Ocorrência de Caravela-portuguesa
2021-12-02 (IPMA)
A espécie Physalia physalis (Caravela-portuguesa) tem sido avistada em diversas praias de Portugal continental e Açores:
- Praia d'El Rey (concelho de Óbidos)
- ao largo dos Farilhões (Berlengas)
- Praia da Ursa e praia do Magoito (concelho de Sintra)
- Praia do Guincho (Lisboa)
- Praia da Amoreira (concelho de Aljezur)
- Praia das Milícias (São Miguel, Açores)
A ocorrência de Caravela-portuguesa é comum na costa portuguesa, tendo
sido detectada nos últimos 2 anos durante o período de outono/inverno.
Os dados GelAvista de anos anteriores sugerem que a abundância da
espécie poderá aumentar nas próximas semanas e meses.
É caracterizada por um flutuador em forma de “balão”, frequentemente de
cor azul ou rosada, e, por isso, muito influenciada por ventos e
correntes de superfície.
É a espécie que exige mais cautela entre aquelas que ocorrem em Portugal devido aos longos tentáculos que podem atingir 30 metros e são capazes de provocar fortes queimaduras.
O
GelAvista aconselha que se evite tocar nos organismos, mesmo quando
aparentam estar mortos/secos na praia. Em caso de queimadura por
contacto com esta espécie, devem ser aplicadas compressas quentes (40°C)
durante cerca de 20 minutos ou vinagre.
Ao mesmo tempo estão também a ser detectadas outras espécies, sendo a
Velella velella, que não representa perigo para a saúde humana, aquela
que poderá ser confundida com a Caravela-portuguesa. No entanto, no caso
da Velella, o flutuador apresenta a forma de uma vela triangular.
Consulte o site gelavista.ipma.pt para actualizações regulares sobre os
avistamentos.
O programa GelAvista, uma iniciativa de ciência cidadã, monitoriza desde
2016 com a ajuda dos cidadãos, os organismos gelatinosos que ocorrem em
águas portuguesas, recolhendo informação crucial sobre estas
ocorrências.
Poderá comunicar qualquer avistamento desta ou de outras espécies de
organismos gelatinosos através da aplicação GelAvista ou enviando email
para plancton@ipma.pt. A informação a comunicar deverá incluir data,
hora, local, número de organismos e fotografia com objeto a servir de
escala.
O GelAvista espera poder continuar a contar com a colaboração dos
cidadãos para estudar e compreender a dinâmica dos organismos
gelatinosos em território nacional, com vista à futura previsão destas
ocorrências. O seu contributo é muito importante!
Alforrecas. Na verdade, as alforrecas picam mas não atacam, são seres passivos que se movem apenas ao sabor das correntes. A maioria dos incidentes destes organismos com humanos ocorre durante o banho, por contacto com partes dos indivíduos ou mesmo com pedaços de tentáculos que atingem as praias, pois a sua capacidade tóxica persiste durante bastante tempo após a morte da alforreca