1º Acerra -
Na tradição sacrificial da Roma Antiga, uma acerra (em grego: λιβανωτρίς) era uma caixa de incenso usada durante os sacrifícios. O incenso era tirado de dentro da acerra e deixado cair sobre o altar ardente; assim, temos a expressão de acerra libare (turíbulo).[1][2]
O acerra também era, de acordo com Festo, um pequeno altar, montado antes da morte, em que perfumes eram queimados. Havia uma lei nas Lei das Doze Tábuas, que restringia o uso de acerrae a funerais.[2]
Caçoula em que se queimavam os perfumes.
Outros pretendem que seja a caixa, em que se guardavam os perfumes.
Ilustração de uma acerra no The illustrated companion to the Latin dictionary, and Greek lexicon, 1849
2º Turibulum
Turíbulo
3º Proefericulum -
Bacia de metal
4º Guttus - Gomil ou jarro, em que se derramava o vinho gota a gota.
5º Simpulum, ou Simpuvium - Colher de cabo comprido que servia nas libações para tirar vinho para a taça.
Simpulum
Coin of Pontius Pilate depicting a simpulum and ears of barley
6º Pátera - Taça com manivela ou cabo que servia para receber o sangue das vitimas, e para derramar o vinho entre os chifres das mesmas
Pátera
Pátera era um prato longo e raso usado para beber, ou um cálice usado primariamente no contexto de um ritual como uma libação. Estas páteras eram usadas com frequência em Roma. Páteras são frequentemente representadas em moedas romanas do Império Romano onde Salo segura uma pátera com a qual alimenta uma cobra.
7º Secespita
Secespita
Latim: Secespita,
cultrum ferreum, oblongum, manubrio eburneo, rotundo, solido, vincto ad
capulum argento auroque fixum, clavis aeneis, aere Cyprio, quo
flamines, flaminicae, virgines pontificesque ad sacrificia utebantur. Dicta autem est secespita a secando.
— Antistius Labeo[1][2]
A secespita é uma longa facade sacrifício de ferro , feita de latão e cobre de Chipre, com uma alçade marfim sólida e arredondada, que é presa ao cabo por um anel de prata ou ouro.
Os flamens e suas esposas, os flaminicaos, que eram sacerdotes e sacerdotisas da Roma Antiga,as virgens e os pontífices fizeram uso dela para sacrifícios. [1][2] Esta faca deriva seu nome do verbo latino seco (atual secare infinitivo). [1][2]
O historiador romano Suetônio escreveu sobre a secespita no Liber III (terceiro livro) parte de Tibériode seus Doze Césares,publicado em 121:
Latim: nam et inter pontifices sacrificanti simul pro secespita plumbeum cultrum subiciendum curavit et secretum petenti non nisi adhibito Druso filio dedit dextramque obambulantis veluti incumbens, quoad perageretur sermo, continuit. [3] | Assim, quando Libo estava oferecendo sacrifício com ele entre os pontífices, ele tinha uma faca de chumbo substituída pelo habitual, e quando ele pediu uma entrevista privada, Tibério não o concederia exceto com seu filho Drusus presente, e enquanto a conferência durasse ele segurou rapidamente para o braço direito de Libo, sob o pretexto de se apoiar nele enquanto caminhavam juntos. [4] |
Há moedas romanas representando emblemas sacrificiais onde é possível ver um machado, que escritores modernos chamam de secespita. [1][2] Seu propósito adequado parece ter sido abrir o corpo de uma vítima, que havia sido morta com a securis, o malleus, ou o culter dependendo do tamanho da vítima, e, em seguida, extrair as entranhas. Foi apropriado para a ordem superior dos sacerdotes, a quem essa função pertencia, mas que não matou a vítima sacrificial. [6]
- Cutelo comprido com cabo de marfim guarnecido de prata e de ouro que servia para degolar as vítimas ou para lhes tirar as entranhas
8º Aspergilium - Hissope de sedas de cavalo para purificar com aspersões de água pura os que assistiam aos sacrifícios
Imagem - Wikipedia |
9º Capis, capedo e Capeduncula - Cantaro ou bilha de barro, de maior ou menor tamanho, com uma só asa.
10º Urna fictilis - O mesmo vaso que os acima descritos, mas, segundo parece, de duas asas.
ESTA BILHA NÃO SERÁ O QUE SE PRETENDE . FIGURA AQUI COMO ELEMENTO DEMONSTRATIVO DE URNA FICTILIS |
11º Aquiminarium - vaso para dar água ás mãos.
12º Discus- Prato ou bandeja.
13º Anclabris - Mesa onde se colocava a vítima depois de morta para ser aberta.
Inscrições
A inscrição desaparecida, em latim, estava 6/7 metros a Este da segunda inscrição, do lado direito do caminho por onde se entrava para a área sagrada. O texto estaria orientado para a rocha situada na entrada do recinto e diz o seguinte:DIIS (loci) HVIVS HOSTIAE QVAE CA / DVNT HIC INMOLATVR / EXTRA INTRA QVADRATA / CONTRA CREMANTVR / SANGVIS LACICVLIS IVXTA / SVPERE FVNDITVR
“Aos Deuses e Deusas deste recinto sagrado. As vítimas sacrificam-se, matam-se neste lugar. As vísceras queimam-se nas cavidades quadradas em frente. O sangue verte-se aqui ao lado para as pequenas cavidades. Estabeleceu Gaius C. Calpurnius Rufinus, membro da ordem senatorial.”
14º Olloe extares - Caldeiras em que se coziam as entranhas das vítimas.
Esta imagem é apenas ilustrativa daquilo que se entende por caldeiras de cozinhar.
15º Lanx - Prato largo, quase em forma de bandeja.
Imagem meramente ilustrativa de uma bandeja em forma de prato |
16º Tripodes - Assento de três pés em que se sentavam os sacerdotes, especialmente a sacerdotiza de Apolo, para responder aos que consultavam o oráculo.
Imagem ilustrativa. |
N.B. Apresentei estes termos em latim, pela dificuldade que há, em relação a alguns, de lhes achar palavras correspondentes em português, e porque na qualidade de termos arqueológicos não devem perder o seu foro latino, ainda que sejam adoptados nas línguas vivas.