Há muitos e muitos anos atrás dizia-me meu Pai.
" Zé vamos apanhar erva para os coelhos ";
eu, garoto de oito ou nove anos, lá ia todo contente pois a dita erva, a que os coelhos mais apreciavam, estava " fora de portas " ou seja ali para os lados da fonte do Cobre.
Uma vez por aqueles lados ( parece que estou a vê-la ) lá estavam à sua volta os vestígios da sua utilização recorrente.
Tinha água e asseio.
Ali por perto muitos e variados motivos paisagísticos haverá para falar.
Fica para outra ocasião.
Vejam como está a fonte hoje nas fotografias anexas.
ENTRADA PARA A FONTE ( Foto de J.P.L. Setembro de 2011 ) |
QUANTAS VIDAS PASSARAM POR ESTE LOCAL ? ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
A VELHA FONTE ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) | j |
Ao recordar-me dela lá fui em sua demanda interrogando-me se a acharia.
Achei-a sim mas no meio de denso matagal.
ASSIM TERMINAM AS RELÍQUIAS DO PASSADO
Mais um exemplo da história rural deste meu Cobre que apenas vive na memória de alguns que, como eu, amaram aquele cantinho onde foram felizes e dele tentam encontrar as raízes.
Fonte de chafurdo
Fonte de chafurdo, ou de mergulho, é uma fonte em que se retira a água, de uma cova pouco funda, submergindo as vasilhas (por exemplo, cântaros de barro).[1]
Estão geralmente num nível inferior ao do solo, existindo escadas que dão acesso à água.
A água está, habitualmente, protegida por uma abóbada feita de pedra.
Estas fontes, principalmente pela falta de higiene a elas inerentes, foram sendo substituídas por chafarizes.