Este blogue é pessoal e sem fins lucrativos. Se sentir que eu estou a infringir os seus direitos de autor(a) agradeço que me contacte de imediato para eu corrigir o referido conteúdo: / This blogue is a non-profit and personal website. If you feel that your copyright has been infringed, please contact me immediately: pintorlopes@gmail.com

30.9.21

PENÍNSULA IBÉRICA ANTES DE CRISTO


 QUAL A LÍNGUA DE ANTANHO, AQUI, NO " MEU " PORTUGAL ENTÃO INEXISTENTE ?

 ...E então quando falamos de antepassados olhemos para este mapa !

Pequena ou grande ( como cada um interprete ) amostra da humanização peninsular muitos e muitos anos antes dos romanos, por exemplo.

O Portugal actual, diz-se, era então um enorme bosque povoado de toda uma imensidade de vida vegetal e animal que nós hoje dificilmente imaginamos.

Se fosse possível recuar a esses tempos, interrogo-me como seriam esses ares de então no que ao oxigénio diz respeito?

 Poluição inexistente  que originaria fantásticas noites estreladas, com todo o encanto inerente.

 Como seriam as praias, os rios, o mar e a terra onde vivo ?

 Enfim; um sem número de questões que muito me apraz compartilhar.



Turduli Oppidani

Da Wikipédia, a enciclopédia livre
(Redirecionado de Turdulorum Oppida)
 File:Iberia 300BC-en.svg
Principais áreas de idiomas em Ibéria c. 300 a.C.


Os Turduli Oppidani ou Turdulorum Oppida (latim: "oppidums dos Turduli" ou "Fortalezas do Turduli"), foram um povo costeiro da cultura la tène pré-romana no atual Portugal, relacionado com os Veteres turduli e semelhante aos lusitanos.

Localização

Ocuparam a região portuguesa de Estremadura-Província de Beira Litoral (centro-costeira de Portugal),onde ocuparam as cidades fortificadas (Oppida) de Aeminium (Coimbra), Conimbriga (Condeixa-a-Velha, perto de Coimbra), Coniumbriga (possivelmente Monte Meão), Collipo ( S. Sebastião do Freixo, Batalha), Eburobrittium (Amoreira de Óbidos),[1] Ierabri).

História

Um off-shot do povo Turduli, o Turduli Oppidani caminhou para o norte por volta do século V a.C. em conjunto com o Celta[2][4]e terminou a assentar o atual litoral central português Estremadura-Província de Beira Litoral. 

  Os Oppidani parecem ter se tornado clientes do Lusitani algum tempo antes de meados do século III a.C. e depois de Cartago na última parte do século. 

 Sua história após a 2ª Guerra Punic é menos clara; é quase certo que os Oppidani permaneceram sob a sobreclosão lusitani e suportou o peso dos primeiros impulsos romanos para o noroeste ibérico.

 Em 138-136 a.C. O cônsul Decimus Junius Brutus devastou suas terras em retaliação por ajudarem os lusitanos. [5


] Os Oppidani foram certamente derrotados e tecnicamente incluídos na província de Hispania Ulterior pelo pretor Publius Licinius Crassus Dives na sequência de sua campanha contra os Lusitani e Celtici em 93 a.C.

 Novamente o Turduli Oppidani e os Turduli Veteres sofreram o mesmo tratamento em 61-60 a.C., quando foram incorporados em H. Ulterior pelo Propraetor Júlio César. [6]

Romanização

Eles foram mais tarde agregados pelo Imperador Augusto na nova província da Lusitânia em 27-13 a.C.

Veja também

Notas



  • Plínio, o Velho, Naturalis Historia, IV, 21.

  • Strabo, Geographikon,III, 3, 5.

  • Pomponius Mela, De ChorographiaIII, 8.

  • Plínio, o Velho, Naturalis Historia, IV, 112-113.

  • Appian Iberiké,73.


    1. Cássio Dio, Romaïké istoría, 37, 52-55.

    Referências

    • Ángel Montenegro et alii, Historia de España 2 - colonizaciones y formación de los pueblos prerromanos (1200-218 a.C), Editorial Gredos, Madrid (1989) ISBN 84-249-1386-8
    • Alberto Lorrio J. Alvarado, Los Celtíberos, Universidad Complutense de Madrid, Múrcia (1997) ISBN 84-7908-335-2
    • Francisco Burillo Mozota, Los Celtíberos, etnias y estados, Crítica, Barcelona (1998, edição revisada de 2007) ISBN 84-7423-891-9
    • Jorge de Alarcão, O Domínio Romano em Portugal, Publicações Europa-América, Lisboa (1988) ISBN 972-1-02627-1
    • Jorge de Alarcão et alii, De Ulisses a Viriato – O primeiro milénio a.C., Museu Nacional de Arqueologia, Instituto Português de Museus, Lisboa (1996) ISBN 972-8137-39-7
    • Luis Berrocal-Rangel, Los pueblos célticos del soroeste de la Península Ibérica, Editorial Complutense, Madrid (1992) ISBN 84-7491-447-7

     

     File:Iberia 300BC-en.svg

    Links externos

    28.9.21

    CUMBRE VIEJA. TSUNAMI de PROPORÇÕES HISTÓRICAS ?



    Tsunami do Cumbre Vieja (http://donsnotes.com)
    Editei aqui no blogue em 23 -01 - 2012 este texto.
     Agora ( 28 -09 -2021 )  que o vulcão Cumbre Vieja está activo que pensar ?

    Existem cada vez mais indícios de que estamos prestes a assistir a um Tsunami de proporções históricas.

     O problema reside num vulcão das ilhas Canárias que os vulcanologistas acreditam estar prestes a entrar em erupção.   

                     
                                                    
    O vulcão em questão é o Cumbre Vieja, cuja erupção pode provocar um deslizamento de terras de proporções históricas o qual criaria um mega-tsnunami nunca antes visto.

     Esta onda gigante deslocar-se-ia pelo Atlântico a uma velocidade de 500 km/h, chegando à costa leste dos EUA ainda com 50 metros de altura.


    A erupção do Cumbre Vieja pode ser desencadeada pela do El Hierro, a apenas 128 km de distância que está agora em alerta de erupção.

     Será esta erupção que vai atirar para o oceano uma grande parte da ilha criando uma onda com mais de 900 metros de altura.  

    Em menos de dez minutos, a onda chegará a Portugal e destruirá numa proporção inimaginável – mesmo comparando com 1755 – a nossa costa.

    Não se trata de saber se este mega-tsunami vai acontecer ou não. 

     Trata-se de saber quando vai acontecer, concordando nisto todos os vulcanologistas. 

    Perante esta ameaça, que, ainda por cima, pode estar iminente, devemos todos precavermos, mantermos em casa um kit de urgência, com medicamentos, mantimentos e água engarrafa e se vivermos em zonas costeiras… estejamos atentos.

    Fonte:
    http://www.terradaily.com/reports/Could_a_Mega_Tsunami_Wipe_Out_the_Eastern_Seaboard_999.html

    D. CARLOS I . " O MARTIRIZADO "

     Resultado de imagem para d. carlos rei de portugal

    A 28 de setembro de 1863, nasce, em Lisboa, Carlos Fernando Luís Maria Victor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha.

    Era filho do rei Luís I de Portugal e de sua esposa Maria Pia de Saboia.

    Na qualidade de príncipe herdeiro, recebe uma esmerada educação que incluía o estudo de várias línguas estrangeiras.

    Na juventude, frequenta várias cortes europeias mas seria num país republicano que se enamoraria da sua futura esposa, Amélia de Orleães, filha primogénita do Conde de Paris, pretendente ao trono de França, com quem se consorciaria a 22 de maio de 1886, na igreja lisboeta de São Domingos.

    Por morte do pai, ascende ao trono Portugal a 19 de outubro de 1889, sendo aclamado rei a 28 de dezembro desse ano, como Carlos I. Esteve presente na cerimónia de aclamação o seu tio-avô D.Pedro II, Imperador do Brasil, que se encontrava exilado em Lisboa desde o dia 6 do mesmo mês.

    Durante o seu reinado, ocorrem inúmeras crises políticas e económicas que contribuem para o descontentamento dos seus súbditos.

    Uma das maiores crises surge logo no início do reinado: Portugal estava depauperado economicamente e há muito que perdera a grandeza do passado. Esse papel era agora desempenhado pela Grã-Bretanha que ambicionava constituir um corredor territorial ligando a costa mediterrânica de África com a cidade do Cabo. Os portugueses consideravam que o espaço compreendido entre Angola e Moçambique (Mapa cor-de-rosa) lhes pertencia. Os britânicos exigem, em 1890, a retirada das tropas portuguesas daqueles territórios, ameaçando com uma declaração de guerra, caso a sua exigência não fosse acatada. A coroa portuguesa vê-se obrigada a desocupar aqueles territórios, com o protesto do Partido Republicano que se revolta no Porto, a 31 de janeiro de 1891.

    Por outro lado, o sistema conhecido como Rotativismo que permitia que os dois principais partidos, o Partido Progressista e o Partido Regenerador se revezassem no poder, era visto como um sistema envelhecido, ao qual se opunham os republicanos que tinham cada vez mais simpatizantes.

    A 1 de fevereiro de 1908, quando a família real regressa a Lisboa, vinda de uma das frequentes temporadas passadas no Palácio Ducal de Vila Viçosa, a carruagem em que seguem é atacada a tiro no Terreiro do Paço, tendo D. Carlos e o príncipe herdeiro falecido, ocorrência que é lamentada por todas as casas reais da Europa.

    Deslocou-se inúmeras vezes ao estrangeiro, uma delas representando Portugal no funeral da rainha Vitória.

    Demonstrou possuir talento para a pintura, expressando a sua criatividade sobretudo através de aguarelas, muitas delas retratando pássaros, dado ser grande admirador da ornitologia.

    Também apreciava a oceanografia, tendo comprado o iate Amélia para se dedicar a campanhas oceanográficas, sendo considerado um pioneiro a nível mundial nesta área. Homenageando este seu trabalho em prol da ciência, foi atribuído o nome de D. Carlos I a um navio oceanográfico da Armada Portuguesa. A ele se deve, igualmente, o Aquário Vasco da Gama.

    Administrou pessoalmente as propriedades da casa de Bragança, produzindo vinho, azeite e cortiça, entre outros produtos, para além de ter incentivado, na sua ganadaria, a preservação dos cavalos de Alter.

    D. Carlos jaz ao lado do seu filho primogénito no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. *

    * Texto extraído de " O LEME "

    27.9.21

    PARA ESTAR AQUI, HOJE ...

     


                                             - Antepassados -
     
     
                                                   Para nascer precisamos de:
     
     
                                                                    2 Pais
                                                       4 Avós
                                                       8 Bisavós
                                                       16 Trisavós
                                                       32 Tetravós
                                                       64 Pentavós
                                                       128 Hexavós
                                                       256 Heptavós
                                                       512 Oitavós
                                                       1024 Eneavós
                                                       2048 Decavós e etc,  etc...
     
    Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascermos!
     
                                    Pare um momento e pense...
     
                                   - De onde eles vieram?
     
                                   - Quantas lutas já lutaram?
     
                                   - Por quanta fome já passaram?
     
                                   - Quantas guerras já viveram?
     
                                   - Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?
     
              Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
     
     Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.
     
       Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
     
    Não deixa de ser nosso dever honrar os  nossos antepassados!

    25.9.21

    HOTEL CIDADELA . O QUE FOI E O QUE SERÁ

    HOTEL CIDADELA Anos 70
     Hotel Cidadela no século passado.Nos anos 70.
     Detalhes curiosos tanto no edificado como no sentido do trânsito.
     Hoje tudo está diferente, claro.

     Seja como for é o que se designa usualmente por "progresso. "

    Home Header 01
    HOTEL CIDADELA ANOS 90

    Hotel Cidadela em Cascais transformado em condomínio de luxo

    Novo empreendimento de luxo, o Legacy, vai combinar 10 moradias privadas, 28 apartamentos e uma unidade hoteleira de cinco estrelas.

    O antigo hotel foi inaugurado nos anos 60 / Reformosa
    ASSIM SERÁ APÓS A DEMOLIÇÃO E RENOVAÇÃO


     

    O Hotel Cidadela, em Cascais, inaugurado nos anos 60, foi um dos projetos hoteleiros mais inovadores do seu tempo. Agora, vai ser transformado num condomínio de luxo composto por 10 moradias privadas e pelo edifício Residences, com 28 apartamentos, aos quais se irá juntar um hotel de cinco estrelas. O Legacy, assim se chama o empreendimento, é promovido pela Reformosa e estará concluído em 2022.
    O histórico hotel, localizado na Avenida 25 de abril, acolheu diversas personalidades de renome internacional nas áreas de música, teatro, desporto, além de aristocratas e governantes. Vinícius de Moraes, Samuel Beckett, as bandas Genesis e Iron Maiden, o Duke Ellington ou os pilotos de F1 Fernando Alonso e Nelson Piquet foram alguns das figuras que se hospederam neste antigo alojamento, encerrado desde o ano passado. 

    Atualmente em construção, o empreendimento deverá estar concluído no verão de 2022 e vai ter 10 moradias (3+1 triplex), todas com jardim e piscina privativa e 28 apartamentos de tipologias T1 a T5+1. Todo o edifício se desenvolve de frente para o mar e está  rodeado por um jardim com piscina para os residentes, dispondo ainda de estacionamento para todos os apartamentos. O condomínio entrou agora em comercialização pelas mãos das consultoras JLL, IRG e Coldwell Banker Luxus, em regime de co-exclusividade e os preços nas diferentes tipologias variam entre os 560 mil euros e os 2,77 milhões de euros.

    A localização central na Avenida 25 de Abril, “um ponto alto de Cascais com uma posição sobranceira sobre a vila e vistas para a baía e o mar, é apenas um dos trunfos deste novo condomínio fechado onde o luxo está presente em cada detalhe e onde os residentes beneficiarão de serviços de concierge e porteiro, uma ampla piscina exterior, ginásio e spa, além de poderem usufruir dos serviços do hotel”, refere o comunicado divulgado pela consultoras.


    Créditos .IDEALISTA / NEWS
      EM 25 NOVEMBRO DE 2019

    24.9.21

    SETEMBRO PELOS CAMPOS CASCAENSES

                             POR ESSES CAMPOS FORA !...                                                           ( Foto de J.P.L. )

    Um destes dias de Outono, obtive esta imagem. Claro está que agora ao ver o resultado surge um " pontinho " escuro, lá ao longe, sobre a serra.

     Para mim ou é uma ave ou algo grande que por acaso captei.

    Não me apercebi de qualquer avião por ali.

     Seja lá o que for " estragou-me" a pureza de tão bela paisagem. Ou será que, pelo contrário, a tornou singular? Bem... mas o que queria realçar está na foto sob estas linhas.

    Uma magnífica flor de um cacto nascido no meio do mato. Tratamento da planta apenas a mãe natureza mais nada!


                                        UMA BONITA FLOR                                 ( Foto de J.P.L. )

    22.9.21

    FOGO JUNTO A MURCHES

    BOMBEIROS salvam do fogo parque urbano em Murches


    FOGO começou junto ao passadiço (Créditos: BvAlcabideche)


    Por REDAÇÃO
    21 setembro 2021 | 19h47

    Um incêndio, que deflagrou, esta terça-feira, à tarde, na encosta de acesso ao parque urbano das Penhas do Marmeleiro, em Murches, mobilizou 61 Bombeiros e um helicóptero vindo de Mafra, tendo sido controlado rapidamente devido à intervenção musculada dos operacionais. 

    INTERVENÇÃO musculada dos Bombeiros impediu que as chamas alastrassem
    _______________________________

    O fogo ter-se-á iniciado, em circunstâncias que deverão ser agora averiguadas pelas autoridades, junto ao passadiço, que dá acesso ao parque urbano, que não foi atingido devido à pronta intervenção dos Bombeiros. 

    "Arderam cerca de mil metros quadrados", disse, a Cascais24h José Palha Gomes, comandante dos Bombeiros de Alcabideche, que comandou as operações no local. 

    COMANDANTE José Palha Gomes: "Arderam cerca de mil metros quadrados de mato" 
    _______________________________________________________

    No combate às chamas, rapidamente debeladas devido à pronta intervenção das equipas dos Bombeiros, estiveram empenhados 61 operacionais, apoiados por 15 veículos, dos Corpos de Bombeiros de Alcabideche, Cascais, Estoril e Almoçageme e, ainda, pelo meio aéreo operado pela  Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS)  da GNR, estacionado no heliporto de Mafra.

    Também o Serviço Municipal de Proteção Civil e a GNR de Alcabideche estiveram no local.

    BOMBEIROS evitaram o pior esta terça-feira, à tarde, em Murches






    19.9.21

    JOSÉ AUGUSTO FRANÇA

     

    José-Augusto França: O maior historiador de arte do século XX em Portugal

    O historiador, sociólogo e escritor José-Augusto França, que hoje morreu aos 98 anos, referência maior da cultura e da História da Arte portuguesa dos séculos XIX-XX, deixa uma vasta obra, que atravessa todos os géneros, do ensaio à ficção.

    José-Augusto França: O maior historiador de arte do século XX em Portugal
    Notícias ao Minuto

    18/09/21 22:36 ‧ Há 22 Horas por Lusa

    Cultura Óbito/José-Augusto França

    José-Augusto França - que, no meio académico, é considerado responsável por estabelecer um cânone na historiografia da arte do século XIX e XX - costumava dizer, em entrevistas, que a sua ligação à arte era "quase respiratória".

    "A Arte em Portugal no Século XX", "O Retrato na Arte Portuguesa" e o 3.º volume do "Dicionário da Pintura Universal", publicado pela antiga editora Estúdios Cor, inteiramente dedicado à "Pintura Portuguesa", que coordenou com Mário Chicó e Armando Vieira Santos, constituem três marcos nesse cânone, numa obra que se estende por mais de meia centena de títulos e décadas de trabalho e de investigação.

    Como autor de referência, na área das artes visuais e da cultura, entre as suas obras destacam-se igualmente os estudos como "História da Arte Ocidental 1780-1980", "Do Romantismo 1824, Antes e Depois", "Lisboa Pombalina e o Iluminismo", "Os Anos 20 em Portugal" ou o ensaio dedicado ao pintor flamengo do século XVI Hieronymus Bosch, autor das "Tentações de Santo Antão", "Bosch o Visionário Integral".

    Escreveu igualmente monografias sobre artistas como Amadeo de Souza-Cardoso e Almada Negreiros, Rafael Bordalo Pinheiro, António Carneiro, Columbano, José Malhoa, António Pedro. Foi um dos maiores especialistas em Maria Helena Vieira da Silva.

    Dedicou volumes de ensaios à interpretação e reflexão histórica, sociológica e estética sobre problemas da arte contemporânea, como "Cem Exposições", "Quinhentos Folhetins" e os "Oito Ensaios sobre Arte Contemporânea", publicados nos anos de 1960, que marcaram desde então a abordagem crítica da expressão artística.

    No domínio da ficção, publicou um primeiro romance em 1949, "Natureza Morta", seguindo-se, em 1958, um livro de contos, depois fez um prolongado interregno, voltando a publicar com mais regularidade, lançando obras como "Buridan" (2002), "A Bela Angevina" (2005), "José e os Outros" (2006), "Ricardo Coração de Leão" (2007), "João sem Terra" (2008) e "A Guerra e a Paz" (2010).

    Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1944, partiu para Paris como bolseiro do Estado francês, em 1959, onde permaneceu até 1963, realizando estudos com o sociólogo e historiador Pierre Francastel.

    Obteve os graus de doutor em História pela Universidade de Paris em 1962, com "Une Ville des Lumères: la Lisbonne de Pombal", e fez o doutoramento em Letras pela mesma universidade em 1969, com "Le Romantisme au Portugal".

    Na capital francesa, a que se manteve sempre ligado, conviveu com intelectuais portugueses ali exilados, como António José Saraiva e Joaquim Barradas de Carvalho, e conheceu figuras destacadas da cultura francesa, como o filósofo e crítico literário Roland Barthes, o poeta André Breton, o militante Daniel Cohn-Bendit, nome destacado do movimento estudantil do Maio de 68, e o galerista Daniel-Henry Kahnweiler, que lhe contava histórias sobre o artista plástico Picasso.

    Para a capital francesa, comissariou mostras como "Soleil et ombres: l'art portugais du XIX siècle", que levou ao Petit Palais, depois de ter concebido "Os anos 40 na arte portuguesa", para a Fundação Calouste Gulbenkian.

    O seu interesse pela pintura manifestara-se em 1946, na sequência de viagens a Espanha e Paris, seguidas de viagens à Europa e às Américas até se fixar em Paris, em 1959.

    Nas décadas de 1940 e 1950 foi uma das figuras mais dinâmicas e influentes da vida cultural portuguesa.

    Entre 1947 e 1949, participou nas atividades do Grupo Surrealista de Lisboa, tendo um papel polémico de oposição ao neorrealismo e aos seus protagonistas.

    Na década de 1950, assumiria a defesa do abstracionismo, tendo organizado o primeiro salão português, dedicado a esta expressão, na Galeria de Março - surgida na sequência da mostra surrealista na antiga Casa Jalco, ao Chiado -, que dirigiu entre 1952 e 1954 (em parte com Fernando Lemos).

    Publicou os seus primeiros artigos de crítica de arte no Horizonte, Jornal das Artes, tendo a partir daí uma extensa colaboração em jornais e revistas da especialidade de onde podem destacar-se Unicórnio (1951-1956), Art d'Aujourd'hui, Colóquio Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian, que dirigiu entre 1970 e 1996, e a KWY, lançada em Paris pelo coletivo português Lourdes Castro, René Bertholo, Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada e Gonçalo Duarte, a que se associaram os artistas Christo e Jan Voss (1958-1964).

    Começou a fazer crítica de cinema em 1940, no jornal "O Diabo", quando foi dirigido pelo historiador Fernando Piteira Santos, que tinha sido seu colega na Faculdade de Letras.

    José-Augusto França é autor de uma das obras chave sobre Chaplin, o seu cinema e as suas personagens: "Charles Chaplin - O self made myth".

    Dirigiu o Centro Cultural Português em Paris (1980-1986).

    O seu nome também consta na lista de colaboradores da Revista Municipal (1939-1973), publicada pela Câmara Municipal de Lisboa.

    A cidade foi aliás alvo de várias das suas obras: "Lisboa, História física e moral" e "28 Crónica de um Percurso" são alguns dos exemplos.

    Lecionou na Sociedade Nacional de Belas Artes. Foi professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa, desde 1974, onde criou os primeiros mestrados de História de Arte do país.

    A opção pela academia de Lisboa aconteceu após a Revolução de 25 de Abril, deixando para trás a certeza de integração no Centro Nacional de Investigação Científica de França (CNRS, na sigla original).

    Antigo presidente da Academia Nacional de Belas Artes, membro do Comité Internacional d'Histoire de l'Art e presidente de honra da Association Internationale des Critiques d'Art.

    Recebeu a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa (1992), as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1991), a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (1992), a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2006) e a Medalha de Mérito Cultural (2012), do Governo português.

    Desde 2018, a Imprensa Nacional (IN) tem em curso a publicação "Biblioteca José-Augusto França", que iniciou com o romance "Natureza Morta" e "Charles Chaplin, o Self-Made-Myth", e que também tem disponível títulos como "Amadeo de Sousa-Cardoso -- O Português à Força".

    Nesta casa editorial encontram-se ainda publicados títulos como "Correspondência Jorge de Sena - José-Augusto França" e "O «Ano XX» Lisboa 1946 - Estudos de Factos Socioculturais".

    Para breve, tem a IN prevista a publicação de "Estudos das Zonas ou Unidades Urbanas de Carácter Histórico-Artístico em Lisboa", levantamento efetuado por José-Augusto França sobre o património da cidade, em 1967, que inclui proposta de "Salvaguarda do Património Artístico Arquitectónico e Histórico dos Bairros Tradicionais da Cidade de Lisboa", plantas de diferentes escalas, desenhos, um levantamento fotográfico de 292 imagens, realizado no início de 1968, e o texto do historiador.

    Nas últimas entrevistas que José-Augusto França concedeu, afirmava, sobre o seu quotidiano, que continuava a ler muito e a ver vários filmes diariamente.

    CUMBRE VIEJA. Um aviso ?

     

    Nuvem de fumo vulcânica cobre o céu nas ilhas Canárias