Não há nada no Mundo que nos rodeia, que fique perfeitamente imóvel.
Em cada segundo, o nosso universo inteiro se modifica e nós estamos incluídos no Universo.
O tempo escoa-se e ninguém pode deter o seu decorrer constante.
Viver, envelhecer, é ainda, e principalmente, mudar.
Assemelhamo-nos ao viajante, ao longo de uma estrada. À nossa volta, à medida que caminha-mos, a paisagem transforma-se.
Passamos da montanha à planície; impressionamo-nos pelas mudanças que nos são exteriores e, sem as ver, sentimos confusamente, aquelas que nos são próprias.
Desejaria-mos parar, ficar imóveis, contemplar o mundo, olhá-lo uma vez, duas vezes, três vezes; voltarmo-nos à direita e à esquerda, rever ainda o que amamos. Não o podemos fazer.
Somos arrastados, sempre, um pouco mais longe. Estamos, indissoluvelmente, ligados ao tempo que passa.
Contudo, no começo da nossa vida, esta noção do tempo é-nos totalmente estranha. Quanto mais a criança deseja a renovação duma experiência, mais o seu sentimento da duração e do futuro se desenvolve. Assim se forma muito lentamente a noção do tempo com as três atitudes que isso acarreta; viver as impressões imediatas do presente, fazer apelo à memória a fim de se voltar para o passado, ou evocar as novas possibilidades do futuro.
Musset apenas aos vinte e oito anos de idade, já esgotado por uma existência intensamente vivida, escrevia o seguinte;
* " Não sei o que tenho, mas me fatigo e mudo "
" J' ai perdu ma force et ma vie
Et mes amis e ma gaîté
J'ai perdu jusqu'à la fierté
Qui faisait croire à mon génie ( 1 ) "
( 1 ). Perdi a minha força e a minha vida / E os meus amigos e a minha alegria / Perdi até o orgulho / Que fazia crer no meu génio.
Em cada segundo, o nosso universo inteiro se modifica e nós estamos incluídos no Universo.
O tempo escoa-se e ninguém pode deter o seu decorrer constante.
Viver, envelhecer, é ainda, e principalmente, mudar.
Assemelhamo-nos ao viajante, ao longo de uma estrada. À nossa volta, à medida que caminha-mos, a paisagem transforma-se.
Passamos da montanha à planície; impressionamo-nos pelas mudanças que nos são exteriores e, sem as ver, sentimos confusamente, aquelas que nos são próprias.
Desejaria-mos parar, ficar imóveis, contemplar o mundo, olhá-lo uma vez, duas vezes, três vezes; voltarmo-nos à direita e à esquerda, rever ainda o que amamos. Não o podemos fazer.
Somos arrastados, sempre, um pouco mais longe. Estamos, indissoluvelmente, ligados ao tempo que passa.
Musset apenas aos vinte e oito anos de idade, já esgotado por uma existência intensamente vivida, escrevia o seguinte;
* " Não sei o que tenho, mas me fatigo e mudo "
" J' ai perdu ma force et ma vie
Et mes amis e ma gaîté
J'ai perdu jusqu'à la fierté
Qui faisait croire à mon génie ( 1 ) "
( 1 ). Perdi a minha força e a minha vida / E os meus amigos e a minha alegria / Perdi até o orgulho / Que fazia crer no meu génio.
* Alfred de Musset
Alfred
Louis Charles de Musset foi um poeta, novelista e dramaturgo francês do
século XIX, um dos expoentes mais conhecidos do período literário
conhecido como o Romantismo. Wikipédia