Morreu Bores, lince tirado à família na Madeira. O que se passou num mês?
Num
mês, um lince-do-deserto foi retirado à família que o acolheu durante
seis anos. O animal ficou "triste" e deixou de reagir a estímulos. Após
ter 'luz verde' para regressar a casa, a situação terá piorado, após um
dardo tranquilizante.
© Ajuda a Alimentar Cães/ Facebook
País lince
Morreu Bores, o lince-do-deserto que foi retirado à família com que vivia há seis anos na Madeira.
A informação foi confirmada ao Notícias ao Minuto pela Associação Ajuda a Alimentar Cães esta quarta-feira, que horas antes tenha escrito na sua página de Facebook que o animal estava "entre a vida e a morte desde o dia em que foi sedado para regressar a casa através de um dardo tranquilizante". Nessa publicação, a associação referia que "a família, juntamente com a advogada, já estão a apurar responsabilidades".
Numa publicação consequente, a associação confirmava já a morte do animal, escrevendo: "Descansa em paz".
Mas a história deste animal já tem vindo a ser conhecida há algumas semanas, e envolveu até uma petição que juntou milhares de assinaturas. Perceba tudo:
Tudo começou quando, nos primeiros dias de julho, a Guarda Nacional Republicana apreendeu o animal e identificou uma mulher, de 38 anos, por "ter um animal de espécie protegida em situação ilegal".
As autoridades davam conta, na altura, de que a ação teve como "objetivo a proteção de espécies da vida selvagem com o intuito de prevenir, detetar e reprimir situações de tráfico, exploração, comercialização e detenção de espécies protegidas em cativeiro".
Já no final do mês, a associação mencionada lança uma petição, dando conta de que o animal tinha sido "apreendido em bebé" e que então foi cometido "um erro de forma inconsciente, sem má índole e sem qualquer tentativa de exploração". Reconhecendo que a tutora deste animal devia ser punida, a Ajuda a Alimentar Cães apontou que o animal era, seis anos volvidos, "um autêntico gato", domesticado, que não sabia viver noutro meio.
"Vive dentro de uma quinta em liberdade e completamente segura, convive com outros animais e humanos desde que nasceu, tem uma alimentação adequada à sua espécie, é acompanhado por veterinários e está saudável", escreveram na petição.
A 31 de julho, e depois de ser atestado que para o bem estar do animal o mesmo devia ser devolvido aos donos, foi isso mesmo que aconteceu.
Segundo o que escreveu o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira, o "processo contraordenacional" ainda não estava concluído e esta "não era uma decisão final".
Esta história que se poderia aproximar de um final feliz, começou logo desde o regresso a ter problemas, dado o estado do animal. "Chegou sedado a casa e, durante mais de um dia, não acordou e foi levado para uma clínica veterinária de urgência. Desde esse dia foram várias as tentativas do regresso a casa mas o estado de saúde só [tinha] vindo a piorar. Desde que foi sedado perdeu a capacidade de andar e de comer. Hoje deixou de reagir a qualquer estímulo", escreveu a associação no Facebook, considerando ainda antes da morte do mesmo que a situação era "revoltante" e apontado que o animal "jamais deveria ter saído do local onde sempre viveu".
Comentário pessoal. Mas porque não pensam antes de agirem ? Cada dia que passa mais me revolta esta " mania " do " Quero, posso e mando ".