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30.3.24

Vem aí o horário de verão!

 

Vem aí o horário de verão! Relógio adianta uma hora na próxima madrugada

A hora legal voltará a mudar para o regime de inverno a 27 de outubro.

Vem aí o horário de verão! Relógio adianta uma hora na próxima madrugada
Notícias ao Minuto

30/03/24 07:27 ‧ Há 12 Horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País Mudança de hora

Estamos em contagem decrescente para dizer 'olá' ao horário de verão. E não temos de esperar muito mais. Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores vão adiantar os relógios uma hora na madrugada deste domingo, 31 de março.

E é assim que se 'processa': Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser adiantados uma hora quando for 01h00, passando a ser 2h00.

Já na Região Autónoma dos Açores, a alteração será feita às 00h00, mudando para a 1h00.

A hora legal voltará a mudar em 27 de outubro - data em que regressaremos para o regime de inverno.

Recorde-se que o atual regime de mudança da hora na União Europeia é regulado por uma diretiva que determina que todos os anos os relógios sejam adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão, respetivamente.

Em março de 2019, o Parlamento Europeu aprovou, sob proposta da Comissão Europeia, o fim da mudança da hora nos Estados-Membros da União Europeia, defendendo a entrada em vigor da medida em 2021. Contudo, a adoção da medida no espaço comunitário dependia de uma tomada de posição, que está por haver, do Conselho da União Europeia, instância de decisão onde estão representados todos os Estados-Membros, e também dos países.

Portugal defende o atual regime, com uma hora de verão e com uma hora de inverno.

26.3.24


Chuva, vento, neve e agitação marítima forte na semana da Páscoa no Continente - Comunicado Nº1

Informação Meteorológica Comunicado válido entre 2024-03-26 18:27 e 2024-03-27 23:59 Chuva, vento, neve e agitação marítima forte na semana da Páscoa no Continente - Comunicado Nº1

 NELSON foi o nome atribuído pela AEMET a uma depressão que estará centrada em 49.9N 14.6W às 14UTC do dia 27 de março.

 Este será o núcleo principal de uma vasta região depressionária, com ondulações frontais associadas, que se estende desde a Islândia até à região da Madeira, influenciando o estado o tempo em Portugal Continental.

De acordo com as previsões atuais dos modelos numéricos, prevê-se precipitação persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada, pelo menos até ao Domingo de Páscoa.

 Essa precipitação será frequentemente sob a forma de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela e das serras do extremo Norte, podendo em alguns períodos baixar a cotas a rondar os 1000 metros de altitude.Quanto à temperatura, prevêem-se valores sem alteração significativa ao longo da semana, apesar de uma subida da temperatura mínima no dia 27 e nova descida no dia 29, Sexta-Feira Santa. 

Serão registadas temperaturas máximas entre 15 e 20°C na região Sul, sendo entre 10 e 15°C na generalidade do Norte e Centro, e inferiores no nordeste transmontano e nas terras altas, onde em diversos dias não deverão superar os 10°C.

 As temperaturas mínimas deverão situar-se entre 5 e 10°C em boa parte do território, sendo em alguns locais do interior Norte e Centro entre 0 e 5°C, podendo ser pontualmente inferiores nas terras altas.

 Como consequência desta configuração meteorológica sinótica, também se esperam períodos com vento forte, a predominar do quadrante oeste, com rajadas até 85 km/h, podendo ser superiores a 100 km/h nas terras altas.

Para o estado do mar espera-se agitação marítima forte num período de tempo alargado que pode ir até dia 30, em especial na costa ocidental, com ondas de noroeste com 5 a 7 metros de altura significativa.

Dadas estas condições, foram emitidos Avisos Meteorológicos que serão atualizados ao longo da semana.Este comunicado será atualizado ao final da tarde de 27 de março

.Aconselha-se o acompanhamento das previsões e da emissão de avisos meteorológicos nos próximos dias, consultando: http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.descritiva/ http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.significativahttp://www.ipma.pt/pt/otempo/prev-sam/Para mais detalhes sobre a previsão para a navegação marítima consultar:http://www.ipma.pt/pt/maritima/boletins/ Ter, 26 Mar 2024 18:27:49

IPMA subscricoes@ipma.pt através de meteo.pt 

19:00 (há 1 hora)


para mim


24.3.24

Faia da Polónia vence concurso da Árvore do Ano 2024

 

Faia da Polónia. Foto: Marcin Kopij


Pela terceira vez consecutiva vence a árvore nomeada pela Polónia, este ano uma faia da região de Niemcza, com 39.158 votos. A Camélia em Guimarães ficou em quarto lugar.

Em segundo lugar ficou outra faia, desta vez em França, com 24.807 votos. Em terceiro lugar ficou uma oliveira milenar italiana (13.933 votos) e em quarto a camélia-japoneira em Guimarães, com 13.508 votos.

Faia da Polónia. Foto: Marcin Kopij

Num ano em que a votação global totalizou 174.112 votos em 15 árvores candidatas, o concurso de 2024 foi organizado em parceria com o Ministério do Ambiente da República Checa e o Fundo Ambiental Estatal da República Checa. “As árvores devem ser tratadas como património natural e cultural”, afirmou, em comunicado, o Ministro do Ambiente, Petr Hladík.

O Concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. Trata-se de uma iniciativa que todos os anos procura sensibilizar mais 200 mil pessoas para a protecção da natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural.

Na edição anterior, foram registados 177.486 votos, tendo vencido o Carvalho Fabrykant, eleito pela Polónia. 

Portugal tem desde 2018 eleito espécies características dos sistemas agroflorestais mediterrânicos que têm ficado entre o 1º (Sobreiro assobiador) e o 6º (Castanheiro de Vales) lugar do concurso europeu. Na última edição foi o Eucalipto de Contige que alcançou o 5º lugar no concurso internacional com 10.281 votos.

21.3.24

SANTOS SILVA. ARROGANTE E MAL EDUCADO !

 

Emigrantes: reserva de esperança para Portugal

Telmo Azevedo Fernandes

20 Março

(nota: crónica-vídeo publicada hoje às 16h30, antes da confirmação oficial da perda de mandato de ASS)

 Santos Silva fora da AR. "Nunca cortei a palavra seja a quem for"

Augusto Ernesto Santos Silva exerce ainda o cargo de Presidente da Assembleia da República, tendo sucedido ao consulado inenarrável de outro socialista de má memória, Eduardo Ferro Rodrigues.

Indivíduo com uma indisfarçável ultrainsuflada auto-estima, o mandato de Santos Silva notabilizou-se pelo facciosismo, arrogância caceteira e desrespeito reiterado de diversos representantes eleitos pelo Portugueses para o Parlamento.

No exercício de funções que exigiriam sobriedade e gravitas, este socialista teve diversas intervenções sectárias, desbragadas e até coléricas que contribuíram para abandalhamento das instituições, chegando ao desplante de introduzir censura prévia e à posteriori a intervenções de deputados na Assembleia, supostamente a casa da Democracia. Esta subversão dos princípios democráticos recebeu manifestações de concordância por parte da Esquerda parlamentar, mas curiosamente também de deputados (presidente e ex-presidente) do partido dito Liberal, que na altura aplaudiram de pé e por pelo menos duas vezes as indecências de Santos Silva.

Durante dois anos o objectivo político de Santos Silva foi o de perseguir, destratar, silenciar e avacalhar o eleitorado que a terceira maior força política do país representa, ao ponto de ter afirmado que o CHEGA envergonha o nome de Portugal.

À hora que publico esta crónica ainda não está confirmado oficialmente e em definitivo que Santos Silva perdeu agora o seu mandato de deputado. Mas só a alta probabilidade de o homem ser expulso do Parlamento em resultado de uma expressiva votação dos Portugueses no Chega deixa claríssima a estrondosa derrota pessoal de Augusto Ernesto. Pelo menos os emigrantes são gente que preza a decência democrática e rejeita soberba e tiques de tiranetes dos socialistas. Há, pois, lá fora uma reserva de esperança para o nosso país.

A minha crónica, em vídeo, aqui:

 
 

20.3.24

Tema OVNI no PARLAMENTO EUROPEU

 


Tema OVNI no Parlamento Europeu.


Hoje, quarta-feira dia 20 de Março de 2024, far-se-á história no Parlamento Europeu com a realização de um sessão dedicada ao fenómeno OVNI.

O evento, promovido pelo eurodeputado português Francisco Guerreiro, terá início às 15h (hora portuguesa), e terá a duração estimada de 2 horas.

Francisco Guerreiro fará a abertura de trabalhos, seguindo-se 5 apresentações de 10 minutos cada, por parte de Joachim Deckers (grupo de investigação Holandês), Edoardo Russo (grupo de investigação Italiano), Beatriz Villaroel (investigadora do Nordic Institute for Theoretical Physics), Ryan Graves (ex-piloto da Força-Aérea Norte-Americana e Christiaan Van Heust (piloto de aviação civil).

No final, haverá 45 minutos destinados a debate e perguntas e respostas.
 

Relatório do Pentágono "confirma" a não existência de visitas extraterrestres.

O All-Domain Anomaly Resolution Office, um departamento de investigação de fenómenos anómalos, do departamento de defesa norte-americano, publicou no passado dia 8 de Março, um relatório sobre o Histórico do envolvimento do governo norte-americano com o fenómeno ovni, desde 1945.

Este estudo havia sido solicitado pelo congresso dos Estados Unidos e deveria ser apresentado até Junho de 2024.
No entanto, Tim Phillips, que se encontra a liderar a AARO desde Novembro de 2023, optou por publicá-lo agora, tentando com as conclusões apresentadas, colocar uma "pedra sobre o assunto" e acalmar o interesse crescente sobre o tema, que se tem vindo a registar desde 2017.

O momento, que se esperava ser de demonstração de transparência, começou precisamente pelo seu contrário, ao ser organizada uma reunião "secreta", no dia anterior à publicação, apenas para jornalistas convidados e mediante concordância de adesão a determinadas regras de "comportamento jornalístico".

Por seu lado, o documento de 63 páginas, terá sido finalizado à pressa, num exemplo de mau profissionalismo, contendo desde datas erradas, nomes de indivíduos trocados, nomes de projectos mal identificados, referências bibliográficas cujos links não funcionam, etc..

Parece que indirectamente, os autores quiseram dizer ao público para não os levarem a sério.

Mas a grande maioria dos meios de comunicação, pela falta de conhecimento que tem sobre o tema, conjugada com a falta de sentido crítico, não questionou minimamente o relatório, focando-se apenas nas suas conclusões.

"Até ao momento, a AARO não descobriu nenhuma evidência empírica de que qualquer avistamento de um OVNI representasse tecnologia fora do planeta ou a existência de um programa classificado que não tivesse sido devidamente relatado ao Congresso. Os esforços da investigação determinaram que a maioria dos avistamentos foi resultado de identificação incorreta de objectos e fenómenos comuns. Embora muitos relatórios de OVNIs permaneçam sem resposta, a AARO entende que, se dados adicionais e de qualidade estivessem disponíveis, a maioria desses casos também poderia ser identificada e resolvida como objectos ou fenómenos comuns."

Este parágrafo quase parece uma cópia da declaração do Secretário de Defesa americano, em 1955, na antecipação da publicação do Relatório nº14 do Projecto Blue Book. Só que na altura, o documento vinha acompanhado de todos os dados das observações, e quem os fosse ler, facilmente perceberia que não suportavam a conclusão avançada.

Por outro lado, o relatório tenta descredibilizar algumas testemunhas que recentemente vieram a público denunciar a existência de programas secretos de recuperação de objectos não identificados, assim como dar conta das suas próprias experiências com o fenómeno.
Algumas destas testemunhas, submeteram-se a audiências públicas, perante congressistas e sob juramento.
Talvez venha o dia, em que os autores do relatório agora apresentado, façam o mesmo.



PRIMAVERA.

 

Já é primavera! Equinócio ocorreu esta quarta-feira e bem cedo

O equinócio da primavera aconteceu às 3h06 desta quarta-feira, 20 de março.

Já é primavera! Equinócio ocorreu esta quarta-feira e bem cedo
Notícias ao Minuto

20/03/24 09:16 ‧ Há 1 Hora por Notícias ao Minuto

País Estações do ano

Há vários dias que o inverno parecia estar a despedir-se para dar lugar aos dias mais longos, ensolarados, amenos e floridos que, geralmente, a primavera traz.

Mas foi hoje, quarta-feira, 20 de março, bem cedo, às 3h06 da manhã de Portugal Continental, que aconteceu o equinócio da primavera – o momento em que o Sol cruza o plano do equador celeste - e demos as boas-vindas a esta estação tão associada à transformação e ao nascimento.

Todos os anos, a primavera chega a Portugal entre os dias 20 e 21 de março e termina entre os dias 20 e 21 de junho, dando lugar ao verão. Este ano, a estação mais quente do ano começa às 20h51 de 20 de junho.

Já o horário, que muda todos os anos na primavera e no outono, muda no último domingo de março, que é também Dia de Páscoa (31 de março).

Nesse dia, à 1h da madrugada de Portugal Continental e Madeira deve adiantar o relógio uma hora (60 minutos) para entrar no horário de verão. Já nos Açores, o relógio muda à meia-noite, ou seja, nessa altura passa a ser 1h.

Este ano a primavera começa com os termómetros a ultrapassarem os 20ºC, mas com alguns vestígios do seu vizinho inverno. O céu vai estar muito nublado e prevê-se aguaceiros em especial no interior norte e centro, com possibilidade de ocorrência de trovoadas, em especial do norte e centro, e vento fraco a moderado.

19.3.24

As vacinas covid matam 14 vezes mais do que salvam.

 


 

Mortos de segunda

Um cientista de topo declara que as vacinas covid matam 14 vezes mais do que salvam.

Avatar de Joana Amaral Dias

às

Paralelamente, têm saído importantes artigos científicos apontando para os efeitos adversos das vacinas covid. Um deles, de vários cientistas de topo, declara que essas injeções matam 14 vezes mais do que salvam. Atenção que se trata de uma publicação que passou a revisão por pares e foi dada à estampa na conceituada revista Cureus (Springer Nature). Os seus autores revelam números aterradores de reações adversos, não deixando de criticar o apressado processo de autorização. Em Portugal, onde foram administradas mais de 28 milhões de doses, a mortalidade causada rondaria os 7.600 óbitos.

Nas 38 páginas, esses autores do intitulado COVID-19 mRNA Vaccines: Lessons Learned from the Registrational Trials and Global Vaccination Campaign, atribuem esta calamidade ao processo de produção que terá implicado uma ‘contaminação’ com plasmídeos de DNA com implicações no aumento de cancros, mutações e defeitos congénitos. Salientam ainda que «as vacinas de mRNA afetam de forma maior tecidos como o músculo cardíaco e os tecidos neuronais». Além disso, «o risco de [nova] infeção foi significativamente maior entre vacinados».

Seja como for, este artigo é apenas um exemplo porque têm surgido cada vez mais estudos fidedignos apontando no mesmo sentido. Também recentemente, a pesquisa ‘Covid-19 vaccines and adverse events of special interest: a multinacional Global Vaccine Data Network (GVDN) cohort study of 99 million vaccinated individuals’ assumiu peso na comunidade científica porque, tratando-se do maior estudo realizado até à data sobre o tema, revela que as inoculações covid estão associadas ao risco de doenças cardíacas, cerebrais e sanguíneas. Estes investigadores da Rede Global de Dados sobre Vacinas pertencente à Organização Mundial de Saúde avaliaram 99 milhões de pessoas, como próprio título esclarece.

Enfim, não pretendo maçar com tanta tralha técnica mas realmente trata-se da preciosa saúde pública. Interessa sublinhar que os alertas sobre estas vacinas experimentais não eram, afinal, negacionistas, chalupas ou conspiracionistas. E importa trazer este tema crucial para a arena do debate público para clarificação mas também para responsabilização. Pessoas como Marta Temido, Graça Freitas, Filipe Froes, ou o almirante Gouveia Melo, que recomendaram a administração a granel destas inoculações (inclusive em crianças) conheciam, como é evidente, as graves falhas na respetiva segurança. E agora? A culpa vai morrer solteira? Isso também seria terrivelmente excessivo.

atomadadeposse@gmail.com

18.3.24

CascaisWatch

 IPMA>Pescas e aquacultura>cascaiswatch

Programa de Monitorização CascaisWatch

Antonina dos Santos

Localização ponto observação

O CascaisWatch é uma estação de observação oceanográfica do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (ex-INRB - L-IPIMAR), com uma série temporal iniciada em Fevereiro de 2005. Esta estação faz parte da rede de estações de monitorização de zooplâncton do ICES (http://www.st.nmfs.noaa.gov/nauplius/media/time-series/site__iberian-portugal-cascais/), no qual se baseiam os relatórios do estado ambiental relativamente ao zooplâncton (http://www.wgze.net/zooplankton-status-report), publicados numa base bianual.

img_cascais.watch_map

A estação está localizada ao largo da Baía de Cascais e do estuário do Rio Tejo, a 38 ° 40'N 09 ° 26,2 'W, aproximadamente a 4 km da costa, com uma profundidade de cerca de 38 m (Figura 1). A hidrografia da baía é influenciada pela morfologia costeira, a topografia do fundo (canhões submarinos de Lisboa e Setúbal) e a descarga de água doce do rio Tejo (Ribeiro & Amorim, 2008). O CascaisWatch é considerado como estando sob a influência do sistema de afloramento do Atlântico Nordeste durante o período de primavera e verão. Este afloramento sazonal é responsável pela produção de fitoplâncton que promove uma abundância estável de zooplâncton ao longo do ano (Santos et al., 2007). Esta estação de monitorização foi desenhada com o objetivo de ser representativa de toda a zona costeira da área. A análise das temperaturas obtidas na estação Cascais Watch demonstrou a existência de um padrão bi-sazonal, com temperaturas do mar usualmente abaixo dos 16°C no Inverno e Primavera e acima dos 18°C no período entre Junho e Novembro. Este padrão parece estar relacionado com o facto da estação estar localizada numa sombra de afloramento (Moita et al., 2003), quando os ventos favoráveis ao afloramento podem promover estratificação e estabilidade das águas do mar no local. As amostras de zooplâncton são colhidas dos 30 m até à superfície (arrastos oblíquos), numa base mensal (sempre que possível) e realizadas sempre em situações de preia-mar.

As amostras são divididas em duas: uma é preservada para posterior identificação e contagem de mesozooplâncton e a outra metade é liofilizada para a determinação da biomassa. Durante o primeiro ano de amostragem a produção diária de ovos para o copépode Calanus helgolandicus foi determinada sempre que possível. Após o primeiro ano de amostragem, e tendo-se concluído que Acartia spp. era o copépode mais abundante nas amostras, começou-se as determinações da produção de ovos para esta espécie. Simultaneamente são obtidas medições de temperatura, salinidade e clorofila-a com um CTD+fluorómetro.

Variações sazonais e interanuais

std sazonal

O ainda curto período da série de dados é um factor limitante na análise interanual. No entanto, verifica-se que o ciclo anual da biomassa de zooplâncton apresenta um padrão bimodal, com pico de biomassa em Abril e Agosto. Os copépodes são o grupo mais abundante durante todo o ano, especialmente no período de Agosto a Novembro, apresentando uma correlação negativa significativa com a temperatura da água do mar. Os copépodes na Baía de Cascais estão maioritariamente representados pelos géneros Acartia, Paracalanus, Oncaea, e Oithona. Outras espécies (Temora stylifera, T. longicornis, e Centropages spp.) são também importantes ocorrendo mais tarde no fim da época de produção e, explicam as grandes abundâncias de copépodes registados perto do fim do ano. A abundância total de copépodes apresenta uma correlação negativa significativa com a temperatura in situ (r2- 0.7848), o que é verificado pela oscilação das anomalias interanuais. Nos últimos anos a temperatura da água do mar à superfície tem vindo a aumentar, o que tem provocado uma diminuição da abundância total dos copépodes. Os principais responsáveis por este decréscimo são os três géneros mais abundantes: Acartia, Paracalanus, and Oithona que apresentam uma correlação positiva entre eles. A acompanhar esta diminuição de copépodes tem-se observado um aumento na abundância de larvas de bivalves, de tal maneira que em 2009 foram, pela primeira vez, o taxa mais abundante, representando 26,2% do zooplâncton total. A abundância destas larvas de bivalves coincide com a abundância crescente, no estuário do Tejo, da amêijoa japonesa (Ruditapes philippinarum), uma espécie de bivalve invasora. Esta espécie que foi detetada pela primeira vez há 10 anos é agora alvo de uma pesca local dirigida (Garaulet, 2011). Estes resultados dão uma indicação preocupante da evolução da composição do zooplâncton, onde os copépodes, principal alimento de muitos peixes e crustáceos, parecem estar a ser substituídos por larvas de espécies invasoras, com consequências ainda desconhecidas para a manutenção dos recursos marinhos e estuarinos. A manutenção e incremento das observações no futuro permitirá verificar se esta tendência se mantém e qual o impacto futuro destas alterações no ecossistema marinho da região.

No entanto, a diminuição de copépodes segue as tendências já obtidas na estação de Vigo (norte do local de Cascais), onde os copépodes Acartia clausi e Calanoides carinatus têm vindo a diminuir. Por tudo isso, é necessário mais dados para entender melhor essa mudança na abundância de espécies ao largo de Cascais e a sua relação com o aumento da temperatura ao longo dos últimos 30 anos (Figura 3). Além disso, a necessidade de identificar as larvas véligers de Bivalvia para o nível taxonómico mais baixo é necessário, a fim de compreender a importância de espécies invasivas na área.

O registro da temperatura a longo prazo para esta região (Figura 3) demonstra que as temperaturas médias de superfície estão atualmente a aumentar relativamente ao observado nos últimos 100 anos.

 

 

Referências

Garaulet LL. 2011. Estabelecimento do bivalve exótico Ruditapes philippinarum (Adams & Reeve, 1850) no estuário do Tejo: caracterização da população actual e análise comparativa com a congénere nativa Ruditapes decussatus (Linnaeus, 1758) e macrofauna bentónica acompanhante. Msc. Thesis. University of Lisbon, 77pp.

Moita MT, Oliveira PB, Mendes JC, Palma AS 2003. Distribution of chlorophyll a and Gymnodinium catenatum associated with coastal upwelling plumes off central Portugal. Acta Oecologica, 24: S125–S132.

Ribeiro S, Amorim A. 2008. Environmental drivers of temporal succession in recent dinoflagellate cyst assemblages from a coastal site in the North-East Atlantic (Lisbon Bay, Portugal). Marine Micropaleontology, 68: 156-178.

Santos AMP, Chícharo A, dos Santos A, Moita T, Oliveira PB, Peliz A, Ré P. 2007. Physical-biological interactions in the life history of small pelagic fish in the Western Iberia Upwelling Ecosystem. Progress in Oceanography, 74: 192-209.

 

 

 

10.3.24

Humanos já causaram a extinção de 1430 espécies de aves

 


Os seres humanos causaram a extinção de um total de 1430 espécies de aves, um número duas vezes maior do que aquele que se pensava, revelou um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications.

Muitas das ilhas do planeta eram paraísos intocados. Mas a chegada dos seres humanos a locais como os Açores, Tonga ou o Havai tiveram, ao longo do tempo, grandes impactos como a desflorestação, sobre-caça e a introdução de espécies invasoras. Como consequência, muitas espécies de aves desapareceram.

Se o desaparecimento de muitas aves desde os anos 1500 já está registado, o nosso conhecimento sobre o destino das espécies dependia, até agora, de fósseis. Acontece que estes registos são limitados porque os ossos das aves, muito leves, se desintegram com o passar do tempo. Este facto tem mascarado a verdadeira extensão da extinção mundial das aves.

Arau-gigante (Pinguinus impennis). Ilustração: Autor desconhecido

Os investigadores acreditam agora que 1430 espécies de aves, quase 12%, desapareceram durante a história moderna, desde o final do Pleistoceno há cerca de 130.000 anos. A grande maioria dessas aves extinguiu-se directa ou indirectamente por causa da actividade humana.

O estudo, coordenado pelo Centro britânico para a Ecologia e Hidrologia (UKCEH, sigla em Inglês), usou modelos estatísticos para estimar as extinções de aves até agora desconhecidas.

Rob Cooke, principal author do estudo e investigador do UKCEH, disse, em comunicado, que este estudo “demonstra que houve um impacto humano muito superior na diversidade das aves do que o que era reconhecido até agora”.

“Os humanos devastaram rapidamente populações de aves através da perda de habitat, sobre-exploração e introdução de ratos, porcos e cães que destruíam os ninhos das aves e competiam com elas por alimento. Mostramos que muitas espécies se extinguiram antes de haver registos escritos delas; não deixaram nenhum rasto, perderam-se na História.”

Estas extinções históricas têm hoje “grandes implicações na actual crise da biodiversidade”, alertou Søren Faurby, da Universidade de Gotemburgo e um dos autores da investigação.

“O mundo pode não apenas ter perdido muitas aves fascinantes mas também os seus papéis ecológicos que poderiam ter tido funções cruciais como a dispersão de sementes e a polinização. Isto terá efeitos negativos em cascata nos ecossistemas. Por isso, além das extinções das aves teremos perdido muitas plantas e animais que dependiam daquelas espécies para sobreviver.”

Observações e fósseis mostram que 640 espécies de aves foram empurradas para a extinção desde o final do Pleistoceno, 90% destas em ilhas. Estas incluem espécies como o icónico dodô (Raphus cucullatus) das ilhas Maurícias ou ainda o arau-gigante (Pinguinus impennis) do Atlântico Norte.

Dodô (Raphus cucullatus) taxidermizado no Museu de História Natural de Londres. Foto: Emőke Dénes

Mas os investigadores estimaram que houve mais 790 extinções até agora desconhecidas, elevando para 1430 o número de espécies perdidas, deixando apenas menos de 11.000 nos nossos dias. Cooke alerta que é provável que apenas 50% destas espécies se tivessem extinguido naturalmente.

Os cientistas afirmam que o seu estudo revelou a maior extinção de vertebrados causada por humanos da História quando, durante o século XIV, 570 espécies de aves desapareceram com a chegada dos primeiros povos ao Pacífico Leste, incluindo ao Havai e às Ilhas Cook. Esse número é quase 100 vezes maior do que a taxa natural de extinção.

Acreditam ainda que houve um grande evento de extinções no século nove, causado pela chegada do ser humano ao Pacífico Oeste, incluindo às Ilhas Fiji e às Ilhas Mariana, bem como às Ilhas Canárias.

Os investigadores apontam ainda o evento de extinções que hoje vivemos e que começou em meados do século XVIII. Desde então, além do aumento na desflorestação e da disseminação de espécies invasoras, as aves estão ameaçadas por ameaças adicionais como as alterações climáticas, agricultura intensiva e poluição.

Trabalhos anteriores destes autores sugerem que nos arriscamos a perder entre 669 e 738 espécies de aves no próximo século.

“Está nas nossas mãos se mais espécies de aves se irão extinguir ou não. Recentes projectos de conservação salvaram algumas espécies e devemos agora aumentar os esforços para proteger as aves com o restauro de habitats liderado pelas comunidades locais”, defendeu Cooke.

8.3.24

MH 370. Dez anos depois

 

MH370. Dez anos depois, familiares de vítimas reúnem-se em Pequim

Um grupo de familiares das vítimas do voo MH370 concentrou-se hoje em frente à embaixada da Malásia em Pequim, no 10.º aniversário do desaparecimento do avião da Malaysia Airlines durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim.

Notícias ao Minuto

08/03/24 08:47 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Mundo MH370

Sob uma forte presença policial que limitou o acesso dos familiares e da imprensa às ruas em redor da representação diplomática da Malásia, cerca de 30 familiares dos desaparecidos chegaram ao local onde se encontrava o cordão policial mais próximo da embaixada.

Depois de uma espera de cerca de 20 minutos, algumas pessoas receberam autorização da polícia para passar a vedação de segurança e dirigir-se à delegação da Malásia. Até ao momento, não se sabe se foram recebidos por funcionários da embaixada ou se protestaram junto ao portão.

O restante grupo de cerca de 15 pessoas permaneceu fora do cordão policial e começou a gritar palavras de ordem como: "Malásia, devolve-me o meu familiar" e "Não aceitaremos a reconciliação enquanto não virmos os nossos familiares", noticiou a agência Efe.

Cerca de 20 minutos depois, os representantes dos familiares que tinham conseguido aceder à rua onde se situa a embaixada da Malásia regressaram do outro lado do posto de controlo de segurança.

Alguns foram saudados com abraços pelo resto da multidão, após o que abandonaram o local, guardado por mais de 50 polícias, tanto fardados como à paisana, que impediram os jornalistas de se aproximarem das vítimas.

Em novembro passado, um tribunal de Pequim abriu audiências para os familiares chineses dos passageiros do voo MH370 para determinar se podiam obter uma indemnização.

O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines tem sido explicado através de várias hipóteses não comprovadas, que vão desde uma provável queda no oceano Índico devido a uma falha técnica até um possível incidente induzido pelo piloto.

A investigação das autoridades malaias foi fortemente criticada na China e, em aniversários anteriores do desaparecimento, familiares dos chineses desaparecidos protestaram junto da embaixada da Malásia, exigindo respostas sobre o que aconteceu.

A bordo estavam 153 chineses, 50 malaios (12 tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos.

O voo MH370 desapareceu 40 minutos depois de ter descolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim quando, ao sair do espaço aéreo malaio e entrar no espaço aéreo vietnamita, o sinal se perdeu.

Pouco depois, o avião mudou de rota manualmente, não mecanicamente ou em piloto automático, fazendo uma curva acentuada para a esquerda. Voltou para sudoeste sobre a península da Malásia, virou de novo e saiu da zona de radar.

De acordo com a investigação oficial, o avião voou durante mais cerca de seis horas em direção ao oceano Índico até, alegadamente, ficar sem combustível e cair na água.

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