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29.11.13

PORTUGUESES E O BEM ESTAR.

Os dias decorrem sem grandes sobressaltos mas sem quaisquer perspectivas de que os tempos mais próximos venham a ser melhores, no que à situação social de quase todos nós, portugueses, se refere. Pela minha parte tento viver cada dia o melhor que posso ou me é permitido sempre na incerteza angustiante do que será o dia de amanhã para mim e para muitos dos que a todos nós rodeiam por onde quer que vamos.




Por mais que me esforce não consigo interiorizar a ideia que somos um povo feliz ou em vias disso.

 Olho ao redor e só vejo semblantes tristonhos no rosto daqueles cuja idade deveria mostrar outra realidade. Será só eu que sinto isto? Talvez.

Veja-se por  exemplo a notícia já com cinco anos que o jornal Diário de Notícias na ocasião editou.

Estou em crer que para a maioria de nós a situação não melhorou. Realço que em 2008 a actual crise era ainda uma distante realidade. Provavelmente hoje lideramos a tabela.


Só búlgaros e letões são mais infelizes que os portugueses

por
HUGO COELHO21  novembro 2008
 
Estudo. Agência da UE divulga inquérito sobre qualidade de vida dos europeus
O povo português é o terceiro mais infeliz da União Europeia.

 Numa escala de um a dez os portugueses avaliam a sua felicidade em 6,9, o valor mais baixo da Europa dos 15, segundo os resultados de um estudo da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), ontem divulgado.

Dinamarca, Suécia e Finlândia são os três países no topo da lista da felicidade da UE. Os espanhóis estão no meio da tabela, à frente dos alemães e italianos e atrás de franceses e britânicos. Os mais infelizes, depois dos portugueses, são os letões e os recém chegados búlgaros.

A felicidade média da população da UE - calculada a partir das respostas de 35 mil cidadãos europeus em idade adulta - ronda os 7,5 pontos. Os países que integraram recentemente a União figuram mais abaixo do que os membros mais antigos. Uma realidade fácil de explicar: a proporção de pessoas que não podem pagar pelas necessidades básicas é cinco vezes maior nos novos estados-membros do antigo bloco comunista do que nas velhas democracias da Europa ocidental.

O estudo prova que indivíduos com ordenados elevados, emprego seguro e um nível elevado de educação são os que se dizem mais felizes na vida.
 "As diferenças em termos de satisfação, da qualidade de vida e da atitude face ao futuro demonstram a desigualdade de condições de vida e de experiência de vida dos europeus," disse Jorma Karppinen, director do Eurofound.

 "Em particular, o bem-estar nos antigos países socialistas varia muito em função de grupos sociais e demográficos. Há desvantagens marcantes associa- das a baixos rendimentos. As pessoas mais idosas são mais susceptíveis de se declararem descontentes com a sua situação."