Batalha de La Lys

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Batalha de La Lys
Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial
Map of German Lys offensive 1918.jpg
Mapa da ofensiva alemã em 1918
Data 7 a 29 de abril de 1918
Local Flandres, na fronteira franco-belga
Desfecho Vitória tática dos Aliados; a ofensiva alemã falha
Beligerantes
 Império Britânico
Portugal Portugal
 Bélgica
França França
 Império Alemão
Comandantes
Reino Unido Herbert Plumer
Reino Unido Henry Horne
Portugal Tamagnini de Abreu
Portugal Gomes da Costa
França Philippe Pétain
Canadá Arthur Currie
Império Alemão Ludwig von Falkenhausen
Forças
25 divisões britânicas e 8 francesas
2 divisões portuguesas
26 divisões alemãs
Baixas
118 300 – 119 040 mortos ou feridos 86 000 – 109 300 mortos ou feridos

Batalha de La Lys está localizado em: Bélgica
Batalha de La Lys
Localização da batalha na Bélgica

A Batalha de La Lys (7 a 29 de abril de 1918) foi uma enorme ofensiva militar alemã focada ao norte da fronteira franco-belga, na região da Flandres, durante a Primeira Grande Guerra.

 Também conhecida como Operação Georgette, Ofensiva do Lys, Quarta Batalha de Ypres, Quarta Batalha da Flandres e Batalha de Estaires, fez parte da chamada Ofensiva de Primavera, onde os alemães pretendiam romper as linhas Aliadas de uma vez por todas na Frente Ocidental europeia.

 Foi planejada pelo general Erich Ludendorff e de início teria um alcance bem maior, mas acabou sendo reduzida em escala. Parte dos planos era tomar de vez a região de Ypres e expulsar os britânicos dos portos belgas. Foi lançada como uma sequência a Operação Michael, também travada no contexto da Ofensiva de Primavera alemã.

 No final, a Operação Georgette acabou falhando em seus objetivos principais e terminou sendo inconclusiva para os alemães no quadro geral da guerra, dando vantagem tática aos Aliados.[1][2]
Nesta batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada derrota às tropas portuguesas, constituindo o maior desastre militar português depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.

A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 quilómetros, entre as localidades de Gravelle e de Armentières, guarnecida pelo 11.º Corpo Britânico, com cerca de 84 000 homens, entre os quais se compreendia a 2.ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa (que mais tarde conta as memórias deste acontecimento em A Batalha do Lys (1920) no qual descreve a organização do C.E.P. e os seus dispositivos e enuncia os episódios prévios à Batalha).[3]

Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6.º Exército Alemão, com cerca de 55 000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast (1850-1934). Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva "Georgette" e visava à tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. As tropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha na madrugada e manhã de 9 de Abril, teriam registado milhares de baixas, entre mortos (1341), feridos (4626), desaparecidos (1932) e prisioneiros (7440).[4] De acordo com estudos recentes, porém, esses números estariam muito inflacionados.

 Segundo um autor, em La Lys ter-se-ão registado apenas 423 mortos portugueses (de um total de 2086 mortos do Corpo Expedicionário Português em 1917-1918) e cerca de 6000 prisioneiros.[5] Outro autor refere apenas 300 mortos e 6000 prisioneiros portugueses em La Lys.[6]