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20.4.20
MARIA LAMAS
Autoria: Presidência do Conselho de Ministros
Instituto da Biblioteca Nacional e do
Livro
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas ( 1893 - 1983 )
Escritora e interveniente política portuguesa.
Mulher de personalidade admirável, oriunda de uma família burguesa de Torres Novas, ali estudou até aos dez anos
. Aprendeu línguas o que lhe viria a ser útil mais tarde, quando teve de ganhar a vida com traduções.
Traduziu mais tarde "Memórias de Adriano", de Marguerite Yourcenar, que conheceria em Paris.
Casou nova e aos 25 anos já tinha duas filhas.
Viveu em Luanda e quando o casamento naufragou divorciou-se e quis ser ela a assegurar a educação das filhas.
Começa a escrever para os jornais Correio da Manhã e Época, mais tarde para O Século, A Capital e o Diário de Lisboa.
Casou, em 1921, com Alfredo da Cunha Lamas, e foi mãe mais uma vez.
Em 1928 passou a dirigir o suplemento Modas & Bordados do jornal O Século, dando-lhe uma feição diferente.
Um jornal que dava prejuízo passou a dar lucro, tal a importância da sua colaboração.
Era preciso chegar às mulheres trabalhadoras pouco esclarecidas quanto aos seus direitos.
A sua colaboração no "Correio da Joaninha" passou a ser um diálogo educativo com as leitoras.
Ligou-se ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) e depois ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde desenvolveu intensa actividade política e cultural.
Presa, pela primeira vez, por motivos políticos, em 1949 sofreu imenso na prisão, porque a PIDE a colocou numa prisão incomunicável durante quatro meses. Esteve muito doente. Depois de várias prisões viu-se forçada ao exílio.
A sua actividade como escritora é intensa e diversificada.
Escreveu contos infantis, estudos na área da mitologia, porém o seu livro mais importante, fruto de dois anos de viagens por todo o país é:
«As Mulheres do Meu País».
Uma obra de referência, onde colaboraram com ilustrações os mais famosos intelectuais do tempo, editado em 1950.
Seguem-se «A Mulher no Mundo», 1952 e «O Mundo dos Deuses e dos Heróis», 1961.Esteve exilada por diversas vezes, entre 1953 e 1962.
Passados sete anos regressou do exílio. Tinha 76 anos e ainda a mesma esperança de melhores dias para Portugal.
Viveu o 25 de Abril de 1974 com enorme alegria.
Foram-lhe atribuídas duas das mais honrosas condecorações portuguesas, a de Oficial da Ordem de Santiago da Espada e a da Ordem da Liberdade. Faleceu com 90 anos, em Dezembro de 1983.
A cidade de Torres Novas relembra-a numa pequena intervenção escultórica. A jornalista Maria Antónia Fiadeiro dedicou-lhe um estudo monográfico.
2ª Edição. Ano -1993
Biblioteca Particular
( 113 )
AS MULHERES DO MEU PAÍS
Autora. Maria Lamas
Edição. 2ª Ano de 2002
Obra ímpar sobre a mulher portuguesa.
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, nasceu a 6 de Outubro de 1893 em Torres Novas, distrito de Santarém.
Completou os seus estudos no Colégio Religioso Jesus, Maria, José, em Torres Novas. Casou pela primeira vez em 1910, com Teófilo José Pignolet Ribeiro da Fonseca, tendo deste casamento, que durou até 1919, duas filhas, Maria Emília (1911) e Maria Manuela (1913).
Viveu em Luanda entre 1911 e 1913, acompanhando o seu marido em missão militar, tendo aí nascido a sua filha mais velha. Em 1921 casou em segundas núpcias com o jornalista Alfredo da Cunha Lamas de quem teve uma filha, Maria Cândida.
Simpatizante do PCP, esteve ligada à Oposição Democrática durante o Estado Novo.
Entre 1962 e 1969 viveu em Paris como exilada política, habitando o Grand Hotel Saint-Michel, no Quartier Latin, onde conheceu Marguerite Yourcenar, e onde desenvolveu intensa actividade política e de apoio a portugueses refugiados em oposição ao regime fascista.
Só depois do 25 de Abril de 1974 se viria a filiar no PCP.
Nas suas obras utilizou diversos pseudónimos como, "Maria Fonseca", "Serrana d’Ayre" e "Rosa Silvestre".
São especialmente dignos de nota as suas obras no âmbito da literatura infantil e no da etnologia, As Mulheres do meu País.
Como jornalista trabalhou em diversos jornais e revistas como A Joaninha, A Voz, Correio da Manhã, o suplemento do jornal o Século intitulado "Modas e Bordados" e na revista Mulheres, da qual foi directora.
Maria Lamas morreu a 6 de Dezembro de 1983 em Lisboa. *
* Texto obtido na Internet
Obra de 471 páginas profusamente ilustradas. A presente edição contem, em anexo, dez páginas com descrições alusivas à autora.
Biblioteca Particular
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