Sorte é um substantivo que pode significar destino, fado, ou um acontecimento casual, que pode ser bom ou mau.A palavra sorte pode ter significados diferentes, usados em diversos contextos. No âmbito da filosofia é algo que resulta da casualidade, sendo a expressão de um fenômeno que não é possível prever ou explicar.O conceito de sorte ignora qualquer tipo de justificação racional ...
" Costuma-se dizer que a Ignorância é a mãe do Atrevimento mas também se pode dizer que o Atrevimento é pai da Ignorância !
Atribua-se a cada um deles a paternidade que se quiser, o certo é encontrá-los sempre tão juntinhos, tão intimamente ligados nas suas aventuras, que, qualquer que seja a sua afinidade, onde se apresentar um,é logo fácil descobrir o outro.
Não sei qual o capricho do Destino ( os caprichos não se explicam ) ligando em tão íntima comunhão as coisas que por vezes parecem mais opostas.
| DESTINOS ( Foto de J.P.L. 2015 ) |
Desde o velho provérbio latino audaces fortuna juvat até às próprias escrituras: - « Bem aventurados os pobres de espírito », a tradição não faz mais do que assegurar aos atrevidos e aos ignorantes a certeza do triunfo e da riqueza
.
Mas sejam atrevidos, com inteligência, ou ignorantes, sem audácia, nem aos primeiros a fortuna ajudará,nem aos segundos dará, ao menos, o reino dos céus.
Felizes, portanto, aqueles que vindo ao Mundo sob o manto da Ignorância, tiveram a sorte de ser bafejados pelo instinto da aventura: se a ignorância lhes não abriu os olhos da inteligência e nas veias corre o sangue aventureiro da audácia, não perdem tempo a destrinçar o Bem e o Mal, nem param no caminho da Glória e da Riqueza !
Mas como às vezes é feio, talvez, confessar o poder da ignorância aliada ao atrevimento inventou-se uma madrinha, a Sorte, que tanto pode ser protectora caprichosa dos atrevidos, como castigo dos trabalhadores inteligentes.
E então, quando alguém, sem valer nada, consegue triunfar, dizemos que a Sorte o bafejou, e quando o mérito sossobra, também à mesma Sorte deitamos essa culpa.
De qualquer forma, o factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula, guia e determina o resultado dos nossos actos.
Em qualquer ramo da actividade humana, podem o trabalho honesto e a inteligência mais lúcida cair aos golpes da sorte, como podem a ignorância e a preguiça subir aos pináculos dom sucesso e do triunfo. Por que razão não há-de ser a Sorte um factor económico ?
Não estamos constantemente a verificar os mais retumbantes sucessos em muitas daquelas coisas que a inteligência nos levaria a rejeitar ? E não estamos a ver, também, caídas em desastre tantas iniciativas geradas com critério e inteligência ?
É por isso que, se podemos votar à sorte aquilo que a inteligência nos obrigou a produzir, não devemos pôr à mercê dos seus caprichos aquilo que já conquistámos a custo de sacrifícios.
No campo pratico da vida somos, muitas vezes, obrigados a jogar os nossos destinos, mas ai daquele que confiar apenas no valor dos seus conhecimentos e na inteligência de que se julga dotado!
O factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula,guia e determina o resultado dos nossos actos ! ..." *
* Texto publicado na " Gazeta do Sul " em 1937 ( Ano VII - Nº 334 )
Autor:
Élio Lourenço, referido então como contabilista distinto, versando nas páginas da citada revista « com espírito, interessantes aspectos da vida económica »
Uma estrada no Alentejo.
Uma aldeia imersa num " mar " de searas, sobreirais e azinhais.
São os caprichos dessa mesma Sorte que me prende ao torrão natal ?
Mas sejam atrevidos, com inteligência, ou ignorantes, sem audácia, nem aos primeiros a fortuna ajudará,nem aos segundos dará, ao menos, o reino dos céus.
Felizes, portanto, aqueles que vindo ao Mundo sob o manto da Ignorância, tiveram a sorte de ser bafejados pelo instinto da aventura: se a ignorância lhes não abriu os olhos da inteligência e nas veias corre o sangue aventureiro da audácia, não perdem tempo a destrinçar o Bem e o Mal, nem param no caminho da Glória e da Riqueza !
Mas como às vezes é feio, talvez, confessar o poder da ignorância aliada ao atrevimento inventou-se uma madrinha, a Sorte, que tanto pode ser protectora caprichosa dos atrevidos, como castigo dos trabalhadores inteligentes.
E então, quando alguém, sem valer nada, consegue triunfar, dizemos que a Sorte o bafejou, e quando o mérito sossobra, também à mesma Sorte deitamos essa culpa.
De qualquer forma, o factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula, guia e determina o resultado dos nossos actos.
Em qualquer ramo da actividade humana, podem o trabalho honesto e a inteligência mais lúcida cair aos golpes da sorte, como podem a ignorância e a preguiça subir aos pináculos dom sucesso e do triunfo. Por que razão não há-de ser a Sorte um factor económico ?
Não estamos constantemente a verificar os mais retumbantes sucessos em muitas daquelas coisas que a inteligência nos levaria a rejeitar ? E não estamos a ver, também, caídas em desastre tantas iniciativas geradas com critério e inteligência ?
É por isso que, se podemos votar à sorte aquilo que a inteligência nos obrigou a produzir, não devemos pôr à mercê dos seus caprichos aquilo que já conquistámos a custo de sacrifícios.
No campo pratico da vida somos, muitas vezes, obrigados a jogar os nossos destinos, mas ai daquele que confiar apenas no valor dos seus conhecimentos e na inteligência de que se julga dotado!
O factor Sorte, elemento imponderável que preside aos destinos da Humanidade, regula,guia e determina o resultado dos nossos actos ! ..." *
* Texto publicado na " Gazeta do Sul " em 1937 ( Ano VII - Nº 334 )
Autor:
Élio Lourenço, referido então como contabilista distinto, versando nas páginas da citada revista « com espírito, interessantes aspectos da vida económica »
| A SORTE DE VIAJAR AQUÉM E ALÉM FRONTEIRAS ( Foto de J.P.L. Ano 2015 ) |
Uma estrada no Alentejo.
Uma aldeia imersa num " mar " de searas, sobreirais e azinhais.
São os caprichos dessa mesma Sorte que me prende ao torrão natal ?