Templo romano

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Templos romanos
Maison Carrée, em Nîmes, França, um dos mais bem preservados templos romanos (um cesareu) existentes.
O Panteão, em Roma, o maior e mais bem preservado templo romano sobrevivente.
Os antigos templos romanos estavam entre os mais importantes edifícios na cultura romana, apesar de apenas uns poucos terem sobrevivido intactos.

Atualmente eles são "os mais óbvios símbolos da arquitetura romana".[1] Sua construção e manutenção era uma das grandes responsabilidades da antiga religião romana e, em todas as cidades de alguma importância, havia pelo menos um templo principal e outros menores. De maneira geral, a sala principal (cela) abrigava a principal imagem de culto da divindade à qual o templo era dedicado e também um pequeno altar para incenso ou libações. Atrás desta sala, existia uma ou mais salas utilizadas pelos oficiantes do templo para armazenar objetos de culto e oferendas.



O plano arquitetural mais comum era um templo retangular num pódio elevado, com uma fachada limpa com um pórtico no alto de uma escadaria com vários degraus e com um frontão triangular acima das colunas. Os lados e o fundo do edifício geralmente não eram decorados e não tinham entradas para o templo. Além disto, havia também templos circulares, geralmente com colunas à toda volta. Fora da Itália, muitos dos templos fundiam tendências romanas com estilos locais. A forma original dos templos romanos se basou nos templos etruscos, estes, por sua vez, baseados nos antigos templos gregos, com forte influência direta destes.


Cerimônias religiosas públicas da antiga religião oficial romana se realizavam ao céu aberto e não dentro do templo. Algumas eram procissões que começavam ou terminavam no templo ou que o visitavam no percurso, geralmente em homenagem a um objeto de culto abrigado no templo e levado para fora para a ocasião. Sacrifícios, geralmente de animais, se realizavam num altar erguido especificamente para este fim. Especialmente durante o período imperial, cultos estrangeiros ganharam espaço e seguidores em Roma. Estes cultos geralmente tinham práticas muito diferentes, alguns privilegiando locais de culto subterrâneos e outros, como os primeiros cristãos, oficiando em residências.[2]

 
Algumas ruínas de templos romanos sobreviveram, especialmente em Roma, e os relativamente poucos exemplos quase intactos foram quase todos convertidos em igrejas cristãs (alguns depois convertidos em mesquitas), alguns bem depois do triunfo do cristianismo no Império Romano. O declínio da religião romana foi relativamente gradual e os próprios templos só foram confiscados pelo governo depois do decreto do imperador Honório em 415. Santi Cosma e Damiano, no Fórum Romano, originalmente um templo dedicado a Rômulo, só foi convertido em igreja em 527.[3]

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