A informação está a ser avançada pela imprensa francesa.
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Birkin começou por se tornar conhecida pela relação que manteve com o cantor e compositor francês Serge Gainsbourg, com quem gravou a popular canção 'Je T'aime'. Os dois interpretaram também um par romântico no filme 'Slogan', de 1969.
O namoro chegou ao fim em 1980 e no currículo de Jane Birkin acumularam-se outros filmes e álbuns.
Em maio, a cantora iria dar alguns espetáculos na capital francesa, embora os mesmos tenham sido adiados devido a uma lesão num ombro contraída em março do ano passado.
A Sky News lembra ainda que Birkin sofreu um AVC em setembro de 2021.
Nascida em Londres a 14 de dezembro de 1946, Jane Birkin era filha de um militar e de uma famosa atriz inglesa, Judy Campbell, pelo que teve contacto direto com o cinema desde a infância.
Os seus primeiros papéis foram em dois filmes premiados no Festival de Cinema de Cannes: "Le Knakck" de Richard Lester, em 1965 e, acima de tudo, "Blow-Up" de Michelangelo Antonioni, em 1967.
Em 1968 fixou residência em França, onde conheceu o cantor Serge Gainsbourg, com quem viveu uma história de amor, que resultou em alguns títulos que causaram sensação e ocasionais escândalos, sobretudo com um dueto que fez história: "Je t'aime moi non plus", de 1979.
Jane Birkin continuou também a sua carreira de atriz, primeiro com papéis cómicos como em "La moutarde me monte au nez" ou "La course à l'échalote".
Embora o casal Birkin-Gainsbourg se tenha separado em 1980, o compositor e cantor escreveu para ela um dos seus álbuns de maior prestígio três anos depois, "Baby Alone in Babylone", com o qual foi premiada com um disco de ouro, algo que voltou a alcançar com "Arabesco", em 2002.
Muito depois da morte de Serge Gainsbourg, em 1991, e apesar de adversidades como a morte da filha Kate, em 2013, Jane cantou sempre a obra daquele com quem formou um mítico casal nos anos 70.
Foi só depois dos 40 anos, em 1987, que se estreou nos palcos, no Bataclan, em Paris, seguindo-se o Casino de Paris e o Olympia.
Em 1999, lançou seu primeiro disco sem Gainsbourg, com canções escritas para ela por cantores e compositores franceses, como Françoise Hardy ou Alain Souchon.
Em 2008, surgiu o primeiro álbum do qual escreveu todos os textos: "Enfants d'hiver".
O mesmo aconteceria em 2020, com "Oh! Pardon tu dormais", disco criado com o compositor e intérprete francês Etienne Daho.
Os problemas de saúde obrigaram-na a interromper temporariamente a carreira em 2012 devido a uma pericardite aguda que a obrigou a descanso.
Em 2017, foi a própria quem contou que se estava com uma leucemia.
Segundo a agência France-Presse, Jane Birkin será sempre a inglesa favorita dos franceses, inseparável de Serge Gainsbourg, de quem foi musa e embaixadora.
"Quando vejo os franceses ouvirem canções de 40 anos, sei que fazem parte da história deles. Mas também fazem parte da minha", afirmou a artista em "Diários de Munkey", publicado em 2018.
Apaixonada por marcas (existe até a bolsa Birkin na Hermès), a artista também se envolveu em questões humanitárias e ecológicas.
Nota pessoal do autor deste blog.
Foi com pesar que recebi esta notícia. Jane Birkin fez parte do meu imaginário. Os meus maiores respeitos e sincero pesar pela sua partida.
R.I.P.