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28.4.20

ATERREM EM PORTUGAL !

 

 

 

AVIADORES E AVIÕES BELIGERANTES EM PORTUGAL NA II    GUERRA  MUNDIAL






Autor. Carlos Guerreiro

1ª edição. 2008


Sinopse



Traça o retrato de um país através dos olhos de jovens estrangeiros que, envolvidos no tumulto de um conflito mundial, se viram, de repente, num Portugal atrasado - mas em paz.

Centenas de pilotos beligerantes estiveram em Portugal durante a II Guerra Mundial depois dos seus aviões terem sofrido avarias ou danos em combate.

 Algumas dezenas chegaram mesmo a morrer em resultado de aterragens acidentadas ou combates que se desenrolaram no nosso espaço aéreo.

Este livro conta estas histórias. Para a sua concretização o autor entrevistou mais de uma dezena de pilotos aliados que, entre os anos de 1941 e 1945, terminaram voos em Portugal e acabaram por ser internados durante dias, semanas ou meses no nosso país.

Vários portugueses, testemunhas ou participantes nos incidentes, ou que conviveram, com estes aviadores também foram entrevistados.

O livro, com mais de 300 páginas, conta com mais de 150 fotos e documentos daquele período fornecidos por várias fontes. A maioria foram entregues pelos próprios entrevistados que guardaram não só fotos como, por exemplo, o telegrama que a família recebeu dias depois de terem realizado a aterragem.

Encontra-se dividido em cinco partes, além de um anexo documental que pode dar pistas para outros investigadores. Contadas na primeira pessoas é possível conhecer as histórias de vários aviadores que terminaram as suas viagens no mar perto da costa portuguesa.

 Outros relatos incidem sobre os períodos de internamento nas Caldas da Rainha ou em Elvas por onde passaram centenas destes jovens estrangeiros.

Por fim são referidas várias histórias, umas inéditas e outras não, que também merecem ser contadas.
A última parte deste apresenta, cronologicamente, uma lista com cerca de 130 aviões beligerantes de várias nacionalidade que aterraram ou se despenharam em Portugal ou nas ex-colónias portuguesas durante este período.

 Também alguns voos civis que partiram de Lisboa e que tiveram fins trágicos merecem alguma atenção.
A obra resulta de cerca de uma década de investigações e entrevistas a vários protagonistas e acaba por mostrar que Portugal não esteve tão longe da guerra como muitas vezes foi dito.

 Traça também o retrato de um país através dos olhos de jovens estrangeiros que, envolvidos no tumulto de um conflito mundial, se viram, de repente, num canto desse mundo atrasado - mas em paz.





Biblioteca Particular
 ( 128 )

SALAZAR Uma Biografia


Autor. Franco Nogueira




« Termino com este sexto volume a biografia de Oliveira Salazar. Na portada do primeiro tomo, afirmei o propósito de isenção, serenidade, frieza e recusa a elogio e vitupério.

 Quanto humanamente viável, penso que o consegui. Creio que não terei agradado aos fanáticos de sinais opostos: para uns, não afirmei com suficiência a grandeza do homem; para outros, não fiz sobressair as suas sombras o bastante.

 Mas em verdade eram outros os meus desígnios: aproveitar os documentos, descrever os factos, intervir nas fontes o menos possível [...] Figura de muitos ângulos, com traços contraditórios e sempre vincados, de características extremadas, Salazar presta-se a muitas versões, a muitos retratos, e todos verdadeiros ainda que falsos se incompletos.

 Ao erguer uma biografia daquele homem, que poderia perguntar-se às fontes disponíveis?

 Era um homem com força de vontade inquebrantável?
 Era lúcido, inteligente? 
Era honesto, incorruptível?
 Era duro, autoritário? 
Era vaidoso, arrogante?
 Era frio, insensível? 
Era nervoso, emotivo?
 Era ambicioso, amante do poder?
 Era bom português, patriota?

 Todas estas perguntas se poderiam formular, e mil outras; há elementos para lhes responder, e documentação para comprovar as respostas.
 Seria viável escrever uma biografia que seleccionasse algum daqueles traços, e o transformasse no tema central.
 Seria viável; mas não seria intelectualmente e historicamente honesto. Será isso, no entanto, que pretendem os fanáticos a que aludi. 

Para uns, basta descrever um Salazar desumanizado, provido de todas as perfeições; para outros, se não se afirmar que Salazar foi um criminoso ou apenas um autoritário, não se está a compor uma obra exacta.

 Rejeitei as duas atitudes, procurei investigar [...] Alguns criticaram os volumes precedentes porque, da sua leitura, o leitor desprevenido poderia concluir que o biografado fora um homem de génio, e portanto eu estava sendo parcial, ou faccioso. 

Ora a verdade é esta: Oliveira Salazar foi um homem de génio. «Não é popular afirmá-lo», escreveu um jornalista de extrema-esquerda, «mas foi-o»
 Enquanto não se aceitar esta realidade, nenhuma biografia daquele vulto político será possível, e é este ponto que muitos não sofrem reconhecer ou admitir, sendo levados a exigir uma biografia de Salazar necessariamente e exclusivamente demolidora.
 Desde que o não seja, pensam que não é isenta e que é unilateral.
 Mas do facto de ter sido um homem de génio não se segue que haja sido um intocável, um divino, um santo, e há que aceitar também esta realidade, porque de outro modo continua a não ser viável uma biografia, salvo se esta se confinar ao panegírico hagiológico.
 No mais, e quanto aos cinco volumes já publicados, ninguém impugnou um documento e a sua interpretação, ninguém contestou um facto e a sua relevância
.
  Outro equívoco importa destruir: afirmar a genialidade de Salazar não implica compromisso político ou ideológico; é um acto de inteligência, que não traduz adesão a princípios, ainda que lúcida e independente, e muito menos devoção embevecida sem atitude crítica.
 Salvo excepções, para muitos políticos portugueses, todavia, negar hoje o mérito pessoal de Salazar (o que é diferente de negar o Salazarismo) tornou-se um expediente e um imperativo ou uma obsessão, parecendo que sentem terror de uma sombra que se diria esmagá-los, ou de uma comparação ou paralelo que se diria diminuí-los; mas esses, quase clandestinamente, não têm deixado de se debruçar sobre a vida e a figura de Salazar na ânsia de descobrir o segredo e a receita da sua longa permanência no poder.
 No fundo, sentem avidez de mando, pouco democrática, e que parece julgarem ser-lhes inerente; e desejariam saber como exercer esse mando a título vitalício, e sem restrições.
 Ao fim e ao cabo, têm ânimo de ditadores, sem espírito de servir nem de sacrifício, com gosto pelo exercício pessoal de um poder arbitrário e discricionário, que não estava nas coordenadas de Salazar.

 Simplesmente o génio não se transmite por herança nem é susceptível de cópia; e os imitadores são epígonos, a situar no limbo da história.»

Franco Nogueira, Salazar; O Último Combate (1964-1970), Civilização, Porto, 1985, pp. XI-XIII.




Biblioteca Particular
 (  127  )

MISSÃO CUMPRIDA 1963 - 1965




Autor. Santos Andrade

6ª Edição. Ano de 1969



Biblioteca Particular
 ( 126 )

DECLARAÇÕES DE GUERRA

HISTÓRIAS EM CARNE VIVA DA GUERRA COLONIAL




1ª Edição. 2019


Sem tabus, de coração aberto, têm a palavra os combatentes da Guerra Colonial. Estas são as histórias em carne viva dos soldados portugueses:
 o que viram, sentiram e pensaram - e os estilhaços físicos e psicológicos de uma juventude perdida que ainda hoje os atormentam. De 1961 a 1974, Portugal travou uma guerra em três frentes: Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Do lado português, quase um milhão de mobilizados, perto de dez mil mortos, dezenas de milhares de mutilados e um número indeterminado de stressados de guerra.

 Este livro reúne 48 relatos emocionantes, que testemunham diferentes experiências de combate. Do militar inadaptado ao que se guia por um escrupuloso sentido de dever; do que lamenta não ter desertado ao que tem gosto em matar.

Uns sentiam empatia pelo inimigo, outros moviam-se pelo desejo de aniquilação e extermínio, numa guerra que as mudanças no mundo tinham tornado obsoleta antes mesmo de começar.



Biblioteca Particular
 ( 125 )