Capitulo V Sacerdócios . ( cont: )
9º Confraria dos ticios ou ticienses - ( Sodales Titii ou Titienses
) foram assim chamados por terem sido creados por Tito Tacio , rei dos
Sabinos, quando partilhou com Romulo o governo de Roma, com o fim de
conservar os sacrifícios da sua nação. Romulo adoptou aquele sacerdócio,
cujas funções pouco diferia da dos Epulões. Os sacerdotes que rendiam culto a uma só divindade, eram os seguintes:
10 º Rei dos Sacrifícios - ( rex sacrificulus, ou rex sacrorum ) foi criado este sacerdote depois da expulsão dos reis, para administrar os sacrifícios da competencia real.
Estava subordinado aos pontifíces, não podia exercer cargo algum, nem residir na cidade; d'onde saia precipitadamente, como fugitivo,logo que acabava os sacrifícios. Sua mulher tinha também o titulo de rainha ( Regina Sacrificula ) com o direito de fazer alguns sacrifícios.
11º Flamines - Foram assim chamados de filum, fio de lã que, em forma de facha ou coifa punham em redor da cabeça; eram três, instituidos por Numa Pompílio: Um para Júpiter, o Flamen Dialis, outro para Marte, o Flamen Martialis, e o terceiro para Rómulo o Flamen Quirinalis. Eram sacerdotes assíduos d'estas divindades.
Pelo decurso do tempo criaram-se mais doze que foram chamados Flamines plebeos, para distinção dos primeiros, que eram patrícios.
12º Salios - ( Salli ) cujo chefe era o Praesul Saliorum eram sacerdotes consagrados ao culto do deus Marte, encarregados de guardar o escudo milagroso ( ancile ) que Numa fez acreditar ao povo ter caído do céu, numa ocasião de peste em Roma e que fez cessar o flagelo.
Como a Nimpha Egeria vaticinou que teria grande império a cidade que possuisse aquele escudo, Numa Pompilio fez fabricar mais onze escudos semelhantes, para que, confundindo com eles o monumento precioso, não pudesse ser roubado.
Todos os anos os Salios, na ocasião da festa de Marte, levavam os escudos em procissão pela cidade, cantando hinos e dançando. Daqui lhes veio o nome de Salios ( de Salio, saltar ).
Aquela nimfa Egeria era uma entidade misteriosa ou fabulosa, com quem Numa fingia ter colóquios nocturnos; inculcando que as cerimónias religiosas que instituía eram devidas às indicações da referida divindade. *
10 º Rei dos Sacrifícios - ( rex sacrificulus, ou rex sacrorum ) foi criado este sacerdote depois da expulsão dos reis, para administrar os sacrifícios da competencia real.
Estava subordinado aos pontifíces, não podia exercer cargo algum, nem residir na cidade; d'onde saia precipitadamente, como fugitivo,logo que acabava os sacrifícios. Sua mulher tinha também o titulo de rainha ( Regina Sacrificula ) com o direito de fazer alguns sacrifícios.
11º Flamines - Foram assim chamados de filum, fio de lã que, em forma de facha ou coifa punham em redor da cabeça; eram três, instituidos por Numa Pompílio: Um para Júpiter, o Flamen Dialis, outro para Marte, o Flamen Martialis, e o terceiro para Rómulo o Flamen Quirinalis. Eram sacerdotes assíduos d'estas divindades.
Pelo decurso do tempo criaram-se mais doze que foram chamados Flamines plebeos, para distinção dos primeiros, que eram patrícios.
12º Salios - ( Salli ) cujo chefe era o Praesul Saliorum eram sacerdotes consagrados ao culto do deus Marte, encarregados de guardar o escudo milagroso ( ancile ) que Numa fez acreditar ao povo ter caído do céu, numa ocasião de peste em Roma e que fez cessar o flagelo.
Como a Nimpha Egeria vaticinou que teria grande império a cidade que possuisse aquele escudo, Numa Pompilio fez fabricar mais onze escudos semelhantes, para que, confundindo com eles o monumento precioso, não pudesse ser roubado.
Todos os anos os Salios, na ocasião da festa de Marte, levavam os escudos em procissão pela cidade, cantando hinos e dançando. Daqui lhes veio o nome de Salios ( de Salio, saltar ).
Aquela nimfa Egeria era uma entidade misteriosa ou fabulosa, com quem Numa fingia ter colóquios nocturnos; inculcando que as cerimónias religiosas que instituía eram devidas às indicações da referida divindade. *
Oa sacerdotes que não faziam sacrifícios a divindade alguma, com exclusão das outras, eram os seguintes.
1 º PONTIFICES - ( Pontisfice ) cujo chefe, o pontifice máximo, era eleito pelo povo nos comícios, por centurias. Este era o sacerdocio mais honroso, com as seguintes atribuições:
I - Superintendia em todos os negócios de religião.
II - Conhecia todas as diferenças que ela ocasionava.
III - Explicava os mistérios, e regulava as cerimónias.
IV - Não era responsável pelas suas acções, e exercia a sua autoridade sobre os outros sacerdotes, a quem punia as suas faltas.
V -- Tinha obrigação de escrever, em estilo singelo, a história romana, ano por ano.
VI - O soberano pontifice gozava de tal veneração, que todos os imperadores até Graciano, foram revestidos desta dignidade.
A palavra pontifice tira a sua origem, ou do poder imenso que tinham os pontifices nos sacrifícios, e em tudo que era concernente à religião ( posse facere ) ou d'uma ponte de madeira, que tinham a seu cargo fazer sobre o Tibre, e reparar ( pontem facere ; porque por esta ponte não passava ordináriamente senão o que era necessário para os sacrifícios.
2º AGOUREIROS ou AUSPICES - ( Augures ) a que presidia o Augur - maximo, eram assim chamados porque prediziam a vontade dos deuses pelo canto das aves ( avium garritus ); mas suas funções estendiam-se ainda ao vôo das aves, maneira de comerem, beberem e sairem das gaiolas; e geralmente a tudo o que acontecia de extraordinário no céu e na terra.
Suas insígnias eram uma toga escarlate, e um bastão chamado lituus.
O lugar d'onde observavam as aves, chamava-se templum, e se o agouro era tomado pelo vôo das aves, chamavam a estas proepetes; se pelo canto, chamavam-lhes oscines. Se o auspicio era favorável, dizia-se que as aves o admitiam ( admittere, ou addicere ) ; se desfavorável, dizia-se que o regeitavam ( refragari ).
3º HARUSPICES, ou EXTISPICES - ( de Haruga e exta, entranhas; e aspicio, observar ) eram sacerdotes, que tiravam bons e maus presságios pelas entranhas das vítimas.
Quando as entranhas ( coração, pulmões, figado, baço, lingua e rins ) estavam sãs, o presságio era favorável; pelo contrário era funesto, se aquelas partes se achavam lívidas, desfeitas, ou não apareciam. E d'aqui vem os diferentes termos porque as qualificavam:
Adjutoria, quando apresentavam sinais certos, em que se podesse assentar a predicção.
Bona, quando não tinham defeito algum.
Clivia, quando vedavam a empresa sobre que eram consultadas.
Muta, quando nada se podia concluir da sua observaçao.
Regalia, quando prometiam aos grandes uma honra inesperada, e aos particulares heranças.
Tristia, pestifera e piacularia, as de triste e funesta predicção.
As vítimas que substituiam outras, em que os sacerdotes fraudulentamente tinham feito desaparecer alguma das referidas partes, eram chamadas succidaneas.
O sacerdócio dos Haruspices teve grande voga na Etruria.
4º DUUMVIROS - Para a celebração dos sacrificios ( Duumviri sacris faciundis ) eram os sacerdotes encarregados da guarda dos livros sybillinos, de os consultar nas circunstâncias perigosas da republica, e de fazer tudo que eles prescreviam. O seu numero chegou a quinze no tempo de Sylla.
5º IRMÃOS ARVAES . - ( Fratres Arvales ; d'arva, campos lavrados ) eram assim chamados, porque faziam sacrifícios publicos pela fertilidade dos campos.
Estes sacerdotes foram originalmente doze, filhos d'Acca Laurencia, ama de Rómulo, que lhe serviam nos sacrifícios que ela tinha o costume de fazer. Tendo morrido um, Rómulo substituio o morto, e por isso deu a todo o colégio o nome de Irmãos. Usavam por distintivo coroas de espigas e fitas brancas.
Os sacrifícios chamavam-se ambarvalia ( d'ambire arva andar em roda dos campos ) e também Laurentialia, de Laurencia, sua instituidora.
6º CURIÕES - ( Curiones ) eram os sacerdotes que tinham a seu cargo celebrar os sacrifícios de cada curia.
Eram trinta as curias, porque outras tantas foram as tribus em que Rómulo dividiu o povo; os respectivos sacerdotes eram sustentados por meio de ofertas, ou dizimos que os cidadãos da curia lhes pagavam.
N.B. Os curiões correspondiam aos nossos padres ou pàrocos e o seu chefe o curião - máximo, a um bispo na religião católica
7º INTENDENTES dos BANQUETES SAGRADOS - ( Septemviri Epulones ) eram sete sacerdotes que presidiam aos banquetes nos sacrifícios publicos e regulavam o seu cerimonial.
8º FECIAES - ( Feciales ) cujo chefe era o Pater patratus ( Arauto máximo ) ; eram vinte sacerdotes criados para fazerem as declarações de guerra, e tratados de paz; e impedirem que os romanos empreendessem guerras ilegitimas.
Foram instituidos pelo rei Numa Pompilio, que, por sua profunda política, quiz dar um caracter religioso aqueles actos internacionais, para se evitar a perfidia, e fazer respeitar a bandeira romana. ( * 1 )
* Continuarei as referências históricas numa outra jornada.