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18.10.13

CRÂNIO DE DMANISI



Homem primitivo: Crânio com 1,8 milhões de anos pode reescrever História (estudo)

^LOCALIZAÇÃO DE DMANISI

 


A evolução humana foi posta em causa, por culpa de um crânio com mais de 1,8 milhões de anos, encontrado em Dmanisi, na Geórgia, que deu novas informações sobre os homens primitivos.

 O ‘Crânio 5’ deixa perceber que os primeiros hominídeos a povoar o Planeta podem pertencer a uma única espécie. O crânio foi encontrado em 2005, mas só agora é conhecida a investigação que suscitou, publicada na revista Science, oito anos depois.


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Um crânio pode pôr em xeque todo o conhecimento adquirido sobre a evolução humana. Foi descoberto há oito anos e desde então tem sido alvo de uma intensa pesquisa, publicada naquela revista científica.

O ‘Crânio 5’ tem mais de 1,8 milhões de anos e pode obrigar o Homem a reescrever a história. Segundo David Lordkipanidze, investigador do Museu Nacional da Geórgia, um dos principais responsáveis pelo estudo que esta descoberta suscitou, este crânio é “o mais completo” de todos os que foram encontrados, relativos ao homem antigo.

Já Christoph Zollikofer, do Instituto e Museu de Antropologia da Suíça, que também participou na pesquisa, salienta que os dados históricos sobre a evolução do Homem ficam em dúvida. “Não desmentimos que possa ter havido mais de uma espécie, há cerca de dois milhões de anos. No entanto, consideramos que não temos evidência fóssil suficiente”, diz.

O Homo Habilis ou o Homo Erectus podem, de acordo com a pesquisa realizada na Geórgia (não só ao ‘Crânio 5’, mas a outros quatro hominídeos encontrado em Dmanisi) ser de apenas uma espécie.
O quinto crânio descoberto em Dmanisi exibe uma combinação de características desconhecidas para os investigadores: um rosto maior, mandíbula e dentes com características diferentes e um cérebro menor, dentro do grupo de crânios encontrados em Dmanisi.

Os quatro crânios de hominídeos bem conservados encontrados na Geórgia anteriormente, bem como algumas partes do esqueleto, mostraram que os primeiros representantes do género ‘Homo’ começaram a expandir-se a partir de África, através da Eurásia, há mais de 1,8 milhões de anos.
Uma vez que o ‘Crânio 5’ está completamente intacto, pode fornecer respostas a várias perguntas que até agora tinham oferecido amplo espaço para a especulação.

 O debate centra-se numa questão: houve ou não várias espécies de Homo em África? As respostas parecem estar no horizonte, graças ao crânio de Dmanisi.
Um dos investigadores analisou esse crânio durante oito anos e fez uma descoberta que, segundo defende, pode reescrever a história evolutiva dos humanos.

O chamado "crânio 5" é "o mais completo" de um homem antigo que se encontrou no mundo, de acordo com o principal autor do estudo, David Lordkipanidze, investigador do Museu Nacional da Geórgia, em Tbilissi.
"Não estamos contra a ideia de que pode ter havido mais de uma espécie em algum momento há cerca de dois milhões de anos", sustentou Christoph Zollikofer, do Instituto e Museu de Antropologia da Suíça, que ajudou a analisar o crânio, "mas simplesmente decidimos que não temos evidência fóssil suficiente".

O estudo do "Crânio 5" e de restos de outros quatro hominídeos na mesma zona, em Dmanisi (Geórgia), fez pensar estes investigadores que fósseis reconhecidos como provenientes de espécies distintas como o "Homo habilis" e o "Homo erectus" poderiam ser realmente de uma mesma espécie.