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PEFC promove certificação florestal regional da Área Metropolitana de Lisboa
O PEFC é uma aliança Internacional que conta com mais de 50 esquemas
nacionais reconhecidos e mais de 325 milhões de hectares de floresta
certificada, sendo o maior Sistema de Certificação Florestal no mundo.
Garantimos
aos consumidores que os produtos com certificado PEFC derivam de uma
gestão florestal onde são aplicados, de forma consistente, princípios de
sustentabilidade assentes em três pilares básicos: (1) Social (2)
Ambiental (3) Económico.
A Certificação Florestal compreende dois níveis distintos:
na floresta com a verificação da gestão florestal sustentável e,
na indústria e comércio de produtos de base florestal, com a certificação de cadeia de responsabilidade.
Assegurando assim, a rastreabilidade da matéria prima certificada desde a sua origem até ao consumidor final.
O nosso impacto
No PEFC Portugal acreditamos que a nossa missão
só será possível alcançar se envolvermos um largo número de entidades
com a mesma motivação para a preservação das florestas ao nível local e
global.
A gestão florestal sustentável requer uma abordagem
inclusiva e de colaboração entre todas as partes interessadas. Por essa
razão procuramos estabelecer parcerias estratégicas com organizações e
empresas que permitam ampliar o nosso impacto coletivo e o
reconhecimento da Certificação PEFC.
Fazemo-lo por meio de
projetos, campanhas, eventos e formação colaborando com diversas
entidades de âmbito nacional, regional e local na promoção de
iniciativas que promovam a visibilidade do PEFC e que contribuam para o
aumento da área com gestão florestal sustentável certificada.
O
PEFC Portugal, Programa para o Reconhecimento da Certificação
Florestal, realizou no dia 29 de Novembro, no Auditório da CAP –
Confederação dos Agricultores de Portugal, em Lisboa, uma sessão de
indução à Certificação Florestal Regional PEFC da Área Metropolitana de
Lisboa.
O PEFC Portugal integra o movimento de certificação
internacional – PEFC (Programme for the Endorsement of Forest
Certification) com 51 esquemas nacionais reconhecidos e mais de 300
milhões de hectares de floresta certificada, representando dois terços
da área florestal certificada globalmente.
Certificação florestal regional
Através
da certificação florestal regional, o PEFC disponibiliza aos
proprietários e gestores florestais, um mecanismo inovador de
participação que permite, independentemente da sua natureza ou dimensão,
evidenciar que as suas áreas florestais são geridas de forma
ecologicamente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável.
Esta
sessão contribuiu para uma melhor compreensão pública da relevância da
certificação regional e as vantagens da promoção de 5 Certificados
Regionais coincidentes com as regiões plano de Portugal, NUT II.
Foram
abordados os mais recentes desenvolvimentos, de enquadramento e
implementação da certificação em contexto rural e urbano, incluindo as
iniciativas europeias PEFC para a certificação de parques urbanos e
Trees outside Forests.
A certificação florestal assume particular
importância, no momento particular colectivo, de rápida mudança do
clima, drásticas alterações do uso do território e da sua população.
Ribeira das Vinhas Ribeira dos Marmeleiros Ribeira do Pisão Rio Doce Ribeira da Penha Longa Ribeira da Atrozela Ribeira de Alvide Ribeira do Outeiro da Vela
Vale e leito da ribeira das Vinhas entre as Fontainhas e o Cobre, à entrada de Cascais.
No seu percurso de cerca de 10 quilómetros, passa pelas localidades de Pisão e Alvide. [4][5][6][7]
O rio, juntamente com o de Manique/Caparide,
é uma das linhas de água mais importantes do concelho de Cascais devido
à sua extensão e às características específicas do seu caudal.
O seu
leito mantém-se em grande parte naturalizado, que permite o surgimento
de galerias ripícolas abundantes propícias ao desenvolvimento de
ecossistemas ribeirinhos.
Possui um dos declives longitudinais mais
acentuados dentre as ribeiras do concelho, sendo este menos acentuado a
jusante da localidade do Pisão, com o consequente aproveitamento dos
terrenos circundantes para atividades agrícolas.
A partir das
Fontainhas, o seu leito passa a ser delimitado por muros de pedra e de
betão. .[8]
A ribeira está encanada a partir do Mercado da Vila, em Cascais, e até à sua foz, por debaixo do pontão da Praia da Ribeira . .[9]
Este caneiro, completado na década de 1940 com a construção da Estrada Marginal,
permitiu resolver os problemas de salubridade devidos à estagnação das
águas e à utilização da ribeira enquanto depósito de lixo e esgotos. [10]
À diferença dos restantes cursos de água que atravessam o concelho,
esta ribeira é a única que apresenta um padrão de drenagem de tipo
dendrítico .[8]
1990 - Vencedor do Óscar da Academia Melhor filme Estrangeiro
Um
filme que me fez recordar os tempos da minha infância. os anos 60..
Sim, aqui em
Cascais também houve um Cinema Paraíso. Chamava-se Cine Académico e
muitas semelhanças encontrei com " ele " neste belo filme.
Ainda bem que
vivi esses tempos.
Descrição
Cinema Paraíso
O nome de Alfredo lhe traz lembranças de sua infância e
principalmente do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de
Totó, fugia sempre que podia. Ali, o menino fascinado pela magia do
cinema fazia companhia ao bom Alfredo, o projecionista. De menino
travesso a jovem sonhador, Totó aprende a amar o cinema através das mãos
de Alfredo. Mas, após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do
banqueiro, ele deixa sua pequena cidade para tomar o caminho de Roma.
Ele só retornará 20 anos depois, com a morte de Alfredo, para enfrentar
as lembranças de sua infância.
Esta obra-prima do relaizador Giuseppe
Tornatore é um olhar nostálgico sobre a vida de um jovem na Itália do
pós-guerra e o seu fascínio pelo cinema, tendo vencido o Oscar para o
Melhor Filme Estrangeiro e o Grande Prémio do Júri do Festival de
Cannes.
Fósseis são restos ou vestígios preservados de
animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo
ou partes deste, rastros e pegadas.
A totalidade dos fósseis e sua colocação nas
formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro
fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que
significa "ser desenterrado".
A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A
fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos
tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja
fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido
possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de
fossilização.
Quando é que se começaram a estudar os fósseis?
Desde sempre o Homem observa e tenta interpretar a
natureza. Desde muito cedo ele encontrou rochas com impressões em forma
de conchas, ossos de animais e folhas de plantas, ou seja, fósseis.
Ao longo de muitos séculos estas impressões
estimularam a imaginação do ser humano, tendo originado inúmeras
explicações. Algumas destas explicações, elas foram consideradas
criações de espíritos maus ou bons, sendo designadas de “cobras de
pedra”, “pedras mágicas”, “pedras de trovão” e “pedras de sapo”.
Em outras interpretações, as impressões foram vistas
como o resultado da ação das radiações do sol ou das estrelas. Houve,
ainda, quem preferisse olhá-las como brincadeiras do reino mineral, que
imitava formas de plantas e animais existentes na natureza.
Ainda no século XVII havia a teoria de que as
impressões deixadas nas rochas seriam o resultado de uma propriedade
inerente à Terra, a qual originaria estas marcas como ornamento das
regiões ocultas do globo, da mesma maneira que as flores são o ornamento
da superfície. Mesmo no século XIX, um estudo da Igreja Cristã afirmava
que o Diabo tinha colocado aquelas impressões nas rochas para enganar e
embaraçar a humanidade.
Embora muitas teorias tenham surgido ao longo dos
tempos para interpretar o significado dos fósseis, o seu estudo
científico só começou há cerca de 300 anos.
A sua verdadeira origem e
natureza só foi estabelecida no séculos XVII por alguns naturalistas,
que conseguiram estabelecer a relação entre os dentes de tubarão da
altura e outros semelhantes, mas fossilizados. Um século antes tinha
surgido a designação de “fóssil”.
Ela derivou da palavra latina
“fossilis”, que significa “desenterrado”, e foi inicialmente usada para
designar toda a espécie de minerais e metais extraídos da crosta
terrestre.
Como se chamam as pessoas que estudam os fósseis?
Os cientistas que fazem o papel de detetives de
fósseis são chamados de “paleontólogos”, pois o ramo das Ciências da
Terra e da Vida que se dedica ao estudo dos fósseis chama-se
“Paleontologia”.
Os paleontólogos têm encontrado fósseis em todo o
mundo, a uma velocidade espetacular – de sete em sete semanas um novo
fóssil é encontrado.
Mas não é fácil achar um fóssil. Por isso,
encontrar restos fossilizados de um animal ou planta é uma experiência
emocionante. Os penhascos marinhos, as pedreiras e outras rochas
expostas são locais de grande interesse para a descoberta de fósseis.
Também as grutas, como antigos abrigos de homens e animais, podem
proporcionar valiosas descobertas paleontológicas.
Onde se podem encontrar os fósseis?
Na maior parte das vezes, por mais que se conheçam as
características geológicas de um local, não é possível dizer com
certeza se aí existirão fósseis ou não.
No entanto, determinados fatores
podem ser indicadores da sua presença e são estes fatores que os
paleontólogos seguem nas suas pesquisas.
Estas hipóteses referem-se,
principalmente, ao tipo de rochas mais relacionadas com a preservação de
fósseis, ou seja, as sedimentares, e à idade da rocha, que é
determinada através de análises químicas da sua composição.
Também existe uma outra forma de atuar – ir escavando
cegamente até ter a sorte de encontrar algo. Alguns fósseis são
encontrados ao acaso, em obras ou áreas de exploração mineira, por
exemplo.
Apesar da dificuldade em achar fósseis, os
paleontólogos já encontraram fósseis microscópicos de algas azuis, cuja
idade foi calculada em quase 2000 milhões de anos.
Recentemente foram
descobertos fósseis de bactérias que terão cerca de 3000 milhões de
anos.
Como se estudam fósseis?
Quando o cientista atinge uma área provável de
formação fósseis, começa por procurar indícios nos pontos em que a
erosão retirou o solo de cima das rochas, investigando, depois, os
estratos sedimentares.
Caso aí encontre vestígios, como esqueletos ou
fragmentos de ossos fossilizados, o cientista retira a rocha que se
encontra por cima deles, para conseguir fotografá-los e, posteriormente,
retirá-los, sem os danificar.Só muito raramente é encontrada uma ossada
totalmente preservada.
Na maior parte dos casos, os esqueletos estão
bastante fragmentados, podendo faltar muitos pedaços. Há que identificar
os ossos com números, para ser mais fácil a posterior reconstituição do
animal Depois é tentar montar um verdadeiro quebra-cabeças. O resultado
destes trabalhos pode ser visto nos museus de história natural, onde
normalmente são expostos.
Mas mesmo sem termos fósseis de ossos que permitam a
reconstituição dos seres vivos, outros tipos de vestígios podem fornecer
informações bastante interessantes. Para cada tipo existem técnicas de
estudo apropriadas, que permitem retirar diferentes conclusões.
Por
exemplo, num conjunto de pegadas, os cientistas medem a distância entre
elas para verem o comprimento e a velocidade do animal, e a sua
profundidade para determinarem o seu peso. Já através dos excrementos
(coprólitos), o tipo de conclusões retiradas é diferente. Eles são
amassados até se tornarem num pó fininho que, depois de analisado, pode
dar informações relativas, por exemplo, ao tipo de alimentação do
animal.
Qual a importância da paleontologia?
A paleontologia é a ciência que estuda os organismos
que povoaram a terra ao longo do tempo e cujo os restos e marcas de
atividade se encontram preservados nos sedimentos.
O estudo dos
organismos é de grande importância para a compreensão e estudo da
história da terra. Assim, a paleontologia interessa à biologia pois
permite estudar a evolução do seres vivos.
Para o estudo dos animais que outrora habitaram o
planeta não são só os seus fósseis que são importantes mas também as
marcas deixadas da sua atividade ou seja, os rastos, as pegadas e as
pistas.
Tipos de fossilização
Para que se dê a fossilização é necessário que o
organismo fique rapidamente ao abrigo dos agentes de erosão, o que
acontece quando este ou algumas das suas partes constituintes ou os seus
restos são rapidamente cobertos por sedimentos. Este processo
desenvolve-se em quatro fases:
1- Quando morreram os animais depositaram-se no fundo do mar sendo rapidamente cobertos por sedimentos;
2- Ao ficarem incorporados nos sedimentos sofreram os mesmos fenômenos de diagénese e metamorfismo, fossilizando;
3- As rochas onde os fósseis se encontram incorporados sofrem modificações que fazem elevar alguns estratos;
4- Os fósseis, devido à erosão ou a outros fatores
aparecem a superfície alguns milhões de anos mais tarde. Os tipos de
fossilização são:
Moldagem
As partes duras dos organismos vão desaparecendo
deixando nas rochas as suas marcas (impressões), ou seja, o organismo é
destruído mas o molde persiste.
Como é conhecido existem dois tipos principais de
moldes, o externo em que a concha fica imprimida nos sedimentos sendo
posteriormente removida, e o interno em que os sedimentos cobrem a
concha que depois é removida ficando apenas o molde da superfície
interna. Existem ainda o contra-molde que é o molde do molde externo.
EXCELENTE FÓSSIL
Mumificação
Os restos dos organismos preservam-se total ou parcialmente, normalmente em materiais como o âmbar, o gelo, resina fóssil.
INSECTOS MUMIFICADOS PELO ÂMBAR
Mineralização
As partes duras dos organismos tais como ossos,
conchas desaparecem ficando no lugar deles minerais. São transportados
em águas subterrâneas. Os troncos das árvores são bons exemplos deste
tipo de fossilização.
CUIDADO NA REMOÇÃO DESTE VESTÍGIOS DO PASSADO
Marcas fósseis
São pegadas, marcas de reputação ou até fezes fossilizadas.
MARCAS DE ESCAMAS DE HADROSSAURO VISÍVEIS NA ROCHA
Significa este termo o padrão meteorológico que A região centro ( parte ) e todo o sul do País estão a atravessar.
Custa a compreender tantos dias seguidos sem que se perspective a imagem dos campos bem abastecidos de água assim como as ribeiras, rios e barragens.
Muitas vezes ouvimos falar na palavra “Anticiclone”, muitas vezes
“Anticiclone dos Açores”, mas na verdade o que é um anticiclone, e
porque damos o nome “Anticiclone dos Açores”?
Respondendo à primeira pergunta, um anticiclone é um centro de altas
pressões, com circulação do vento na direção dos ponteiros do relógio no
Hemisfério Norte, devido à força inercial de Coriolis (https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_inercial_de_Coriolis), em que o ar desce, inibindo a formação de nuvens.
É o contrário de uma “depressão” ou “ciclone”, daí o nome, anticiclone.
Anticiclones geralmente causam tempo seco, e dependendo do seu
“centro de ação” ou onde estão localizados, podem causar tempo muito
calmo, com formações de nevoeiros, ventos fracos\nulos que levam a
acumulação de poluentes, e em geral tempo mais quente durante o dia e
mais frio durante a noite (Nem sempre).
E O ANTICICLONE DOS AÇORES, O QUE É?
O anticiclone dos Açores é, como o nome indica, um anticiclone que
normalmente está localizado perto dos Açores, nas latitudes
sub-tropicais, daí a sua designação.
Geralmente no Verão move-se para perto da Península Ibérica, muitas
vezes “em crista” até ao Reino Unido, causando tempo seco não só na
Península Ibérica, como também no Reino Unido.
À medida que o Inverno se aproxima, este sistema de altas pressões
permanente\semi-permanente geralmente move-se mais para Sul dos Açores,
deixando assim as depressões de Inverno descer em latitude e influenciar
a península Ibérica.
Este sistema de altas pressões causa geralmente no Verão tempo seco,
quente, dependendo da sua posição pode causar as “Nortadas” no litoral,
ou seja vento forte de Norte, e por vezes nevoeiros.
No Inverno a persistência do anticiclone na Península Ibérica causa
tempo seco, obviamente, mas também pouco vento, e por essa razão
acentuado arrefecimento noturno, geadas e nevoeiros persistentes em
alguns locais.
As temperaturas diurnas geralmente são agradáveis, com as noites geralmente mais frias.
COMPORTAMENTO ANORMAL DO ANTICICLONE:
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS?
Por vezes, tal como neste Inverno de 2019, e também no Inverno
anterior de 2018, o anticiclone mostra uma permanência anormal perto da
Península Ibérica, causando secas.
Mas esta situação é normal, ou resultado de alterações climáticas?
Estudos comprovam que, de facto, o comportamento do anticiclone está a
mudar, ficando mais “forte” e com tendência de deslocamento para Norte,
e para Leste
Por essa razão os Invernos na Península Ibérica, em especial mais a
Sul, têm tendência a ser cada vez mais secos, e as previsões apontam
para que isso venha a agravar nos próximos anos *
Anticiclone (ou centro de alta pressão) é uma região de alta pressão formada pelo ar que se afunda, vindo de cima, sob influência de uma massa de ar descendente.
Esse ar, à medida que é forçado a descer, torna-se quente e seco, aspectos esses que são transmitidos à atmosfera. O ar seco proporciona então baixos índices de umidade relativa e impede a formação de nebulosidade e precipitação, fazendo com que os anticiclones sejam ligados ao céu sem nuvens.[1][2]
Devido ao movimento do ar ser descendente, o direcionamento do
vento é feito em espiral e com expansão em superfície, enquanto num ciclone o movimento é ascendente, em espiral e concentrado sobre a superfície.[2]
São maiores que os ciclones, que, em oposição, provocam tempestades.[1]
À medida que o ar flui a partir dos centros de altas pressões é deflectido pela força inercial de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em volta dele na direção dos ponteiros de um relógio no hemisfério norte (e no sentido inverso no hemisfério sul) — a chamada direção anticiclônica.[2][3]
Podem ser percebidos nas representações de pressão sobre a superfície em cartas sinóticas, indicados num mapa por "A", através de uma ou mais isóbara delimitando uma área com maior pressão em relação a sua volta.[1][2]
Portugal vai atrasar os relógios uma hora na madrugada de
domingo, dando início ao horário de inverno, conforme indica o 'site' do
Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Portugal vai atrasar os relógios uma hora na madrugada de domingo,
dando início ao horário de inverno, conforme indica o 'site' do
Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01:00 da madrugada de domingo, passando para a meia-noite (00h00).
A hora legal voltará depois a mudar a 29 de março de 2020, marcando a mudança para o regime de verão.
O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.
Uma gota de água, para nós, nada representa; mas, para muitos seres, é um mundo maior do que este que habitamos.
Onde está o imenso e onde está o infinitamente pequeno ?
A Terra é um ínfimo ponto no sistema planetário e nós convence-mo-nos de que ela é enorme, e concebemos então que grande é o globo terrestre e pequeno, por exemplo, a ameba, um ser microscópico.
E tudo que é microscópico, como a ameba, ficou fazendo parte do nosso mundo como pequeno; e aquilo que é demasiado para compararmos com o nosso corpo ou com o planeta que habitamos, ficou sendo grande, como o elefante ou os espaços interplanetários.
Mas os métodos da Natureza não têm valores, nem conhecem limites; estes são estabelecidos pela mentalidade dos homens que arranjaram os números para exprimir o grande e o pequeno, mas que nada representam junto dos valores reais da Natureza.
Decorreu ontem, ao fim da tarde, na Igreja do Bairro Santana, bairro este situado na periferia de Cascais, um Concerto de música Sacra.
Foto. J.P.L.
Temas
Look at the world - John Rutter
In your arms - Tore W. Ass
Down to the river to pray - Ken Medema
Draw me close - Kelly Carpenter
We lift our hands - Tore W. Ass
Breathe - Marie Barnett
Avé Maria - Giullo Caccini
Thousand storms - Heather Sorenson
10.000 Reasons ( Bless the Lord ) - Matt redman
You Raise me up - Brenda Graham
Foto. J.P.l.
Novidade para alguns, não tanto para outros, poder-se à dizer que o evento atraiu ao local algumas dezenas de atentos espectadores e espectadoras, que, a avaliar pelo resultado final, não deram o seu tempo por mal empregue, como aliás era de esperar.
As opiniões eram, duma maneira geral ou até direi na totalidade, favoráveis e, também, as pessoas manifestavam-se já saudosas de uma próxima oportunidade.
Telejornal. Há 60 anos a dar notícias aos portugueses
O Telejornal fez a sua estreia faz esta sexta-feira 60 anos exatos. E o primeiro pivô era um jornalista
A
emissão desta sexta-feira do Telejornal é festa:
o formato noticioso
cumpre 60 anos com uma emissão especial entre as 20:00 e as 22:00,
conduzida por José Rodrigues dos Santos e João Adelino Faria. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa é um dos convidados.
O Telejornal é,
segundo a estação pública, a principal marca da empresa depois da
própria RTP. Nasceu a 18 de outubro de 1959. Esta é a sua história:
-
Quase três anos depois da primeira emissão experimental, em setembro de
1956, e do início das emissões regulares a 7 de março de 1957, começava
o Telejornal.
Foi a 18 de outubro de 1959 e os apresentadores foram Mário Pires, do Diário de Notícias, e Alberto Lopes, de O Século. Era uma novidade. Pela primeira vez, o espaço noticioso era conduzido por dois jornalistas profissionais.
- O primeiro de todos os Telejornal,
ainda a preto e branco, tinha duas edições diárias: uma de meia hora e
outra de 10 minutos no final da emissão, por volta das 23:30.
- O nome do Telejornal, que se mantém e nunca mudou ao longo de 60 anos, foi inspirado no Telegiornale da televisão italiana, como lembrou ao DN Vasco Hogan Teves, chefe de redação da RTP em 1957, por ocasião dos 50 anos da emissão.
-
Porém, a novidade de ter dois jornalistas na condução do espaço
informativo não foi bem acolhida.
Pouco tempo depois, eram substituídos
por locutores do quadro da RTP como Fernando Balsinha (1948-2003) e José Fialho Gouveia (1935-2004),
que, em última hora, deram a conhecer as movimentações dos militares no
25 de abril e a rendição do governo de Marcelo Caetano que entregou o
comando ao Movimento das Forças Armadas. "A partir deste momento, o Movimento das Forças Armadas controla totalmente a rede emissora da Rádio Televisão Portuguesa", informou Balsinha.
A Informação que, em 1969, e não considerando o desporto, emitiu 421
h. de programas (total do ano: 3 166 h. 35 m.), indo o destaque,
naturalmente, para o Telejornal que se viu enriquecido – e já era tempo
que isso sucedesse! – com o serviço de troca de notícias da Eurovisão
(conhecido sob a sigla EVN) que é, nem mais, uma bolsa informativa
constituída no âmbito da UER e para a qual convergem com as suas
contribuições (na forma de reportagem-actualidade) os organismos membros
activos e associados, incluindo agências noticiosas especializadas.
Quer isto dizer que, a partir da segunda quinzena de Junho,27
o Telejornal passou a dispor das imagens precisas para dar o
indispensável suporte visual aos acontecimentos do dia-a-dia no
estrangeiro com maior actualidade e melhor teor documental.
Até aí, essa
“ilustração” dependia dos filmes enviados pelas agências e que se
recebiam por via área; ou, na sua ausência, por imagens fixas,
geralmente telefotos, para o que a Redacção dispunha de equipamento de
recepção apropriado.
Com a troca diária de notícias via Eurovisão ao seu
alcance, o Telejornal da RTP conseguiu um considerável ganho de tempo
em relação aos acontecimentos.
As imagens recebidas a determinadas horas
do dia (precedidas de uma conferência telefónica com o coordenador UER,
em Genebra) eram gravadas em vídeo e neste trabalhadas para emissão.
Acontecimentos no cenário europeu tinham imagens certas no próprio dia
em que ocorriam. Algumas vezes, também as enviadas do continente
americano chegavam a boas horas, após serem recepcionadas em Londres e
só depois injectadas na rede da Eurovisão.
Com a abertura de uma
delegação da UER em Nova Iorque obtiveram-se ainda melhores resultados. O
material proveniente da troca de notícias tornou-se pois, um elemento
imprescindível nos alinhamentos do Telejornal.
E, graças à presença da
nossa Televisão nesse serviço da Eurovisão, passou a RTP a ter novas
possibilidades de colocar extra-fronteiras assuntos que, embora de
âmbito nacional, podiam merecer a atenção dos serviços noticiosos das
suas congéneres estrangeiras.
Bom exemplo dessas possibilidades foi o
facto de, no ano de 1969, a RTP ter enviado para a rede da Eurovisão
(para visionamento de milhões de espectadores de, praticamente, todos os
países que a integravam) quase tantos assuntos-imagens como os que, nos
5 anos anteriores, foram, por métodos menos rápidos e precisos,
divulgados no estrangeiro.
Edições normais e especiais do
Telejornal (bem como largos espaços em rubricas de informação não
diária, como “TV 7” e “Em Foco”) dedicaram especial atenção à primeira
visita de um chefe do Governo Português ao Ultramar (Guiné, Angola e
Moçambique), trabalho de que se ocupou uma equipa de enviados especiais
constituída por: Carlos de Melo, subchefe da Redacção; Adriano
Cerqueira, redactor; José Manuel Tudela e Sebastião Pinheiro, operadores
de imagem; João Lourenço, operador de som; e João Mendes, assistente.
João Terramoto, correspondente da RTP em Moçambique,
colaborou, também, nas reportagens.
Uma outra equipa da RTP, com o
realizador José Elyseu e o operador de câmara Silva Campos, produziu
alguns serviços especiais ainda relacionados com a presença do prof. dr.
Marcello Caetano em África. Mais tarde, uma nova visita do Presidente
do Conselho, dessa feita ao Brasil, foi reportada por novos enviados
especiais: Horácio Caio, redactor-chefe; António Ribeiro Soares,
redactor; Henrique Mendes, locutor; Pozal Domingues, Artur Moura e João
Rocha, operadores de imagem; João Lourenço, operador de som; e Sebastião
Fernandes, assistente.
Por ocasião das eleições para deputados à
Assembleia Nacional, em Outubro, a RTP projectou e consolidou uma
transmissão que fez frequentes apelos a intervenções em directo
(efectuadas a partir de um centro coordenador de operações, instalado na
sala de redacção da secretaria de Estado da Informação e Turismo) e a
sucessivas conexões Lumiar - exterior - Lumiar.
Houve, ainda, que
desdobrar a Redacção do Telejornal para que se desempenhasse das missões
confiadas nas duas frentes. Também equipas de reportagem actuaram em
todas as capitais de distrito do Continente, de modo a que o espectador
interessado pudesse seguir o acto eleitoral.
Pela primeira vez, e
com regularidade, começaram a ser utilizadas locutoras na apresentação
do Telejornal.
Já algumas vezes se havia recorrido a vozes femininas
para leituras “off” mas, raríssimas vezes, para intervenções “in”.
E
embora os locutores mais antigos, e experimentados, continuassem a ser
as presenças mais frequentes para a leitura das notícias, registe-se que
dois novos começaram a ser chamados a intervir nessa área: Raúl Durão e
José Côrte-Real.
Com o
surgimento do cinema, a iniciativa para filmar notas de tipo
informativo ficou latente, de tal modo que o primeiro filme produzido
foi a saída dos operários de uma fábrica, mostrando-se assim as
capacidades informativas do cinema como meio.
De tal modo, uma vez estabelecido tecnicamente, o cinema foi
transmissor de notícias. As primeiras companhias cinematográficas
estabeleceram diversos equipamentos para a confecção de noticiários em
filme (cinejornais),
que têm como característica a periodicidade e a multiplicidade - em
alguns casos - para "localizar" (tornar local) a informação, oferecendo
conteúdos de interesse para zonas específicas e sobretudo no idioma de
cada população.
Com a chegada da televisão e o final da II Guerra Mundial,
os noticiários de cinema foram gradualmente perdendo relevância. A
televisão prometia imediatismo em vários sentidos: a notícia em um
momento mais próximo e a localização em casa.
O primeiro evento televisivo noticioso foi no mês de agosto de 1928, nos Estados Unidos.
A emissora WGY transmitiu simultaneamente em rádio e TV (WGY, 2XAF e
2XAD) o senhor Al Smith, pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, aceitando a indicação oficial. Foi o primeiro sinal ao vivo (em directo) e o primeiro evento de notícias.
Nas origens, o jornalismo de televisão copiou o formato do rádio.
As primeiras notícias eram lidas diante da câmera, mas logo se notou a
importância do apresentador, que demonstrava o jornalismo através de sua
aparência, de sua expressão facial e de sua entonação. Algum tempo
depois, surgiram as imagens que, no início não possuiam som. Mais tarde,
os filmes passaram a ser sonoros, com a utilização de uma
câmara-gravadora. Logo depois, surgiu o video-teipe e a transmissão de
imagens via satélite, o que acelerou o ritmo das transmissões.
O telejornalismo no Brasil surgiu nos anos 50 com a TV Tupi, que
entra no ar com o papel exclusivo de apresentadora de espetáculos. Mais
tarde, Heron Domingues, o Repórter Esso do radiojornalismo,
transforma-se numa das maiores expressões do telejornalismo nascente.
Sem explorar imagens, o que fazia era rádio na televisão. Até o início
da década de 60, não existiam redatores e locutores no universo da TV.
Sem as imagens, sem redação própria e sem o recurso de câmeras, os
telejornais apostavam tudo no locutor. Alguns anos depois, alguns
telejornais adotaram novos formatos que duram até hoje, como por exemplo
o Jornal Nacional e Jornal do SBT.
Primeiro Centro de Interpretação da Natureza da Serra de Sintra abre quinta feira 17 de Outubro ( Ano de 2019 )
É o primeiro no parque
na região e vai ser inaugurado com várias visitas dos mais pequenos. Lá
dentro há viveiros, materiais didáticos e ferramentas digitais para ver
como era a área noutro tempo.
O primeiro Centro de Interpretação da
Natureza na serra de Sintra, distrito de Lisboa, vai ser inaugurado na
quinta-feira, às 10h30, para permitir aos seus visitantes recuar na
História e ver a evolução da região.“Através
de ferramentas digitais e materiais didáticos, será possível recuar
milhões de anos, embarcando numa viagem que atravessa os períodos mais
marcantes da História da região”, referiu, numa nota, a empresa pública
Parques de Sintra — Monte da Lua.
A viagem ao passado começa com a formação da serra de Sintra e
termina nos dias de hoje, “com uma paisagem única, integrada no Parque
Natural de Sintra-Cascais”.
O centro situa-se no Parque de Monserrate e é
dirigido essencialmente a escolas e a famílias com crianças, entre os 6
e os 12 anos. Durante todo o dia da inauguração, este novo projeto vai
ser visitado “por várias escolas do concelho”. “O objetivo é promover o
contacto com a natureza, a sensibilização ambiental e o conhecimento
sobre a fauna e a flora presentes nos ecossistemas únicos que
caracterizam esta região”, informou a empresa.
O centro tem também
um aquaterrário (tipo de viveiro) que “recria um ecossistema ribeirinho
do Parque Natural”, onde as crianças podem explorar e descobrir
“espécies aquáticas endémicas e ameaças, como a boga portuguesa”.
Os
visitantes podem ainda observar “um modelo de um carvalho-português,
decomposto em raiz, tronco e copa, que explica a biologia da árvore”.
Para
acolher o novo centro foram necessárias obras de requalificação globais
no edifício que era o ateliê de pintura de Francis Cook, bisneto do
primeiro visconde de Monserrate, datado de 1920.
O centro vai
estar aberto todos os dias e os preços individuais variam entre os cinco
euros (programa escolas) e os oitos euros (programa famílias).
Imagem. Internet LUSA. Texto: António Pedro Santos em 16 -10 - 2019
Terá existido nestes terrenos uma capela, essa anterior mesmo à reconquista de Sintra por D. Afonso Henriques,
e que marcaria a sepultura de um cristão-moçárabe que morrera a
combater um rico árabe que comandava a zona. Em 1540 o clérigo Gaspar
Preto mandou edificar uma capela dedicada a Nossa Senhora de Monserrate,
nesta altura a ermida e os terrenos circundantes pertenciam ao Hospital de Todos-os-Santos de Lisboa.
Em 1601 a propriedade é aforada à família Melo e Castro até 1718
quando é finalmente adquirida por D. Caetano de Melo e Castro,
comendador de Cristo e Vice-rei da Índia. Sendo a família residente em Goa a propriedade era mantida por caseiros, pelo menos até 1755 quando o violento terramoto deixou as casas inabitáveis.[1]
Em 1790 Gerad DeVisme (rico comerciante inglês, representante e
associado da firma DeVisme, Purry & Mellish, que conseguira do Marquês de Pombal
o monopólio do comércio das madeiras do Brasil) arrenda a quinta a Dona
Francisca Xavier Mariana de Faro Melo e Castro, tendo construído o
primeiro palácio, em estilo neogótico.
Demoliu ainda a capela do século XVI, tendo construído outra que viria a
ser aproveitada por Francis Cook para criar uma falsa ruína.
Será em 1793 que William Beckford arrenda a propriedade a DeVisme, investindo largamente no palácio mas mais ainda no melhoramento dos jardins.[2]
Só em 1856 e após várias décadas de abandono (tendo Beckford
deixado Portugal no final do século XVIII) é que a Quinta de Monserrate
sairia das mãos da família Melo e Castro, na pessoa de José Maria de
Castro, que retornavam de Goa e vendiam a quinta para construir uma
residência em Lisboa.
O comprador foi um milionário dos têxteis inglês, Francis Cook, herdeiro da Cook, Son & Co e marido da anglo-portuguesa Emily Lucas. O palácio foi desenhado por James Knowles
e os jardins foram alvo de intervenções pelo paisagista William
Stockdale, o botânico William Nevill, e James Burt, mestre jardineiro,
que passaria aliás o resto da sua vida em Monserrate.
Cook faz de Monserrate a residência de Verão da família recheando-o com
obras de arte da sua enorme coleção (hoje dispersa por inúmeros museus).[2]
Pensa-se que durante a construção terão trabalhado no palácio
mais de 2000 pessoas, 50 das quais empregues exclusivamente para a
jardinagem. Depois de terminadas as obras, os Cook empregam cerca de 300
pessoas para cuidar da casa, do parque e da família. Compram 13 quintas
confinantes (Quntas de S. Bento, da Infanta, da Cabeça, da Ponte
Redonda, da Bela Vista, de S. Tiago, de Pombal, das Bochechas, da Boiça,
Quinta Grande e Quinta Pequena) e ainda o Convento dos Capuchos
com a sua cerca tornando-se proprietários e empregadores de peso nas
terras circundantes, muito à semelhança do que acontecia nas casas de
campo inglesas.
Em virtude do trabalho e esforços que Francis Cook havia empregue na
reconstrução da quinta, assim como a construção de duas escolas
primárias (para os filhos do seu pessoal) em Galamares e Colares, casas e até um teatro, o rei D. Luís I concede-lhe o título de Visconde de Monserrate.
Em 1884 é lhe atribuído o título de Baronete
em Inglaterra, vivendo Sir Francis Cook até aos 84 anos. Até ao final
da sua vida passaria largas temporadas em Sintra, durante os meses de
Novembro, a maior parte de Abril, Maio e Junho. Durante o resto do ano a
casa ficava entregue a uma família de caseiros que se comprometia a
cuidar da residência.[3]
A propriedade ficará na posse da família Cook até 1947 quando Sir
Herbert Cook é obrigado a vender a quinta depois da família ter perdido
grande parte da fortuna na primeira metade do século XX. Nesta venda
perde-se o valioso recheio do palácio que se irá dispersar aquando do
leilão.[1]
Saúl Fradesso da Silveira de Salazar Moscoso Saragga (1894-1964),
comerciante de antiguidades de Lisboa, compra o palácio e irá vendê-lo
em 1949 ao Estado Português, que compra ainda 143 hectares da Tapada de
Monserrate. A Serra de Sintra, onde o palácio se localiza, é
classificada como Paisagem Cultural - Património da Humanidade pela UNESCO em 1995 e em 2010 iniciam-se as obras de recuperação do Palácio de Monserrate, agora aberto ao público.[4]
Palácio
O
edifício inicial construído por Gerad DeVisme era uma construção
alongada e rematada nos extremos por duas torres cilíndricas e cobertas
por telhados em forma de cone (sendo esta a estrutura essencial que se
manteve até hoje). Tratava-se de um castelo neogótico que sofreu
alterações de Beckford, tendo sido palco de numerosas festas.
Consegue
assim tornar-se o centro de uma elite de intelectuais que Beckford
reunia em seu redor. Um dos mais celebrados é George Byron, poeta anglo-escocês e figura do movimento Romântico, que em 1809 se referiria a Monserrate na sua obra "Childe Harold's Pilgrimage".
Sabe-se que por volta de 1840 o edifício original estava deixado
ao abandono, já se tinham dado furtos das coberturas de chumbo e alguns
dos tetos tinham desabado.
Em 1858 o novo proprietário Francis Cook contrata os serviços do
arquiteto inglês James Knowles para desenhar um novo palácio
aproveitando as fundações e alguns muros da construção que o antecedera
(alguns já com mais de cem anos).
A construção, que irá durar de 1863
até 1865, revela um gosto orientalista e eclético, com elementos marcadamente góticos
, indianos e árabes. No geral apresenta uma rigorosa simetria, marcada
ao centro por um conjunto de elegantes colunas que suportam a arcaria
neomedieval.[1] É contratado o empreiteiro inglês J. Samuel Bennet que viria a trabalhar com D. Fernando no restauro do Convento dos Jerónimos.[3]
No seu interior encontramos um Átrio octogonal formado por
arcos góticos e colunas de mármore rosa (com um conjunto de escadas que
sobe para os aposentos privados de Francis Cook), a Sala de Jantar, a Biblioteca com estantes de nogueira e uma belíssima porta em alto-relevo, a Capela, o Átrio Principal também ele octogonal e que apresenta uma fonte de mármore de Carrara de inspiração classicista, assim como painéis perfurados de Deli de alabastro
que funcionam como biombos esculpidos.
Este Átrio, encimado por uma
cúpula profusamente decorada com madeiras e estuque, encontra-se no
centro da Galeria que atravessa todo o palácio, da Torre Norte à Torre Sul.
Temos ainda a Sala de Bilhar, a Sala de Estar Indiana e por fim a Sala da Música,
salão de generosas proporções, excelente acústica e rica decoração.
Conta com uma cúpula em estuque um friso com representações das Musas e das Graças.
Galeria
Galeria
Cúpula do Atrio Principal
Biblioteca
Exemplo dos biombos de alabastro
Parque de Monserrate
O
parque desenvolve-se ao longo de 33 hectares e conta com diversos
jardins onde pode ser encontrada uma impressionante coleção botânica,
com exemplares de todo o mundo. A construção terá se estendido de 1863 a
1929, com um projecto geralmente atribuído a William Colebrook
Stockdale, pintor de paisagens de estilo romântico, ainda que este
apenas tenha trabalhado directamente no local em 1863, 1874 e 1875.[3]
Já em 1885 os jardins do Palácio de Monserrate eram referidos num artigo de duas partes no The Gardner's Chronicle (de Londres).
O Jardim do México localiza-se na zona mais quente e seca
da propriedade reunindo-se aqui plantas dos climas mais quentes como o
Taxódio-do-México, a Estrelícia-gigante (África do Sul), Búnia-búnia (Austrália) e Coquitos-do-Chile.
O Jardim do Japão alberga plantas asiáticas como Bambu, Camélia (Sudeste asiático), Teixo (Europa, noroeste africano, sudeste asiático), Figueira-das-Ilhas-Fiji e Ginkgo (Sudoeste da China).
O Vale dos Fetos apresenta diversos exemplares de
Fetos-arbóreos dispostos ao longo da encosta. Em 1867/1868 Doze fetos
arbóreos, cada um com cerca de 2.5 metros de altura, foram cortados nas
montanhas de Dandenong na Austrália e transportados (sem raízes nem
frondes) em caixas de pinho cheias com serradura húmida.
Estes
exempolares foram primeiro plantados no interior da ruína da capela,
tratados de modo a permitir a aclimatização e de seguida transplantados
para o vale. Dos primeiros doze fetos sobreviveram 8.[3]
Os Lagos Ornamentais possuem diferentes profundidades e
temperaturas distintas de modo a albergarem plantas aquáticas exóticas
contando-se como as mais importantes Papiros e Nenúfares.
Existe ainda um Roseiral com cerca de 200 variedades
históricas e cujo restauro foi concluído em 2011, altura em que foi
inaugurado por Sua Alteza Real o Príncipe de Gales e a Duquesa da Cornualha.
O parque é decorado por diversos elementos ao gosto romântico,
entre eles encontram-se alguns projetados por William Beckford, como a Cascata artificial (foi necessário desviar um ribeiro para a conseguir), assim como o Arco de Vathek, que partilha o nome com a personagem principal do famoso romance de Beckford, Vathek). Acredita-se ainda que o falso Cromeleque seja também ele obra de Beckford.
No que toca a estruturas edificadas destacam-se a falsa ruína de uma Capela,
da autoria de Francis Cook, ao gosto romântico da época e inspirada
pelas inúmeras ruínas de mosteiros e abadias no Reino Unido. No interior
da ruína encontrava-se ainda um sarcófago etrusco que se
encontra atualmente no Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, em
Sintra.
Este fazia parte de um conjunto de três que foram adquiridos por
Cook à família Campanari por volta de 1860.[3]
Um Arco ornamental Indiano, comprado em 1857 por Cook a
Charles Canning, Governador-Geral da Índia, decora o Caminho Perfumado
que termina na entrada principal do palácio.
Na Casa de Pedra (edifício rústico cujo exterior é coberto
por pedras irregulares) funcionou uma carpintaria e uma vacaria, sendo
hoje a sede da Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A.
Existe ainda um Atelier de pintura usado por Sir Francis Cook (1907-1978), bisneto do 1º Visconde de Monserrate.