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Eu estava à espera do reconhecimento unilateral da independência, por parte de Putin, das regiões de leste (de maioria étnica russa) na Ucrânia; esperava mesmo que as tropas russas entrassem na região do Donbass com o argumento de “proteger” a alegada independência dessas regiões; mas nunca me passou pela cabeça que Putin enviasse tanques para Kiev.
Parece que a Rússia não aprendeu nada com a invasão do Afeganistão, na década de 1980 do século passado — só que, no caso da Ucrânia, a actual proliferação de armamento sofisticado ocidental, produzido para guerrilha urbana e guerrilha convencional, é incomparavelmente superior ao que existia no Afeganistão na década de 1980.
A Rússia está a meter-se em um lamaçal militar, e Putin é o responsável.
A Rússia vai ter o SWIFT cortado, o que significa um retrocesso económico e financeiro significativo do país. E qualquer país que apoie o esforço de guerra da Rússia, terá também o SWIFT cortado — com excepção da China, que verá necessariamente outro tipo de retaliação, dada a dependência extrema que os Estados Unidos e o Ocidente têm da indústria chinesa, resultado da transferência massiva de produção industrial do Ocidente para a China.
19 fevereiro 2022 | 19h12 |
Diga-se que nas áreas em que a CMC levou a cabo semelhante ecocídio em anos anteriores, são agora predominantes…as acácias! Com efeito, pela forma como a intervenção foi realizada, as acácias voltaram a nascer; as outras grandes árvores não. E a maior parte dos exemplares plantados pela CMC morreu.
A CMC e o ICNF – que gerem o Parque Natural como se fosse um feudo deles e não ouvem as organizações ambientais, ao contrário do que estão obrigadas – estão, pois, a tornar o Parque Natural um campo deserto e sem vida, ameaçando flora e fauna protegida por tratados internacionais.
Na decisão instrutória proferida na sexta-feira, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, o juiz de instrução criminal Fábio Gulpilhares decidiu pela não pronúncia dos arguidos, por entender que “não se mostram suficientemente indiciados” os factos que os responsabilizem pela ignição do fogo.
Tendo por base os depoimentos das testemunhas e os relatórios de polícia, o juiz concluiu pela inexistência de provas que sustentem a acusação do MP e a responsabilidade dos arguidos no incêndio, que estavam acusados da prática, “em autoria imediata e na forma consumada, de um crime de incêndio florestal agravado na forma negligente”.
Segundo a acusação, proferida em novembro de 2020, a ignição do fogo terá tido origem devido ao contacto repetido de uma linha elétrica de média tensão com um ramo ou tronco de eucalipto na zona da Perna Seca, em Monchique, onde se iniciou o fogo que lavrou durante sete dias.
A abertura da instrução foi requerida pelos acusados por entenderem que adotaram “de forma correta todos os procedimentos em vigor”, refutando que o fogo tivesse tido origem sob as linhas elétricas de média tensão.
Em declarações à Lusa, o advogado Paulo Martins, que representa mais de uma centena de lesados pelo fogo, assistentes no processo, classificou a investigação "como uma vergonha", admitindo que a decisão do juiz de instrução "se baseou nos factos que lhe chegaram às mãos".
"Uma vergonha, é assim que classifico a investigação da PJ e do MP, que é quem titula o processo, num caso onde, infelizmente, as pessoas não são ressarcidas pelos danos", lamentou o causídico, admitindo apresentar recurso para os tribunais superiores.
Para o juiz de instrução criminal que proferiu a decisão, a acusação que se sustenta no relatório da Polícia Judiciária (PJ) padece de "demasiadas incongruências e fragilidades", com contradições nas próprias conclusões, apontando reservas provocadas pela prova (ou ausência dela) constante nos autos.
Na decisão instrutória, o magistrado manifesta “estranheza e perplexidade” que as autoridades que primeiramente se deslocaram ao local no dia 03 de agosto de 2018 – Núcleo de Proteção Ambiental (EPNA) da GNR e, posteriormente, a PJ - “não tenham identificado qualquer proximidade de material vegetal ao cabo condutor de eletricidade”, surgindo posteriormente “a aparição” de um eucalipto com ramos a tocar no referido cabo, “o qual veio a ser eleito como causa do devastador incêndio”.
Para o juiz de instrução criminal, a ficha elaborada pelo EPNA para a determinação das causas do incêndio “assume clara preponderância”, ao referir que “da inspeção ao local não foi encontrado/identificado qualquer meio de ignição que pudesse relacionar com a causa do fogo a título negligente”.
A decisão instrutória aponta ainda a contradição “de forma inusitada e incompreensível” do inspetor da PJ que, em sede de instrução, contrariou o próprio relatório que elaborou aquando da sua deslocação ao local no dia em que teve início o incêndio.
O magistrado notou que o inspetor da PJ, “num depoimento nitidamente comprometido”, começou por referir que não havia muitas condições de visibilidade quando se deslocou ao local, aludiu à existência de uma árvore situada muito próxima, “mas sem tocar” nos fios elétricos, justificando a omissão de tal referência no relatório porque achou “não ter importância”.
Para o juiz, o depoimento do inspetor, com uma carreira de 36 anos, feito de “forma comprometida, incoerente e desconexa”, não revestiu qualquer credibilidade no sentido de “convencer o tribunal” acerca da existência de um eucalipto cujos ramos estariam em contacto com o cabo elétrico, dando origem ao incêndio de forma criminosa e dolosa.
O fogo que deflagrou na serra de Monchique devastou uma área superior a 27 mil hectares de floresta e de terrenos agrícolas, destruindo 74 casas, 30 das quais de primeira habitação.
As chamas provocaram também danos significativos nos concelhos vizinhos de Silves e de Portimão (distrito de Faro) e de Odemira, no distrito de Beja, naquele que foi o maior incêndio registado em 2018 na Europa.
desde 1999 registaram-se 14 novas entradas na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Só resta a Bielorrússia e a Ucrânia, que são agora o último "tampão" entre a NATO e o território russo e algo que é hoje por demais evidente: “Os russos não querem ter a NATO na sua imediata fronteira”.
A "semana começou com alguns sinais de distensão e terminou com muita deterioração”. O clima de instabilidade política e social é tal que na região separatista de Donbass (Donetsk e Lugansk), só na sexta-feira, o número de violações do cessar-fogo foi 1.666 e deste valor cerca de 1.400 foram explosões, de acordo com os dados da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).
Quantos militares russos estão posicionados na fronteira com a Ucrânia, mas que "são certamente mais de 130 mil militares neste momento”. Mas, como se para uma guerra que aparentemente já está em marcha?
“Para evitar uma guerra é preciso que ambas as partes possam salvar a face", "Putin já foi longe de mais para poder recuar sem concessões efetivas”.
“O único acordo possível é o nem/nem. Nem a Rússia invade a Ucrânia, nem a Ucrânia entrará na NATO”.
O mundo está a "conviver certamente com a verdade e a mentira ao mesmo tempo” a história da estratégia militar russa assenta em grande parte numa palavra: maskirovka (mascaramento, tradução literal), ou sejas, “medidas para enganar o inimigo quanto à presença de forças”, por definição.
As "formas de dissimular as forças e o dispositivo no terreno para criar uma perceção errada do adversário” passam por um conjunto de técnicas como: usar os uniformes do adversário, simular ataques à sua própria gente, utilizar técnicas de confusão para o outro lado não saber qual é a origem geográfica dos ataques. Ninguém sabe, com 100% de certeza, o que se passa a cada momento na fronteira ucraniana.
“Sun Tzu também recomendava que se transformassem as fraquezas em forças quando vistas pelo adversário e há muitos exemplos na história desse uso da dissimulação”, lembra.
A região separatista de Donbass, constituída por Donetsk e Lugansk, é o foco de maior tensão neste momento. A “guerra nestas duas províncias já provocou cerca de 14 mil mortos, dos quais 75% são militares, tanto do lado russo como do ucraniano”.
Esta semana o parlamento russo um decreto que permite a Putin reconhecer independência de Lugansk e Donetsk. O ex-responsável pela Defesa Nacional refere que “a partir do momento, que a Rússia reconheça estas duas repúblicas como independentes, elas podem pedir assistência militar e dotar a Rússia de uma presunção de legalidade numa eventual invasão, como aconteceu com a Crimeia”.
Por outro lado, "um tiro de canhão" despropositado entre as forças separatistas pró-russas e as tropas ucranianas pode servir de pretexto para que a guerra seja declarada, como explicou o próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A Rússia é o principal fornecedor de energia e cereais da Europa e, em caso de guerra, os efeitos colaterais vão espalhar-se por todo o velho continente, incluindo Portugal.
“A Rússia não é apenas uma potência petrolífera, não é apenas o grande fornecedor de gás de uma grande parte da Europa, a Rússia é também um grande produtor de cereais e de carne".
Em caso de conflito, "ninguém pode estranhar que a inflação passe para cima dos 10% (nos EUA). O barril de petróleo pode chegar aos 120 dólares ou até 150 havendo sanções impostas à Rússia”. Já houve um país a sofrer um corte parcial e unilateral do fornecimento russo.
“Houve um país que já sentiu o que é uma decisão unilateral da Rússia de parcialmente cortar o fornecimento de gás: foi a Itália. Em janeiro, passou a ter metade do fornecimento de gás tinha vindo da Rússia. Razão que levou Draghi a falar com Putin. Nunca deveria ter havido esta dependência de um só fornecedor”.
A organização ambientalista considera “inaceitável” o aval do ministro do Ambiente quanto à localização da nova infraestrutura e lembra que o ICNF emitiu parecer desfavorável ao projecto.
De acordo com a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, declarou esta terça-feira a “imprescindível utilidade pública” do projecto de instalação da Central Solar Fotovoltaica de Margalha, no concelho de Gavião, no Alto Alentejo, o que permite o abate de 1079 sobreiros – espécie protegida por lei – num terreno de 15 hectares.
“Existem alternativas de localização que permitiam a preservação do montado de sobro que não foram consideradas”, defende a associação em comunicado, qualificando como “inaceitável” o conteúdo do despacho n.º 2021/2022. A Quercus pondera avançar com uma acção na justiça “para salvaguardar o nosso mais importante património natural”, o sobreiro.
O despacho publicado publicado a 15 de Fevereiro em Diário da República, assinado pelo ministro do Ambiente, “favorece a empresa promotora Amargilha, Unipessoal, Lda., (Grupo Akuo) na qualidade de arrendatária de vários prédios rústicos” localizados no concelho de Gavião, indica a organização não governamental, que refere que “o Governo considerou o empreendimento de relevante interesse público, económico e social, na senda do cumprimento do objetivo da neutralidade carbónica”.
No entanto, sublinha, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), através da sua Direcção Regional do Alentejo, emitiu um parecer desfavorável ao projecto da nova central solar. Esse parecer – citado pela Quercus – refere que “a legislação apenas contempla a possibilidade de conversão de povoamentos de sobreiros e/ ou azinheiras (excetuando empreendimentos agrícolas de relevante e sustentável interesse para a economia local), quando se trata de obras de imprescindível utilidade pública, aspeto que ficou por demonstrar”.
O parecer desfavorável emitido pelo ICNF na Comissão de Avaliação é aliás referido pela Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projecto. Entre as questões levantadas, está o facto de não ter sido apresentado “o correto levantamento de todos os exemplares de sobreiro” e também o número de sobreiros georreferenciados que vão ser afectados pela nova central – 4.074 sobreiros adultos e jovens com altura superior a 1 metro – “dando origem a um impacte negativo, muito significativo, de magnitude elevada e não minimizável.”
O instituto que tutela a área de conservação da natureza, segundo a Quercus, alerta também para a área de abate em povoamento de sobreiro apurada pela sua Direcção Regional do Alentejo (DRCNF Alentejo), num total de 63 hectares, “o que configura um impacte negativo, muito significativo, de magnitude elevada, não minimizável”.
Por outro lado, “não foi apresentada no EIA qualquer alternativa do projecto fundamentada na grande afectação de floresta de produção, circunstância que não é aceitável atendendo ao impacte deste projecto sobre o património natural”, considera a mesma entidade.
Ainda assim, a Agência Portuguesa do Ambiente, que licencia os projectos neste âmbito, propôs a emissão de uma DIA favorável ao projecto da nova central solar fotovoltaica, “contrariando pareceres de autoridades administrativas.”
Segundo a Quercus, o parecer do ICNF considera também que não foram estudadas alternativas de localização aos povoamentos de sobreiro, pelo que “não ficou demonstrado que o empreendimento pudesse ser declarado de ‘imprescindível utilidade pública’, como o ministro Matos Fernandes veio agora reconhecer politicamente”.
A associação critica também os impactos previstos devido à nova Linha Elétrica de Muito Alta Tensão a 400 kV, no âmbito do projecto, que se vai desenvolver “ao longo de 21 quilómetros num território onde predomina o eucalipto, pinheiro-bravo e montado de sobro”.
“O sequestro e armazenamento de carbono efetuado pelos sobreiros, de forma renovável com a extracção da cortiça para múltiplas aplicações, associado à amenização do clima provocado pelo coberto do montado, são essenciais no combate à desertificação e às alterações climáticas no Alentejo”, reforça a ONG.
Neste momento está prevista também a instalação de outra grande central solar fotovolaica numa área de 347 hectares no concelho de Penamacor, “que levará ao corte de 54 sobreiros e 395 azinheiras”.
“A dispersão de projetos fotovoltaicos em espaços florestais, sem que sejam estudadas alternativas, vai afectar o ordenamento do território, a paisagem, a biodiversidade e a qualidade de vida das populações”, critica a associação, que defende que têm de ser criadas regras baseadas em critérios de sustentabilidade e ordenamento do território, com a produção de preferência descentralizada em edifícios e áreas já artificializadas” e não com grandes centrais dispersas no território – “situação que não foi salvaguardada nos últimos leilões solares”.
Em causa está o “abate de centenas de árvores de grande porte numa área significativa do Parque Natural Sintra-Cascais”, na freguesia de Alcabideche, concelho de Cascais, distrito de Lisboa, situação para a qual foi apresentada queixa a várias entidades, inclusive ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, informou o Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra, uma das organizações ambientalistas que denunciaram o caso.
A queixa foi apresentada por um grupo de vários cidadãos e de várias organizações ambientalistas, nomeadamente SOS Parque Natural Sintra-Cascais, Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra, QSIntra, Fórum Cidadania Lisboa, Fórum por Carcavelos, Grupo Ecológico de Cascais ONGA e Associação de Defesa da Aldeia de Juso.
Divulgando fotografias e vídeos do corte de árvores, as organizações ambientalistas afirmam que se tratam de “espécies não-invasivas” e que “a extensão do abate é grande”, exigindo “medidas imediatas” para “impedir a continuação da destruição de um património natural numa zona protegida por lei no Parque Natural Sintra-Cascais, o primeiro parque natural nacional, com biodiversidade única ao nível de flora e fauna, insubstituível e de extrema importância para o meio ambiente e para o país, em particular perante o cenário de emergência climática”.
Em criança, na casa do avô, durante as tardes de transmissão do relato de futebol, José Duarte recorda-se, "vezes sem conta, de espreitar por trás do rádio procurando o dono da voz, mas o aparelho só me dava calor e uma luz fraca que vinham das válvulas acesas".
José Duarte partilhou com a RTP o entusiasmo da arte de restaurar rádios antigos, quase sempre avariados e esquecidos. Se a uns teve de reparar o exterior, a outros precisou de investigar e mergulhar no mundo das válvulas e circuitos electrónicos.
Tem cerca de uma centena de rádios a válvulas mas destaca perto de 40 aparelhos, todos restaurados por ele. Se por um lado as linhas dos modelos o seduziu em primeira instância, a missão de lhes devolver a voz conquistou-o de vez. Praticamente todos os aparelhos antes da década de 60 funcionavam em onda média e onda curta. Depois veio o FM e mais recentemente o sinal digital e os emissores de onda média deixaram de ser usados.
Excelsior 55 EZ80
O projeto mais recente de José Duarte é um rádio francês da década de 50.
Adquirido há meia dúzia de anos por cerca de 120 euros, o aparelho precisava de uma reparação eletrónica, entretanto já concluída sem dificuldade.
Rádios Históricos
José Duarte vai buscar a uma das muitas estantes onde se espalha a coleção, um rádio de baquelite escura, lustrosa, de formato retangular com linhas simples.
Adquirido numa feira, precisou de o reparar: "Tinha uma válvula avariada juntamente com outros componentes electrónicos". Do analógico saltou para o digital procurando na internet solução. Encontrou esquemas e válvulas para dar vida ao velho rádio nacional socialista.
Estes rádios baratos difundidos pela população tinham como missão receber a mensagem do III Reich. Quantas pessoas terão escutado os discursos de Adolf Hitler neste aparelho, reflete José Duarte, acrescentando que estando ao serviço "de um regime opressor ", o Volksempfänger "veiculava a propaganda nazi e controlava a restante informação".
Ao lado do Volksempfänger, José Duarte apresenta-nos mais um aparelho da coleção. Também da década de 30 do século passado, outro rádio produzido para as massas e por onde, desta vez, o regime português de António Salazar se fazia ouvir.
Se o alemão Paul Goebbels, ministro da Propaganda do III Reich, promoveu a difusão dos recetores de rádio em terras germânicas, em Portugal, Henrique Galvão defendeu o projeto da Emissora Nacional "para bem da nação".
"Em Portugal, nos anos da II Guerra, a onda média e curta foi muito importante para quem queria ouvir os relatos de alguns episódios da guerra", explica José Duarte.
A rádio também servia para saber as notícias que se passavam noutros países. "A censura cortava a informação e as pessoas, através das estações estrangeiras, em onda curta, ouviam os relatos e notícias" vindas de outras paragens, como que "uma janela para o mundo". Para fiscalizar o uso do espectro radiofónico português em possíveis transmissões clandestinas, o Estado Novo criou os "Serviços Rádios- eléctricos para fazerem essas escutas", acrescentou.
O colecionador encontrou o rádio português num antiquário, avariado e com a estrutura exterior de madeira, estragada. Sobre a arte de restauro, detalha a precisão do trabalho que pretende que seja "criterioso, no sentido de preservar ao máximo as características originais de cada aparelho", e defende que só assim se preserva a memória de toda uma época.
Na recuperação no RCA, para além da reparação electrónica, Duarte investigou uma prática de envernizamento que se fazia hà época e que utilizava excrementos de um insecto.
E se "perdendo a memória, perde-se o ensinamento", como defende José Duarte, é essa memória da rádio que os Estados Membros da UNESCO decidiram exaltar, quando criaram o Dia Internacional da Rádio.
para preservar o meio de comunicação intemporal e consciêncializar as pessoas da importância do rádio.
Proclamando em 2011 e adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2012, o dia 13 de fevereiro tornou-se o Dia Internacional da Rádio.
A radiodifusão continua a ser um dos meios de comunicação mais confiáveis e acessíveis do mundo e por isso a edição de 2022 tem o tema "Rádio e Confiança".
José Duarte, em jeito de homenagem, relembra que a rádio só se faz porque milhares de trabalhadores anónimos estão todos os dias e noites mundo fora a garantirem tecnicamente as emissões.
Em 1754, Rousseau escreveu um livro com o título “Discurso Sobre a Desigualdade” em que afirmou que:
“o “homem é naturalmente bom e só as instituições [da sociedade] o tornam mau”.
“O primeiro homem que vedou um terreno e disse: ‘isto é meu’, e achou pessoas bastantes simples para acreditar nisso, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil”. [Rousseau]
Rousseau vai ao ponto de deplorar a introdução da metalurgia e da agricultura.
" O trigo é símbolo da nossa infelicidade. A Europa é um continente infeliz por ter o máximo do trigo e do ferro. Para abandonar o mal, basta abandonar a civilização, porque “o homem é naturalmente bom, e o selvagem depois de jantado está em paz com toda a natureza e é amigo de todas as criaturas.”
Rousseau enviou uma cópia do seu livro a Voltaire que, depois de o ler, escreveu-lhe em 1755 uma carta em que dizia o seguinte:
“Recebi o seu novo livro contra a raça humana, e agradeço. Nunca se utilizou tal habilidade no intuito de nos tornar estúpidos. Lendo este livro, deseja-se andar de gatas; mas eu perdi o hábito há mais de sessenta anos, e sinto-me incapaz de readquiri-lo. Nem posso ir ter com os selvagens do Canadá porque as doenças a que estou condenado tornam-me necessário um médico europeu, e por causa da guerra actual naquelas regiões; e porque o exemplo das nossas acções fez os selvagens tão maus como nós.”
- Das mas velhas as mais jovens formações geológicas.
A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre.
A era geológica Arqueozóics é caracterizada pela formação da crosta terrestre, ou seja, são as formações mais antigas.
Na era Proterozóica regista-se o surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.
A
era Cenozóica corresponde ao grupo de rochas mais recentes que teve
início há 60 milhões de anos atrás e perdura ate os dias atuais. É a
fase em que surge o homem.
Nunca, em toda a história da vida na Terra, uma espécie alterou tanto o planeta, e em uma escala tão rápida, quanto a humanidade. Mudamos os cursos de rios, alteramos a composição química da atmosfera e dos oceanos, domesticamos plantas e animais a ponto de sermos considerados uma “força tectônica” no planeta. Esse impacto é tão forte que alguns cientistas estão propondo mudar a época geológica – deixaríamos o holoceno, que começou com o fim da era do gelo, e passaríamos ao antropoceno, a época dominada pelo homem