Furacão Irma
2017-09-06 (IPMA)
Às 09:00 UTC (10:00 hora de Lisboa) o furacão Irma localizava-se a 17,9°N e 62,6°W e deslocava-se para o oeste-noroeste a uma velocidade de cerca de 26 km/h, movimento que se deverá manter nos próximos dias.
O Irma é um furacão de categoria 5 na Escala de Vento Saffir-Simpson com uma pressão no centro estimada em 914 mb.
É provável a ocorrência de variações na sua intensidade, mas prevê-se que se mantenha um furacão de categoria 4 ou 5 durante os próximos dias.
De acordo com o mapa do National Hurricane Center, o Irma vai-se deslocar sobre as Ilhas Leeward, Ilhas Virgens e perto de Porto Rico.
Os ventos máximos previstos são da ordem dos 295 km/h com rajadas superiores.
2017-09-06 (IPMA)
Às 09:00 UTC (10:00 hora de Lisboa) o furacão Irma localizava-se a 17,9°N e 62,6°W e deslocava-se para o oeste-noroeste a uma velocidade de cerca de 26 km/h, movimento que se deverá manter nos próximos dias.
O Irma é um furacão de categoria 5 na Escala de Vento Saffir-Simpson com uma pressão no centro estimada em 914 mb.
É provável a ocorrência de variações na sua intensidade, mas prevê-se que se mantenha um furacão de categoria 4 ou 5 durante os próximos dias.
De acordo com o mapa do National Hurricane Center, o Irma vai-se deslocar sobre as Ilhas Leeward, Ilhas Virgens e perto de Porto Rico.
Os ventos máximos previstos são da ordem dos 295 km/h com rajadas superiores.
Imagens associadas
Furacão Irma
Furacão Irma
O Furacão Irma foi um ciclone tropical que, dentre várias regiões, atingiu o estado da Flórida, nos Estados Unidos, na qualidade de grande furacão.Categoria 5 (EFSS) FURACÃO IRMA NO PICO DE INTENSIDADE PRÓXIMO DAS ILHAS VIRGENS AMERICANAS NO DIA 6 DE SETEMBRO
Formação 30 de agosto de 2017 Dissipação 12 de setembro de 2017 Vento mais forte (1 min) 110 nós (204 km/h, 127 mph), com rajadas de 135 nós (250 km/h, 155 mph) Pressão mais baixa 933 hPa (mbar) ou 700 mmHg Danos 166,77 mil milhões de dólares Fatalidades 40 no Caribe
50 na Flórida[1]Áreas afetadas Anguilla, Antigua e Barbuda, Bahamas, Ilhas Turcas e Caicos, Estados Unidos (Flórida, Georgia, Alabama), Ilhas Virgens, Porto Rico, São Bartolomeu e São Martinho, Cuba, Haiti, República Dominicana
Foi o furacão mais forte já registado na bacia do Oceano Atlântico fora do Caribe e golfo do México, estando empatado com o furacão do Labor Day como o mais potente ciclone a fazer landfall já registado na bacia atlântica, assim como o mais forte furacão atlântico em termos de ventos máximos sustentados desde o Wilma, em 2005, e o mais intenso em termos de pressão desde o Dean, em 2007, assim como o primeiro de tal intensidade a fazer landfall em qualquer ponto da bacia Atlântica desde o Félix em 2007.
Irma foi também o primeiro furacão de categoria 5 a afectar as Ilhas de Sotavento setentrionais, e o segundo registado a atingir Cuba com tal intensidade, após um furacão registado em 1924.
Adicionalmente, Irma fez landfall em Florida Keys com ventos de 215 km/h, e uma pressão de 929 mbar, tornando-o o furacão mais forte a atingir a Flórida em termos de velocidade do vento desde o Charley em 2004, e o mais intenso a atingir aquele estado em termos de pressão atmosférica desde o Andrew em 1992.
Irma foi um típico furacão do tipo Cabo Verde, tendo-se desenvolvido a 30 de Agosto próximo das ilhas de Cabo Verde, a partir de uma onda tropical que partira da costa ocidental africana dois dias antes.[2][3][4] foi o nono ciclone tropical nomeado, o quarto furacão, e o segundo grande furacão da temporada de furacões no Atlântico de 2017.[5][6][7]
Devido às condições favoráveis, Irma rapidamente aumentou de intensidade, tornando-se um furacão de categoria 2 na escala de Saffir-Simpson em apenas 24 horas.
Pouco depois tornou-se um furacão de categoria 3, sendo considerado assim um grande furacão. A intensidade flutuou durante os dias seguintes, devido a uma série de ciclos de reposição da parede do olho.
A 5 de Setembro, tornou-se um furacão de categoria 5, a maior da escala, atingindo no início do dia seguinte a sua maior intensidade, com ventos de 185 mph (298 km/h) e uma pressão mínima de 0,914 bar (686 mmHg).
Isto coloca-o como o segundo maior furacão do Oceano Atlântico pela velocidade dos ventos, apenas ultrapassado pelo Allen, em 1980, que alcançou velocidades de 190 mph (306 km/h). Irma manteve esses ventos de 295 km/h durante 37 horas, ultrapassando o recorde do Allen, que manteve ventos de 285 km/h durante 18 horas.[8]
Adicionalmente, Irma conseguiu uma das mais longas durações de ventos de categoria 5 jamais registadas. A baixa pressão barométrica faz também com que seja considerado o maior ciclone tropical de 2017 até à data.[9]
Após diminuir para a categoria 3 ao passar por Cuba, voltou a subir novamente para categoria 4 à medida que atravessava águas mais quentes entre Cuba e as Florida Keys.
Causou danos catastróficos em Anguilla, Antigua e Barbuda, Bahamas, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens, Porto Rico, São Bartolomeu e São Martinho enquanto furacão de categoria 5 com ventos de até 295 km/h (183 mph).[1][10] Irma foi o furacão mais forte a atingir as Ilhas de Sotavento setentrionais, e uma das piores tempestades a atingir a região, juntamente com o furacão Donna em 1960, e o furacão Luis em 1995 e causou dezenas de mortes, sendo quarenta no Caribe e cinquenta na Flórida.[1]
A evacuação de turistas e moradores em razão da passagem do Furacão Irma foi a maior da história de Miami.[11]
Histórico meteorológico
Ao longo dos dois dias seguintes, aguaceiros e trovoadas associados a essa onda foram se tornando cada vez mais organizados, unindo-se gradualmente numa zona de baixa pressão à medida que passava mesmo a sul do arquipélago de Cabo Verde, a 29 de Agosto,[13] tendo o CNF afirmado que qualquer organização significativa do fenómeno resultaria na classificação de uma depressão tropical.[14]
Durante as 24 horas seguintes o aumento da organização do fenómeno levou à sua classificação às 15 horas UTC de 30 de Agosto como tempestade tropical Irma, com base em dados obtidos por difusómetro, e por estimativas obtidas via satélite, pela técnica Dvorak.[15]
As elevadas temperaturas da superfície do mar e baixos gradientes de vento anteciparam o aumento de força da tempestade, com o único obstáculo sendo águas ligeiramente mais frias e temperaturas do ar mais secas.
A tempestade nascente começou a formar um escoamento de nível superior em direcção aos pólos, à medida que um anticiclone se estabelecia sobre o sistema, com bandas de chuva a se tornarem cada vez mais evidentes nas imagens de satélite.[16]
Ao início de 31 de Agosto, pouco depois do desenvolvimento de uma densa cobertura de nuvens central, e de um olho, o Irma intensificou-se rapidamente, com início às 09:00 UTC desse dia, com um aumento da velocidade do vento de 110 km/h para 185 km/h em apenas 12 horas.[17]
A 2 de Setembro, um navio que passava a 90 km a oeste do centro do Irma registou ventos com velocidade máxima de 70 km/h, indicando que o olho do Irma permanecia compacto.
[18][19] A 2 e 3 de Setembro, uma crista subtropical que ganhava força sobre o Atlântico Norte central empurrou o Irma de uma rota em direcção a oeste para a direcção sudoeste.[20][21]
[22][23] A primeira missão de reconhecimento aéreo partiu de Barbados na tarde de 3 de Setembro, descobrindo um olho de 29 quilómetros de diâmetro, e ventos superficiais de 185 km/h.[22][24]
Mais fortes landfalling de furacões do Atlântico Pos Furacão Ano Vento mph km/h ft/s m/s 1 "Dia do Trabalho" 1935 183,3045 295 268,8466 81,9444 Dorian 2019 3 Irma 2017 177,0908 285 259,7332 79,1667 4 Janet 1955 173,9839 280 255,1764 77,7778 Camille 1969 Anita 1977 David 1979 Dean 2007 9 "Cuba" 1924 167,7702 270 246,063 75 Andrew 1992 Maria 2017 Fonte: HURDAT, AOML/HRD[25] A força refere-se a velocidade máxima do
vento sustentado no momento do landfall.
Pelas 21:00 UTC de 4 de Setembro, o furacão Irma havia se reforçado num furacão de categoria 4, com ventos de 215 km/h.[26]
Encontrando condições favoráveis, o Irma continuou a desenvolver-se, tornando-se um furacão de categoria 5 pelas 11:45 UTC do dia seguinte, com ventos de 280 km/h,[27] fazendo do Irma o furacão atlântico mais oriental já registado com esta intensidade, ultrapassando o furacão David em 1979.[28]
Às 15:00 UTC, o Centro Nacional de Furacões anunciou que o reconhecimento aéreo havia indicado ventos máximos sustentados de 285 km/h no furacão Irma.[29]
Pelas 00:15 UTC de 6 de Setembro, os ventos máximos sustentados e a pressão mínima do Irma atingiram 295 km/h e 916 mbar, respectivamente, tornando o Irma o furacão atlântico com mais força desde o furacão Wilma em 2005, em termos de velocidade de ventos sustentados, e o furacão atlântico de maior intensidade desde o furacão Dean em 2007, em termos de pressão.
Apenas outros quatro furacões atlânticos registaram velocidades de vento na ordem dos 295 km/h ou superior: Wilma, o furacão do Labor Day em 1935, o furacão Allen em 1980, e o furacão Gilbert em 1988.[30]
Adicionalmente, o Irma é o furacão mais forte já registado na bacia atlântica fora do mar do Caribe e do golfo do México,[31] e a sua intensidade é de tal ordem que foi registada por sismógrafos na ilha de Guadalupe.[32]
Irma sustentou ventos de 295 km/h durante 37 horas, tornando-se o único ciclone tropical a nível mundial a suster ventos com tal intensidade e durante tanto tempo, quebrando o recorde anterior de 24 horas, estabelecido pelo tufão Haiyan.[8]
Às 06:00 UTC de 6 de Setembro, o centro do Irma fez landfall ao longo da costa norte de Barbuda, com intensidade máxima.[33]
Isto fez com que o Irma igualasse o terceiro ciclone tropical mais forte a fazer landfall a nível mundial em termos de ventos sustentados, juntamente com o furacão do Labor Day de 1935, e o tufão Joan da 1959, ficando atrás apenas dos tufões Haiyan, em 2013, e do Meranti, em 2016, que apresentaram ventos de 310 km/h ao fazerem landfall.
O Irma ficou ainda empatado com o furacão de 1935 como o mais forte no momento de landfall na bacia atlântica desde que se começaram a fazer registos em 1851.[34]
Mantendo a intensidade, Irma fez sucessivos landfalls aproximadamente às 12:00 UTC em São Martinho, e às 17:00 UTC em Ginger Island e Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.
Pouco antes das 06:00 UTC de 8 de Septembro, Irma fez landfall em Little Inagua, nas Bahamas.[35] Cerca de três horas depois, Irma enfraqueceu, tornando-se um furacão de categoria 4, voltando à categoria 5 dezoito horas depois, voltando a descer de categoria ao atingir Cuba.
Às 13:10 UTC de 10 de Setembro, Irma fez landfall em Cudjoe Key, na Flórida, com ventos máximos sustentados de 215 km/h, e uma pressão central de 929 mbar, tornando-o o furacão mais forte a atingir o estado da Flórida desde o Charley, em 2004, e o mais forte a atingir os Estados Unidos em termos de pressão desde o Katrina, em 2005.
Em 11 de setembro de 2017, chegou a Tampa, na Flórida, na categoria 1 ao perder força após avançar pelo oeste da península da Flórida.[36]
Preparativos
No mesmo dia, Roy Cooper, governador da Carolina do Norte, declarou o estado de emergência em 6 de setembro de 2017 para entrar em vigor para todo o estado às 8:00 da manhã de 7 de setembro,[39] e o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, declarou o estado de emergência em 6 de setembro de 2017.[40]
Impacto
Bahamas
Também passou quase diretamente sobre Inagua e South Acklins, de acordo com o Departamento de Meteorologia das Bahamas.[41] Em Mayaguana e Inagua, as linhas de energia danificadas derrubaram as comunicações.[42]
No Inagua, 70 por cento das casas sofreram danos no telhado, e a escola da ilha perdeu completamente o seu telhado. A fábrica Morton Salt Company, uma das principais empregadoras do país, teve milhões de dólares em danos.[43]
Cuba
A estação meteorológica de Camagüey foi danificada, com o anemómetro destruído.[46] De acordo com o The New York Times, a região norte de Cuba esteve sujeita a "ondas de mais de cinco metros de altura, hospitais, fábricas e armazéns danificados."[47]
Ao final da manhã de 9 de Setembro, o Irma havia enfraquecido para a categoria 3, devido à topografia cubana, embora continuasse a causar danos significativos.
A cidade turística de Caibarién recebeu o grosso da tempestade, com ondas a entrarem pela cidade, e com as características casas de um piso completamente inundadas.
. As inundações pioraram à medida que o furacão se moveu para oeste, empurrando a maré de tempestade pelas regiões em volta de Havana.[48]
Pela tarde, algumas inundações controladas estavam ocorrendo em Havana, inclusive em volta de Malecón. Foi ainda reportada destruição generalizada de habitações nas províncias de Ciego de Ávila e Villa Clara.[47]
Porto Rico
Estados Unidos continentais
Flórida
Um homem caiu de uma escada em Davie, ao instalar portadas anti-furacão, durante os preparativos para a chegada do Irma.[50]
Na manhã de 10 de Setembro, o furacão fez landfall em Cudjoe Key.[51]
Um homem morreu num acidente de trânsito no condado de Monroe, ao perder o controlo do camião que conduzia debaixo de ventos com força de tempestade tropical.[52][53] Outras duas pessoas morreram em Hardee, no interior do estado, na sequência de um choque frontal de automóvel provocado pelas fortes chuvas associadas ao furacão.[54]
Na manhã de 10 de Setembro, mais de um milhão de casas e estabelecimentos comerciais estavam sem electricidade.[55]
Pela uma da tarde, hora local, quase 730 mil clientes estavam sem electricidade no condado de Miami-Dade, quase 500 mil na mesma situação no condado de Broward, e mais de 225 mil no condado de Palm Beach, totalizando cerca de 1.572.000 clientes sem electricidade em todo o estado da Flórida.[56]
Uma rajada de 175 km/h foi registada em Pembroke Pines. Em Miami, marés de tempestade inundaram a Brickell Avenue, com água até à altura da cintura.[57]
Em 13 de Setembro, uma garota de 7 anos morreu por envenenamento de monóxido de carbono emitido por um gerador de energia.
Em St. Petersburg, um homem de 68 anos, caiu e bateu a cabeça enquanto ele e sua esposa estavam colocando pacotes no carro antes de deixarem sua casa.
Outro homem de 69 anos bateu o carro depois de fugir de sua casa em Port Richey.[58]
Geórgia
A primeira teria sido em Sandy Springs, no norte da cidade de Atlanta. Já a segunda vítima foi um homem de 62 anos, em Worth County, uma zona rural no sudoeste da Geórgia.[59]
Factores ambientais
Aquecimento global
Devido à subida do nível do mar, assume-se que a maré de tempestade do Irma e de outras tempestades venha a causar maiores inundações em áreas vulneráveis.[61][60] Dados recolhidos pela NASA mostram que as temperaturas da superfície do oceano no percurso do Irma são acima dos 30 °C, capazes de manter um furacão de categoria 5.[62]
Outros factores