Arqueólogos acreditam ter resolvido mistério das pirâmides do Egito
Ao
fim de cerca de 4.700 anos após a construção das pirâmides, os estudos
indicam que um braço perdido de 64 quilómetros do rio Nilo foi usado
para transportar material de construção.
© Shutterstock
Mundo Egito
Ao fim de cerca de 4.700 anos após a construção das pirâmides, os estudos indicam que um braço perdido de 64 quilómetros do rio Nilo foi usado para transportar material de construção para as estruturas, cuja conclusão demorou mil anos, o que pode explicar o porquê de as pirâmides se encontrarem no que hoje é uma faixa estreita e desabitada do deserto do Saara.
“Muitos de nós, que estamos interessados no Egito antigo, sabemos que os egípcios devem ter usado um curso de água para construir os seus enormes monumentos, como as pirâmides e os templos do vale, mas ninguém tinha a certeza da localização, da forma, do tamanho ou da proximidade desta megavia navegável até ao local real das pirâmides”, disse Eman Ghoneim, da Universidade da Carolina do Norte, citada pelo The Independent.
Nessa linha, a investigadora e os seus colegas estudaram imagens de satélite para encontrar a localização de um canal que pode ter percorrido a base do Saara. Fizeram ainda uso de levantamentos geofísicos para confirmar a presença de sedimentos fluviais e de antigos canais abaixo da superfície terrestre moderna.
Os estudiosos equacionaram que a acumulação de areia levantada pelo vento e uma grande seca que começou há aproximadamente 4.200 anos podem explicar a migração deste braço do rio para leste e até um eventual assoreamento.