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31.8.22
29.8.22
MENIRES E CROMELEQUES, nas margens do Guadiana.
Mais de 500 menires, alguns organizados em recintos tumulares e cromeleques (círculos de pedra como o famoso Stonehenge) foram descobertos nas margens do Guadiana, a poucos metros da fronteira com Portugal, e constituem um sítio "único" na Península Ibérica.
A descoberta foi feita num terreno de 600 hectares no extremo sudoeste de Espanha, perto de Ayamonte, nas margens do rio Guadiana a 15 quilómetros da costa, e as primeiras conclusões das explorações arqueológicas, iniciadas em 2021, foram publicadas recentemente na revista espanhola especializada Trabajos de Prehistoria, num artigo assinado por seis investigadores envolvidos no projeto.
"Esta descoberta fornece novos argumentos que reforçam as interpretações do megalitismo atlântico como um dos mais antigos fenómenos encaminhados à transformação e 'antropização' [transformação da natureza pelo homem] dos territórios", lê-se no artigo.
Os elementos culturais (construídos pelo homem) mais antigos encontrados devem remontar ao século VI ou V antes de Cristo, segundo o mesmo texto, que refere que a maioria tem "aspeto tosco e aparência simples", que "a fusão entre o natural e o antrópico" dá ao local "um caráter próprio" e que "as arquiteturas em pedra e outras manifestações" remetem para "etapas cronológicas diferentes", "coexistindo monumentos com funções e tradições técnicas diferentes".
Entre essas funções estariam a delimitação territorial, a observação astronómica ou rituais associados à morte e ao conhecimento e controlo das estações do ano.
Para os antropólogos à frente destes trabalhos, a propriedade de Torre - La Janera, onde foi feita esta descoberta, "é um sítio único até agora na Península Ibérica".
Em declarações à Lusa, a arqueóloga Primitiva Bueno-Ramírez explicou que, "para começar, a importância do sítio deve-se a três aspetos, todos eles pouco comuns no resto de sítios megalíticos europeus e ainda menos comuns no extremo sul ocidental da Europa".
Os "três aspetos" são "a quantidade" de descobertas, a "sua magnífica conservação" e "o facto de dólmenes [túmulos] , alinhamentos e cromeleques aparecerem em conjunto", acrescentou.
"Os dólmenes aparecem normalmente a formar necrópoles e constituem as arquiteturas mais comuns em sítios megalíticos europeus. Em alguns sítios aparecem com alinhamentos, como em Carnac, França, ou na zona dos Alpes suíços e italianos. Noutros sítios, aparecem com cromeleques, como no conjunto português de Évora [cromeleque de Almendres] . Em La Janera, as necrópoles megalíticas estão associadas a alinhamentos e cromeleques", explicou Primitiva Bueno-Ramírez, professora e investigadora da Universidade de Alcalá de Henares.
Em paralelo, este local "reúne um dos maiores números de arquiteturas megalíticas em proporção à sua extensão em toda a Europa".
A exploração arqueológica foi feita a pedido do governo regional da Andaluzia, que tinha pendente uma resposta a um pedido dos proprietários do terreno para ser ali instalada uma plantação para produção de abacates.
Como já existia a suspeita de haver interesse arqueológico naquela área, o governo andaluz pediu uma exploração do terreno a especialistas antes de decidir sobre os abacates e perante as evidências preliminares, avançou com um projeto de investigação, que arrancou em 2021 e deve terminar em 2027.
"Há ainda terreno por explorar" e é "muito possível" que aumente o número de descobertas, disse à Lusa Primitiva Bueno-Ramírez, que é uma das arqueólogas responsáveis por este projeto de investigação.
Fazem parte desta equipa especialistas e investigadores das universidades espanholas de Alcalá, Huelva, Córdova, Sevilha, Granada, Cantábria e Complutense; da agência espanhola dedicada à ciência CSIC (Conselho Superior de Investigações Científicas); da Universidade de Tubingen, na Alemanha; e da Universidade do Algarve, em Portugal.
, Lusa - Ontem às 16:24
o que são menires e cromeleques Os menires caracterizam-se como monólitos individuais de formato alongado ou ovóide e cravados na terra em posição vertical. Os cromeleques são conjuntos de menires, ascendendo às dezenas, dispostos em elipses, em círculos, semi-círculos ou rectângulos, e compondo um recinto aberto ou fechado.
CROMELEQUE DOS ALMENDRES |
27.8.22
"Funcionam como árvores artificiais". Cientistas portugueses e espanhóis criam coletores de nevoeiro para salvar florestas
Como se transforma nevoeiro em água para ajudar na plantação de largas áreas de floresta? Cientistas e técnicos portugueses e espanhóis estão a testar uma técnica inovadora no norte de Portugal e nas ilhas Canárias, em Espanha. O dinheiro investido neste projeto é superior a 2 milhões de euros e já começam a obter-se bons resultados
26.8.22
FÓSSIL DE POMBAL.
Maior fóssil de saurópode da Europa poderá ter sido encontrado em Pombal
Tudo começou
quando, em 2012, o dono de um quintal deu conta de vários fragmentos
ósseos no quintal, antes de realizar obras no local.
© D.R.
Paleontólogos portugueses e espanhóis poderão ter encontrado o maior exemplar e um esqueleto de um dinossauro saurópode na Europa, num quintal em Pombal.
Entre 1 e 10 de agosto de 2022, os investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências da Universidade de Lisboa (ULisboa), do Grupo de Biología Evolutiva da UNED-Madrid, e da Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid conduziram uma campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo, que resultou na extração de parte do esqueleto fossilizado de um dinossauro saurópode de grande porte, segundo comunicado divulgado pela ULisboa.
O exemplar, que terá cerca de 12 metros de altura e 25 metros de comprimento, sugere que poderá tratar-se “de um dos maiores indivíduos de saurópodes até hoje descobertos no Jurássico Superior europeu”, sendo que “as características de preservação dos fósseis e a sua disposição indicam a possível presença de outras partes do esqueleto deste individuo, hipótese que será testada em futuras campanhas de escavação na jazida”.
Tudo começou quando, em 2012, o dono de um quintal deu conta de vários fragmentos ósseos ao realizar escavações, antes de levar a cabo obras ao local.
As escavações tiveram início em 2017, sendo que, até ao momento, “foi recolhido na jazida de Monte Agudo um importante conjunto de elementos do esqueleto axial que inclui vértebras e costelas de um possível dinossauro saurópode braquiossaurídeo”, que terá vivido durante o Jurássico Superior ao Cretácico Inferior.
“Os restos fósseis de Monte Agudo estão bem preservados mantendo, inclusivamente, a posição anatómica original que teriam no animal em vida. Este modo de preservação é relativamente invulgar no registo fóssil de dinossauros (em particular de saurópodes) do Jurássico Superior português”, realça a nota.
Os dinossauros saurópodes são um grupo de dinossauros herbívoros e quadrúpedes, caracterizados por pescoços e caudas compridas. A este grupo pertencem algumas das espécies de dinossauros mais emblemáticas, como é o caso da espécie do Jurássico Superior português encontrada na região Oeste, 'Lusotitan atalaiensis'.
Leia Também: Seca deixa a descoberto pegadas de dinossauro de há 113 milhões de anos
25.8.22
Incêndio do Chiado foi há 34 anos. Recorde como tudo aconteceu
O incêndio que deflagrou nos extintos armazéns Grandella, no Chiado, destruiu vários edifícios históricos.
A Câmara Municipal de Lisboa assinalou, esta quinta-feira, o 34.º aniversário do incêndio do Chiado, que, a 25 de agosto de 1988, “devastou o coração da cidade”.
Na rede social Facebook, o município partilhou a “leitura de algumas das comunicações entre os bombeiros no local e a Central Telefónica de Comando do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB)”. O relato dá a conhecer “a história, por muitos desconhecida, da evolução do incêndio”.
O alerta foi dado pelas 5h19, quando o bombeiro José Fernando afirmou que “há fogo na rua do Ouro, Armazém Grandella”. Pelas 5h23, os bombeiros chegaram à rua do Ouro, onde confirmaram o fogo nos Armazéns Grandella. “Arde com muita intensidade e peço todo o material disponível”, lê-se.
Dois minutos depois, às 5h25, foi dito que “o fogo é de muito grandes proporções” e os bombeiros aguardavam a “chegada de todo o material disponível” pedido anteriormente, e pediram que algum desse material fosse levado para a rua Nova do Almada.
Às 5h30, reconheceram que o fogo era “incontrolável”. “Informo que o fogo na rua do Ouro é incontrolável, está a propagar a edifícios anexos, e a única maneira possível de o controlar será através de um ou dois helicópteros, e peço para falarem com o Comandante”, pediu o bombeiro responsável.
Naquela altura, o fogo já tinha consumido o Armazém Grandella e alastrava-se para os Armazéns do Chiado. Atingia também “alguns elementos dos edifícios fronteiros na rua do Carmo e da rua da Assunção, edifício Confepele”.
Às 6h10, menos de uma hora após o fogo deflagrar, não existia “qualquer hipótese de ação de combate ao incêndio por parte dos helicópteros”, mas existia “a hipótese de acionar o Hércules C-130”. “Já se dirige para o local um helicóptero Puma mas deverá organizar um local improvisado para servir de heliporto”, lê-se.
“Mandem para o local todos os Chefes de 1.ª Classe e façam acionar o mais depressa possível os meios aéreos”, pediam às 6h23.
Às 6h45, a situação era “muito grave” e as chamas alastraram-se ao edifício Martins e Costa. O ataque ao fogo passou a ser “executado pelo pátio da Escola Veiga Beirão” e pelas 7h05 pedia-se o envio de “todas as mangueiras disponíveis de 50 mm e 70 mm para o largo do Carmo”.
“O fogo atinge a parte central dos Armazéns do Chiado e propaga-se a todos edifícios do lado poente da Rua Nova do Almada, descendo para a Calçada Nova de São Francisco onde fica confinado. Na rua do Carmo, o fogo propaga-se subindo a rua, atingindo os edifícios Eduardo Martins e José Alexandre, estes já situados no início da rua Garrett”, explicaram os bombeiros às 7h30. Pelas 9h22, as zonas da rua Garrett e rua Ivens foram “evacuadas”.
Às 11h00, o comandante “mandou dizer que dá o fogo por circunscrito” e pelas 11h24 foi comunicada a morte do bombeiro Catana Ramos no Hospital de São José.
Ao meio dia, pediu-se a evacuação do lar da Santa Casa da Misericórdia, no Largo de São Roque.
O incêndio viria a ficar dominado às 15h10, quase 10 horas após o seu início. “Informo que o fogo está dominado”, afirmaram os bombeiros, que, pelas 17h50, pediram que a Presidência da Câmara Municipal de Lisboa fosse informada de que a “situação do fogo” estava a “melhorar” e seria efetuado o “rescaldo em alguns edifícios”.
O incêndio que deflagrou nos extintos armazéns Grandella, no Chiado, destruiu vários edifícios históricos, provocou mais de 40 feridos e duas vítimas mortais - um bombeiro e um eletricista, que foi encontrado nos escombros.
Em 25 de agosto de 1988 acontecia o incêndio do Chiado, que devastou o coração de #Lisboa.
A leitura de algumas das comunicações entre os bombeiros no local e a Central Telefónica de Comandando do #RSB dá-nos a história, por muitos desconhecida, da evolução do incêndio.
05h19 - “Há fogo na rua do Ouro, Armazém Grandella” (reclamante José Fernando).
05h23- Chegámos à rua do Ouro, é fogo nos Armazéns Grandella, arde com muita intensidade e peço todo o material disponível.
05h25– Encontramo-nos na rua do Ouro, o fogo é de muito grandes
proporções e aguardo a chegada de todo o material disponível que já foi
pedido antes, e peço para que algum desse material se vá localizar na
rua Nova do Almada.
05h30 – informo que o fogo na rua do Ouro é
incontrolável, está a propagar a edifícios anexos, e a única maneira
possível de o controlar será através de um ou dois helicópteros, e peço
para falarem com o Comandante.
O fogo passa dos Armazéns do
Grandella, já todo tomado pelo fogo, para os Armazéns do Chiado, e
atinge alguns elementos dos edifícios fronteiros na rua do Carmo e da
rua da Assunção, edifício Confepele.
06h10– Não há qualquer hipótese
de ação de combate ao incêndio por parte dos helicópteros, mas existe a
hipótese de acionar o Hércules C-130. Já se dirige para o local um
helicóptero Puma mas deverá organizar um local improvisado para servir
de heliporto.
06h23 – Mandem para o local todos os Chefes de 1.ª Classe e façam acionar o mais depressa possível os meios aéreos.
06h45-A situação é muito grave e peço a comparência do Inspetor
Superior e do Comandante do Gabinete de Proteção Civil Municipal. O fogo
propaga-se ao edifício Martins e Costa. O ataque a este fogo passa a
ser executado pelo pátio da Escola Veiga Beirão
07h05- Mandem todas as mangueiras disponíveis de 50 mm e 70 mm para o largo do Carmo
07h30- O fogo atinge a parte central dos Armazéns do Chiado e
propaga-se a todos edifícios do lado poente da Rua Nova do Almada,
descendo para a Calçada Nova de São Francisco onde fica confinado.
Na rua do Carmo o fogo propaga-se subindo a rua, atingindo os edifícios
Eduardo Martins e José Alexandre, estes já situados no início da rua
Garrett.
09h22-Informo que toda a zona da rua Garrett e da Rua Ivens já foram evacuadas
11h00O- Sr. Comandante manda dizer que dá o fogo por circunscrito.
11h24-Informo que foram para o Hospital de são José os Sapadores n.º 368 e n.º 868, Catana Ramos que veio a falecer.
12h00 No Largo de São Roque, na Santa Casa da Misericórdia há um lar de pessoas acamadas e peço AMs para as evacuar.
15h10-Informo que o fogo está dominado
17h50-Informem a Presidência da CML que a situação do fogo está a
melhorar e estamos a proceder ao rescaldo em alguns edifícios“
Ref.ª fonte: Incêndio do Chiado, Um Olhar Técnico-operacional, CML | RSB, 2016
20.8.22
Tempo quente no final de agosto
Informação Meteorológica Comunicado válido entre 2022-08-19 15:08 e 2022-08-27 23:59 Tempo quente no final de agosto Nos próximos dias irão registar-se valores de temperatura acima dos valores normais para a época.
As anomalias (variação em relação aos valores médios) serão mais significativas no interior Norte e Centro e para a temperatura máxima. Contudo, os valores mais elevados de temperatura máxima irão registar-se em todas as regiões do Interior, atingindo 35 a 40 °C até dia 23, descendo para 33 a 38 °C até dia 27.
Nas regiões do Litoral, a temperatura máxima irá variar entre 30 e 35 °C até dia 23, descendo para 28 a 34 °C até dia 27.
Na faixa costeira, em todo este período, a temperatura máxima irá variar entre 22 e 29 °C.
Os valores da temperatura mínima irão variar entre 13 e 19 °C até dia 27 na generalidade do território, sendo que se prevê a ocorrência de noites tropicais (temperatura mínima superior a 20 °C) na região Sul no dia 20, sábado, e entre os dias 23 e 25 na região Norte, Interior Centro, Alto Alentejo e Sotavento Algarvio.
O tempo será em geral seco, havendo a possibilidade de ocorrência de instabilidade a meio da semana nas regiões do interior.
O vento começará por soprar do quadrante leste, tornando-se do quadrante norte durante o fim de semana, podendo soprar por vezes forte no litoral e terras altas.
Por todos estes motivos, este período corresponde a um elevado perigo de incêndio rural.
A presente situação meteorológica deve-se à ação conjunta de um anticiclone localizado inicialmente sobre os Açores e posteriormente a norte deste Arquipélago, por uma depressão de origem térmica sobre a Península Ibérica e por uma depressão em altitude a partir do final de 3ª feira, dia 23 de agosto.Este comunicado será atualizado caso se justifique.
Para mais detalhes sobre a previsão
meteorológica para os próximos dias consultar:
http://www.ipma.pt/pt/otempo/
| sexta, 19/08, 16:27 (há 1 dia) | ||
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19.8.22
Como era o lugar onde vives há milhões de anos? Mapa interativo mostra
Já te perguntaste como seria o lugar onde vives há milhões de anos? O Ancient Earth é um mapa interativo que permite pesquisar qualquer parte do mundo e ver como era, por exemplo, na época dos dinossauros. A ferramenta reconstrói os mapas de acordo com os movimentos das placas tectónicas, o que permite saber onde se localizava cada cidade.
O Ancient Earth nasceu de uma ideia de Ian Webster, engenheiro e criador do maior banco de dados digital de dinossauros do mundo, o ‘The Dinosaur Databae’, e CR Scotese, criador do Paleomap Project, um site desenvolvido para ajudar a entender como as placas tectónicas se moveram ao longo do percurso da história do planeta.
Em parceria, criaram um mapa no qual basta colocar o lugar onde vivemos e deixar-nos guiar para descobrir como era num determinado momento da história que também podemos selecionar.
O mapa tem a divisão política dos países atuais, o que permite localizar onde cada nação esteve em diferentes épocas (e se já existia). Também é possível não usar datas e, em vez disso, selecionar eventos fundamentais na história do planeta: os primeiros hominídeos, as primeiras algas, quando as flores cresceram ou quando os animais começaram a habitar o continente. Nesse sentido, é uma ferramenta educacional de grande mais-valia.
A tudo isto acrescenta-se que é possível ver quais os dinossauros que habitavam a área escolhida e quão grandes eram em comparação com os humanos. Um mapa para viajar no tempo, sem sair da frente do computador.
15.8.22
8.8.22
CHILE. O BURACO NO DESERTO.
08 -08 -2022
Chile: buraco no deserto de Atacama duplica de tamanho. Já tem 50 metros de diâmetro
Em pouco mais de uma semana, o buraco passou de 25 para 50 metros de diâmetro. Tem tamanho suficiente para "engolir" o Arco do Triunfo. Autoridades ainda não sabem o que originou o seu aparecimento
O buraco no deserto de Atacama no Chile, que apareceu no passado dia 30 de julho, duplicou de tamanho e tem agora 50 metros de diâmetro, escreve a agência Reuters. Um tamanho suficiente para "engolir" o Arco do Triunfo, um dos monumentos históricos de Paris (França). Mas não só. O Cristo Redentor, imagem de marca do Rio de Janeiro (Brasil), também encaixa, na perfeição, neste buraco com 200 metros de profundidade.
Na proximidade do buraco encontra-se a Mina Alcaparros, na comuna de Tierra Amarilla, que pertence à província de Copiapó. O aumento do tamanho do buraco levou as autoridades a determinarem a suspensão dos trabalhos nas minas circundantes da área.
Quando o buraco apareceu, o autarca da região, Cristóbal Zúñiga, explicou que este se encontrava “perto da Mina Alcaparros, que faz parte da Mina Candelária” - uma grande mina de cobre localizada no norte do Chile, na região do Atacama. Na verdade, representa uma das maiores reservas de cobre do Chile e do mundo.
O Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) do Chile continua a investigar a origem do fenómeno, junto à mina explorada pela empresa canadiana Lundin Mining (LUN.TO), e ainda não sabe o que originou o seu aparecimento, escreve a Reuters.
Além de suspenderem os trabalhos na mina, as autoridades também avançaram que iam dar início a um "processo sancionatório", mas não revelaram nenhum pormenor sobre o tema, nem os motivos ou as consequências.
Segundo a Reuters, na semana passada a companhia canadiana afirmou que o buraco não afetava os seus trabalhadores, nem a comunidade e que também estava a investigar a causa do mesmo. A Lundin Mining (LUN.TO) tem 80% da empresa e o restante é propriedade da japonesa Sumitomo Corporation.
3.8.22
Buraco gigante aparece no deserto de Atacama
Um buraco com cerca de 25 metros de diâmetro apareceu no meio do deserto de Atacama, no Chile. A sua origem é desconhecida e as autoridades, ativaram os protocolos de segurança, escreve a CNN Brasil.
Na proximidade do buraco encontra-se a Mina Alcaparros, na comuna de Tierra Amarilla, que pertence à província de Copiapó.
O autarca da região, Cristóbal Zúñiga, já veio explicar que o alerta foi “recebido sábado” por parte de uma cidadã e que o buraco se encontra “perto da Mina Alcaparros, que faz parte da Mina Candelária”. A mina Candelaria é uma grande mina de cobre localizada no norte do Chile, na região do Atacama. Na verdade, representa uma das maiores reservas de cobre do Chile e do mundo.
Um facto que, segundo este responsável há muito preocupa a comunidade: “Estamos preocupados, pois é um medo que sempre tivemos… o facto de estarmos cercados por minas e obras subterrâneas”.
Ninguém sabe a origem do buraco. Cristóbal Zúñiga pediu rapidez às autoridades para que urgentemente se perceba se o colapso da terra teve origem nas atividades das minas, ou se o motivo não está relacionado com esse facto. Por fim, garantiu que vai até às últimas consequências para proteger a comunidade e impedir abusos das empresas mineiras.
O Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) do Chile já foi chamado ao local e foram eles que fizeram a medição do diâmetro do buraco: 25 metros. Deu também indicação para que os acessos da mina que usam aquela zona serem encerrados.
David Montenegro, diretor do Serviço Nacional de Geologia e Mineração, explicou ainda que da abertura do buraco até o fundo são cerca de 200 metros e que foi detetada a presença de muita água, escreve o jornal britânico o The Guardian.
Redação TVI24 - Ontem 02 -08 -2022, às 12:46