ANTICICLONE
Significa este termo o padrão meteorológico que A região centro ( parte ) e todo o sul do País estão a atravessar.
Custa a compreender tantos dias seguidos sem que se perspective a imagem dos campos bem abastecidos de água assim como as ribeiras, rios e barragens.
Muitas vezes ouvimos falar na palavra “Anticiclone”, muitas vezes “Anticiclone dos Açores”, mas na verdade o que é um anticiclone, e porque damos o nome “Anticiclone dos Açores”?
Respondendo à primeira pergunta, um anticiclone é um centro de altas pressões, com circulação do vento na direção dos ponteiros do relógio no Hemisfério Norte, devido à força inercial de Coriolis (https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_inercial_de_Coriolis), em que o ar desce, inibindo a formação de nuvens.
É o contrário de uma “depressão” ou “ciclone”, daí o nome, anticiclone.
Anticiclones geralmente causam tempo seco, e dependendo do seu “centro de ação” ou onde estão localizados, podem causar tempo muito calmo, com formações de nevoeiros, ventos fracos\nulos que levam a acumulação de poluentes, e em geral tempo mais quente durante o dia e mais frio durante a noite (Nem sempre).
E O ANTICICLONE DOS AÇORES, O QUE É?
O anticiclone dos Açores é, como o nome indica, um anticiclone que normalmente está localizado perto dos Açores, nas latitudes sub-tropicais, daí a sua designação.
Geralmente no Verão move-se para perto da Península Ibérica, muitas vezes “em crista” até ao Reino Unido, causando tempo seco não só na Península Ibérica, como também no Reino Unido.
À medida que o Inverno se aproxima, este sistema de altas pressões permanente\semi-permanente geralmente move-se mais para Sul dos Açores, deixando assim as depressões de Inverno descer em latitude e influenciar a península Ibérica.
Este sistema de altas pressões causa geralmente no Verão tempo seco, quente, dependendo da sua posição pode causar as “Nortadas” no litoral, ou seja vento forte de Norte, e por vezes nevoeiros.
No Inverno a persistência do anticiclone na Península Ibérica causa tempo seco, obviamente, mas também pouco vento, e por essa razão acentuado arrefecimento noturno, geadas e nevoeiros persistentes em alguns locais.
As temperaturas diurnas geralmente são agradáveis, com as noites geralmente mais frias.
COMPORTAMENTO ANORMAL DO ANTICICLONE:
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS?
Por vezes, tal como neste Inverno de 2019, e também no Inverno anterior de 2018, o anticiclone mostra uma permanência anormal perto da Península Ibérica, causando secas.
Mas esta situação é normal, ou resultado de alterações climáticas?
Estudos comprovam que, de facto, o comportamento do anticiclone está a mudar, ficando mais “forte” e com tendência de deslocamento para Norte, e para Leste
Anticiclone (ou centro de alta pressão) é uma região de alta pressão formada pelo ar que se afunda, vindo de cima, sob influência de uma massa de ar descendente.
Esse ar, à medida que é forçado a descer, torna-se quente e seco, aspectos esses que são transmitidos à atmosfera. O ar seco proporciona então baixos índices de umidade relativa e impede a formação de nebulosidade e precipitação, fazendo com que os anticiclones sejam ligados ao céu sem nuvens.[1][2]
Devido ao movimento do ar ser descendente, o direcionamento do vento é feito em espiral e com expansão em superfície, enquanto num ciclone o movimento é ascendente, em espiral e concentrado sobre a superfície.[2]
São maiores que os ciclones, que, em oposição, provocam tempestades.[1]
À medida que o ar flui a partir dos centros de altas pressões é deflectido pela força inercial de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em volta dele na direção dos ponteiros de um relógio no hemisfério norte (e no sentido inverso no hemisfério sul) — a chamada direção anticiclônica.[2][3]
De forma geral os anticiclones são classificados em polares, migratórios e subtropicais (ou semipermanentes).[1]
Podem ser percebidos nas representações de pressão sobre a superfície em cartas sinóticas, indicados num mapa por "A", através de uma ou mais isóbara delimitando uma área com maior pressão em relação a sua volta.[1][2]
Durante o inverno, em associação à diminuição da incidência de radiação solar natural da estação, o ar descendente de um anticiclone favorece a inversão térmica, em função da subsidência, enquanto que no verão o sistema está associado aos veranicos.[4]
Fonte. Luso Meteo e Wikipédia