TERESA TAROUCA OU TEREZA TAROUCA. UMA E A MESMA PESSOA.
SOB ESTAS LINHAS A LETRA DE UM DOS SEUS MAIS BELOS FADOS.
A saudade meu amor, é o martírio maior, da minha vida em pedaços.
Desde a tarde desse dia, em que ao longe se perdia, para sempre o som dos teus passos.
Saudades fazem lembrar, silêncios do teu olhar, segredos da tua voz.
Essa antiga melodia, que o vento na ramaria, murmurava só para nós.
Lembras-te daquela vez, quando eu cantava a teus pés, trovas que não tinham fim.
Quando o luar prateava, e quando a noite orvalhava as rosas desse jardim.
Jardim distante e deserto, sinto tão longe e tão perto o passado que te ensombra.
Devaneio e realidade, silêncio, sombra, saudade.
Saudade, silêncio e sombra.
Teresa Tarouca
Teresa Tarouca | |
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Informação geral | |
Nome completo | Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva |
Também conhecido(a) como | Tereza Tarouca |
Nascimento | 4 de janeiro de 1942 |
Local de nascimento | Lisboa Portugal |
Morte | 11 de novembro de 2019 (77 anos) |
Nacionalidade | portuguesa |
Ocupação(ões) | cantora |
Cônjuge | Nuno Carlos Maria da Silva Salvação Barreto (u.f),
António Risques Pereira Azinhais de Melo (?-?)
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Filho(s) | 2 |
Instrumento(s) | Voz |
Editora(s) | RCA Victor, Edisom |
Prémios | Prémio Bordalo (1964) Fado |
Biografia
Na década de 1950 foi considerada "Menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espectáculos de beneficência, estreando-se no Fado aos 13 anos.[3]
Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.[3]
Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de Abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.[2][4]
Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.[3]
Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".[2]
Teresa Tarouca actuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.[3]
A fadista foi convidada para actuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.[3][2]
Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.[2]
No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.[5][6]
Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio! de João Núncio, com encenação é de Francisco Horta.[7]
A 7 de junho de 2013, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.[8][9]
Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.[10]
Morreu a 11 de novembro de 2019, no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla. [11]
Discografia
Álbuns de estúdio
Singles e EP
- Meu Bergantim (1968, EP, RCA Victor)[12]
- Ora Bate, Bate (1971, RCA Victor)[12]
- Tereza Tarouca (1972, RCA Victor EPs)[12]
Compilações
- Teresa Tarouca (CD, Polygram, 1992, Colecção "Temas de Ouro da Música Portuguesa")[13]
- O Melhor dos Melhores (n.º 32) (CD, Movieplay, 1994, Colecção "O Melhor dos Melhores")[14]
Referências
- «Catálogo - Detalhes do registo de "Tereza Tarouca; O melhor dos melhores; 32"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 1 de dezembro de 2018
Ligações externas
- Ficha de Pessoa : Teresa Tarouca no Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal
- Discografia de Tereza Tarouca (em inglês) no Discogs
- Tereza Tarouca (em inglês) no IMDb
- Teresa Tarouca (em inglês) no IMDb