').
Original foi também a sua concepção ética: afirmava que a intenção é tão importante como o ato que dela dimana.
Abelardo, desde as primeiras dificuldades em Paris, mostrou-se sempre rebelde.


 Em razão do seu envolvimento amoroso com Heloísa, sobrinha do cónego Fulberto, foi vítima de castração.

 Depois disso, Heloísa entrou para um convento e Abelardo, para um mosteiro.

A partir desse período, trocaram cartas regularmente.

Do relacionamento entre os dois nasceu um filho, Astrolábio (1116 - 1171).


Abelardo foi condenado duas vezes: uma no Concílio de Soissons, no ano de 1121, a que respondeu, como forma de desafio, fundando um oratório dedicado ao Espírito Santo (Oratório do Paracleto), e depois no Concilio de Sens, em 1141,a pedido de Abelardo, o arcebispo de Sens convocou um concílio de bispos perante o qual os dois deveriam apresentar seus casos, abrindo assim a possibilidade de Abelardo limpar seu nome, cujo tratado sobre a Santíssima Trindade acabou sendo condenado como herético.


Suas discussões se deram com Bernardo de Claraval, com quem se envolvera em uma polêmica. Poucos meses mais tarde, morreria no Priorado de Saint-Marcel, em Chalon-sur-Saône, na Borgonha.

 

 

Ver também

Referências


  1. Chalita, Gabriel. Vivendo a Filosofia, Editora Ática, 2010

Bibliografia

  • SPINELLI, Miguel. A Dialética Discursiva de Pedro Abelardo. Revista Veritas, Porto Alegre, v. 49, n. 03, 2004, pp. 437-447.
  • MARQUES, Luiz Guilherme. A Verdade sobre Abelardo, Heloísa e Astrolábio. São Paulo: Editora Letras do Pensamento , 2016.

Filmografia

  • Stealing Heaven (no Brasil, intitulado Em Nome de Deus), filme de Clive Donner (1988) baseado no romance de Pedro Abelardo e Heloísa de Argenteuil

Ligações externas

Commons
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  • Chambers Biographical Dictionary

  • Estêvão, José Carlos Abelardo e Heloísa. Discurso / Paulus, 2015. Coleção Filosofia Medieval.





    • Heloísa de Argenteuil

      Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
      Heloísa de Argenteuil
       
      Abelardo e Heloísa no manuscrito Roman de la Rose, século XIV
      Nascimento ca., 1090
      Morte 16 de maio de 1164 (74 anos)
      Nacionalidade França Francesa
      Ocupação Freira, escritora



      Heloísa de Argenteuil ou Heloísa de Paráclito (ou Helöise, Heloíse, Héloyse, Hélose, Heloisa, Helouisa, Eloise, Aloysia; ca., 1090[1]16 de maio de 1164) foi uma freira, escritora, erudita e abadessa francesa, mais conhecida por seu amor e correspondências com o filósofo Pedro Abelardo. Heloísa era filha da escandalosa união de Hersint de Champagne Senhora de Montsoreau (fundadora da abadia de Fontevraud) com o senescal da França Gilbert de Garlande.


      Vida

      Retrato de Heloísa, século XIX

      Heloísa é mais conhecida pela sua relação com Pedro Abelardo.

       Era brilhante estudiosa de latim, grego e hebraico, e tinha uma reputação de inteligência e perspicácia.
      Abelardo escreve que ela era nominatissima, "muito conhecida" por seu dom da escrita e leitura.
       Parece que era de uma classe social mais baixa que a de Abelardo, que era originalmente da nobreza, embora ele tivesse rejeitado fidalguia para ser um filósofo.

      O que se sabe é que ela era a funcionária de um tio, um cónego em Paris chamado Fulbert.
       Em algum momento de sua vida, provavelmente já adolescente, ela se tornou aluna de Pedro Abelardo, que foi um dos mais populares professores e filósofos, em Paris.

       

      Trajetória trágica

      Nos seus escritos, Abelardo narra a história da sedução de Heloísa e sua posterior relação ilícita, que continuou até Heloísa ter um filho, a quem Heloísa chamou Astrolabius (Astrolábio).
       Abelardo casou-se secretamente com Heloísa.
       Eles esconderam esse fato, a fim de não prejudicar a carreira de Abelardo.
      A opinião aceita é que Fulbert, em sua ira, puniu Abelardo atacando-o enquanto dormia e castrando-o.

       Uma visão alternativa é que Fulbert divulgou o segredo do casamento e sua família procurou vingança, ordenando a castração de Abelardo.

       Após a castração, Abelardo tornou-se monge.

      No convento de Argenteuil, Heloísa tomou o hábito e tornou-se abadessa.

       

      Correspondências

      Na época do convento, começou a correspondência entre os dois ex-amantes.


       Após ter deixado a Abadia do Paracleto, Abelardo fugiu das perseguições, e escreveu sua Historia Calamitatum, explicando suas tribulações, tanto em sua juventude como um filósofo e, posteriormente, como simples monge.

       Heloísa respondeu, tanto em nome da Paraclete e dela mesma.

       Nas cartas que se seguiram, Heloísa manifestou consternação pelos problemas enfrentados por Abelardo.

      Assim começou uma correspondência apaixonada e erudita.

      Heloísa incentivava Abelardo em sua obra filosófica e ele dedicou a sua profissão de fé a ela. Em um ponto, ela diz a ele para compartilhar cada detalhe de sua vida e para não protegê-la de aborrecimento.

      O Problemata Heloissae (Heloise de Problemas) é uma coleção de 42 perguntas teológicas dirigidas de Heloísa a Abelardo no tempo em que ela era abadessa em Paraclete, e suas respostas a elas.

       

      Túmulo

      Túmulo de Abelardo e Heloísa


      O local do sepulcro de Heloísa é incerto.

       Segundo os registos do cemitério de Père-Lachaise, os restos mortais dos dois amantes foram transferidos do Oratório no início do século XIX e reunidos na famosa cripta sobre os respetivos fundamentos.

      Referências


      1. Clanchy, Michael (1997). Abelard: A Medieval Life. Oxford and Malden, MA: Blackwell. pp. 173–74
      O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Heloísa de Argenteuil

      Ligações externas

    • Wikisource-logo.svg Héloïse d’Argenteuil no Wikisource em francês.
    • Abelardo e Heloísa - Uma História de Amor
    • Correspondência de Abelardo e Heloísa[ligação in


    PÈRE LACHAISE  ( PARIS )*
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