Encontrado fóssil gigante de Ictiossauro com 180 milhões de anos
Em forma, o Ictiossauro assemelhava-se a um golfinho. Muitos répteis marinhos viviam em conjunto com dinossauros e ficaram extintos há cerca de 90 milhões de anos, depois de aparecerem pela primeira vez, estima-se, há 250 milhões de anos.
Foi em fevereiro de 2021 que foram encontrados os primeiros indícios de se tratar de um esqueleto de um Ictiossauro. Na zona de Rutland, em Inglaterra, na Reserva Natural de Água da região.
Um dos líderes de conservação da associação selvagem de Leicestershire e Rutland, Joe Davis, realizava um pequeno trabalho paisagístico que envolvia a drenagem de água quando percebeu que na superfície da terra molhada estava a coluna de um fóssil, explicou a associação em comunicado.
Depois da primeira descoberta, uma enorme escavação foi realizada no local entre os meses de agosto e setembro, com uma equipa de paleontologistas, liderada por Dean Lomax, especialista em Ictiossauros e uma referência na Universidade de Manchester.
“O tamanho e o esqueleto completo é o que torna este fóssil verdadeiramente excecional”, relatou à CNN Lomax, explicando que nunca havia sido encontrado um Ictiossauro “tão completo e grande como este”.
“Este [Ictiossauro] era um dos líderes da cadeia alimentar. É provável que andasse a jantar outros Ictiossauros, grandes espécies de peixe e terá comido, se conseguisse, lulas”.
No entanto, Dean Lomax acredita que esta descoberta é apenas “a ponta do iceberg”, havendo muito mais para descobrir sobre a espécie. Lomax tem esperança de que tenha sido conservado o conteúdo do estômago do Ictiossauro ou que pudesse até estar grávida.
Regan Harris, porta-voz da Anglian Water (parceira da associação selvagem de Rutland), também manifestou entusiasmo pela descoberta.
“Foi simplesmente inacreditável. Quer dizer, quase que não conseguíamos acreditar no que viam os nossos olhos quando estávamos frente deste achado. Incrível”.
Harris revelou que fósseis de outros Ictiossauros já foram encontrados, mas nada que possa igualar o esqueleto encontrado no ano passado, denominando a descoberta de “verdadeiramente única”.