UTILIZA ESTE LOCAL PARA RELATAR NOTÍCIAS OU EVENTOS ACTUAIS, E OUTRAS HISTÓRIAS DE INTERESSE HUMANO.
Este blogue é pessoal e sem fins lucrativos. Se sentir que eu estou a infringir os seus direitos de autor(a) agradeço que me contacte de imediato para eu corrigir o referido conteúdo: / This blogue is a non-profit and personal website. If you feel that your copyright has been infringed, please contact me immediately: pintorlopes@gmail.com
Previsão Especial - Fim de Ano 2020/2021 - Portugal Continental
Informação Meteorológica Comunicado
válido entre 2020-12-28 19:21 e 2021-01-01 23:59
Previsão Especial - Fim
de Ano 2020/2021
- Portugal Continental
A ação conjunta de um
anticiclone localizado a noroeste do arquipélago dos Açores e a
depressão BELLA - nomeada no dia 27 pelo Met Office (Serviço
Meteorológico Britânico) que se irá deslocar para a região da
Escandinávia, passando pelo norte de França - originará um fluxo de
norte, que transportará uma massa de ar frio sobre o território
continental nos próximos dias, esperando-se a continuação do tempo frio
pelo menos até ao próximo dia 1 de janeiro de 2021.
A temperatura máxima
não deverá ultrapassar os 15°C em praticamente todo o território até ao
final do ano.
Na Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes e Alto Douro a
máxima deverá variar aproximadamente entre os 3 e os 10°C e a mínima
entre os -4 e os -1°C.
Nas regiões mais próximas do litoral, as
temperaturas mínimas deverão variar aproximadamente entre os 3 e os
9°C.
Durante esta semana, de 28 a 31 de dezembro, prevê-se ainda
precipitação em regime de aguaceiros, que serão de neve de um modo geral
acima de 800/1000 metros de altitude, variando a cota ao longo da
semana nas serras do Norte e Centro, com a passagem de nova superfície
frontal fria no final de dia 30 e início de dia 31.
Espera-se ainda
formação de gelo ou geada em especial nas regiões do interior e neblina
ou nevoeiro matinal.
O vento soprará moderado do quadrante oeste,
tornando-se do quadrante norte ao longo da semana, por vezes forte com
rajadas até 70km/h, tal que a intensificação do vento irá provocar um
aumento do desconforto térmico.
A agitação marítima irá manter-se forte
até ao dia 29 na costa ocidental, em particular a norte do cabo Raso, em
que a altura significativa das ondas poderá atingir os 7 metros
Azambuja: ministro retira licença de caça à quinta onde foram mortos 540 animais e avança com queixa no MP
Bárbara Cruz
O ministro do Ambiente deu ordem de revogação imediata da licença de caça turística da Quinta da Torrebela, na Azambuja, onde foram mortos 540 veados e javalis, tendo anunciado que vai avançar com uma queixa no Ministério Público por indícios de crime contra a preservação da fauna.
Em
comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática informou que,
em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF), "procederá de imediato a uma participação junto do
Ministério Público sobre os acontecimentos na Herdade da Torrebela, no
concelho da Azambuja."
"No processo de averiguação realizado pelo ICNF, no qual está a ser
coadjuvado por uma brigada da GNR/SEPNA, foram recolhidos fortes
indícios de prática de crime contra a preservação da fauna durante uma
montaria realizada a 17 e 18 de dezembro, na qual terão participado 16
caçadores. Em simultâneo, o ICNF irá proceder à suspensão imediata da
licença da Zona de Caça Turística de Torrebela (nº 2491-ICNF), no
seguimento do abate de 540 animais naquela herdade cercada. As
averiguações realizadas pelo ICNF permitiram recolher fortes indícios de
incumprimento por parte da entidade concessionária da zona de caça,
designadamente as respeitantes ao fomento e gestão sustentável da fauna,
entre outros incumprimentos", acrescenta a mesma nota.
O
Ministério do Ambiente revela ainda que, no início do ano, irá convocar o
Conselho Nacional da Caça para "se realizar uma reflexão sobre a
prática de montarias em Portugal. É entendimento do Ministério que são
necessárias alterações à lei para impedir que os vis acontecimentos
relatados se repitam".
A tutela de João Pedro Matos Fernandes
realça ainda que "entende que as denúncias e notícias sobre o abate
indiscriminado de animais na Herdade da Torrebela nada tem a ver com a
atividade cinegética, entendida como uma prática que pode contribuir
para a manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas".
O
Instituto da Conservação da Natureza tinha revelado ontem,
segunda-feira, que abrira um processo para averiguar junto da Zona de
Caça Turística de Torrebela “os factos ocorridos e eventuais ilícitos”
relacionados com o abate de 540 animais numa montaria na Azambuja.
Numa nota enviada à comunicação social, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) referia que não tivera "conhecimento prévio desta ação”,
que ocorreu numa zona de caça concessionada como Zona de Caça Turística
(ZTC) de Torre Bela à Sociedade Agrícola da Quinta da Visitação, SAG,
Lda.
O caso provocou críticas maiores também porque está em
avaliação a possibilidade de se instalar na zona um parque de paineis
fotovoltaicos. A montaria teve um segundo objetivo.?
O que levou à autorização desta montaria, numa zona
de grande sensibilidade ecológica, envolta em polémica, onde
inclusivamente está prevista a instalação de uma central fotovoltaica
com 775 hectares e cujo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) encontra-se em
ase de consulta pública até 20 de janeiro de 2021”, lia-se numa partilha nas redes sociais.
Federação de caça diz que caçada na Azambuja terá ocorrido por causa de central fotovoltaica
A Federação Portuguesa de Caça (FENCAÇA) repudiou hoje o abate de 540
animais na Herdade Torre Bela, no concelho da Azambuja, adiantando que a
caçada terá ocorrido para poder ser construída uma central fotovoltaica
no local.
De acordo com a FENCAÇA, existe um projeto de uma "mega central
fotovoltaica" com mais de 750 hectares (ha) para aquele local, no
distrito de Lisboa, que se encontra em processo de consulta pública.
"Tomámos conhecimento pelas redes sociais e pela comunicação social de
que este fim de semana teriam sido realizadas caçadas na Herdade da
Torre Bela, concelho da Azambuja, onde teriam sido abatidos cerca de 540
exemplares de caça maior, naquilo que foi apresentado como um
`extermínio`, para alegadamente dar lugar a uma central fotovoltaica",
avançou a entidade em comunicado.
Alertando para a polémica em
torno do projeto, a FENCAÇA adiantou que a empreitada obrigaria também
ao abate de um número elevado de sobreiros, espécie florestal que possuí
estatuto de proteção, e pediu ao Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas (ICNF) para investigar esta caçada.
"Importa
assim que o ICNF averigue urgentemente as circunstâncias em que este
abate ocorreu na Herdade da Torre Bela e se o mesmo foi uma ação de
gestão da população, devidamente programada e nos termos previstos na
lei, necessariamente com caráter sustentável; ou se, pelo contrário,
ocorreu um abate massivo de animais tendo em vista o seu `extermínio`,
aniquilando o património cinegético aí existente [...]", indicou a
federação.
Segundo a FENCAÇA, os princípios da caça terão sido violados, bem como os princípios gerais da Lei de Bases Gerais da Caça.
"Apesar de a Herdade da Torre Bela ser uma propriedade murada, nunca aí
poderia ocorrer um `extermínio` das populações de caça maior (como
noticiado por vários órgãos de comunicação social), exceto no caso de se
tratar de uma impreterível medida de emergência sanitária,
designadamente para contenção de um surto, o que teria de ser
previamente decretado pelo ICNF em conjunto com a DGAV [Direção-Geral de
Alimentação e Veterinária], o que não terá sido o caso", acusou.
Sobre as imagens divulgadas nas redes sociais, a FENCAÇA considerou que
as mesmas indiciam que poderão ter sido "violadas algumas disposições
legais e procedimentos, desde logo uma deficiente utilização de selos
para marcação de exemplares abatidos".
De acordo com a organização, os selos devem ser adquiridos previamente aos atos de caça.
"A FENCAÇA solicita que o ICNF averigue cabalmente a situação ocorrida
no passado fim de semana, tendo em vista a apurar se houve violação da
legislação vigente e, caso se confirme que tal ocorreu, a sancionar os
responsáveis de forma consonante", precisou.
A Federação
Portuguesa da Caça lamenta ainda a forma como os organizadores do evento
reagiram nas redes sociais, que se terão vangloriado do "abate massivo,
contrariando todos os princípios éticos que devem estar subjacentes ao
nobre ato de caçar".
Entretanto, o Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF) já fez saber que vai suspender a licença
da Zona de Caça de Torre Bela, com efeitos imediatos, e que apresentou
ao Ministério Público uma participação de crime contra a preservação da
fauna.
"O ICNF irá proceder à suspensão imediata da licença da
Zona de Caça Turística de Torre Bela (n.º 2491-ICNF), no seguimento do
abate de 540 animais naquela herdade cercada. As averiguações realizadas
pelo ICNF permitiram recolher fortes indícios de incumprimento por
parte da entidade concessionária da zona de caça, designadamente as
respeitantes ao fomento e gestão sustentável da fauna, entre outros
incumprimentos", pode ler-se num comunicado divulgado pelo Ministério do
Ambiente e da Ação Climática.
A tutela refere que, em
articulação com o ICNF, "procederá de imediato a uma participação junto
do Ministério Público sobre os acontecimentos na Herdade da Torre Bela",
no distrito de Lisboa.
Na segunda-feira, o Instituto da
Conservação da Natureza abriu um processo para averiguar junto da Zona
de Caça Turística de Torre Bela, concessionada à Sociedade Agrícola da
Quinta da Visitação, SAG, Lda., "os factos ocorridos e eventuais
ilícitos" relacionados com estes abates.
O jornal `online` O
Fundamental divulgou no domingo que 540 animais, a maioria veados e
javalis, foram abatidos numa montaria nos últimos dias.
O
abate, segundo o jornal, será sido "publicitado" nas redes sociais "por
alguns dos 16 `caçadores` que terão participado" na iniciativa.