A propósito do que vamos ouvindo por aí acerca da justiça, ou da falta dela, resolvi editar o pequeno trecho que segue
A NOZ
Debaixo de uma grande nogueira, e perto de uma aldeia encontraram dois rapazes uma noz.
« A noz é minha », gritou Inácio; « porque fui eu o primeiro que a vi ».
« Não ! » respondeu Bernardo; « eu entendo que ela é minha porque fui eu quem a apanhou ».
E ambos travaram uma briga assanhada.
« Eu vou terminar a contenda »;
» disse outro rapaz mais crescido que acabava de chegar.
Colocou-se no meio dos dois, abriu a noz, e falou deste modo:
« Uma metade da casca pertence àquele que primeiro viu a noz;
a outra àquele que a apanhou; e o miolo guardo eu para mim pela minha sentença ».
« Este », acrescentou ele a rir, « é o resultado ordinário da maior parte das demandas. »*
* Texto extraído da obra " Exercícios Preparatórios de Composição "
Editada em Lisboa no mês de Fevereiro de 1881
A NOZ
Debaixo de uma grande nogueira, e perto de uma aldeia encontraram dois rapazes uma noz.
« A noz é minha », gritou Inácio; « porque fui eu o primeiro que a vi ».
« Não ! » respondeu Bernardo; « eu entendo que ela é minha porque fui eu quem a apanhou ».
E ambos travaram uma briga assanhada.
« Eu vou terminar a contenda »;
» disse outro rapaz mais crescido que acabava de chegar.
Colocou-se no meio dos dois, abriu a noz, e falou deste modo:
« Uma metade da casca pertence àquele que primeiro viu a noz;
a outra àquele que a apanhou; e o miolo guardo eu para mim pela minha sentença ».
« Este », acrescentou ele a rir, « é o resultado ordinário da maior parte das demandas. »*
* Texto extraído da obra " Exercícios Preparatórios de Composição "
Editada em Lisboa no mês de Fevereiro de 1881