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12.8.19

IBN MUCANA



Ibn Mucana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ibn Mucana
Nascimento 1042
Alcabideche, Portugal
Morte
Alcabideche, Portugal
Ocupação Poeta
Ibn mucana ou Ibn Muqãnã ou Ibn Muqana al-Qabdaqi ou Abu Zayd'Abd ar-Rahmãn ibn Muqana conforme as diferentes grafias em que o nome aparece escrito (Alcabideche, 1042Alcabideche, século XI) foi um importante Poeta árabe, que viveu na Península Ibérica no actual território português, nomeadamente na zona de Alcabideche.

A região de Alcabideche foi durante o tempo árabe e mesmo posteriormente povoada por grande quantidade de moinhos de vento, cuja primeira referência literária a esses moinhos chegou até ao presente graças aos escritos de Ibn Mucana, que nasceu e viveu em Alcabideche.

Foi com as palavras do Poema de Ibn mucana, abaixo, escritas na viragem do Século XI , que Abu Zayd'Abd ar-Rahmãn ibn Muqana, natural de Al-Qabdaq, actual Alcabideche, referenciou a forma de viver a vida rural na então Al-Qabdaq. O poeta queixava-se de que, apesar a sua terra fosse bastante rica, os colectores de impostos não o deixavam em paz, chegando a transformar a opulência em pobreza.

Para expressar as suas ideias ibn Muqana utilizou a metáfora da nora e das nuvens, tornando-se assim o primeiro escritor da Península Ibérica a referir expressamente a existência de moinhos de vento nestas paragens.

Existe uma escola secundária com o seu nome em Alcabideche.



"Ó tu que vives em Alcabideche, oxalá nunca te faltem
nem grãos para semear, nem cebolas nem abóboras
Se és homem decidido precisas de um moinho
que trabalhe com as nuvens sem dependeres dos regatos.
Quando o ano é bom a terra de Alcabideche
não vai além das vinte cargas de cereais.
Se rende mais, então sucedem-se,
ininterruptamente e em grupos compactos,
os javalis dos descampados.
Alcabideche pouco tem do que é bom e útil.
como eu próprio quase surdo como sabes.
Deixei os reis cobertos com os seus mantos
e renunciei a acompanhá-los nos cortejos…
Eis-me em Alcabideche colhendo silvas com uma podoa ágil e cortante.
Se te disserem: gostas deste trabalho?, responde; sim.
O amor da liberdade é o timbre de um carácter nobre.
Tão bem me governam o amor e os
benefícios de Abu Bacre Almofadar
que parti para um campo primaveril."

8.8.19

PÊSSEGOS DO MEU QUINTAL

              Apesar deste Verão ser o que é, a fruta da época não merece reparo. ( Foto J.P.L. )

2.8.19

B.V.C. AUTOTANQUE DE COMBATE AOS INCÊNDIOS

Foto de J.P.L. obtida do livro da AHBVC

Como os anos passam. Ainda vi este veículo em serviço.
 Esta imagem trouxe-me à memória os meus tempos de petiz em que, entre outras coisas desses belos anos, o visitar o então chamado quartel dos bombeiros para observar os seus bens móveis e imóveis ( fotografias, quadros etc ) era algo de inesquecível, para uma criança que por vezes descia do seu lugarejo à Vila.

1.8.19

LENDA DA PENINHA

Peninha. Santuário no alto da serra de Sintra " debruçado"  sobre a região de Cascais

Santuário da Peninha    ( Foto - Zé Pinto Lopes )





Conta-se que em tempo de D. João III, andava por esta serra (de Sintra) uma rapariga muda, pastoreando um rebanho de ovelhas, das quais se extraviou uma, e procurando-a, foi encontrá-la sobre o rochedo, onde aparecendo-lhe a Nossa senhora, sob a forma de uma formosa menina, lhe deu fala.


Correu o povo ao sítio, e ali se encontrou uma imagem da Virgem, feita de pedra, a qual foi transportada para a ermida de S. Saturnino, que era perto dali.

Três vezes a imagem desapareceu da ermida e aparecia entre os penedos; e foi por isso que o povo se resolveu a construir ali uma pequena capela, que foi feita à custa de esmolas.

Corria o ano de 1673, e Pedro da Conceição resolveu edificar em lugar da capela uma igreja e um hospício. Demoliu-se portanto a antiga edificação, e construiu-se este pequeno templo que vê, todo à custa daquele devoto, que aqui gastou quase tudo quanto tinha, e quando acabou a obra fez-se aqui ermitão.



::::: Segunda Versão Curta da Lenda da Peninha

Num píncaro da serra se ergue a Ermida de Nossa Senhora da Peninha. Decorria exactamente o reinado de D. João III. Uma pastorinha muda, de Almoinhas Velhas, diáriamente subia a serra para apascentar o seu rebanho. Foge-lhe uma ovelhinha branca, e, por isso, chora copiosamente, correndo montes e vales.

Mira os longes do alto enorme do rochedo, quando admirada fica de ver, a seus pés, a ovelhinha junto da Virgem.

Esta lhe dá o dom da fala, lhe seca as lágrimas e diz-lhe que se recolha a casa, e vá à arca buscar pão, pois devia estar com fome.

Responde a pequena pastora que pão não havia há ror de tempo, pois a cultura fora safara na produção.
Recolhendo ao humilde casebre, fala desenvoltamente à mãe e dirigi-se à arca, ali encontrando vários pães.
A família e a vizinhança, perante o milagre, ficam estupefactas, sobem à fraga do alto da serra, e dentro da gruta, meio entulhada, foram encontrar uma imagem de Nossa Senhora. Trazem-na em procissão, para a Ermida de S. Saturnino, mas daqui desapareceu três vezes e outras tantas foi encontrada na mesma gruta da Serra.

Cotizam-se os aldeões, e erguem-lhe então uma rude ermida, depois substituída por outra de melhor traça, que constitui a capela-mor da igreja seiscentista que na Peninha foi levantada.



© O Caminheiro de Sintra