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11.10.13

RICHARD WAGNER

Em Julho de 1854, Wagner tomou conhecimento duma obra de Schopenhauer, " O Mundo como vontade e como Representação ", e ficou profundamente impressionado.

 No Outono, escreveu a Liszt: " Visto que, na minha vida, nunca encontrei a ventura do amor, quero erguer, a este sonho, um monumento, no qual este amor se exprimirá livremente, do princípio ao fim. Tenho, em mente, um projecto de Tristão; a mais simples, a mais farta, das concepções musicais: a obra acabada com o véu negro, que flutua no fim. Envolver-me-ei nele para morrer " .
Mas é inegável que, sem o amor que não tarda o artista a sentir por Matilde Wesendonck, a obra nunca teria sido escrita.

Matilde Wesendonck
Wagner
 
 Foi, em 1857, que Wagner, passando dias de felicidade na " colina verde ", perto de Zurique, iniciou a realização de Tristão.
 Acabou o primeiro acto, mas afastou-se em Agosto de 1858, para terminar Tristão, um ano mais tarde.
 Tudo, nesta obra excepcional, exprime o amor: o carácter uniforme da música, unicamente composta destes famosos acordes de sétima nunca saciados; a atmosfera do drama, a filosofia da obra.
 Numa trintena de leitmotive, metade exprime o amor de Tristão sob todas as formas: temas de amor, de desejo,de visão, de filtro do amor, de impaciência, de ardor, de arrebatamento apaixonado, etc.
 Os outros temas são consagrados à morte, considerada com o meio de libertação do amor. Não há, sem dúvida, obra mais profundamente sexual e, de resto, quando foi concluída, a paixão de Wagner extinguiu-se.
A história de amor com Matilde Wesendonck terminou.
 Foi no final do período da juventude que o artista criou este tipo de obra de arte. Wagner tinha então quarenta e três anos quando escreveu Tristão.