Oceano Pacífico
Oceano Pacífico
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Coordenadas |
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Superfície |
180 milhões km²
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Profundidade média |
11 034 m, 4 280 m
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Maior profundidade |
10 km 912 m
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Volume |
660 000 000 km3 unidade de destino não suportada Q4243638
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Tipo |
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* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.
O Oceano Pacífico é o maior oceano da Terra, situado entre a América, a leste, a Ásia e a Austrália, a oeste, e a Antártida, ao sul.
Com 180 milhões de km² de área superficial, o Pacífico cobre quase um terço da superfície do planeta e corresponde a quase metade da superfície e do volume dos oceanos.
Movendo-se um globo terrestre de forma adequada é possível visualizar-se um hemisfério inteiro do planeta coberto apenas por água, ficando todos os continentes no hemisfério oposto, ocultos à visão em tal posição.[1]
Em sua essência - excluída pequena área associada ao oceano Antártico - trata-se basicamente do oceano Pacífico, cujas águas ainda avançam sobre o hemisfério não visível.
Em vista da teoria das placas tectônicas e da deriva continental, sua origem remonta ao oceano único que cercava a Pangeia em tempos primitivos, o Pantalassa.
Tem 707,5 km de fossas, e 87,8% de sua área apresenta profundidades superiores a 3 000 m; é o oceano com maior profundidade média (4 282 m) e onde se localizam as maiores fossas submarinas (fossa das Marianas, com 11,034 m).
Sua forma grosseiramente circular é delimitada por margens continentais activas (que correspondem ao círculo de fogo do Pacífico) sob as quais se afunda uma crusta oceânica em rápida expansão.
Em suas águas foi registrada a maior temperatura em um oceano: 40,4 °C, a uma profundidade de 2 mil metros, a cerca de 480 km ao oeste da costa estadunidense.[2]
Descoberto pelos europeus em 1513 (Vasco Núñez de Balboa), embora desde 1511 que os portugueses navegassem regularmente no mar meridional da China, o qual pertence ao oceano Pacífico, chegando à Tailândia em 1511 e à China em junho de 1513, com Jorge Alvares, portanto antes de Balboa avistar aquele oceano.
Transposto pela primeira vez em 1520 (Fernão de Magalhães), o Pacífico tem assistido a um crescimento de sua importância como via de ligação entre algumas das regiões de maior dinamismo econômico da atualidade (Extremo Oriente) e costa ocidental da América do Norte).
Fenômenos atmosféricos
El Niño
É um fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.[necessário esclarecer][carece de fontes]
La Niña
La Niña (“a menina” em espanhol) é um fenômeno oceânico-atmosférico que ocorre nas águas do oceano Pacífico (equatorial, central e oriental). A principal característica deste fenômeno é o resfriamento (em média de 2 a 3 °C) fora do normal das águas superficiais nestas regiões do oceano Pacífico.O fenômeno La Niña não ocorre todos os anos e nem da mesma forma. Sua frequência é de 2 a 7 anos, com duração aproximada de 9 a 12 meses (há casos que pode durar até 2 anos). O La Niña afeta o comportamento climático no continente americano e outras regiões do planeta.
- Efeitos do La Niña no clima mundial:
Entre os meses de dezembro a fevereiro:
• Aumento das chuvas na região nordeste do Brasil;
• Temperaturas abaixo do normal para o verão, na região sudeste do Brasil;
• Aumento do frio na costa oeste dos Estados Unidos;
• Aumento das chuvas na costa leste da Ásia;
• Aumento do frio no Japão.
Entre os meses de junho a agosto:
• Inverno seco na região sul e sudeste do Brasil;
• Aumento do frio na costa oeste da América do Sul;
• Frio e chuvas na região do Caribe (América Central);
• Aumento das temperaturas médias na região leste da Austrália;
• Aumento das temperaturas e chuvas na região leste da Ásia.
Curiosidade:
O acompanhamento científico deste fenômeno climático é feito pela Organização Meteorológica Mundial. É feito o monitoramento do oceano Pacífico tropical, através de boias amarradas, marégrafos (instrumentos que registram o fluxo das marés) e satélites. As informações são captadas e analisadas com o objetivo de fazer a previsão do comportamento futuro do La Niña.
Origem do nome
Fernão de Magalhães batizou este oceano com o nome de Pacífico por acreditar que o mesmo era mais calmo que o tempestuoso oceano Atlântico. Esta comparação foi feita quando Fernão de Magalhães e os seus companheiros de navegação transpuseram o estreito de Magalhães, uma passagem entre os dois oceanos já citados.[3]
Morfoestrutura do fundo oceânico
Flanqueado por cadeias montanhosas recentes, com intensa atividade vulcânica, o Pacífico é percorrido por um vasto sistema de dorsais.
A dorsal Sudeste-Pacífica constitui um prolongamento, através da dorsal Pacífico-Antártica, das dorsais do oceano Índico (dorsal Antártico-Australiana). Em sua porção setentrional atinge as latitudes do litoral mexicano, desaparecendo ao penetrar no golfo da Califórnia.
Trata-se de uma dorsal em rápida expansão (entre 8,8 e 16,1 cm por ano), sem fossa axial. As zonas de fraturas que a segmentam são numerosas, com deslocamento pronunciado. Essa dorsal emerge na latitude da ilha de Páscoa, unindo-se à dorsal do Chile, que se liga à costa meridional da América, e na latitude das ilhas Galápagos, unindo-se à dorsal de Cocos ou das Galápagos. Essas dorsais dividem o Pacífico em três conjuntos.
Os fundos oceânicos situados a leste da dorsal Sudeste-Pacífica pertencem a placa litosférica da Antártida (que corresponde à bacia Pacífico-Antártica e à planície abissal de Bellingshausen), à placa de Nazca (bacias Peruana e Chilena, separadas pela dorsal de Nazca) e à placa de Cocos (limitada pela dorsal de Cocos).
Mais a oeste, o centro do oceano Pacífico é entrecortado por cadeias submarinas e grandes edifícios vulcânicos, ora emergindo em forma de ilhas (Havaí, Marquesas, Marshall, Carolinas), frequentemente coroadas por formações coralíneas (atóis). As bacias oceânicas que as rodeiam (Médio-Pacífica, Melanésia, Nordeste, Noroeste) apresentam uma delgada cobertura sedimentar sobre a crosta basáltica.
A presença das fossas oceânicas periféricas, ao longo dos arcos insulares (Aleutas, Kurilas, Japão, Marianas, Filipinas, Salomão, Tonga, Kermadec) e da costa ocidental da América (Chile, Peru, América Central) explica-se por corresponderem a zonas de subducção da crosta oceânica, em que esta mergulha sob as placas litosféricas Americana, a leste, e Eurasiática e Indo-Australiana, a oeste. São áreas de intensa atividade sísmica e vulcânica, sujeitas à ocorrência de maremotos.
Atol
O oceano Pacífico tem um número considerável de atóis, a maior concentração de todos os oceanos na Terra.
Continentes e países banhados
Correntes oceânicas e Giro Pacífico Norte
Ver artigo principal: Giro Pacífico Norte
Esta área foi descrita principalmente pelo pesquisador Charles Moore, desde 1997 e recebe nomes como "sopa gigante de lixo", "mancha de lixo" ou "ilha de lixo". Sua extensão é incerta, sendo descrita como do tamanho dos Estados Unidos, embora careça de fontes precisas. Foi descrita em fevereiro de 2008 no site da BBC e no jornal britânico The Independent. É composta principalmente de plástico.[4]
História
Ver artigo principal: Oceania
O oceano foi avistado pelos europeus no início do século XVI, inicialmente pelo explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa, que cruzou o istmo do Panamá em 1513 e nomeou-o como Mar del Sur (Mar do Sul), e depois pelo explorador português Fernão de Magalhães, que navegou o Pacífico durante a sua circum-navegação entre 1519 e 1522.
Contudo, os portugueses já navegavam no Mar da China Meridional, que integra este oceano, desde 1511 e também no Mar de Banda desde 1512.
Questões ambientais
Ver artigos principais: Grande Porção de Lixo do Pacífico e Poluição marinha
A poluição marinha é um termo genérico para a entrada nociva no mar
de produtos químicos ou partículas. Os maiores culpados são as pessoas
que usam os rios para a eliminação de seus resíduos.[6]Os rios em seguida deságuam no oceano e com eles seguem muitos produtos químicos usados como fertilizantes na agricultura. O excesso de oxigênio que se esvai nos produtos químicos na água leva à hipóxia (baixa concentração de oxigênio) e à criação de uma zona morta.[7]
Detritos marinhos, também conhecidos como lixo marinho, é um termo usado para descrever dejetos produzidos pelo homem que se encontram flutuando em um lago, mar, oceano ou outro curso d'água. Detritos oceânicos tendem a se acumular no centro de correntes oceânicas e no litoral, frequentemente restos encalhados onde são conhecidos como lixo da praia.[8]
Mares do oceano Pacífico
Ver também
- Aliança do Pacífico
- Ásia-Pacífico
- Associação de Nações do Sudeste Asiático
- Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
- Organização de Cooperação de Xangai
Referências
Os cinco oceanos | |||||||||
Antártico |
Ártico |
Atlântico |
Índico |
Pacífico |
Em 1513, o navegador espanhol Vasco Nunes de Balboa descobriu este mar que baptizou com o nome de " Mar do sul ".
Anos mais tarde, Fernão de Magalhães atravessou-o pela primeira vez.
Como a viagem foi tranquila e calma, sem tempestades, o grande navegador, por sua vez, deu o nome de " Pacífico " ao Mar do Sul.