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Estamos em contagem
decrescente para dizer 'olá' ao horário de verão. E não temos de esperar
muito mais. Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e
dos Açores vão adiantar os relógios uma hora na madrugada deste domingo, 31 de março.
E é assim que se 'processa': Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser adiantados uma hora quando for 01h00, passando a ser 2h00.
Já na Região Autónoma dos Açores, a alteração será feita às 00h00, mudando para a 1h00.
A hora legal voltará a mudar em 27 de outubro - data em que regressaremos para o regime de inverno.
Recorde-se que o atual regime de mudança da hora na União Europeia é
regulado por uma diretiva que determina que todos os anos os relógios
sejam adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no
último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão,
respetivamente.
Em março de 2019, o Parlamento Europeu aprovou, sob proposta da
Comissão Europeia, o fim da mudança da hora nos Estados-Membros da União
Europeia, defendendo a entrada em vigor da medida em 2021. Contudo, a
adoção da medida no espaço comunitário dependia de uma tomada de
posição, que está por haver, do Conselho da União Europeia, instância de
decisão onde estão representados todos os Estados-Membros, e também dos
países.
Portugal defende o atual regime, com uma hora de verão e com uma hora de inverno.
26.3.24
Chuva, vento, neve e agitação marítima forte na semana da Páscoa no Continente - Comunicado Nº1
Informação Meteorológica Comunicado
válido entre 2024-03-26 18:27 e 2024-03-27 23:59 Chuva, vento, neve e
agitação marítima forte na semana da Páscoa no Continente - Comunicado
Nº1
NELSON foi o nome atribuído pela AEMET a uma depressão que estará
centrada em 49.9N 14.6W às 14UTC do dia 27 de março.
Este será o núcleo
principal de uma vasta região depressionária, com ondulações frontais
associadas, que se estende desde a Islândia até à região da Madeira,
influenciando o estado o tempo em Portugal Continental.
De acordo com as
previsões atuais dos modelos numéricos, prevê-se precipitação
persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada, pelo menos até
ao Domingo de Páscoa.
Essa precipitação será frequentemente sob a forma
de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela e das serras do
extremo Norte, podendo em alguns períodos baixar a cotas a rondar os
1000 metros de altitude.Quanto à temperatura, prevêem-se
valores sem alteração significativa ao longo da semana, apesar de uma
subida da temperatura mínima no dia 27 e nova descida no dia 29,
Sexta-Feira Santa.
Serão registadas temperaturas máximas entre 15 e 20°C
na região Sul, sendo entre 10 e 15°C na generalidade do Norte e Centro,
e inferiores no nordeste transmontano e nas terras altas, onde em
diversos dias não deverão superar os 10°C.
As temperaturas mínimas
deverão situar-se entre 5 e 10°C em boa parte do território, sendo em
alguns locais do interior Norte e Centro entre 0 e 5°C, podendo ser
pontualmente inferiores nas terras altas.
Como consequência desta
configuração meteorológica sinótica, também se esperam períodos com
vento forte, a predominar do quadrante oeste, com rajadas até 85 km/h,
podendo ser superiores a 100 km/h nas terras altas.
Para o estado do mar
espera-se agitação marítima forte num período de tempo alargado que pode
ir até dia 30, em especial na costa ocidental, com ondas de
noroeste com 5 a 7 metros de altura significativa.
Dadas estas condições,
foram emitidos Avisos Meteorológicos que serão atualizados ao longo da
semana.Este comunicado será atualizado ao final da tarde de 27 de
março
Pela terceira vez consecutiva vence a árvore nomeada pela Polónia,
este ano uma faia da região de Niemcza, com 39.158 votos. A Camélia em
Guimarães ficou em quarto lugar.
Em segundo lugar ficou outra faia, desta vez em França, com 24.807
votos. Em terceiro lugar ficou uma oliveira milenar italiana (13.933
votos) e em quarto a camélia-japoneira em Guimarães, com 13.508 votos.
Num ano em que a votação global totalizou 174.112 votos em 15 árvores
candidatas, o concurso de 2024 foi organizado em parceria com o
Ministério do Ambiente da República Checa e o Fundo Ambiental Estatal da
República Checa. “As árvores devem ser tratadas como património natural
e cultural”, afirmou, em comunicado, o Ministro do Ambiente, Petr
Hladík.
O Concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. Trata-se de
uma iniciativa que todos os anos procura sensibilizar mais 200 mil
pessoas para a protecção da natureza, promovendo o cuidado e a
preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno
de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural.
Na edição anterior, foram registados 177.486 votos, tendo vencido o Carvalho Fabrykant, eleito pela Polónia.
Portugal tem desde 2018 eleito espécies características dos sistemas agroflorestais mediterrânicos que têm ficado entre o 1º (Sobreiro assobiador) e o 6º (Castanheiro de Vales) lugar do concurso europeu. Na última edição foi o Eucalipto de Contige que alcançou o 5º lugar no concurso internacional com 10.281 votos.
(nota: crónica-vídeo publicada hoje às 16h30, antes da confirmação oficial da perda de mandato de ASS)
Augusto
Ernesto Santos Silva exerce ainda o cargo de Presidente da Assembleia
da República, tendo sucedido ao consulado inenarrável de outro
socialista de má memória, Eduardo Ferro Rodrigues.
Indivíduo
com uma indisfarçável ultrainsuflada auto-estima, o mandato de Santos
Silva notabilizou-se pelo facciosismo, arrogância caceteira e
desrespeito reiterado de diversos representantes eleitos pelo
Portugueses para o Parlamento.
No exercício de funções que exigiriam sobriedade e gravitas,
este socialista teve diversas intervenções sectárias, desbragadas e até
coléricas que contribuíram para abandalhamento das instituições,
chegando ao desplante de introduzir censura prévia e à posteriori a
intervenções de deputados na Assembleia, supostamente a casa da
Democracia. Esta subversão dos princípios democráticos recebeu
manifestações de concordância por parte da Esquerda parlamentar, mas
curiosamente também de deputados (presidente e ex-presidente) do partido
dito Liberal, que na altura aplaudiram de pé e por pelo menos duas
vezes as indecências de Santos Silva.
Durante
dois anos o objectivo político de Santos Silva foi o de perseguir,
destratar, silenciar e avacalhar o eleitorado que a terceira maior força
política do país representa, ao ponto de ter afirmado que o CHEGA
envergonha o nome de Portugal.
À
hora que publico esta crónica ainda não está confirmado oficialmente e
em definitivo que Santos Silva perdeu agora o seu mandato de deputado.
Mas só a alta probabilidade de o homem ser expulso do Parlamento em
resultado de uma expressiva votação dos Portugueses no Chega deixa
claríssima a estrondosa derrota pessoal de Augusto Ernesto. Pelo menos
os emigrantes são gente que preza a decência democrática e rejeita
soberba e tiques de tiranetes dos socialistas. Há, pois, lá fora uma
reserva de esperança para o nosso país.
Hoje, quarta-feira dia 20 de Março de 2024, far-se-á história no
Parlamento Europeu com a realização de um sessão dedicada ao fenómeno
OVNI.
O evento, promovido pelo eurodeputado português Francisco Guerreiro,
terá início às 15h (hora portuguesa), e terá a duração estimada de 2
horas.
Francisco Guerreiro fará a abertura de trabalhos, seguindo-se 5
apresentações de 10 minutos cada, por parte de Joachim Deckers (grupo de
investigação Holandês), Edoardo Russo (grupo de investigação Italiano),
Beatriz Villaroel (investigadora do Nordic Institute for Theoretical
Physics), Ryan Graves (ex-piloto da Força-Aérea Norte-Americana e
Christiaan Van Heust (piloto de aviação civil).
No final, haverá 45 minutos destinados a debate e perguntas e respostas.
Relatório do Pentágono "confirma" a não existência de visitas extraterrestres.
O
All-Domain Anomaly Resolution Office, um departamento de investigação
de fenómenos anómalos, do departamento de defesa norte-americano,
publicou no passado dia 8 de Março, um relatório sobre o Histórico do
envolvimento do governo norte-americano com o fenómeno ovni, desde 1945.
Este estudo havia sido solicitado pelo congresso dos Estados Unidos e deveria ser apresentado até Junho de 2024.
No entanto, Tim Phillips, que se encontra a liderar a AARO desde
Novembro de 2023, optou por publicá-lo agora, tentando com as conclusões
apresentadas, colocar uma "pedra sobre o assunto" e acalmar o interesse
crescente sobre o tema, que se tem vindo a registar desde 2017.
O momento, que se esperava ser de demonstração de transparência, começou
precisamente pelo seu contrário, ao ser organizada uma reunião
"secreta", no dia anterior à publicação, apenas para jornalistas
convidados e mediante concordância de adesão a determinadas regras de
"comportamento jornalístico".
Por seu lado, o documento de 63 páginas, terá sido finalizado à pressa,
num exemplo de mau profissionalismo, contendo desde datas erradas, nomes
de indivíduos trocados, nomes de projectos mal identificados,
referências bibliográficas cujos links não funcionam, etc..
Parece que indirectamente, os autores quiseram dizer ao público para não os levarem a sério.
Mas a grande maioria dos meios de comunicação, pela falta de
conhecimento que tem sobre o tema, conjugada com a falta de sentido
crítico, não questionou minimamente o relatório, focando-se apenas nas
suas conclusões.
"Até ao momento, a AARO não descobriu nenhuma evidência empírica de
que qualquer avistamento de um OVNI representasse tecnologia fora do
planeta ou a existência de um programa classificado que não tivesse sido
devidamente relatado ao Congresso. Os esforços da investigação
determinaram que a maioria dos avistamentos foi resultado de
identificação incorreta de objectos e fenómenos comuns. Embora muitos
relatórios de OVNIs permaneçam sem resposta, a AARO entende que, se
dados adicionais e de qualidade estivessem disponíveis, a maioria desses
casos também poderia ser identificada e resolvida como objectos ou
fenómenos comuns."
Este parágrafo quase parece uma cópia da declaração do Secretário de
Defesa americano, em 1955, na antecipação da publicação do Relatório
nº14 do Projecto Blue Book. Só que na altura, o documento vinha
acompanhado de todos os dados das observações, e quem os fosse ler,
facilmente perceberia que não suportavam a conclusão avançada.
Por outro lado, o relatório tenta descredibilizar algumas testemunhas
que recentemente vieram a público denunciar a existência de programas
secretos de recuperação de objectos não identificados, assim como dar
conta das suas próprias experiências com o fenómeno.
Algumas destas testemunhas, submeteram-se a audiências públicas, perante congressistas e sob juramento.
Talvez venha o dia, em que os autores do relatório agora apresentado, façam o mesmo.
Há vários dias que o inverno
parecia estar a despedir-se para dar lugar aos dias mais longos,
ensolarados, amenos e floridos que, geralmente, a primavera traz.
Mas foi hoje, quarta-feira, 20 de março, bem cedo, às 3h06 da manhã
de Portugal Continental, que aconteceu o equinócio da primavera – o
momento em que o Sol cruza o plano do equador celeste - e demos as
boas-vindas a esta estação tão associada à transformação e ao
nascimento.
Todos os anos, a primavera chega a Portugal entre os dias 20
e 21 de março e termina entre os dias 20 e 21 de junho, dando lugar ao
verão. Este ano, a estação mais quente do ano começa às 20h51 de 20 de
junho.
Já o horário, que muda todos os anos na primavera e no outono, muda no último domingo de março, que é também Dia de Páscoa (31 de março).
Nesse dia, à 1h da madrugada de Portugal Continental e Madeira deve
adiantar o relógio uma hora (60 minutos) para entrar no horário de
verão. Já nos Açores, o relógio muda à meia-noite, ou seja, nessa altura
passa a ser 1h.
Este ano a primavera começa com os termómetros a ultrapassarem os
20ºC, mas com alguns vestígios do seu vizinho inverno. O céu vai estar
muito nublado e prevê-se aguaceiros em especial no interior norte e
centro, com possibilidade de ocorrência de trovoadas, em especial do
norte e centro, e vento fraco a moderado.
Em Portugal, as mortes em excesso de janeiro superam o total do ano
passado. Já éramos recordistas da mortalidade covid, agora somos também
campeões da mortalidade excessiva. Aliás, têm existido vários dias nos
quais morre mais gente do que nos piores picos do SARS-CoV-2, embora
isso agora não abra nem feche telejornais ou seja comparado a quedas de
aviões. Estes óbitos já não importam? Já não merecem atenção/explicação?
Paralelamente, têm saído importantes artigos científicos
apontando para os efeitos adversos das vacinas covid. Um deles, de
vários cientistas de topo, declara que essas injeções matam 14 vezes
mais do que salvam. Atenção que se trata de uma publicação que passou a
revisão por pares e foi dada à estampa na conceituada revista Cureus
(Springer Nature). Os seus autores revelam números aterradores de
reações adversos, não deixando de criticar o apressado processo de
autorização. Em Portugal, onde foram administradas mais de 28 milhões de
doses, a mortalidade causada rondaria os 7.600 óbitos.
Nas 38 páginas, esses autores do intitulado COVID-19 mRNA Vaccines:
Lessons Learned from the Registrational Trials and Global Vaccination
Campaign, atribuem esta calamidade ao processo de produção que terá
implicado uma ‘contaminação’ com plasmídeos de DNA com implicações no
aumento de cancros, mutações e defeitos congénitos. Salientam ainda que
«as vacinas de mRNA afetam de forma maior tecidos como o músculo
cardíaco e os tecidos neuronais». Além disso, «o risco de [nova] infeção
foi significativamente maior entre vacinados».
Seja como for, este artigo é apenas um exemplo porque têm surgido
cada vez mais estudos fidedignos apontando no mesmo sentido. Também
recentemente, a pesquisa ‘Covid-19 vaccines and adverse events of
special interest: a multinacional Global Vaccine Data Network (GVDN)
cohort study of 99 million vaccinated individuals’ assumiu peso na
comunidade científica porque, tratando-se do maior estudo realizado até à
data sobre o tema, revela que as inoculações covid estão associadas ao
risco de doenças cardíacas, cerebrais e sanguíneas. Estes investigadores
da Rede Global de Dados sobre Vacinas pertencente à Organização Mundial
de Saúde avaliaram 99 milhões de pessoas, como próprio título
esclarece.
Enfim, não pretendo maçar com tanta tralha técnica mas
realmente trata-se da preciosa saúde pública. Interessa sublinhar que os
alertas sobre estas vacinas experimentais não eram, afinal,
negacionistas, chalupas ou conspiracionistas. E importa trazer este tema
crucial para a arena do debate público para clarificação mas também
para responsabilização. Pessoas como Marta Temido, Graça Freitas, Filipe
Froes, ou o almirante Gouveia Melo, que recomendaram a administração a
granel destas inoculações (inclusive em crianças) conheciam, como é
evidente, as graves falhas na respetiva segurança. E agora? A culpa vai
morrer solteira? Isso também seria terrivelmente excessivo.
O CascaisWatch é uma estação de observação oceanográfica do Grupo de
Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(ex-INRB - L-IPIMAR), com uma série temporal iniciada em Fevereiro de
2005. Esta estação faz parte da rede de estações de monitorização de
zooplâncton do ICES
(http://www.st.nmfs.noaa.gov/nauplius/media/time-series/site__iberian-portugal-cascais/),
no qual se baseiam os relatórios do estado ambiental relativamente ao
zooplâncton (http://www.wgze.net/zooplankton-status-report), publicados
numa base bianual.
A estação está localizada ao largo da Baía de Cascais e do estuário
do Rio Tejo, a 38 ° 40'N 09 ° 26,2 'W, aproximadamente a 4 km da costa,
com uma profundidade de cerca de 38 m (Figura 1). A hidrografia da baía
é influenciada pela morfologia costeira, a topografia do fundo
(canhões submarinos de Lisboa e Setúbal) e a descarga de água doce do
rio Tejo (Ribeiro & Amorim, 2008). O CascaisWatch é considerado
como estando sob a influência do sistema de afloramento do Atlântico
Nordeste durante o período de primavera e verão. Este afloramento
sazonal é responsável pela produção de fitoplâncton que promove uma
abundância estável de zooplâncton ao longo do ano (Santos et al.,
2007). Esta estação de monitorização foi desenhada com o objetivo de
ser representativa de toda a zona costeira da área. A análise das
temperaturas obtidas na estação Cascais Watch demonstrou a existência
de um padrão bi-sazonal, com temperaturas do mar usualmente abaixo dos
16°C no Inverno e Primavera e acima dos 18°C no período entre Junho e
Novembro. Este padrão parece estar relacionado com o facto da estação
estar localizada numa sombra de afloramento (Moita et al., 2003),
quando os ventos favoráveis ao afloramento podem promover
estratificação e estabilidade das águas do mar no local. As amostras de
zooplâncton são colhidas dos 30 m até à superfície (arrastos
oblíquos), numa base mensal (sempre que possível) e realizadas sempre
em situações de preia-mar.
As amostras são divididas em duas: uma é preservada para posterior
identificação e contagem de mesozooplâncton e a outra metade é
liofilizada para a determinação da biomassa. Durante o primeiro ano de
amostragem a produção diária de ovos para o copépode Calanus
helgolandicus foi determinada sempre que possível. Após o primeiro ano
de amostragem, e tendo-se concluído que Acartia spp. era o copépode mais
abundante nas amostras, começou-se as determinações da produção de
ovos para esta espécie. Simultaneamente são obtidas medições de
temperatura, salinidade e clorofila-a com um CTD+fluorómetro.
Variações sazonais e interanuais
O ainda curto período da série de dados é um factor limitante na
análise interanual. No entanto, verifica-se que o ciclo anual da
biomassa de zooplâncton apresenta um padrão bimodal, com pico de
biomassa em Abril e Agosto. Os copépodes são o grupo mais abundante
durante todo o ano, especialmente no período de Agosto a Novembro,
apresentando uma correlação negativa significativa com a temperatura da
água do mar. Os copépodes na Baía de Cascais estão maioritariamente
representados pelos géneros Acartia, Paracalanus, Oncaea, e Oithona.
Outras espécies (Temora stylifera, T. longicornis, e Centropages spp.)
são também importantes ocorrendo mais tarde no fim da época de produção
e, explicam as grandes abundâncias de copépodes registados perto do fim
do ano. A abundância total de copépodes apresenta uma correlação
negativa significativa com a temperatura in situ (r2- 0.7848), o que é
verificado pela oscilação das anomalias interanuais. Nos últimos anos a
temperatura da água do mar à superfície tem vindo a aumentar, o que tem
provocado uma diminuição da abundância total dos copépodes. Os
principais responsáveis por este decréscimo são os três géneros mais
abundantes: Acartia, Paracalanus, and Oithona que apresentam uma
correlação positiva entre eles. A acompanhar esta diminuição de
copépodes tem-se observado um aumento na abundância de larvas de
bivalves, de tal maneira que em 2009 foram, pela primeira vez, o taxa
mais abundante, representando 26,2% do zooplâncton total. A abundância
destas larvas de bivalves coincide com a abundância crescente, no
estuário do Tejo, da amêijoa japonesa (Ruditapes philippinarum), uma
espécie de bivalve invasora. Esta espécie que foi detetada pela primeira
vez há 10 anos é agora alvo de uma pesca local dirigida (Garaulet,
2011). Estes resultados dão uma indicação preocupante da evolução da
composição do zooplâncton, onde os copépodes, principal alimento de
muitos peixes e crustáceos, parecem estar a ser substituídos por larvas
de espécies invasoras, com consequências ainda desconhecidas para a
manutenção dos recursos marinhos e estuarinos. A manutenção e incremento
das observações no futuro permitirá verificar se esta tendência se
mantém e qual o impacto futuro destas alterações no ecossistema marinho
da região.
No entanto, a diminuição de copépodes segue as tendências já obtidas
na estação de Vigo (norte do local de Cascais), onde os copépodes
Acartia clausi e Calanoides carinatus têm vindo a diminuir. Por tudo
isso, é necessário mais dados para entender melhor essa mudança na
abundância de espécies ao largo de Cascais e a sua relação com o aumento
da temperatura ao longo dos últimos 30 anos (Figura 3). Além disso, a
necessidade de identificar as larvas véligers de Bivalvia para o nível
taxonómico mais baixo é necessário, a fim de compreender a importância
de espécies invasivas na área.
O registro da temperatura a longo prazo para esta região (Figura 3)
demonstra que as temperaturas médias de superfície estão atualmente a
aumentar relativamente ao observado nos últimos 100 anos.
Referências
Garaulet LL. 2011. Estabelecimento do bivalve exótico Ruditapes
philippinarum (Adams & Reeve, 1850) no estuário do Tejo:
caracterização da população actual e análise comparativa com a congénere
nativa Ruditapes decussatus (Linnaeus, 1758) e macrofauna bentónica
acompanhante. Msc. Thesis. University of Lisbon, 77pp.
Moita MT, Oliveira PB, Mendes JC, Palma AS 2003. Distribution of
chlorophyll a and Gymnodinium catenatum associated with coastal
upwelling plumes off central Portugal. Acta Oecologica, 24: S125–S132.
Ribeiro S, Amorim A. 2008. Environmental drivers of temporal
succession in recent dinoflagellate cyst assemblages from a coastal site
in the North-East Atlantic (Lisbon Bay, Portugal). Marine
Micropaleontology, 68: 156-178.
Santos AMP, Chícharo A, dos Santos A, Moita T, Oliveira PB, Peliz A,
Ré P. 2007. Physical-biological interactions in the life history of
small pelagic fish in the Western Iberia Upwelling Ecosystem. Progress
in Oceanography, 74: 192-209.
Os seres humanos causaram a extinção de um total de 1430 espécies de
aves, um número duas vezes maior do que aquele que se pensava, revelou
um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications.
Muitas das ilhas do planeta eram paraísos intocados. Mas a chegada
dos seres humanos a locais como os Açores, Tonga ou o Havai tiveram, ao
longo do tempo, grandes impactos como a desflorestação, sobre-caça e a
introdução de espécies invasoras. Como consequência, muitas espécies de
aves desapareceram.
Se o desaparecimento de muitas aves desde os anos 1500 já está
registado, o nosso conhecimento sobre o destino das espécies dependia,
até agora, de fósseis. Acontece que estes registos são limitados porque
os ossos das aves, muito leves, se desintegram com o passar do tempo.
Este facto tem mascarado a verdadeira extensão da extinção mundial das
aves.
Os investigadores acreditam agora que 1430 espécies de aves, quase
12%, desapareceram durante a história moderna, desde o final do
Pleistoceno há cerca de 130.000 anos. A grande maioria dessas aves
extinguiu-se directa ou indirectamente por causa da actividade humana.
O estudo, coordenado pelo Centro britânico para a Ecologia e
Hidrologia (UKCEH, sigla em Inglês), usou modelos estatísticos para
estimar as extinções de aves até agora desconhecidas.
Rob Cooke, principal author do estudo e investigador do UKCEH, disse,
em comunicado, que este estudo “demonstra que houve um impacto humano
muito superior na diversidade das aves do que o que era reconhecido até
agora”.
“Os humanos devastaram rapidamente populações de aves através da
perda de habitat, sobre-exploração e introdução de ratos, porcos e cães
que destruíam os ninhos das aves e competiam com elas por alimento.
Mostramos que muitas espécies se extinguiram antes de haver registos
escritos delas; não deixaram nenhum rasto, perderam-se na História.”
Estas extinções históricas têm hoje “grandes implicações na actual
crise da biodiversidade”, alertou Søren Faurby, da Universidade de
Gotemburgo e um dos autores da investigação.
“O mundo pode não apenas ter perdido muitas aves fascinantes mas
também os seus papéis ecológicos que poderiam ter tido funções cruciais
como a dispersão de sementes e a polinização. Isto terá efeitos
negativos em cascata nos ecossistemas. Por isso, além das extinções das
aves teremos perdido muitas plantas e animais que dependiam daquelas
espécies para sobreviver.”
Observações e fósseis mostram que 640 espécies de aves foram
empurradas para a extinção desde o final do Pleistoceno, 90% destas em
ilhas. Estas incluem espécies como o icónico dodô (Raphus cucullatus) das ilhas Maurícias ou ainda o arau-gigante (Pinguinus impennis) do Atlântico Norte.
Mas os investigadores estimaram que houve mais 790 extinções até
agora desconhecidas, elevando para 1430 o número de espécies perdidas,
deixando apenas menos de 11.000 nos nossos dias. Cooke alerta que é
provável que apenas 50% destas espécies se tivessem extinguido
naturalmente.
Os cientistas afirmam que o seu estudo revelou a maior extinção de
vertebrados causada por humanos da História quando, durante o século
XIV, 570 espécies de aves desapareceram com a chegada dos primeiros
povos ao Pacífico Leste, incluindo ao Havai e às Ilhas Cook. Esse número
é quase 100 vezes maior do que a taxa natural de extinção.
Acreditam ainda que houve um grande evento de extinções no século
nove, causado pela chegada do ser humano ao Pacífico Oeste, incluindo às
Ilhas Fiji e às Ilhas Mariana, bem como às Ilhas Canárias.
Os investigadores apontam ainda o evento de extinções que hoje
vivemos e que começou em meados do século XVIII. Desde então, além do
aumento na desflorestação e da disseminação de espécies invasoras, as
aves estão ameaçadas por ameaças adicionais como as alterações
climáticas, agricultura intensiva e poluição.
“Está nas nossas mãos se mais espécies de aves se irão extinguir ou
não. Recentes projectos de conservação salvaram algumas espécies e
devemos agora aumentar os esforços para proteger as aves com o restauro
de habitats liderado pelas comunidades locais”, defendeu Cooke.
MH370. Dez anos depois, familiares de vítimas reúnem-se em Pequim
Um grupo de
familiares das vítimas do voo MH370 concentrou-se hoje em frente à
embaixada da Malásia em Pequim, no 10.º aniversário do desaparecimento
do avião da Malaysia Airlines durante um voo entre Kuala Lumpur e
Pequim.
Sob uma forte presença
policial que limitou o acesso dos familiares e da imprensa às ruas em
redor da representação diplomática da Malásia, cerca de 30 familiares
dos desaparecidos chegaram ao local onde se encontrava o cordão policial
mais próximo da embaixada.
Depois de uma espera de cerca de 20 minutos, algumas pessoas
receberam autorização da polícia para passar a vedação de segurança e
dirigir-se à delegação da Malásia. Até ao momento, não se sabe se foram
recebidos por funcionários da embaixada ou se protestaram junto ao
portão.
O restante grupo de cerca de 15 pessoas permaneceu fora do
cordão policial e começou a gritar palavras de ordem como: "Malásia,
devolve-me o meu familiar" e "Não aceitaremos a reconciliação enquanto
não virmos os nossos familiares", noticiou a agência Efe.
Cerca de 20 minutos depois, os representantes dos familiares que
tinham conseguido aceder à rua onde se situa a embaixada da Malásia
regressaram do outro lado do posto de controlo de segurança.
Alguns foram saudados com abraços pelo resto da multidão, após o que
abandonaram o local, guardado por mais de 50 polícias, tanto fardados
como à paisana, que impediram os jornalistas de se aproximarem das
vítimas.
Em novembro passado, um tribunal de Pequim abriu audiências para os
familiares chineses dos passageiros do voo MH370 para determinar se
podiam obter uma indemnização.
O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines tem
sido explicado através de várias hipóteses não comprovadas, que vão
desde uma provável queda no oceano Índico devido a uma falha técnica até
um possível incidente induzido pelo piloto.
A investigação das autoridades malaias foi fortemente criticada na
China e, em aniversários anteriores do desaparecimento, familiares dos
chineses desaparecidos protestaram junto da embaixada da Malásia,
exigindo respostas sobre o que aconteceu.
A bordo estavam 153 chineses, 50 malaios (12 tripulantes), sete
indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três
norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos,
um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos.
O voo MH370 desapareceu 40 minutos depois de ter descolado de Kuala
Lumpur com destino a Pequim quando, ao sair do espaço aéreo malaio e
entrar no espaço aéreo vietnamita, o sinal se perdeu.
Pouco depois, o avião mudou de rota manualmente, não mecanicamente ou
em piloto automático, fazendo uma curva acentuada para a esquerda.
Voltou para sudoeste sobre a península da Malásia, virou de novo e saiu
da zona de radar.
De acordo com a investigação oficial, o avião voou durante mais cerca
de seis horas em direção ao oceano Índico até, alegadamente, ficar sem
combustível e cair na água.